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Que te posso dizer Francisco?

por José Pereira (zedebaiao.com), em 27.02.14

Carta do Zé ao Francisco. Apesar de pouco ou nada perceber de política, sei um pouco de música e ainda consigo tocar uns instrumentos, mas não queria responder-te só com recurso à música "pimba" e dizer-te disfarçadamente "Francisquinho, meu amor". 

Francisco Assis, eleições europeias, socialista, ps, Seguro, Sócrates, José Luís Carneiro, Amarante, Porto, política

 

 

Já fui um teu acérrimo defensor, tendo inclusivamente lutado contra os meus amigos e conterrâneos (de Baião), mas coloquei sempre em primeiro lugar o que penso e aquilo em que acredito, mesmo que venha a sofrer desilusões, a errar ou a arrepender-me. É assim que aprendemos!

 

Já não nutro por ti o mesmo amor de outros tempos, nem sinto o cheiro do "perfume" que me transportava para longas planícies cheias de rosas. Não sei se encontras-te outro alguém e muito menos se havias casado com o PS em separação ou "comunhão de bens", mas o facto é que já há muito que diversos militantes e simpatizantes socialistas não vinham a compreender esse "maldito amor" que passaste a nutrir pela direita.

 

Será que te fez mal ir de Amarante para Lisboa? Se foi isso, agora imagina o que poderá fazer de ti a ida para Bruxelas. Espero que não venhas um dia a chorar pela tua "mãe querida", tal como acontece à maioria dos emigrantes, sendo que foste tu que escolheste esse rumo e a deixaste "abandonada" e "sozinha".

 

Lembra-te que os socialistas e os portugueses em geral têm boa memória e tudo "fica escrito no céu". Por isso, depois não venhas com grandes "promessas", sendo que a maioria da malta já não vai em cantigas. Podes até vir tentar "chorar no nosso colo", mas lembra-te que quem escolheu o rumo "foste tu e ela" e não sei "se as flores se vão voltar a abrir", sendo que optaste por deixar "a fera à solta" e não penses que somos todos "anjinhos e inocentes", porque isso não somos! Já foi tempo em que as ilustres elites consideravam que o lugar e o protagonismo estariam sempre garantidos e que seriam eternos. Mas não são! "São já muitos anos de vida" e a gente "até te amava", mas não admitimos "traidores".

 

Quando a gente se ama, há "pecados que são de amor"e esses deixam sempre feridas abertas!

 

Apesar de parecer um rebelde desassossegador, sempre fui e gosto de ser um mero "soldado da paz", mas face às tuas escolhas e alinhamentos, optei por "deixar-te seguir com ela" (sim, com a direita), mas "juro-te e jurarei", "não foi tudo por ciúme". Apenas luto e lutarei "para iluminar" o "sol e a lua", tal como é legitimo e permitido fazer a qualquer "trovador de mil constelações".

 

Poderia simplesmente dizer-te que "afinal havia outro"e que não tinhas de arriscar esta humilhação. Haver, até havia, mas os melhores não alinham por um rumo qualquer e muito menos com alinhamentos antecipados para a direita. Por isso, foste assim apresentado, em Santo Tirso, inesperadamente e sozinho, dando a transparecer que nem sequer conhecias devidamente "os pais da noiva". Vê lá se ao menos consegues chegar ao casamento!

 

Não sei se "mereço tanta dor", mas também não nos "contas tudo, amor". Será que teremos de reencontrar-nos com um "ex-namorado" que tenha a capacidade e coragem para nos "levar ao altar"?

 

Lembra-te que já "passa da meia noite e eu sem ti" 

 

Desculpa, mas já não consigo esperar mais.

 

Até sempre...

 

.....

 

 

Podem apelidar-me do que quiserem e até dizerem as vezes que entenderem, que sou apenas mais um "Zé rabelo lá não se sabe de onde", expressão que para mim é sempre um orgulho ouvir, sendo que me colocam do lado de povo anónimo e de um interior pobre e profundo mas que está bem mais perto da dor que já milhões de pessoas sentem.

