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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Já repararam em algumas das notícas que nos chegam pelo canal euronews? Algumas aparecem com a indicação"no comments".
Eu faço o mesmo. A ver vamos.
Seremos Europeus? Vamos lá a refletir sobre a ideia dos pobres lançada em 2010, mas que não interessou ao sistema politico-financeiro instalado: Se os países são mutuamente devedores e credores, porque é que não começam por amortizar a parte da dívida comum? Essa continuidade da dívida mútua interessa a quem? Aos cidadãos em geral?
Se eu dever 100 e me deverem 50, porque é que eu não faço um acordo de amortização de 50, de modo a baixar a dívida para metade e deixar de pagar juros sobre 100?
Já não encontro esperança no gabinete de apoio socioeducativo e de apoio à empregabilidade onde trabalho. Como posso eu dar (ou vender) esperança se já não a consigo encontrar em mim e em quem me rodeia? Resta-me dar a estúpida resposta da emigração e de que a Europa é ali ao lado, sendo que, por vezes, até a mim me apetece fugir daqui para fora. Mas Portugal e a Europa é nossa, por isso, entre o fugir e o resistir, eu prefiro resistir e ficar a combater (por dentro e por fora), sendo que muito há a mudar em nós e nos outros!
Hoje, ao reunir alguma da informação estatística de nível nacional e europeu, foi tamanha a revolta que não consegui continuar o trabalho sem recorrer a uma música que me acalmasse ("A força da Paz"). Se ficar indignado com estes dados, clique aqui e oiça a "força da paz", sendo que "aquilo que afeta diretamente uma pessoa, acaba por afetar todas as pessoas indiretamente" (Martin Luther King)
Já não consigo suportar mais este sufoco e esta falta de respostas políticas, económicas, sociais e laborais! Um dia estouro (creio ter esse direito), sendo que é-me impossível ficar indiferente ao sofrimento dos jovens e das famílias que me procuram (já desesperados) e para os quais eu não tenho respostas válidas e muito menos as consigo vislumbrar num futuro próximo. A maioria tem crianças e idosos nos agregados e por vezes os pais são os dois afetados pelos desemprego, começam por não conseguir suportar as prestações da casa, depois vem o Estado com combranças sem notificações e de repente ficam sem trabalho, sem abrigo e sem proteção social, aumentando de dia para dia os sem-abrigo. Segundo notícias recentes, as equipas do programa InterGerações da Santa Casa Misericórdia de Lisboa encontraram 22 sem-abrigo com formação superior na capital durante o projecto de diagnóstico de situações de exclusão e vulnerabilidade social. São já cerca de 5% os licenciados sem-abrigo. Um médico, um piloto ou engenheiros estão entre os licenciados identificados a viver na rua. CUIDADO QUE EM BREVE PODEREMOS SER NÓS!
"TENHAM ESPERANÇA!" Dizem-me os meus amigos políticos, sendo que vem aí a "MUDANÇA".
Mas qual mudança? Vislumbram seriamente alguma mudança? Eles (os políticos e amigos) lá se arranjam com as mudanças, mas e os outros portugueses?
Mais uma década de ilusões?
BASTA! Não é a mera mudança de cor ou os arranjos entre líderes políticos que nos resolve os problemas, sendo que isso é a treta do costume e só continua a facilitar os do mesmo sistema político-empresarial já instalado há décadas! Eles bem se mudam, vão-se aproximando, lá se arranjam, mas que se sinta que algo mude verdadeiramente, isso a maioria dos portugueses não sentem. Se não sentem, exijam!
PRECISAMOS DE LÍDERES POLÍTICOS SÉRIOS E CORAJOSOS PARA DERRUBAR O SISTEMA POLÍTICO-EMPRESARIAL CENTRAL INSTALADO, SENDO QUE VIVEMOS NUMA GUERRA QUE ESTÁ A MATAR ÀS CENTENAS EM PORTUGAL E AOS MILHARES POR TODA A EUROPA.
