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Para memória futura sobre o timing e o lugar que os dirigentes do PS não têm conseguido, não têm sabido, ou não querem ocupar.


21 Nov 2013 "Conferência Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social" (Aula Magna - Lisboa))



"Caros Amigos, 


1. Estamos hoje aqui por razões patrióticas e para salvar a Pátria e a Democracia, que estão em grande risco. Estamos, por muito que me custe dizer isso, a caminho de uma nova ditadura. Vide o que se passou há poucos dias com as Universidades e os Institutos Politécnicos. Bem como com os juízes, os militares, os guardas republicanos e os polícias. E também com os funcionários públicos e mesmo com alguns privados.

2. É preciso respeitar a Constituição. Não há democracia sem respeito pela Constituição. Não é eterna, obviamente, mas para a mudar são precisos dois terços do Parlamento, o que não é o caso.

3. O Senhor Presidente da República, que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição, não a está a respeitar. O que é inaceitável. Porquê? Porque só protege um único partido, que é o seu próprio, e o seu actual aliado CDS-PP. Não é o Presidente de todos os portugueses. Longe disso. É odiado e vaiado pela grande maioria dos portugueses, que estão a viver terrivelmente mal. Por isso tem medo de sair à rua.

4. Os portugueses, com este Governo, estão a emigrar, desesperados, revoltados e a suicidar-se. E outros, para subsistir, entram na criminalidade. É gravíssimo.

5. É preciso ter a consciência de que a violência está à porta. Ora é isso que é necessário evitar.

6. É para evitar a violência que estamos aqui, patrioticamente, a defender a Constituição, a Democracia, o Estado Social e o Estado de Direito, que estão a ser sistematicamente destruídos.

7. Com um Governo completamente paralisado e sem rumo, que não dialoga com o Povo, e um Presidente da República que só pensa em mantê-lo, estamos, todos os dias, a criar o desespero e a violência. É verdade que há muita gente com medo. Mas outros estão tão desesperados que já não têm nada a perder.

8. É por isso que digo que o Presidente e o Governo devem demitir-se, enquanto podem ir ainda para as suas casas. Caso contrário, serão os responsáveis pela onda de violência que aí virá e os vai atingir.

9. Acresce que não é só Portugal que está mal. É certo. Mas a Espanha e a Itália, felizmente para elas, não têm troikas. E a Irlanda vai deixar de tê-la. A crise é europeia. Mas está em mudança, para evitar um desastre mundial. Ninguém aceita hoje a austeridade, que está na origem de todos os males. Portugal é a excepção. E parece gostar de ter a troika, que é quem manda em Portugal. Que vergonha para um Estado que descobriu o Mundo e tem as suas velhas fronteiras de há mais de nove séculos.

10. Por isso ouso dizer, patrioticamente: Senhor Presidente, demita-se, uma vez que não cumpre a Constituição e por partidarismo não é capaz de demitir este Governo incompetente e que nos está a empobrecer e destruir todos os dias. Não nos digam que não há mais alternativas. Há, muitos o sabem. Não desgrace mais Portugal!"

- Mário Soares, 21 de novembro de 2013, Aula Magna (Lisboa)


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Se a Europa não vingar, o caminho é este: Países de Língua Oficial Portuguesa

Numa notícia do expresso podemos constatar que "o Português foi considerado como um dos 10 idiomas estrangeiros  mais importantes nos próximos 20 anos no Reino Unido, de acordo com um estudo do  instituto British Council, cujos resultados foram hoje parcialmente  divulgados pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.

 

"Pela primeira vez, a língua portuguesa integra esta espécie de  pequena lista das línguas consideradas 'vitais' num horizonte temporal de 20  anos, partilhando esse estatuto com o Espanhol, Árabe, Francês, Mandarim,  Alemão, Italiano, Russo, Turco e   Japonês", sublinhou o instituto  Camões num comunicado.

 

No relatório "Languages for the Future" (Línguas para o  Futuro), que analisa as prioridades linguísticas do Reino Unido, é referido que  a seleção de idiomas baseia-se "em fatores económicos, geopolíticos, culturais e  educacionais, incluindo as necessidades das empresas do Reino Unido no que  respeita aos seus negócios com o exterior, as prioridades diplomáticas e de  segurança e a relevância na Internet", indicou a mesma nota informativa.

 

Os autores do estudo britânico destacaram, segundo o instituto  Camões, a utilização do português como língua de trabalho da União Europeia (UE)  e em outros organismos internacionais, como a Organização dos Estados  Ibero-americanos, União Africana,   Comunidade para o Desenvolvimento da  África Austral e a União das Nações sul-americanas, mas também o facto de a  língua portuguesa ser o quinto idioma mais utilizado na Internet.

 

"Outros estudos recentes têm vindo a indicar que a projeção da  língua portuguesa se deve principalmente ao número de falantes de língua  materna, ao número de países de língua oficial portuguesa, à presença e  crescimento na Internet, à cultura, sobretudo ao nível da tradução de  originais e, desde há alguns anos, à ciência, devido a um forte crescimento da  produção de artigos em revistas científicas", acrescentou o instituto  Camões.

 

PaísÁreaPopulaçãoPercentual do total de falantes
-10.740.678258.456.615100%
Brasil Brasil8.510.767,049201.032.71478,58%
Moçambique Moçambique801.59022.061.4518,85%
Angola Angola1.246.70020.609.3006,59%
Portugal Portugal92.20110.848.6924,48%
Guiné-Bissau Guiné-Bissau36.5441.586.0000,66%
Timor-Leste Timor-Leste14.874947.0000,39%
Cabo Verde Cabo Verde4.033420.9790,17%
São Tomé e Príncipe São Tomé e Príncipe1.001157.0000,06%

 

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/falar-portugues-pode-dar-emprego-no-reino-unido=f842288#ixzz2lNKWHqff

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