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A ler hoje pela manhã uma intervenção política (1) do Presidente da Câma de Gaia (Prof. Eduardo Vitor Rodrigues) sobre a aposta no fortalecimento das relações com os Estados Unidos da América, mais concretamente sobre a aposta nas áreas do ensino superior e da cultura, e a partir daí fortalecerem as relações económicas com as empresas Portuguesas, apesar de me parecer uma matéria relevante, não resiti a deixar um alerta, no sentido de se analisarem devidamente os movimentos (e)(i)migratórios e sobretudo da fuga da juventude e de talentos para outros países, nomeadamente para fora da Europa, situação que acabará por fragilizar o nosso País e a Europa, caso estas ações políticas não venham a ser devidamente acauteladas.

 

Espero que o objetivo principal seja trazer jovens e talentos para estudar e viver em Portugal e não o aumento da saída dos nossos jovens e dos nossos talentos que os EUA, Estados estes que muito bem sabem utilizar e aproveitar-se destes movimentos com o intuito de rejuvenescer e desenvolver os Estados da América à custa de mão-de-obra barata altamente qualificada. Mas o caso não ocorre só para os EUA, sendo que a própria Alemanha está a fazer exatamente o mesmo com recurso ao Programa "Emprego da/para a sua vida". O problema é que os jovens e talentos altamente qualificados e empreendedores fazem muita falta a Portugal e irão fazer ainda mais falta num futuro bem próximo, podendo só cá ficar os idosos e menos qualificados, situação que será catastrófica para Portugal e para as condições de vida e de emprego dos portugueses, em Portugal.

 

Para o efeito e com o intuito de dar um pequeno contributo e gerar alguma reflexão, deixo aqui alguns gráficos cuja temática, na minha opinão, deve ser devidamente analisada e estudada de modo a não fragilizar ainda mais Portugal e a Europa e a podermos começar a corrigir aquilo que acabará certamente por afetar Portugal e a Europa já a 2020 ou a 2050, tal como podemos constatar pela prospeção relativa à evolução da população ativa que foi projetada tomando por base indicadores semelhantes aos que têm sido utilizados para estudar esta temática nos últimos anos e que nos deve preocupar seriamente a todos. 

evolução prospetiva da população em idade ativa 2020 e 2050
distribuição do nível educacional dos imigrantes 2000-2010

 

 

evolução da imigração na crise economica 2007-2010

 

Com que olhos podemos nós passar a ver o escoamento dos nossos jovens altamente qualificados e a olhar para o excessivo envelhecimento da nossa população?

 

Não há País, nem Europa, que resista e se mantenha sustentável com o caminho deste índice de envelhecimento, de falta de natalidade e de saída dos jovens qualificados. Não sou eu que digo isto. É um alerta das equipas técnicas e científicas da OCDE, mas para muitos, tal como para o atual Governo, a técnica e a ciência parece nada valer. Desde que se ganhe com as transacções comerciais, não interessa como sejam feitas nem o que coloquem em causa.

 

Esta é apenas a reflexão de um aldeão rabelo que pouco conhece do Mundo e que apenas vai e vem entre o Porto e Baião, ou seja, entre a cidade e as serras, mas que, em cada viagem, sente a saída diária de mais uns jovens, o abandono das terras, sobretudo do interior, e o envelhecimento a crescer a olho nu. 

 

 

Mensagem deixada ao Sr. Presidente do Município de Gaia e remetida aos órgãos distritais e nacionais do Partido Socialista:

Caro Presidente de Gaia, Prof. Eduardo Vítor Rodrigues, estou certo que encontrará um excelente porto de abrigo e de rampa de lançamento nas proximidades de NY - EUA, por via do Sport Clube Português de Newark (http://www.scpnewark.com -https://www.facebook.com/sportclubportugues ). 

Se consultar este site (
http://www.secomunidades.pt/c/portal/layout?p_l_id=PUB.1.504
),não faltarão certamente bons portos de abrigo ou de rampa de lançamento, mas que seja para nos apoiar a desenvolver, a rejuvenescer e a crescer, mas nunca como mais uma porta para escoar o melhor que temos e que nos resta, que é a juventude qualificada, sendo que um dia só restarão cá os mais pobres e mais envelhecidos e isso acabará por arruinar ainda mais o nosso País. 

Atendendo à área de investigação e de atenção com que o Eduardo Vítor Rodrigues se tem demonstrado muito preocupado (e bem), permita que lhe lance o desafio de procurar contrariar politicamente estas notícias que nos chegam do estrangeiro: 
LUSA,2013-07-15 - " A crise portuguesa afasta regresso para a reforma dos emigrantes nos EUA e Canadá. Os emigrantes portugueses no Canadá e nos Estados Unidos olham para a crise em Portugal como mais uma razão para não pensarem em regressar, nem sequer para gozar a reforma, num contexto em que o euro está valorizado em relação ao dólar. 

A crise fez aumentar em muito a emigração para o Canadá, estimando-se em mais dez mil portugueses nos últimos dois anos, uma situação que até tem sido incentivada pelo Governo local, sobretudo com vista à procura de mão-de-obra mais barata mas mais qualificada",...

Encontremos portas e rampas de lançamento comuns que nos ajudem e não que nos escoem ainda mais os recursos essenciais de que necessitamos para sustentar Portugal e uma vida digna aos portugueses/europeus.

Atendendo a que os portugueses em New Jersey são uma força económica extremamente forte, que em outros tempos foi concretizada graças à emigração não qualificada, mas muito empreendedora, pode ser que agora, graças à conjugação de uma comunidade anterior (altamente empreendedora), com uma nova geração altamente qualificada, se consiga agora afirmar uma comunidade com intervenção e poder político no estrangeiro.

Basta relembrar que a comunidade portuguesa de New Jersey é proprietária de dois terços dos 347 restaurantes existentes na área de Newark e só no Ironbound, bairro onde vivem 35 mil portugueses e 20 mil brasileiros, há mais de uma centena de salões de beleza portugueses. Esta empreendedora comunidade tem tentado também afirmar-se politicamente e, embora não se possa comparar a Connecticut, onde há três luso-descendentes na Legislatura Estadual, nem a Massachusetts, onde são oito e muito menos a Rhode Island, com 12, podia pelo menos dizer que tinha um português na Legislatura Estadual de New Jersey, mas as renúncias têm sido frequentes, situação que tem levado ao enfraquecimento da intervenção política local em prol da defesa dos luso-descendentes.

O luso-descendente Alberto Coutinho, filho do fundador da Fundação Bernardino Coutinho (emigrantes do Marco de Canaveses) foi substituído por Eliana Pintor, nascida e criada no bairro do Ironbound, em Newark. Eliana Pintor possui uma grande afinidade com os residentes de língua portuguesa nesta região de New Jersey. E não é para menos, pois é filha de imigrantes portugueses que moraram muitos anos no Brasil, antes de se radicarem com a família nos EUA.

Será relevante procedermos a uma análise sobre os movimentos (e)(i)migratórios e começar a corrigir aquilo que poderá vir a afetar Portugal e a Europa a 2020 ou a 2050. Para o efeito deixo alguns gráficos que nos deveriam fazer reflectir antes de agir.

 

 

(1) http://www.cm-gaia.pt/portais/_cmg/Noticia.aspx?contentid=E696808380CO

 

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