Neste contexto de crise e de sufoco económico, laboral e social, há uma guerra silenciosa instalada que mata mais do que qualquer bomba atómica, sobre a qual nenhum dos candidatos vai redigir e concretizar programas eleitorais sérios. Uns vão falar destas problemáticas para angariar o nosso voto e outros vão, simplesmente, passar ao lado do problema ou esforçar-se para esconder as causas desta matança generalizada, seja em casa, na escola, no hospital, na rua ou debaixo da ponte.
Quando olhamos para alguns indicadores sobre os níveis da taxa de pobreza, só podemos ficar muito preocupados e em alerta vermelho, senqo que, aquilo que dizem estar a melhorar está é a piorar de dia para dia e ninguém pode esconder esta triste realidade. Temos de ver, de querer ver, de ter coragem para ver e sobretudo de saber ver a realidade que nos rodeia, de modo a podermos enfentar a resolução dos problemas. Caso contrário, iremos continuar numa ilusão e a morrer lentamente e silenciosamente sem que ninguém se importe.
O último relatório de Portugal sobre o Ponto da situação das Metas em Portugal relativas à Estratégia 2020 é disso exemplo ao esconder os dados necessários para se conhecer a realidade do país na sua especificidade e, consequentemente não favorecer uma leitura clara e real da situação nacional em termos económicos e sociais.
CUIDADO QUE ANDAM A ILUDIR-NOS!
Senão vejamos:
As despesas com a proteção social, que consiste nos pagamentos para benefícios em proteção social, em 2011, só foram equivalentes a 19.6% do PIB (UE27), valor este que se poderá concluir muito baixo face ao conjunto de problemáticas sociais porque estão a passar os Estados-Membro da Europa;
O peso da saúde e da proteção social juntos no total da despesa pública é baixo nos 12 Estados Membros, que integraram recentemente a EU, assim como em Portugal, onde representa menos da metade do total das despesas nacionais.
Em 2012, 24.8% da população europeia (aproximadamente 124.5 milhões de pessoas na Eu-28) era considerada como estando em risco de pobreza e/ou exclusão social, de acordo com a definição adotada pela Estratégia 2020. O valor registado para Portugal era de 25.3%.
Continuam a ser as crianças o grupo mais vulnerável a situações de pobreza ou exclusão social. A taxa de risco de pobreza ou exclusão social para as crianças subiu em 2012 para 28.1% (UE28) (2010: 26.9%, UE28). Para Portugal e segundo a Eurostat a taxa de risco de pobreza para as crianças foi de 27.8% (2010: 28.7%).
No que diz respeito à população idosa a taxa de risco de pobreza e exclusão social diminuiu na UE28 de 19.8% em 2010 para 19.3% em 2012. No caso português essa taxa também diminuiu para 22.5% em 2012 (26.1% - 2010).
Tendo em conta a composição do agregado familiar verificou-se que para 2011 e para a UE27, são as famílias monoparentais com filhos a cargo (49.8%) que estão em maior risco de pobreza ou exclusão social, logo seguidos das pessoas solteiras (34.5%) e pelos agregados formados por 2 adultos e 3 ou mais crianças dependentes (30.8%).
Verificou-se que mais de 10.4% da população da UE28 foi considerada como vivendo em agregados com baixa e muito baixa intensidade de trabalho. Portugal integra o grupo de países onde se verificou um aumento deste indicador.
Em 2012, 9.9% da população da UE foi considerada como estando em situação de privação material severa.
Em 2012, 17% da população da UE27 encontrava-se em risco de pobreza isto é, com rendimentos inferiores ao limiar de 60% do rendimento mediano equivalente. Em Portugal essa taxa foi de 17.9%.
O INE procedeu ao cálculo da linha de pobreza ancorada no tempo (2009) e atualizada em 2010 e em 2011 tendo por base a variação do índice de preços no consumidor. Segundo este indicador verificou-se um aumento da proporção de pessoas em risco de pobreza: 17.9% em 2009, 19.6% em 2010 e 21.3% em 2011. Este aumento é mais significativo para os menores de 18 anos (22.4% em 2009, 23.9% em 2010 e 26.1% em 2011) e para a população em idade ativa (15.7% em 2009, 17.7% em 2010 e 20.3% em 2011).
