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Os militantes de base correm hoje por um e amanhã correm por outro, mas nunca correm por si próprios. Eles (os dirigentes de topo) ficam lá sempre, mas os cidadãos-militantes e portugueses em geral onde é que ficam?

eleições partido socialista josé seguro e francisco assis

 

 

Olhem que o País e os partidos estão em crise, sendo que os lugares não chegam para todos. Assim, o melhor será defender o País e o interesse comum por via dos princípios ideológicos com que cada um se identifica. Os partidos deveriam servir para formar cidadãos político-dirigentes e governantes que saibam estar ao serviço da causa e da coisa pública, bem como ao serviço do interesse comum e não ao serviço do arranjo de lugares confortáveis para uns meninos bonitos e muito menos para servir interesses económico-financeiros e empresariais tantas vezes obscuros.

 

Em política, ninguém deve ficar-se só por analisar uma opinião ou versão, sendo que o PS sempre foi e deve ser plural. Lembremo-nos que a polícica é a arte ou ciência da organização, da direção, da administração, ou seja, da governação dos Estados. Nunca nos esqueçamos que a palavra "política" tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado que se denominavam por "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos).

 

Relativamente à "crise" ou "dinâmica" actual do PS (gosto mais de lhe chamar "dinâmica", sendo que demonstra que há vida no interior dos partidos), é sempre bom reler as notícias relativas à candidatura de 2011 entre José Seguro e Francisco Assis. Ou então as questões e respostas colocadas pelos deputados do Porto:

 

1 - "Onde estavam quando 17 deputados do PS pediram a fiscalização sucessiva dos cortes dos salários e pensões no primeiro orçamento de estado deste governo?


Eu respondo, estavam a pressionar os deputados para não subscreverem o pedido ao TC, colocando-se assim ao lado do Governo.


2 - Onde estavam quando votação da revisão do Código de Trabalho que tanto penaliza os trabalhadores portugueses?


Eu respondo, estavam a votar ao lado do Governo.

 

Pode ver aqui o que defendia António José Seguro em 2011:

 

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=460406&tm=9&layout=121&visual=49

 

“Valores”


O debate azedou ainda mais quando Assis e Seguro discutiram as suas ideias para o sistema de eleições primárias no PS. O primeiro insistiu na defesa de abertura das diretas à sociedade, para lá do corpo de militantes. O segundo disse ver nessa proposta a confissão de que o partido “afinal não funciona”.
“Quero a abertura e a modernização do PS. Não tenho é nenhum problema com os socialistas. Gosto muito dos militantes do meu partido e não considero que seja um bom argumento dizer para o exterior que o nosso partido afinal não funciona e que as pessoas que cá estão não têm a qualidade, a começar pelos seus dirigentes intermédios e pelos autarcas”, afirmou António José Seguro, para acrescentar que Francisco Assis já havia avançado com a mesma proposta “quando se candidatou a presidente da Federação do Porto”, em 2003.

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Quando um Professor Universitário, Mestre e Doutor em Ciências Socias e Políticas (João Cardoso Rosas), escreve um texto tão mal fundamentado e até absurdo no que diz respeito à culpabilização dos jornalistas pelas evidentes fragilidades de liderança e, pior, de governança do SG do PS (José Seguro), para além de colocar em causa a qualidade do profissionalismo e da sensatez da classe docente universitária deixa transparecer que lhe dói algum cotovelo ou que não conhece minimamente o PS e o País.

 

PS Partido Socialista jornalismo educação cívica e política João Cardoso Rosas Opinião Jornal Económico

 

Vejamos o que refere e como fundamenta o Sr. Professor Doutor João Rosas a crise política e jornalística (já agora, para bom doutorado, deveria apresentar as referências bibliográficas que fundamentam o seu raciocínio ou opinião):

 

 

1 - Começa por referir que “António Costa tem “boa imprensa”, enquanto António José Seguro tem “má imprensa”, argumentando que “isso é aceite como um facto estabelecido e normal, em vez de desencadear uma reflexão sobre a qualidade – ou mesmo a integridade – do jornalismo e da análise política entre nós”.

 

  • Quer então dizer o Sr. Professor que os jornalistas são escolhidos a dedo e à feição de cada candidato do PS e ainda que estes conseguem manobrar o eleitorado ou mesmo desenvolver melhores ou piores capacidades e competências de liderança partidária!? (Em que estudos científicos se fundamenta para afirmar tal absurdo?)

 

2 - Atribui um gigante mérito a José Seguro por este (já em desespero, sem qualquer debate prévio interno e por excesso de ambição pelo poder), ter avançado com a proposta de eleições primárias, com vista à escolha do candidato a primeiro-ministro.