 

Como sou um militante e cidadão comum, creio também ter o direito à minha quota parte de rebeldia, de loucura e de desassossego, mas também creio ainda ter o mínimo de lucidez e de responsabilidade, visto que o conformismo, a que nos habituaram e por vezes obrigaram, em nada vinha a melhorar a vida dos portugueses e muito menos a solucionar os problemas e dificuldades do País e da Europa.

 

Por tudo isto, por todo um passado em que tenho orgulho e que respeito, por um presente a que estou atento e por um futuro com que me preocupo e que desejo e espero venha a ser melhor, dedico-te este pequeno poema, tal e qual como sinto Portugal, o PS, os Dirigentes e os Socialistas.

 

Como não sou político nem escritor e muito menos cantor, não sei como apelidar esta escrita, mas entrego-te frontalmente e abertamente o que sinto, dizendo-te frontalmente que, por maior e incisivo discurso filosófico-político de direita que venhas a apregoar na ágora e em defesa das elites instaladas e alapadas, ou contra o discurso protofascista que os do "teu" partido encetaram e que tanto te preocupa, acredita que se te mantiveres do lado correcto não tens com que te preocupar. Agora, se te passares para o outro lado, por mais sociais democratas que possamos ser, não sei se te conseguiremos defender.

 

ESCRITO EM 27/2/2014, DEDICADO AOS SOCIALISTAS, SOBRETUDO AOS QUE ESTÃO A PASSAR POR PROCESSOS DE SUSPENSÃO E EXPULSÃO E A PENSAR NA LISTA DO PS A ENCABEÇAR PELO FRANCISCO ASSIS

 

Declaração de Princípios de um Socialista

 

Ser socialista é defender a democracia
Aceitar a diversidade e honrar-se da história
Ser solidário, defender a liberdade e a justiça
E respeitar a longa e destemida senda da glória

 

É respeitar o passado, o suor e a esperança,
Que outros conquistaram com glória e emoção
É obter dos portugueses a total confiança
E defender os valores consagrados por esta nação.

 

Ser socialista é ser um combatente
Sendo que esta luta nunca será individual,
Une-nos o verde na tralha e o vermelho na batente
E uma forma rectângular num campo desigual

 

Temos um escudo protetor sobre uma esfera armilar
E um punho que representa a sua defesa
Carregamos uma longa história já milenar
E seguimos as estrelas que nos fazem sonhar

 

O nosso orgulho é esta grandeza já conseguida
Conscientes de percursos ainda longos e por trilhar
De bandeira em punho desfraldada
Havemos em democracia fazer-te brilhar

Nunca te deixaremos entregue à bicharada
Sendo que na alegria ou na dor haveremos sempre gritar...

 

VIVA A DEMOCRACIA
VIVA A LIBERDADE
VIVA PORTUGAL

 

 

Um abraço

 

O Zé de Baião

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Movimento ZERO Eurodeputados de direita

por José Pereira (zedebaiao.com), em 25.02.14

Defendemos uma sociedade sustentável baseada no equilíbrio entre o CAPITAL - TRABALHO - BEM-ESTAR SOCIAL!

Somos contra todas as formas neoliberais capitalistas que visam o domínio e/ou controlo da sociedade por via do monopólio financeiro dos grandes grupos económicos e dos grandes mercados globais desregulados que proliferam à custa da subserviência de deputados e eurodeputados oriundos ou comprometidos com um sistema político-empresarial neoliberal capitalista.

 

ADIRA AO MOVIMENTO E PARTILHE - ENTRE AQUI: https://www.facebook.com/events/272589112906711/?source=1

 

eleições europeias 2014

 

A crise económica na União Europeia e principalmente na zona euro já dura há mais de três anos e assim querem os neoliberais que continue, sendo que é à custa da mesma e do estrangular de toda uma sociedade que garantem o controlo sobre a maximização do lucro.

