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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Juncker, insurgindo-se contra muitas das críticas que lhe foram dirigidas, e refutando designadamente o "rótulo" de neo-liberal e capitalista, mostrou-se irritado em alguns períodos do debate, incluindo durante a intervenção do eurodeputado português João Ferreira, quando este fez uma pausa para que o candidato do Partido Popular Europeu (PPE - PSD/CDS) e à sucessão de Durão Barroso "desligasse" o telemóvel, que manuseava enquanto os deputados intervinham.
Depois de ter sido criticado sobre o papel da trika, desempenhado em Portugal, ("que o senhor Juncker apoiou") e depois de ter sido apelado a que prestasse atenção para a realidade do nosso país, referindo-se ao estado da economia e à escalada da dívida, o eurodeputado João Ferreira teve de fazer uma pausa ao ver que o Sr. Juncker se encontrava sem os auscultadores e a manusear o seu telemóvel enquanto os deputados intervinham, parecendo as crianças do secundario quando estamos a falar para elas e elas nem nos ouvem por tão entretidas que estão com os jogos do telemóvel ou com as mensagens dos namorados.
"Vou fazer uma pausa para que possa desligar o telemóvel", disse o deputado, retorquindo Juncker que respondia a uma mensagem da sua mulher.
"Cresci na parte industrial do Luxemburgo e os meus vizinhos são portugueses. Sei muitas coisas de Portugal, por isso pode ser mais breve, porque eu conheço" a realidade do país, disse Juncker, visivelmente agastado.
"Interessei-me de muito perto e numa base diária pela situação na Grécia e em Portugal. Tenho muitos amigos nesses países, e, durante o período em que fui presidente do Eurogrupo, telefonei várias vezes por dia a testemunhas de rua para sentir a 'temperatura' desses países, e sei bem as derrapagens que houve, os erros de percurso acumulados (...) Não fui eu que obriguei na Grécia e em Portugal a baixar o salário mínimo nacional, bem pelo contrário. No Eurogrupo lutei contra essa redução, e fiquei muito surpreso por ver que outros países ditos pobres e que o são foram aqueles que exigiram que tal política fosse aplicada", disse.
Juncker reforçou que, "portanto, o debate na Europa foi um pouco mais complicado do que se insinua em acusações sem fundamento e sem qualquer reflexão, que traduzem mesmo alguma ignorância do assunto", pelo que, pediu "respeito".
"Por quem me julgam e por quem se julgam? Acham que sou um filho de um milionário, que nunca trabalhou, que nasci num berço de ouro? Não é o caso", disse Juncker, manifestando-se agastado por ser classificado como um "capitalista mau".
Questionado, tanto por João Ferreira como pela eurodeputada Marisa Matias, sobre a possibilidade de renegociação da dívida pública portuguesa, Juncker não abordou a questão, tendo-se queixado por mais de uma vez do pouco tempo disponível para responder às muitas perguntas que cada eurodeputado lhe dirigia.
O presente diploma cria o Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial, adiante designado por Competir+, que visa promover o desenvolvimento sustentável da economia regional, reforçar a competitividade, a capacidade de penetração em novos mercados e a internacionalização das empresas regionais, assim como alargar a base económica de exportação da Região Autónoma dos Açores.
Âmbito
1 — O Competir+ é constituído pelos seguintes Subsistemas:
a) Subsistema de Incentivos para o Fomento da Base Económica de Exportação;
b) Subsistema de Incentivos para a Internacionalização;
c) Subsistema de Incentivos para o Urbanismo Sustentável Integrado;
d) Subsistema de Incentivos para a Qualificação e Inovação;
e) Subsistema de Incentivos para o Empreendedorismo Qualificado e Criativo;
f) Subsistema de Incentivos para o Desenvolvimento Local;
g) Subsistema de Apoio à Eficiência Empresarial.
2 — Os Subsistemas de Incentivos referidos no número anterior têm a seguinte natureza:
a) Fomento da Base Económica de Exportação — alargamento da base económica de exportação da economia regional, incentivando a realização de projetos de investimento que se direcionem para os mercados exteriores à Região e que se desenvolvam nas áreas agroalimentar, da economia do mar, indústria transformadora, turismo, economia digital, indústrias criativas, logística ou outras atividades com potencial de criação de bens e serviços transacionáveis;
b) Internacionalização — impulsionamento da penetração e do posicionamento das empresas regionais nos mercados exteriores à Região, mediante compensação dos custos adicionais decorrentes da sua condição ultraperiférica;
c) Urbanismo Sustentável Integrado — reposicionamento das atividades empresariais, dos centros urbanos, assim como a revitalização de serviços públicos integrados em áreas limitadas, nas vertentes da eficiência energética, qualidade ambiental, redes de comunicação, mobilidade, transportes e atratividade turística;
d) Qualificação e Inovação — promoção da inovação junto das empresas regionais pela via da produção de novos ou melhorados bens e serviços, de novos processos de produção, de novos modelos organizacionais ou de estratégias de marketing, que aumentem a capacidade de criação de
valor acrescentado das empresas regionais e o reforço da orientação para os mercados exteriores à Região;
e) Empreendedorismo Qualificado e Criativo — estímulo ao aparecimento de novos empreendedores e fortalecimento de uma cultura empresarial baseada no risco e na vontade empreendedora, incentivando a realização de projetos de investimento que contribuem para a diversificação e renovação do tecido empresarial regional e que se desenvolvam nas áreas do Empreende Jovem ou ações coletivas de empreendedorismo;
f) Desenvolvimento Local — incentivo à realização de projetos de investimento de modernização dos estabelecimentos existentes, dinamização do mercado interno e expansão da capacidade produtiva das empresas regionais;
g) Eficiência Empresarial — promoção da melhoria das condições gerais de competitividade das empresas regionais, no seu todo ou a nível de um setor ou grupo de setores, incentivando a realização de projetos que se desenvolvam nas tipologias de ações coletivas de eficiência empresarial ou constituição de clusters.
Objetivos
O Competir+ tem como objetivos gerais:
a) Promover a criação de emprego durável e sustentável;
b) Criar bens e serviços transacionáveis e de caráter inovador, reforçando a capacidade de exportação das empresas regionais;
c) Estimular a densificação do tecido económico regional e a integração dos diferentes setores de atividade na economia global;
d) Alterar o perfil de especialização da economia regional e promover novas áreas de crescimento económico;
e) Estreitar o relacionamento do setor produtivo tradicional com outros setores de potencial económico ainda não desenvolvido;
f) Atrair investimento externo;
g) Diferenciar e valorizar os recursos endógenos, os produtos regionais e o património cultural e natural;
h) Promover um posicionamento diferenciado a nível internacional dos produtos com potencial de exportação, nomeadamente os relativos à agricultura, pecuária, agroindústria e pesca;
i) Aproveitar o conhecimento científico para a valorização de recursos e para a criação de novos negócios;
VER MAIS EM:
Decreto Legislativo Regional n.º 12/2014/A
Região Autónoma dos Açores - Assembleia Legislativa
Cria o Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial - Competir+