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Em pleno dia de sol,  em plena paz aldeã, ao som da água e dos animais (racionais e não racionais), este "rabelo" acaba de subir o rio até Baião. Sim, há um rio que vai até Baião e até outros que se cruzam ou esbarram com a nossa terra e com a nossa gente.  Há até um um comboio que circunda as margens do rio e as encostas de Baião.

 

Também há comboios que embatem contra elefantes, mas esses podem e devem ver no vídeo que se segue (cliquem em cima da imagem que se segue). O problema é que, quer o rio, quer o comboio,  tantas vezes leva muito mais do que aquilo que traz.  Ou melhor, permitimos que levem mais do que aquilo que trazem.

 

política direitos humanos direito dos animais

Em paz, mas em constante desassossego (des)humano, não resisto em deixar este vídeo e esta mensagem a tod@s os inimig@s.

 

Na minha opinião,  este vídeo deveria passar todos os dias antes do telejornal e no início de cada telenovela política ou de ficção. 

 

Primeiro entreguei-o a mim próprio, até porque sou tão ou mais imperfeito que os outros. Depois, recortei as melhores ou piores imagens e remeti-as aos nossos inimigos. Note-se que já referi que também as remeti a mim próprio. Até eu sou inimigo de mim próprio. 

 

Ao ver este vídeo, recordo-me de muitos seres humanos excelentes (todos como eu, ou seja, imperfeitos) com quem me tenho cruzados ao longo da vida, mas de igual modo me recordo de todos o animais que teimam em não ser humanos nem racionais.

 

Para além de tod@s os amig@s com que me fui cruzando nos últimos tempos, a maioria dos quais ferrenhos políticos que se têm esquecido que a Política  sempre foi, é, e deverá ser, a arte ou ciência feita pelos cidadãos para os cidadãos e não dos dirigentes para os lugares ou interesses,  o certo é que  hoje ao me cruzar com este video recordo dois "Grandes inimigos" que me marcaram profundamente por altura das comemorações dos 40 anos de Abril e que me ajudaram a conhecer-me melhor e a concretizar, pela primeira vez, na minha Freguesia do Gove/Baião, um evento dedicado aos "pais" de Abril. São eles o Carlos Magalhães e Lourdes dos Anjos (entre outros que através deles conheci ou simplesmente me cruzei).

 

Este vídeo faz-me lembra muito do Carlos Magalhães,  sobretudo pela forma como abraça as causas dos animais (racionais e irracionais). Mas é que abraça mesmo e de forma desinteressada. Nem imaginam quantos acolhe.

 

Com eles e com outros, fui aprendendo e compreendendo que afinal é bom fazermos parte dos inimigos, mesmo que tantas vezes passemos por ser os maus ou "maluquinhos" de toda esta fita. É certo que estamos perante uma luta desigual, muito árdua e desgastante, sobretudo quando gostamos de pensar, de falar e de agir pela nossa própria cabeça ou de lutar tão simplesmente por aquilo em que acreditamos (claro que não somos nem pretendemos ser os donos da razão nem da perfeição,  mas o certo é que somos tão racionais ou irracionais como todos os outros que se julgam donos do saber ou da perfeição).

 

Se durante 40 anos de suposta liberdade ou libertinagem pouco ou nada conseguimos por via de um conformismo inconformado, de um apluso inconsciente ou comprado,  de um silêncio ensurdecedor e permissor, de um calar para consentir ou tantas vezes para "mamar" (sim, os racionais também mamam e dão a mamar), permitam-me que eu pretenda e possa livremente desassossegar ou lutar para mudar, mesmo que para isso tenha de integrar o grupo dos inimigos de um sistema instalado, dos inimigos do comodismo, dos inimigos  de quem só busca um povo que cala e consente, dos inimigos dos que só sabem ser fortes com os mais fracos, dos inimigos da foto pela foto ou do aplauso pelo aplauso,..., e de tantos outros inimigos dos seres racionais e irracionais. Por vezes chego a ter dúvidas se os seres humanos serão mesmo mais racionais do que outros animais.

 

Afinal de contas vivemos em Liberdade ou não? Será que pensamos na nossa liberdade e na dos outros?

 

Nunca nos esqueçamos de que a nossa liberdade começa e termina onde começa a dos outros, incluindo a dos amigos ou inimigos racionais ou irracionais.

 

Será que nos permitem verdadeiramente a liberdade de pensar, de falar e de agir? Mesmo aprisionado,  é possivel sentir em liberdade.

 

Eu sinto-me tantas vezes prisioneiro! Tantas vezes mais aprisionado do que muitos animais irracionais. 

 

Deixem-me sair da prisão!

