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Como já todos sabemos, a dívida detida pelos governos de todo o mundo tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos. Alguns países do mundo desenvolvido têm visto a sua dívida total sempre a subir, sobretudo devido à recente crise financeira global e à recessão que se seguiu e que parece teimar em não parar.

 

Mas quando olhamos para a dívida per capita, ou seja, por cabeça/cidadão, será relevante apurarmos quanto deve cada um de nós, comparando com os cidadãos de outros países desenvolvidos? Veja aqui as alterações ocorridas entre 2002 e 2012. 

 

O nosso problema parece não ser a dívida gerada por cada pessoa (será que foi gerada para beneficiar cada uma das pessoas?), mas sim como vai cada pessoa ganhar o suficiente para liquidar a sua parte e em que medida vai contribuir para a liquidação da mesma.

 

Creio que a responsabilidade sobre cada parte da dívida, que foi gerada nos últimos anos, não correspondeu a um idêntico benefício per capita, ou seja, ao equilibrado bem-comum típico de um país desenvolvido. Assim, cada um que assuma as suas (i)responsabilidades e que pague a sua parte, nos termos do benefício e do lucro a que teve acesso.

 

Para as bem feitorias comuns e para a coesão nacional e europeia, eu nem me importo de contribuir, mas estar agora a pagar por dívidas que não fiz e por benefícios que não recebi, não é nada justo. Do mesmo modo, não é moralmente correto atirarmos as nossas (i)responsabilidades para cima de uma nova geração e mesmo daqules que ainda nem sequer nasceram, só porque há um determinado conjunto de pessoas e de grandes grupos económicos/financeiros/empresariais que se fartaram de lucrar à custa de todo um povo e que agora não querem assumir a sua quota parte de (i)responsabilidade. Primeiro apure-se a quota parte da (i)responsabilidade de cada um e então depois venham apresentar as contas a todos os cidadãos, sendo que nós cá estaremos para pagar a parte correspondente ao benefício que recebemos.

 

Variação da dívida per capita de alguns dos países desenvolvidos:

 

divida per capita 2002 pata 2012 europa e outros

 

 

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COMPANHEIROS E CAMARADAS: Quem responsabilizar pela dívida?

por José Pereira (zedebaiao.com), em 14.03.14

HOJE UM CAMADARA PERGUNTAVA A UM COMPANHEIRO: Será necessário atingir os bancos e os grandes grupos financeiros/empresariais?

É que se assim for, será melhor disfarçar a questão com os depositantes. Metemos ao barulho os pequenos depositantes que eles acabam a defender os gigantes, ou seja, os banqueiros e grandes grupos financeiros e empresariais que gravitam secretamente em torno de um sistema político-financeiro instalado.

 

Afinal quem e o que defendem? A quem interessa verdadeiramente a decisão política sobre a dívida e quem visa salvaguardar? Quem responsabilizar? Quem deve pagar? Quem defende o futuro desta juventude e das gerações vindouras?

 

Vamos lá a dar todos os elementos aos portugueses, devidamente transparentes e clarificados, para que estes possam conscientemente deliberar sobre COMO? QUEM? DE QUE FORMA? COM QUE MEIOS? POR QUANTO TEMPO? SE DEVE PAGAR.

 

Que tal começar por colocar os Gestores ou Administradores Públicos a concretizar tudo isto pela via da ciência de gestão e administração pública, ou até com a ajuda da gestão de projetos de interesse público, ou seja, que visam o bem comum?

 

A gestão ou administração de projetos públicos e de interesse público, ou seja, comum  é uma área da gestão e administração pública que, aplicando conhecimentos, habilidades e técnicas, visa atingir um conjunto de objetivos pré-definidos, num determinado prazo, com um custo previamente determinado, gerindo os riscos associados e implementado através de recursos financeiros, técnicos e humanos sempre de modo a garantir uma vida digna e devidamente justa e sustentável para todos, responsabilizando e até criminalizando quem na realidade deve ser responsabilizado.

 

Não sou economista, mas sofro a economia no meu bolso, tal como a maioria dos cidadãos. Assim, para facilitar a interpretação de quem deve, do que se deve e quem é o responsável de cada parte da dívida, remeto os seguintes quadros, cuja fonte é o Banco de Portugal, a fim de poderem, livremente e conscientemente, retirar as devidas conclusões e tomarem as vossas posições cívicas e/ou políticas.