 

Esta crise tem sido provocada, não pelos cidadãos em geral que trabalham ou que infelizmente não têm trabalho/oportunidades de vida digna, mas sim consentida por uma maioria de deputados e eurodeputados que alinham com a direita neoliberal capitalista e que se mantêm no conformismo subserviente aos grandes mercados financeiros a quem interessa a falta de mecanismos de regulação político-social.

 

Esta crise não tem fim previsto e muito menos à vista,porque isso interessa aos donos e senhores do capital e dos grandes mercados industriais, comerciais e sobretudo financeiros que fazem aumentar os seus lucros por longos anos à custa do da exploração e do sofrimento de toda uma sociedade.

 

A política aplicada na UE, sobretudo a partir de 2010 resume-se à linha ideológica da direita neoliberal capitalista, a qual se traduz em austeridade sobre austeridade e na eterna responsabilização dos trabalhadores. Os objetivo principal desta política neoliberal, quase sempre disfarçado, é restringir ao máximo o Estado Social (institucionalizado e construído com base no equilíbrio social) e forçar a diminuição do endividamento dos países exclusivamente através de um corte radical dos encargos com o Estado Providência, o qual sempre foi, é e continuará a ser o garante do equilíbrio entre o capital, o trabalho e o bem-estar social dos países desenvolvidos.

 

Ao permitirmos a eleição e o alinhamento dos eurodeputados com a ideologia de direita, neoliberal capitalista, significa que estamos a entregar aos senhores do capital o controlo e domínio sobre os recursos naturais, sobre a educação, sobre a saúde e sobre a assistência social nas fragilidades e no fim de vida.

 

O denominado Estado Social/Estado de Bem-Estar/Estado Providência foi constituído e construído na maioria dos Estados Europeus com base na ideologia da social democracia e de um “equilíbrio” entre capital, trabalho e garantia de bem-estar para todos. Será que pretendemos perder este equilíbrio e ser dominados pelo poder do capital?

 

A questão é que já nem o PSD/CDS-PP são sociais democratas, sendo que estão alinhados, a nível nacional e europeu, com uma ideologia de ataque cerrado contra o Estado Social, sendo os cidadãos, as pequenas e médias empresas e as instituições públicas e sociais fortemente atacadas com políticas de austeridade insensível e desmedida, cujo objetivo principal é destruir as bases do Bem-Estar Social e de uma vida digna para todos e assente na estabilidade de uma classe média sustentável que não deixe ninguém para trás. Não podemos permitir que a pirâmide social afunile cada vez mais para uma meia dúzia de excessivamente ricos à custa de uma base excessivamente alargada de cidadãos a viver do nível do limiar da pobreza para baixo. Não queremos um País nem uma Europa de poucos excessivamente ricos e de muitos excessivamente pobres.

 

Defendemos uma sociedade sustentável baseada no equilíbrio entre o CAPITAL - TRABALHO - BEM-ESTAR SOCIAL!

 

Veja-se os cortes massivos nos salários e pensões, os aumentos de impostos sobre o comércio e produtos alimentares essenciais, as demissões em massa dos funcionários públicos e privados, a destruição das micro e pequenas empresas para facilitar o lucro dos grandes grupos económicos e empresariais, veja-se as privatizações de quase tudo, chegando mesmo ao cúmulo de pretenderem privatizar os recursos naturais que já cá estavam na terra antes do homem se tornar homem.

Veja-se que até chegam a falar na privatização da água e se não tivermos cuidado, até se lembrarão de privatizar os raios de sol ou sobre eles aplicarem taxas.

 

Veja-se a redução e os cortes encetados sobre os serviços sociais, sobre a saúde, sobre a educação e sobre a um envelhecimento digno a que todos devem ter direito.

 

Veja-se a precarização massiva das condições de trabalho que continuam a ser o conteúdo ideológico-programático concreto desta política nacional e europeia da direita neoliberal capitalista.

 

Mas muitos perguntarão: Então quem fez a dívida e como se pagará?