 

Eu preciso de voar livremente, mesmo que venha a esbarrar contra a minha própria liberdade, a morrer ao abandono num qualquer canto ou a cair num qualquer precipício.  Mas deixem voar quem quer voar. Deixem errar quem quer errar. Deixem pensar quem quer pensar. Deixem viver quem ver viver. Deixem falar quem quer falar. Deixem agir quem quer agir.

 

Deixem-nos em paz porra!!!

 

Lembrem-se que a vida é muito curta e que qualquer tipo de poder é ainda mais curto do que a vida.

 

indiferença

 

 

humanos

 

 

humanos e animais

 

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humanos e animais
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GERAÇÕES: Entre a geração rasca e a geração interrompida

por José Pereira (zedebaiao.com), em 13.08.14

FUI DA GERAÇÃO RASCA (levei porrada policial, mas fazíamos cair Ministros), VI CRESCER A GERAÇÃO À RASCA (os alunos passaram a bater nos professores mas os Ministros não caiam), AJUDEI A GERAÇÃO DESENRASCA (sem justiça, sem regulação e sem supervisores) E HOJE FAZEMOS TODOS PARTE DA GERAÇÃO INTERROMPIDA A QUALQUER MOMENTO.


QUAL SERÁ A GERAÇÃO SEGUINTE?
Aqui deixo um artigo que merece a nossa reflexão.

 

Criados para aquilo que não podem ou não querem ser

10/08/2014 - 07:49

Qualquer classificação geracional uniformiza o diverso, mas ajuda a perceber o que é comum. Os que nasceram entre 1965 e 1981 viveram “uma promessa de estabilidade” e agora lidam com a incerteza, sob forte pressão para terem filhos e serem perfeitos nesse papel. Este é o segundo de cinco textos publicados ao domingo sobre as diferentes gerações.

 

 

 

Silvana Mota Ribeiro conta 40 anos e namora há dez. Se usar um vestido largo, uma suspeita propaga-se no seu local de trabalho — a Universidade do Minho. Da última vez, perguntou-lhe uma sorridente funcionária: “A senhora professora está de esperanças?” Ela arregalou muito os olhos, como lhe acontece sempre que fica horrorizada com qualquer coisa: “Tenho esperança de não estar!”

Portugal atingiu a mais baixa taxa de natalidade da União Europeia. É forte a pressão para ter filhos, mas aquela a que os americanos chamaram Geração X — a dos que nasceram de 1965 a 1981, ou mesmo a 82, 83, 84, conforme os estudiosos — nunca se rendeu por completo à parentalidade. Desde que os primeiros atingiram a maioridade, Portugal deixou de fazer renovação geracional.O país da infância de Silvana era outro. As crianças ficavam entregues a si próprias sem que aí se visse negligência parental. Brincavam na rua com cordas, bolas, bicicletas e carrinhos de rolamentos. No fim do dia e no fim da semana, assistiam aos mesmos desenhos animados — a Heidi, o Marco, o Conan, o Tom Sawyer, o Calimero, o D’Artacão e os Três Moscãoteiros. Só havia RTP.Experimentaram o videoclipe. Imitaram estrelas Pop. Não era fácil chegar às alternativas. Quem podia encomendava discos e gravava cassetes aos amigos. A espera era muita. A dificuldade de acesso só ajudava a intensificar a relação com a música. Havia tempo para a idolatração. À boleia do alargamento da escolarização e das classes médias, desenvolviam-se diversas culturas juvenis. Os mais conservadores mudavam de passeio para deixar passar os alternativos.Portugal não é de inventar rótulos geracionais, prefere reproduzir os internacionais, mas tem as suas originalidades. E, há 20 anos, sem querer, o jornalista Vicente Jorge Silva cunhou esta geração. Depois de ver fotografias de estudantes do secundário a mostrar o rabo num protesto, era Manuela Ferreira Leite, ministra da Educação, assinou no PÚBLICO o editorial “geração rasca”. Naquelas imagens via um sintoma de “vazio de valores”, de “apetência alarve pela vulgaridade”. Seria o choque com a geração posterior à sua, bem mais livre.A cena que indignou Vicente Jorge Silva era um remake. Um ano antes, no Centro Cultural de Belém, quatro rapazes tinham mostrado o rabo, com a frase “não pago” pintada, ao inventor das propinas, o ministro Couto dos Santos. Havia um ambiente geral de insatisfação, recorda um desses rapazes, Luís Branco, agora com 40 anos, a editar o Esquerda.Net, site do Bloco de Esquerda. “Era o desgaste do Cavaquismo.”Os estudantes tinham tomado a rua. Primeiro, contra a Prova Geral de Acesso ao ensino superior, um exame de língua portuguesa e de cultura geral, encarada como uma forma de favorecer as classes altas. A seguir contra as propinas, em defesa do ensino “tendencialmente gratuito”. Depois, contra as provas globais. E não faltava eco. Entre 1989 e 1993, apareceram a TSF, o PÚBLICO, a SIC e a TVI.Apregoava-se que não seria pela indústria, pela agricultura ou pela pesca que Portugal se tornaria competitivo. Havia uma crença inabalável na educação como factor de ascensão social. Entre 1984 e 1994 o número de inscritos nas universidades e politécnicos passara de 95 mil para quase 270 mil. A menos que se tivesse dinheiro, a entrada no ensino superior exigia esforço. As vagas não davam para todos.Luís Branco perdera o pai aos sete anos. Filho de uma funcionária dos correios, estudava Comunicação Social na Nova de Lisboa. As suas lutas pouco interessavam a Abel Humberto, filho de um técnico de farmácia e de uma doméstica, que aos 17 anos começara a despejar cinzeiros, a apanhar toalhas e a lavar cabeças e na altura dos protestos estudantis já ganhava “bom dinheiro” a cortar e a pentear cabelos.Eram colossais os fundos comunitários destinados a modernizar a economia. Entre 1986 e 2001, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 3,9% e essa abundância bastante relativa, já que a taxa de pobreza se mantinha elevada, enchia restaurantes e cabeleireiros. “Havia o hábito de ir arranjar o cabelo para o fim-de-semana”, recorda Abel, agora com 43 anos. Emigrava-se menos. E a vaga de imigração ajudava a insuflar a auto-estima nacional.“Somos a geração da esperança na bandeira azul com estrelinhas amarelas”, resume Silvana Mota Ribeiro. A televisão passava muitos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria. “E se URSS e EUA se passam? Estamos aqui no meio!” Havia muros reais e muralhas imaginárias a separar países desavindos. A CEE não era só um símbolo de consumo, também de paz, de solidariedade, de igualdade. Muitos lembrar-se-ão da queda do muro de Berlim em 1989 e da abertura de fronteiras em 1995. Quem podia, metia-se num comboio e ia ver e voltava bem a tempo de arranjar emprego. O InterRail, embora caro, era a opção “baixo custo”. 
“Geração interrompida”