 

  • Eu até tenho sido um acérrimo defensor da democratização dos partidos e da abertura dos mesmos à sociedade, mas não nos podemos esquecer que José Seguro havia rejeitado recentemente essa proposta, quando concorreu contra Francisco Assis, sendo que, desde aí,  andou mudo e nunca colocou essa proposta na agenda interna do PS. Note-se que, quando Francisco Assis defendia que “o PS deveria ser o primeiro partido em Portugal a escolher os candidatos a primeiro-ministro, deputados e autarcas em eleições primárias abertas à sociedade”, António José Seguro era contra. Sabe qual foi a resposta de António José Seguro relativamente a esta proposta? Respondia José Seguro: "Não Informe-se devidamente Sr. professor. Os socialistas são os primeiros a defender a abertura dos partidos à sociedade, mas não é por mero estratagema eleitoralista e muito menos por processo apressado de desespero e de excesso de ambição que chega a cegar a racionalidade desta gente que busca o poder a qualquer custo, mesmo que à custa da destruição do seu próprio partido.

 

3 - Depois vem o Sr. Professor falar da “atitude de Costa e Seguro no contacto directo com as pessoas”, referindo mais uma vez o absurdo de que “qualquer jornalista que acompanhe os dois sabe que Seguro está perfeitamente à vontade no meio do povo, enquanto Costa denota incomodidade física”.

 

  • Mas terá o Sr. Professor acompanhado diariamente o percurso de Seguro e de Costa, tal como o fazem os jornalistas, para proferir tal afirmação? Foi num estudo ou análise social científica que o Sr. Professor chegou a essa conclusão? Terá o Sr. Professor abraçado Seguro e Costa para sentir essa “atitude”? Ou será que só lhe interessou receber e sentir o abraço de um dos lados?

 

  • Saiba o Sr. Professor que eu, um simples cidadão e militante socialista de base e de classe baixa, mesmo com as mãos rudes, fruto da necessidade derecurso a técnicas primitivas e com cheiro a suor do trabalho, apertei a mão e abracei António Costa, aquando da apresentação da candidatura no Porto, e não senti qualquer “repugnância no contacto físico”. Bem pelo contrário, senti foi uma nova esperança, fruto de muito trabalho e suor, não só em prol do PS, mas sobretudo em prol da maior Cidade do País e mesmo em prol da cooperação com o Norte, mesmo quando os autarcas eram do PSD. Será que o eleitorado lisboeta é todo de classe alta? Ou andará todo perfumado? É que António Costa demonstrou bem o seu valor nas candidaturas à Capital de Portugal e maior cidade do País.

 

4 - Por último, vem falar de classes sociais e de que Seguro “vem de fora dos círculos habituais de poder e influência”.

 

  • Mas será que o Sr. Professor não sabe de onde vem António José Seguro? José Seguro tem um percurso idêntico ao do actual Primeiro Ministro, ou seja, fez todo o seu percurso agarrado aos corredores do poder, desde a juventude partidária. Que trabalho de proximidade com o povo desempenhou José Seguro? Nunca esteve sequer numa autarquia, tendo feito todo um percurso político por via do controlo das estruturas partidárias.  Não venha com a fundamentação do exemplo americano, quando tinha a obrigação de saber, pela sua qualidade de doutor em ciências sociais e políticas, que as nossas sociedades são bem diferentes e que estamos atrasados décadas em termos de educação cívica e política.

 

Em política, ninguém deve ficar-se só por analisar uma opinião ou versão, sendo que o PS sempre foi e deve ser plural.

É sempre bom reler as notícias relativas à candidatura de 2011 entre José Seguro e Francisco Assis. Ou então as questões e respostas colocadas pelos deputados do Porto:

 

"Onde estavam quando 17 deputados do PS pediram a fiscalização sucessiva dos cortes dos salários e pensões no primeiro orçamento de estado deste governo?

Eu respondo, estavam a pressionar os deputados para não subscreverem o pedido ao TC, colocando-se assim ao lado do Governo.

Onde estavam quando votação da revisão do Código de Trabalho que tanto penaliza os trabalhadores portugueses?

Eu respondo, estavam a votar ao lado do Governo".

 

É sempre bom reler as notícias relativas à candidatura de 2011 entre José Seguro e Francisco Assis:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=460406&tm=9&layout=121&visual=49

 “Achas que trazes uma nova forma de fazer política, fizeste o elogio de uma posição contra o cinismo, mas devo dizer-te que não deves resvalar para a pequena política. Vires aqui fazer o elogio de um resultado supostamente melhor em Braga do que no Porto é um argumento muito débil”.

 

“Tive no Porto um resultado absolutamente idêntico ao que tu tiveste, só com uma diferença de décimas e tendo uma oposição de esquerda mais forte do que aquela que tiveste em Braga. Uma coisa é certa, os resultados foram ambos maus”, vincou Francisco Assis.

“Valores”


O debate azedou ainda mais quando Assis e Seguro discutiram as suas ideias para o sistema de eleições primárias no PS. O primeiro insistiu na defesa de abertura das diretas à sociedade, para lá do corpo de militantes. O segundo disse ver nessa proposta a confissão de que o partido “afinal não funciona”. 

“Quero a abertura e a modernização do PS. Não tenho é nenhum problema com os socialistas. Gosto muito dos militantes do meu partido e não considero que seja um bom argumento dizer para o exterior que o nosso partido afinal não funciona e que as pessoas que cá estão não têm a qualidade, a começar pelos seus dirigentes intermédios e pelos autarcas”, afirmou António José Seguro, para acrescentar que Francisco Assis já havia avançado com a mesma proposta “quando se candidatou a presidente da Federação do Porto”, em 2003.

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