 

Quando se constata uma amálgama de ex-responsáveis pela situação a que chegou Portugal e na grande maioria ligados a um sistema político-financeiro ou empresarial/bancário instalado, "devemos sempre ler, reler e treler" (fonte: a minha avó) o que nos apresentam, sendo que nem sempre os objetivos pretendidos são devidamente transparentes e muito menos devidamente esclarecidos.

 

Como referi, eu pouco ou nada sei de economia (mas sinto-a no bolso e sobretudo na vida e no trabalho de quem me rodeia).

 

Há quem já por aí anda a questionar determinados notáveis subscritores do manifesto se "pretendem responsabilizar os bancos, os depositantes e os privados"

 

Pois, e porque não? Afinal quem são os grandes devedores e maiores (i)responsáveis?

 

Vão colocar sempre os mesmos a pagar, sem se responsabilizar cada um com a sua quota parte? É que até os neoliberais capitalistas acabam a defender a ideologia keynesiana do investimento/despesa pública, mas só depois de sugado todo um povo ao máximo dos máximos. Primeiro sugam tudo até ao último tostão e depois vêm como salvadores da Pátria e de um Povo para ver se voltam a ganhar ainda mais ou para garantir que o lucro e as mordomias não lhes falhem.

 

Cada um que assuma a sua parte de (i)responsabilidade!

Há banqueiros e gigantes depositantes que se alimentam à custa de tudo isto e que parecem já muito preocupados com os ditos companheiros e camaradas que subscreveram o manifesto, mas esses senhores notáveis da finança e dos grandes grupos económicos pouco parecem preocupados com uma vida digna e justa para todos e muito menos estão preocupados com o desespero da maioria dos portugueses e de toda uma nova geração que terá de suportar tudo isto.

 

Vejam primeiro quem deve e o que se deve, quem lucra e quem paga. Depois retirem as próprias conclusões. Não alinhem em meros manifestos, manifestações, erros ou falácias. Para conhecer um lado é necessário descobrir o outro, por isso cada um que pense pela sua cabeça, mas informem-se antes de alinhar ou desalinhar. Tomem as vossas próprias decisões devidamente informados e conscientes. Lembrem-se da justiça social e económica e do equilíbrio entre o capital, o trabalho e o bem-estar comum.

 

O BALANÇO AGREGADO DA NOSSA DÍVIDA E DOS OUTROS PAÍSES: dezembro de 2013

Clique no link para ver a tabela que mostra as contribuições nacionais para o balanço agregado da área do euro de instituições financeiras monetárias (excluindo o Eurosystem).

(UNIDADE DE MEDIDA= mil milhões de euros)

 

 

DISTRIBUIÇÃO DA DÍVIDA POR SETORES (PÚBLICA E PRIVADA)

 

Dívida pública Total dez 2013 fonte banco de Portugal

 

NOTA 1 - Os valores da dívida pública para os períodos posteriores ao da última notificação do Procedimento dos Défices Excessivos têm um caráter preliminar. Este conceito difere do conceito dívida direta do Estado, compilada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) numa base mensal e divulgada também pelo Banco de Portugal, devido, principalmente, a: i. diferenças de delimitação do setor - a dívida direta do Estado inclui apenas a dívida emitida pelo Estado, enquanto na dívida de Maastricht se incluem todas as entidades classificadas, para fins estatísticos, no setor institucional das administrações públicas;

ii. efeitos de consolidação - a dívida direta do Estado reflete apenas os passivos deste subsetor, enquanto a dívida de Maastricht é consolidada, isto é, excluem-se os ativos das administrações públicas em passivos emitidos pelas próprias administrações públicas; iii. capitalização dos certificados de aforro - a dívida direta do Estado inclui a capitalização acumulada dos certificados de aforro, que é excluída da definição de Maastricht.

 

 

 Dívida Pública por setor INCLUIDA NA ADMIN PÚBLICA em Portugal Dez de 2013_ Totais_1

 

Dívida Pública por setor NÃO INCLUIDA E PARTICULARES em Portugal Dez de 2013_ Totais_2

 

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