O sociólogo João Teixeira Lopes, a celebrar 45 anos dentro de dias, usa a expressão “geração interrompida”: “Viveu uma promessa de estabilidade. Conseguiu ter pequenas margens de conforto. Foi apanhada pela crise numa idade em que, num instante, se pode tornar obsoleta, descartável.”O tempo é de sobrecarga fiscal, cortes salariais, elevada taxa de desemprego, recuo na protecção social. “As dificuldades económicas trouxeram ao de cima dificuldades relacionais”, prossegue Teixeira Lopes. E, mesmo assim, pela primeira vez desde o 25 de Abril de 1974, o número de divórcios baixou. Muitos têm filhos e “ficam em pânico quando chega o envelope do gás ou da electricidade”.Não cresceram tão mentalizados para o sacrifício como os pais, amiúde focados na sobrevivência. Nem estão preparados para enfrentar a precariedade, como a geração seguinte, que nada mais conhece. “É uma luta do caraças”, suspira a técnica psicossocial Inácia Cruz, de 37 anos. “Primeiro, já temos alguma idade. Depois, mistura-se o que imaginamos com o que conseguimos.”Trabalhou com crianças e jovens de bairros periféricos, mães adolescentes, doentes mentais, sem-abrigo e, um dia, percebeu-se desempregada, extenuada, descomprometida com a sua vida pessoal. Recompôs-se. Faz oficinas criativas, dinamiza jogos teatrais, é contadora de histórias, mas ainda não consegue viver só do seu trabalho, acha que ainda não encontrou forma de o promover, como fazem os amigos mais novos. E dá por si a viver num quarto arrendado e a socorrer-se da mãe.Inácia acredita que “é possível viver dos sonhos”, mas todos os dias sente o quanto isso custa. Gostava de perceber para onde tudo isto a leva. Por vezes, pergunta-se: “Onde estarei daqui a cinco anos? Gostava de ter um espaço para trabalhar na educação pela arte, um companheiro tranquilo no compromisso, filhos. É muito difícil…” Sem estabilidade, tudo se adia, tudo, até o amor. Tem “não relações” ou “relações não convencionais”.A forma de encarar o amor diversificou-se. Discursos tradicionais e progressistas misturam-se, sobrepõem-se, até dentro da mesma pessoa. Enquanto socióloga dos estilos de vida, Silvana Mota Ribeiro procura tendências e uma parece-lhe evidente: “Esta geração tem muito mais escolha do que a anterior”. “Quantas pessoas agora têm uma relação estável com alguém que mora noutro país?”, exemplifica. “As pessoas encontram-se voando. A relação à distância já não é um absurdo, uma coisa da emigração, do tempo em que os homens iam e as mulheres ficavam.”Os pais de Silvana ainda a imaginaram a chegar virgem ao casamento — era isso que se esperava das raparigas —, mas ela, como muitas mulheres da idade dela, não pensa em casamento e nunca se sentiu “uma atrevida” por meter conversa com um rapaz que lhe despertasse interesse numa festa. “A minha geração desenvolveu o que era ainda um discurso em potência em meados dos anos 80. Tomou em mão o dar o primeiro passo, o primeiro beijo.”
“Não és uma mulher completa!”