O Eurostat aponta uma taxa de desemprego em outubro de 2013 para a UE28 de 10.9% e que se traduz em 26 654 milhões de homens e mulheres sem emprego. Em Portugal essa taxa foi de 15.7% em outubro de 2013. Segundo o INE e para o 3º trimestre de 2013 a taxa de desemprego foi de 15.6%.
Relativamente ao desemprego jovem, 5 657 milhões de jovens (com idades inferiores a 25 anos) estavam desempregados na UE28 (3577 milhões na zona euro). A taxa de desemprego jovem para a UE28 foi de 23.7% em Outubro de 2013.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Eurostat grandes desigualdades na distribuição do rendimento foram verificadas entre a população da UE27 em 2011: 20% da população com o rendimento disponível mais elevado, recebia 5 vezes mais do que 20% da população com o mais baixo rendimento disponível. Para Portugal esse rácio foi de 5.7%.
Em 2011, 11.5% da população da UE27 (Portugal: 7.2%) viviam em agregados nos quais gastavam mais de 40% do seu rendimento disponível com a habitação.
A população europeia está a aumentar, enquanto a estrutura etária está a envelhecer (com a entrada na reforma das gerações do pós-guerra), as pessoas vivem mais, a esperança de vida continua a aumentar, mas o índice de fertilidade aumenta muito lentamente. Em 2012, e para a UE27, a percentagem de população jovem (0-14 anos de idade) foi 15.6% na UE27 (PT: 14.8%), a percentagem de pessoas em idade ativa foi 66.6% (PT: 65.8%) e a população idosa (65 ou mais anos) 17.8% (PT: 19.4%).
Em termos de índice de dependência dos idosos verificou-se que para 2012 e para a UE27 este foi de 26.8% (29.6% em PT), ou seja, havia cerca de 4 pessoas em idade ativa para cada pessoa com 65 ou mais anos.
Segundo a OCDE, as projeções indicam que a população portuguesa com 65 e mais anos, em 2050, poderá aumentar 32% e a população com 80 ou mais anos, 11%. As projeções são superiores às médias esperadas para a OCDE: 25.7% e 10% respetivamente.
Assim, se nos centrarmos nas problemáticas essenciais sobre as quais a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN Portugal) intervém, podemos facilmente constatar o ponto de situação em que nos encontramos e a dita "MUDANÇA" que urge fazer.
MAS MUDANÇA OU REVOLUÇÃO?
ATENDENDO A QUE ESTAMOS A COMEMORAR 40 ANOS DE ABRIL E REFLETINDO SOBRE OS PRINCÍPIOS E VALORES DA REPÚBLICA E DA SUA CONSTITUIÇÃO, EU PREFIRO CHAMAR-LHE REFUNDAÇÃO OU MESMO REVOLUÇÃO IDEOLÓGICA NECESSÁRIA.
Gostava de ver os políticos a abordar a redistribuição do orçamento europeu pelas seguintes funções sociais. Note-se que as percentagens apresentadas no quadro que se segue correspondem ao total da despesa e não ao total do PIB.
Como se pode ver no gráfico que se segue, as despesas com os apoios de proteção social (UE a 27), ou seja, aqueles que são transferidos para os indivíduos ou agregados e destinados a cobrir um conjunto de riscos ou necessidades, foram equivalentes a 19.6% do PIB (2011), ligeiramente inferior aos dois anos anteriores (19.9% em 2010 e 20.1% em 2009) Fonte: Eurostat - General government expenditure in 2011;
O peso da saúde e da proteção social no total da despesa pública é baixo nos 12 Estados Membros, que integraram recentemente a Europa, assim como em Portugal, onde representa menos da metade do total das despesas nacionais. Logo seguido à proteção social, as funções mais importantes são: saúde (7.3%); serviços públicos gerais (6.6%); educação (5.3%) e assuntos económicos (4.0%).
Veja-se no quadro que se segue a significativa diferença relativa ao valor investido em proteção social por habitante, em cada país. Para quando o devido equilíbrio e a necessária coesão europeia?
FONTES:
A Good Life in Old Age? Monitoring and Improving Quality in Long-Term Care, OECD, 2013.
At risk of poverty or social exclusion in the EU27, Newsrelease 28/2013, Eurostat, 26 de Fevereiro 2013.