 

Esse é o primeiro, mais perigoso e errado pensamento dos cidadãos, sendo que o objetivo dos Governos de direita e dos neoliberais capitalistas é procurarem atribuir responsabilidades sobre a dívida aos cidadãos em geral, quando estes nunca foram nem são os culpados nem os mais responsáveis pela dívida gerada, mas é a estes que sempre é requerida a liquidação da divida, sendo esta a via dos grandes grupos económicos, que assentam nas grandes praças financeiras, manterem o lucro sucessivo à custa de quem trabalha em condições cada vez mais miseráveis.

 

Saiba que os neoliberais capitalistas são experts a iludi-lo e a mentaliza-lo de que a culpa é dos cidadãos em geral que não souberam controlar as suas carteiras ou que não gostam de trabalhar nem de manter o Estado Social que criaram. Pois saiba que esse é o pretexto que os capitalistas sempre utilizaram para nos responsabilizar a todos sobre uma desregulação iniciada e concretizada por esses senhores do capital.

 

Veja-se que o principal argumento para tal política, cujo principal defensor é o governo Merkel, da Alemanha, é a redução da dívida pública a qualquer custo, sendo que os bancos têm de continuar a lucrar com os empréstimos a altas taxas de juro.

 

Veja-se que a dívida pública dos países que partilham a moeda única engrossou no segundo trimestre de 2013 para 8,8 biliões (milhões de milhões) de euros, 93,4% do Produto Interno Bruto (PIB) de toda a zona euro. Portugal, com uma dívida pública equivalente de 131,3% naquele período, continua a ser o país com o terceiro maior rácio.

 

De acordo com dados publicados pelo Eurostat no final do segundo trimestre de 2013, a dívida pública da zona euro havia aumentado 1,1% face ao primeiro trimestre. No caso de Portugal, o aumento foi de 3,8%, passando de 208.612 milhões de euros no primeiro semestre para 214.801 milhões no segundo. Foi o quarto maior aumento percentual, depois de Chipre, da Grécia e da Eslovénia. Na comparação com o segundo trimestre, registou-se a sexta maior subida.

 

Ainda acredita que o objetivo político-empresarial é ajudar a regularizar a dívida? Ou será mais manter eternamente o lucro à custa da exploração de toda uma sociedade? É que a esmagadora maioria da dívida pública (119,1%) tem uma maturidade de longo prazo e ninguém parece interessado em contribuir para a suavização do problema.

 

Será que pretende continuar a contribuir para resgatar bancos e banqueiros e grandes grupos económico-empresariais que dominam todo o mercado? Não alinhe mais nessa ilusão. Todos vamos sofrer durante décadas se não acordarmos a tempos!

 

É a vida e o trabalho das pessoas que está em causa/risco e a Europa de todos os cidadãos, por isso, unamos todos os esforços possíveis e não desperdicemos um único voto em quem continua a defender o rumo e os objetivos desta política de austeridade que só visa resgatar e salvaguardar bancos e grandes interesses económico-financeiros.

 

A versão oficial das razões pela crise, mil vezes reproduzida nos órgãos de comunicação social, que também são propriedade desses mesmos capitalistas globais, é que os Estados Europeus (sobretudo do sul) gastaram dinheiro demais com o seu sistema social, educativo, de saúde e de serviços públicos, chegando a argumentar-se que as nossas instituições públicas e as nossas pequenas e médias empresas são ineficientes, tudo isto com o objetivo cerrado para as destruirem e passarem a obter lucros por via das privatizações de todos os serviços públicos de massas, de que todos os cidadãos necessitam e para gerarem grupos económico-ficanceiros privados cada vez maiores e mais globais.

 

Acredita que é por essa via que todos vamos ter acesso a uma vida minimamente digna, com trabalho e educação para todos e com a garantia dos devidos apoios sociais na fragilidade, na doença e na velhice?

