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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Vou contar-vos uma história que termina mais ou menos deste modo: No final, já em letras grandes, surge escrito - «PS, o maior partido da esquerda democrática» - todos olham, não para o ecrã, mas para o secretário-geral, ?????????, que visivelmente emocionado, chora.
Tudo indica que, nesta campanha para as eleições europeias 2014, todos os socialistas se vão envolver numa campanha de abraços grátis. Eu vou dar abraços a todos os candidatos, no entanto, quero desde já avisar que uns abraços vão ter mais picos do que outros, sendo que irão provocar maior ou menor dor, maior ou menor sacrifício.
Face a estas notícias e aos sucessivos apelos em que a atual direcção do PS cai que nem um rato, vou recordar uma história de 2011, onde podemos constatar que um homem também chora. No entanto, parece que hoje quem tem razões para chorar são todos os socialistas e homens e mulheres que defendem os valores de Abril e da esquerda democrática.
Onde iremos parar com tanto abraço grátis, mas cheios de espinhos para a maioria dos portugueses?
A história começava assim:
"A cena parecia tirada de um filme. É dado um abraço entre Francisco Assis e José Sócrates, as luzes baixam e no pavilhão 6 da Exponor em Matosinhos começa a ouvir-se a música «That's what friends are for», cantada por Dionne Warwick.
Ao som do hino dos anos 80, iam passando imagens de diferentes períodos do partido no ecrã gigante. Fotos dos lideres e de momentos gloriosos anteriores, iam surgindo na tela. Um a um, Mário Soares, Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues, António Guterres, todos recebidos com aplausos dos militantes. O mesmo vídeo que no congresso de Espinho, em 2009, tinha sido projectado e igualmente sentido e aplaudido.
Depois a música muda para mostrar a mudança de líder. O hino do passado dá lugar ao hino do presente, a música épica que acompanha José Sócrates começa a tocar, sobe de tom, enquanto no ecrã surgem imagens de inovação tecnológica, das novas oportunidades,, do simplex, da educação, dos apoios sociais, das energias renováveis, da ciência... Até de acções de campanha para as eleições presidenciais de 2011, ao lado de Manuel Alegre, numa alusão ao «regresso» do histórico socialista às fileiras do partido, e não escondendo esta derrota eleitoral.
No final, já em letras grandes surge escrito - «PS, o maior partido da esquerda democrática» - todos olham, não para o ecrã, mas para o secretário-geral, José Sócrates, que visivelmente emocionado, chora.
Quando poderemos voltar a emocionar-nos cheios de convicções, cheios de esperança, cheios de alegria e de orgulho e a ver escrito em grandes letras
«PS, o maior partido da esquerda democrática»