Children were the age group at the highest risk of poverty or social exclusion in 2011, Statistics in Focus 4/2013, Eurostat, 2013.
Destaque – Estatísticas do Emprego 3º Trimestre de 2013, 7 de Novembro de 2013
Destaque – Estatísticas do Emprego 2º Trimestre de 2013, 7 de Agosto de 2013.
Destaque – Rendimento e Condições de Vida – 2012 (dados provisórios), INE, Julho de 2013.
Estatísticas do Emprego – 2º Trimestre de 2013, INE, 2013.
Euro are unemployment rate a 12.1%, Newsrelease 179/2013 de 29 de Novembro de 2013
Euro are unemployment rate a 12.1%, Newsrelease 118/2013, Eurostat, 31 de Julho de 2013.
European Social Statistics – 2013 Edition, Eurostat Pocketbooks, 2013.
General Government Expenditure in 2011 – Focus on the functions ‘social protection’ and ‘health’, Statistics in Focus 9/2013, Eurostat, 2013.
Global Employment Trends 2013. Recovering from a second jobs dip, Genebra, ILO, 2013.
Report on Demography, Newsrelease 49/2013, Eurostat 26 de Março de 2013; EU Employment and Social Situation, Quartely Review – Special Supplement on Demographic Trends, Março de 2013.
FONTES ELETRÓNICAS
http://www.eapn.pt/observatorio-lisboa
http://www.ine.pt
http://www.seg-social.pt
Segundo as sondagens mais recentes (PollWatch 2014/Votewatch, de 5 de março) os socialistas vão ligeiramente à frente, estando a perder terreno a extrema direita/radical, conforme se pode observar entre a projeção de fevereiro e a projeção de março. Os partidos mais à esquerda estão a tornar-se na terceira força política europeia. Mas a campanha ainda nem começou, sendo que tudo está em aberto e o verdadeiro teste só é feito na noite de 25 de Maio.
Clique em cima da cor para visitar o website de cada grupo euro-parlamentar | |
EPP - Group of the European People's Party | |
S&D - Group of the Progressive Alliance of Socialists and Democrats | |
ALDE - Group of the Alliance of Liberals and Democrats for Europe | |
G/EFA - Group of the Greens / European Free Alliance | |
ECR - European Conservatives and Reformists Group | |
EFD - Europe of Freedom and Democracy Group | |
GUE/NGL - Confederal Group of the European United Left / Nordic Green Left | |
NI - Non-attached members |
Esta sondagem (PollWatch2014) apresenta um estudo sobre as mais recentes previsões efetuadas a nível europeu, utilizando novas pesquisas de opinião de cada Estado-Membro, exceto o Reino Unido, Chipre, Luxemburgo e Malta.
Desta informação destaca-se o seguinte:
1) Os socialistas permanecem ligeiramente à frente do PPE, com 209 lugares contra 202;
2) O protesto contra o modelo de União Europeia e as forças anti-Europa, tanto da direita quanto da esquerda do Parlamento Europeu, permanecem fortes e em crescimento. Note-se que o grupo da esquerda mais radical, "Esquerda Unitária Europeia" (GUE-NGL) está a subir para a terceira força política mais votada, à frente dos liberais (ALDE);
3) O GUE-NGL passa para o terceiro grupo parlamentar mais votado, trocando com o ALDE, sobretudo devido ao aumento da Lista "Tsipras" da Itália e da prevista subida do Bloco de Esquerda em Portugal;
4) A quebra nos principais partidos na Roménia também precipitou uma queda no número total de lugares para o Partido Liberal Nacional ALDE;
5) As mudanças na Alemanha indicam que pelo menos quatro novos partidos poderão vir a ganhar assento pela primeira vez no Parlamento Europeu: a alternativa anti-europeia para a Alemanha (AFD), o anti-direitos da internet/copyright - Partido Pirata (PIR), os Livres ( FW ), e à direita o Partido Nacionalista Democrático ( NDP ). A previsão sobre a Alemanha tem por base os resultados de três pesquisas eleitorais recentes da UE ( INSA, GMS e FORSA), realizadas entre 17 e 24 de fevereiro;
6) De modo mais geral, o apoio crescente destes pequenos partidos na Alemanha é sinónimo de uma tendência mais ampla em toda a Europa, que se deve à fragmentação do eleitorado;
7) Há um número elevado de pessoas mais propensas a votar como forma de protesto e não pela ideologia ou programa eleitoral concreto. Há muito populismo, afirmam-se os partidos eurocéticos e os mais radicais, quer da direita, quer da esquerda mais extremistas, situação que poderá vir a provocar alterações significativas nos lugares e nos Grupos do Parlamento Europeu;
8) Atendendo ao crescimento de novos partidos em diversos Estados-Membro, prevê-se que venha a haver deputados suficientes para criar pelo menos mais três grupos parlamentares à direita do EPP (PSD/CDS-PP): O ECR (atual EFC), a Frente Nacional Francesa (FN) e o Partido da Liberdade - "Dutch Party of Freedom" (PVV) da Holanda
NOTA:
PollWatch2014 é uma iniciativa VoteWatch Europa em parceria com a Burson- Marsteller/Europe Decide. O projeto PollWatch2014 é financiado pelo Parlamento Europeu, as Fundações Open Society, Burson- Marsteller e VoteWatch CIC .