 

Mas como se esse discurso não bastasse, vêm ainda argumentar que a culpa é dos trabalhadores que pouco fazem e que têm uma vida folgada ou que já não querem trabalhar suficientemente para o bem-estar de todas as pessoas e do país. Será que o cidadão em geral é assim tão egoísta? Ou será mais um discurso ilusionista dos capitalistas?

 

Todo esse discurso assenta numa linha político-ideológica capitalista, sendo que continuam a gastar milhões e milhões de euros para apoiar grandes grupos económicos e resgatar bancos que compram dinheiro público barato para nos venderem a juros absurdos e insustentáveis. Esta não é certamente uma linha sócio-política digna de uma sociedade que se diz desenvolvida ou em desenvolvimento humano e social. Esta é a mais pura linha ideológica do capitalismo neoliberal.

 

Já basta de ilusões e de especulações!

ACORDEMOS!

Como o Parlamento Europeu está cheio de eurodeputados que preferem continuar a servir aos interesses neoliberais (incluindo alguns que concorrem em partidos de esquerda) e estando mais do que demonstrado e comprovado que os verdadeiros objetivos da política da União Europeu continua a visar dar o apoio e as benesses aos bancos, aos grandes grupos económicos globalizadores e ao sistema financeiro desregulado, continuando estes senhores a permitir que suguem e explorem os trabalhadores ao máximo dos máximos, para pagar milhões e milhões de euros que visam o elevado lucro dos bancos e dos grandes grupos económicos, SÓ PODEMOS DIZER NÃO A TODOS OS NEOLIBERAIS E OPOR-NOS À ELEIÇÃO DE EURODEPUTADOS QUE ALINHAM COM A DESREGULAÇÃO DOS MERCADOS E COM O CAPITALISMO.

 

NÃO AO SISTEMA POLÍTICO-EMPRESARIAL CAPITALISTA!

 

Em vez de tratarmos da redistribuição dos dinheiros pelo bem-comum e pelo equilíbrio entre trabalho - capital e bem-estar de todos os cidadão nacionais e europeus, continuamos a alimentar e a resgatar bancos e grandes grupos económicos.

Não volte a contribuir para esse monopólio financeiro desregulado. O dinheiro é fruto do trabalho e sempre foi um bem público e ao serviço público.

 

NÃO APOIE NEM VOTE EM NENHUM EURODEPUTADO QUE SIGA A VIA DO ALINHAMENTO À DIREITA NEOLIBERAL CAPITALISTA.

 

É possível evoluirmos por via de uma matriz social e política progressista, mas que assente nos ideais e valores da esquerda democrática.

 

Tenhamos coragem para afirmar um rumo totalmente diferente sem termos a obrigação de andar a pedir esmola entre Estados que em vez de nos ajudar se aproveitam para lucrar ou dar a lucrar a entidades financeiras privadas.

 

NADA É FATAL E A SOCIEDADE É CAPAZ!

 

HÁ ESPAÇO E CONDIÇÕES PARA UMA EUROPA QUE PROGRIDA E SE DESENVOLVA POR VIA DO BEM-ESTAR SOCIAL GLOBAL E DERRUBE O BEM ESTAR CAPITAL DE UMA MEIA DÚZIA DE GRANDES MERCADOS E GRANDES GRUPOS FINANCEIROS.

 

Obrigado

 

Pelo Movimento Zero Eurodeputados de direita neoliberal capitalista

 

José Pereira (25/02/2014)

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EUROPEIAS: RELVAS e ASSIS - o par perfeito para recuperar Abril

por José Pereira (zedebaiao.com), em 24.02.14

Faz agora anos sobre a morte de Zeca Afonso e quase ninguém se lembrou sequer da "Vila Morena". Ainda recentemente andava na boca de toda a gente que parecia sofrer (será que eram esses que mais sofriam? Ou era apenas o aproveitamento da situação?)

 

No dia em que estas figuras ilustres (RELVAS e ASSIS) são indigitadas para novos lugares de centro/direita/poder, eu preferi recordar a vida e obra de Zeca Afonso, bem como o aniversário do seu falecimento.