Uma equipa de cientistas políticos principais - Simon Hix , da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, bem como Kevin Cunningham e Michael Marsh do Trinity College de Dublin - vão fornecer previsões regulares sobre os resultados das eleições para o Parlamento Europeu de 2014.
AVISO: O projecto foi co-financiado pela União Europeia no quadro do programa de subvenção do Parlamento Europeu em matéria de comunicação. O Parlamento Europeu não está envolvido na sua preparação, pelo que não é, de forma alguma, responsável sobre a informação ou opiniões expressas no âmbito deste projecto .
Fonte: http://europedecides.eu/2014/03/pollwatch-2014-socialists-still-in-front-but-lead-cut/
Carta do Zé ao Francisco. Apesar de pouco ou nada perceber de política, sei um pouco de música e ainda consigo tocar uns instrumentos, mas não queria responder-te só com recurso à música "pimba" e dizer-te disfarçadamente "Francisquinho, meu amor".
Já fui um teu acérrimo defensor, tendo inclusivamente lutado contra os meus amigos e conterrâneos (de Baião), mas coloquei sempre em primeiro lugar o que penso e aquilo em que acredito, mesmo que venha a sofrer desilusões, a errar ou a arrepender-me. É assim que aprendemos!
Já não nutro por ti o mesmo amor de outros tempos, nem sinto o cheiro do "perfume" que me transportava para longas planícies cheias de rosas. Não sei se encontras-te outro alguém e muito menos se havias casado com o PS em separação ou "comunhão de bens", mas o facto é que já há muito que diversos militantes e simpatizantes socialistas não vinham a compreender esse "maldito amor" que passaste a nutrir pela direita.
Será que te fez mal ir de Amarante para Lisboa? Se foi isso, agora imagina o que poderá fazer de ti a ida para Bruxelas. Espero que não venhas um dia a chorar pela tua "mãe querida", tal como acontece à maioria dos emigrantes, sendo que foste tu que escolheste esse rumo e a deixaste "abandonada" e "sozinha".
Lembra-te que os socialistas e os portugueses em geral têm boa memória e tudo "fica escrito no céu". Por isso, depois não venhas com grandes "promessas", sendo que a maioria da malta já não vai em cantigas. Podes até vir tentar "chorar no nosso colo", mas lembra-te que quem escolheu o rumo "foste tu e ela" e não sei "se as flores se vão voltar a abrir", sendo que optaste por deixar "a fera à solta" e não penses que somos todos "anjinhos e inocentes", porque isso não somos! Já foi tempo em que as ilustres elites consideravam que o lugar e o protagonismo estariam sempre garantidos e que seriam eternos. Mas não são! "São já muitos anos de vida" e a gente "até te amava", mas não admitimos "traidores".
Quando a gente se ama, há "pecados que são de amor"e esses deixam sempre feridas abertas!