 

Fez ontem anos do seu falecimento (23 de devereiro de 1987-2014) e tudo indica que estão todos mais dispostos a denunciar-nos, a expulsar-nos, a deportar-nos ou até a assassinar-nos, do que a salvar-nos.

 

Zeca Afonso faleceu no dia 23 de Fevereiro de 1987. Faz agora 27 anos do seu falecimento. Ainda recentemente tanto se cantou o "Grândola Vila Morena", que no dia a seguir ao aniversário do seu falecimento o "Relvas" é chamado de novo para o poder e até parece que já ninguém sente a dor do sofrimento passado e presente que têm vindo a infligir sobre toda uma sociedade e sobre as pessoas do nosso País.

 

Até mesmo o PS parece ter-se esquecido da sua matriz ideológica e da sua declaração de princípios que assenta nos valores de Abril, sendo que, em vez de se direccionar o rumo para a esquerda, que tanta falta faz em Portugal e na Europa, voltamos a meter o socialismo na gaveta e a preferir alinhamentos confortáveis pela direita. O que e a quem servem estes confortáveis alinhamentos de centro-direita?

 

Desculpem se desiludo alguém, mas face a tudo que tenho vindo a constatar, eu não consigo acompanhar esse rumo de alinhamento com um centro-direita, protagonista ou elitista, que se alimenta à custa da exploração e do sofrimento de todo um povo.

 

Onde nos levará este rumo? Chego a ter medo, não por mim, mas pelos que mais sofrem.

 

Eu já perdi o medo, para já tenho o suficiente e nada mais pretendo para mim, sendo que julgo ter força e coragem suficientes para enfrentar o que vier (já estou por tudo e para tudo), mas receio muito pelo futuro dos idosos mais fragilizados e ainda mais por esta juventude que não imagina sequer as dificuldades porque poderão vir a passar, tal como muitos dos nossos pais e avós viram e sentiram infligir sobre os seus próprios corpos e sobre os dos seus familiares, amigos e vizinhos.

 

Fala-se tanto da necessidade de políticas sociais, de solidariedade e de justiça social, que no dia em que se deveria respeitar e recordar o falecimento de Zeca Afonso, enquanto uns se lembram de fazer um Congresso e de trazer de volta Miguel Relva para o arco do poder central do PSD, outros fazem escolhas para um rumo de centro-direita, sendo que Francisco Assis acaba de ser indigitado como cabeça de lista do PS às eleições Europeias. Eu até já fui um grande defensor e ativista por Assis, mas nos últimos anos tem-me desiludido com tanta defesa de alinhamento para a direita e, pior, com estes sujeitos que nos sugam e destroem de dia para dia.

 

Mesmo eu sendo militante socialista há vários anos e sendo convidado para o almoço com José Seguro em Santo Tirso, onde sabia que ia ser indigitado Francisco Assis como cabeça de lista às eleições europeias, eu preferi ir partilhar com amigos e familiares um tributo a Zeca Afonso, sendo que nesse evento me senti mais responsável e mais feliz. Assis terá de me voltar a convencer sobre muita coisa.

 

Por isso, chamem-me o que quiserem, mas cidadão ou militante castrado é que NÃO! NUNCA! Quem não se sente não é filho de boa gente!

 

Sei que falhei a um outro importante encontro solidário, uma vez que me havia comprometido a estar num evento de solidariedade para com os militantes socialistas suspensos e/ou expulsos, não só em Coimbra, mas também por este nosso Portugal fora, aos quais peço mil desculpas pela minha ausência, nomeadamente aos amigos de Coimbra, mas quando vos disse que ia, já eu estava comprometido com os organizadores deste pequeno tributo a Zeca Afonso, o qual estava a ser organizado com a colaboração de uma Associação da minha terra Natal - Baião (AASTC) e em parceria com a Associação Zeca Afonso e com o Clube de Jornalistas e Homens de Letras do Porto. 

 

Em Baião sou apenas um "aldeão" e no Porto um "rabelo", tal como sou apenas mais um filho de Abril e de um Estado Social que me permitiu dar um pequeno salto educativo, social e cultural. Por isso, sinto-me na obrigação de estar eternamente grato a todos que lutaram e sofreram para que os da minha geração tenham crescido em alguma Liberdade e com condições dignas de vida e de trabalho. Mas creio que há ainda um longo caminho a percorrer. Por isso, prefiro continuar a sofrer e a desassossegar do que me conformar ou resignar.

 

Ir almoçar, mostrar-me e bater palmas, é o mais fácil do mundo, mas nunca fui assim. O difícil é continuar a lutar por algo em que se acredita e que os nossos pais e avós se esforçaram para nos deixar - A DEMOCRACIA E A LIBERDADE! Ainda não concretizada!

 

VIVAM SEMPRE TODAS AS MULHERES E HOMENS DE CORAGEM. VIVA SEMPRE ZECA AFONSO.

ESTEJAS ONDE ESTIVERES, HAVERÁ SEMPRE ALGUÉM PARA TE RECORDAR E SEMPRE ALGUÉM QUE DIZ NÃO!

 

SEMPRE FUI MILITANTE E ATIVISTA SOCIALISTA E PODERIA DEDICAR-VOS A MÚSICA "GRÂNDOLA VILA MORENA", MAS MUITOS JÁ NÃO MERECEM, NEM A MÚSICA NEM O ESFORÇO DA MINHA PARTE. POR ISSO, PREFIRO DEIXAR A TODOS OS SOCIALISTAS E CIDADÃOS EM GERAL ESTE HINO QUE SIMBOLIZA O SOFRIMENTO DE TODOS OS QUE FORAM APRISIONADOS, MAS QUE, MÃO A MÃO E PASSO A PASSO, SE LIBERTARAM.

 

PODEM NÃO VOTAR FRANCISCO ASSIS, MAS NÃO DESPERDICEM UM VOTO QUE SEJA NESTA DIREITA NEOLIBERAL!

DEVERÍAMOS TER A CORAGEM E A CAPACIDADE PARA DETERMINAR UMA CAMPANHA POLÍTICA DE ZERO EURODEPUTADOS DO PSD/CDS.

 

ASSIM, O RUMO DA EUROPA MUDARIA CERTAMENTE.

 

DEDICO A TODOS O HINO DE CAXIAS (http://youtu.be/S-K71LYEVDw)

 

Longos corredores nas trevas percorremos
sob o olhar feroz dos carcereiros
mas nem a luz dos olhos que perdemos
nos faz perder a fé nos companheiros.

 

Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.

 

Cortam o sol por sobre os nossos olhos
muros e grades encerram horizontes
mas nós sabemos onde a vida passa
e a nossa esperança é o mais alto dos montes.

 

Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.

 

Podem rasgar meu corpo à chicotada

podem calar meu grito enrouquecido
que para viver de alma ajoelhada
vale bem mais morrer de rosto erguido.

 

Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.

 

Associação Zeca Afonso: http://www.aja.pt/biografia/

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O silêncio sobre a liberdade de corrente de pensamento ou de opinião é pior do que qualquer expressão pública que se faça. 

Isto poderia ter acabado há muito tempo e Seguro até poderia ter ganho uns créditos de credibilidade, mas preferiram olhar a garantias de votos e lugares do que aos valores e à história do PS. É assim que se descredibiliza ainda mais os políticos e os partidos. Se já só 10% acreditavam, em breve nem 5% acredita. E andamos nós a pagar quotas para isto.

Socialistas apelam a Seguro para intervir contra expulsão de militantes em Coimbra

 
21:05 20.02.2014

Líder do PS, António José Seguro (Lusa)

Meia centena de socialistas de Coimbra apelaram à intervenção de António José Seguro para defender direitos como a liberdade  de expressão, que consideram serem postos em causa com a expulsão de militantes  do partido no distrito. 