Apesar de parecer um rebelde desassossegador, sempre fui e gosto de ser um mero "soldado da paz", mas face às tuas escolhas e alinhamentos, optei por "deixar-te seguir com ela" (sim, com a direita), mas "juro-te e jurarei", "não foi tudo por ciúme". Apenas luto e lutarei "para iluminar" o "sol e a lua", tal como é legitimo e permitido fazer a qualquer "trovador de mil constelações".
Poderia simplesmente dizer-te que "afinal havia outro"e que não tinhas de arriscar esta humilhação. Haver, até havia, mas os melhores não alinham por um rumo qualquer e muito menos com alinhamentos antecipados para a direita. Por isso, foste assim apresentado, em Santo Tirso, inesperadamente e sozinho, dando a transparecer que nem sequer conhecias devidamente "os pais da noiva". Vê lá se ao menos consegues chegar ao casamento!
Não sei se "mereço tanta dor", mas também não nos "contas tudo, amor". Será que teremos de reencontrar-nos com um "ex-namorado" que tenha a capacidade e coragem para nos "levar ao altar"?
Lembra-te que já "passa da meia noite e eu sem ti"
Desculpa, mas já não consigo esperar mais.
Até sempre...
.....
Podem apelidar-me do que quiserem e até dizerem as vezes que entenderem, que sou apenas mais um "Zé rabelo lá não se sabe de onde", expressão que para mim é sempre um orgulho ouvir, sendo que me colocam do lado de povo anónimo e de um interior pobre e profundo mas que está bem mais perto da dor que já milhões de pessoas sentem.
Como sou um militante e cidadão comum, creio também ter o direito à minha quota parte de rebeldia, de loucura e de desassossego, mas também creio ainda ter o mínimo de lucidez e de responsabilidade, visto que o conformismo, a que nos habituaram e por vezes obrigaram, em nada vinha a melhorar a vida dos portugueses e muito menos a solucionar os problemas e dificuldades do País e da Europa.
Por tudo isto, por todo um passado em que tenho orgulho e que respeito, por um presente a que estou atento e por um futuro com que me preocupo e que desejo e espero venha a ser melhor, dedico-te este pequeno poema, tal e qual como sinto Portugal, o PS, os Dirigentes e os Socialistas.
Como não sou político nem escritor e muito menos cantor, não sei como apelidar esta escrita, mas entrego-te frontalmente e abertamente o que sinto, dizendo-te frontalmente que, por maior e incisivo discurso filosófico-político de direita que venhas a apregoar na ágora e em defesa das elites instaladas e alapadas, ou contra o discurso protofascista que os do "teu" partido encetaram e que tanto te preocupa, acredita que se te mantiveres do lado correcto não tens com que te preocupar. Agora, se te passares para o outro lado, por mais sociais democratas que possamos ser, não sei se te conseguiremos defender.
ESCRITO EM 27/2/2014, DEDICADO AOS SOCIALISTAS, SOBRETUDO AOS QUE ESTÃO A PASSAR POR PROCESSOS DE SUSPENSÃO E EXPULSÃO E A PENSAR NA LISTA DO PS A ENCABEÇAR PELO FRANCISCO ASSIS
Declaração de Princípios de um Socialista
Ser socialista é defender a democracia
Aceitar a diversidade e honrar-se da história
Ser solidário, defender a liberdade e a justiça
E respeitar a longa e destemida senda da glória
É respeitar o passado, o suor e a esperança,
Que outros conquistaram com glória e emoção
É obter dos portugueses a total confiança
E defender os valores consagrados por esta nação.
Ser socialista é ser um combatente
Sendo que esta luta nunca será individual,
Une-nos o verde na tralha e o vermelho na batente
E uma forma rectângular num campo desigual
Temos um escudo protetor sobre uma esfera armilar
E um punho que representa a sua defesa
Carregamos uma longa história já milenar
E seguimos as estrelas que nos fazem sonhar
O nosso orgulho é esta grandeza já conseguida
Conscientes de percursos ainda longos e por trilhar
De bandeira em punho desfraldada
Havemos em democracia fazer-te brilhar
Nunca te deixaremos entregue à bicharada
Sendo que na alegria ou na dor haveremos sempre gritar...
VIVA A DEMOCRACIA
VIVA A LIBERDADE
VIVA PORTUGAL
Um abraço
O Zé de Baião