Os signatários da carta aberta apelam, assim, à "intervenção do secretário-geral (do PS), António José Seguro, na defesa da liberdade de expressão, do direito  à imagem, valores inalienáveis do nosso regime democrático, e do passado  histórico do PS na defesa intransigente da democracia, ora colocados em  causa pela Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista". 

No partido "nunca houve expulsões" pelo facto de os militantes "exprimirem  opiniões", mas "em Coimbra isso está a acontecer", disse à Lusa o antigo  dirigente e ex-eurodeputado do PS António Campos, exemplificando com "o  caso do  (antigo deputado) Ricardo Castanheira". 

O PS em Coimbra "está a expulsar pessoas de enorme qualidade e que fizeram  muito pelo partido", salientou António Campos, sustentando que, "em vez  de se abrir à sociedade, o PS está a fechar-se". 

 

"O que se está a passar em Coimbra é muito grave, põe em causa toda  a história do PS e penaliza aqueles que fizeram o partido", avertiu. 

Embora não subscreva o documento -- intitulado "Não apagar a memória,  garantir o futuro" --, pelo facto de o seu nome ser nele invocado, António  Campos está "inteiramente de acordo com o texto", tal como António Arnaut,  que também não assina a carta "pelo mesmo motivo", adiantou. 

 

"A Federação Distrital de Coimbra deu, no passado, ao Partido Socialista  e a Portugal, inúmeros contributos para o aprofundamento democrático e para  a construção política, protagonizados, entre outros, por figuras como Fernando  Valle, António Campos, António Arnaut e Fausto Correia", salienta o texto.

 

Subscrevem a carta, entre outros, António Rochette, Alexandre Leitão,  Carla Violante, João Portugal, José Luís Pio de Abreu, Luís Melo Biscaia,  Luis Parreirão, Maria Teresa Coimbra, Mário Ruivo, Miguel Batista, Miguel  Grego, Miguel Ventura, Paulo Campos, Paulo Valério, Rosa Pita, Teresa Alegre  Portugal e Vítor Costa. 

 

Lusa

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PSD - A vida das pessoas que se lixe! Interessa é o lucro do capital

por José Pereira (zedebaiao.com), em 21.02.14

"A vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor" (Luís Montenegro - Líder Parlamentar do PSD) em véspera do 35.º Congresso do PSD). Isto é que é uma excelente linha ideológica e estratégica social democrata para Portugal e para a Europa - Fascistas! Só pensam no lucro e no capitalismo desregulado.

As pessoas que se lixem! Mas o povo saberá dar cabo dessa gentalha e não vai demorar muito!  

 

Veja aqui o vídeo: http://www.jn.pt/live/Entrevistas/default.aspx?content_id=3697968 

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Já todos haviamos descoberto que as pessoas e a vida destas de nada valem para estes sujeitos do PSD e muito menos para esta gentalha que nos (des)governa e vende ao desbarato.

 

O que interessa a estes tipo é unica e exclusivamente o capital. A vida das pessoas é irrelevante para estes tipos. Transformemos estes sujeitos em notas "Bin Laden" de 500€ que circulam por aí sem ninguém saber de onde vêm nem para onde vão. Eu sei bem que vida mereciam!

 

Temos de unir-nos de novo pelos valores de Abril e arrumar de vez com esta gentalha fascistas que só olham para os interesses do capitalismo neoliberal.

 

Referem as notícias de hoje, em véspera do 35.º congresso do PSD, que começa esta sexta-feira em Lisboa, que "o líder da bancada parlamentar do PSD lamentou que ex-dirigentes sociais-democratas façam oposição interna por via do comentário televisivo. Luís Montenegro considera que o país está melhor do que em 2011 e acredita que os portugueses saberão reconhecê-lo".

 

Vamos mesmo reconhecer estes políticos e (des)governantes destruidores da vida das pessoas e de Portugal. Esperem que não vai demorar muito!

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