Vulgarizou-se o divórcio, a união de facto, a família recomposta, legalizou-se o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. E, apesar disso tudo, o “modelo ideal” resiste: um homem e uma mulher entendidos como diferentes e complementares. E, mal se casam, começa a pergunta: “Então, quando têm um filho?”A pressão não é igual para homens e para mulheres e isso, defende Silvana Mota Ribeiro, não tem só a ver com relógio biológico. Se o homem disser que um bebé é uma maçada, que prejudica a carreira, tolera-se. Se for a mulher, nem pensar. A mulher continua a ser vista como cuidadora. “Não és uma mulher completa!”, dir-lhe-ão. “E depois? Quem vai cuidar de ti quando fores velha?”Uma mulher tem de apresentar uma razão externa — é infértil, não tem companheiro, o emprego fica em risco. Não chega dizer: “Não quero.” Silvana diz. E ao fim de tantos anos a mãe dela ainda lhe pergunta: “Mas isso é para sempre? Não pensas em ter um dia?” E ela responde-lhe: “Se calhar não. Estou bem assim. Por que hei-de mudar, se estou bem assim?” E a mãe começa a falar nas alegrias da maternidade. “Ai, o que estás a perder! Sabes lá que é ser mãe. É uma coisa superior a tudo. Vais arrepender-te. Olha que o tempo passa. Já tens 40 anos!”Fala na sua opção com cuidado, sobretudo com amigas que sabe pressionadas para serem “mães perfeitas”. Sabe que o seu discurso tende a ser mal percebido. E não quer que a vejam como carreirista, egoísta, sem amor para dar. “Quando tens um filho, nunca mais és independente”, diz. “Isto é uma coisa muito grande para perder. Tens uma criança e és responsável por ela para sempre. Nunca mais tens a tua vida só para ti. Não podes partir. Não te podes fazer ao mundo.”A Geração X não desistiu de ter filhos. Tem cada vez menos e cada vez mais tarde. Segundo o último Inquérito à Fecundidade, a maior parte gostaria de ter duas crianças, mas acaba por ter uma. Foi-se alargando a escolarização, atrasando a entrada no mercado laboral, precarizando a relação com o trabalho e às costas da mulher continuou o grosso do trabalho doméstico. Já não é como na geração anterior, mas na maior parte das vezes ainda são elas que cozinham, limpam, tratam da roupa. Poucos homens gozam a licença de parentalidade para lá do obrigatório.O lugar dos fraldários é nas casas de banho das mulheres. Isso nunca foi um problema com que Abel se deparasse. Deixava isso aos cuidados da mãe do filho, agora com cinco anos, que só vê de 15 em 15 dias.Luís Branco, de certo modo um dos ícones da “geração rasca”, tem uma filha de nove meses e uma enteada de nove anos e não tem conta às fraldas que mudou. Compete-lhe dar banho à menina e adormecê-la todas as noites. Ele trata do jantar e da louça e a companheira trata da roupa. A mulher-a-dias trata do resto.Nem só por vontade masculina a paridade assume contornos de história de excepção. Como mostram os estudos da socióloga Margarida Mesquita, com maior frequência os homens trabalham por turnos, trabalham mais horas, têm dois trabalhos. O “novo pai” também sente culpa por ter pouco tempo para os filhos e, por vezes, só não participa mais porque a mulher não deixa.“Se um [filho] ficar doente, só confio em mim”, ri-se a dramaturga, encenadora e actriz Marta Freitas. Tem duas crianças de 11 e 9 anos. “Acho que os pais estão num desequilíbrio muito grande em relação a forma como são pais. Têm de trabalhar muito e querem muito estar presentes e acabam por interferir demais.” Faz parte da associação de pais. Vê como alguns afrontam professores porque querem mais trabalhos de casa, menos trabalhos de casa, zero trabalhos de casa.“Acho que minha geração levou uma chicotada”, resume aquela profissional do teatro, que antes estudou psicologia clínica. “Vive uma mudança muito grande. As perturbações de ansiedade — os ansiolíticos, os antidepressivos — têm muito a ver com isso. Estávamos habituados a perceber a vida de uma forma muito linear. Não havia esta azáfama. Parece que está tudo em causa. As pessoas têm medo. Parece que virou tudo ao contrário. O que aprendeste como filha já não podes transmitir aos teus filhos porque esse mundo já não existe.”Sem a retaguarda familiar que existia noutros tempos, pressionada para trabalhar cada vez mais horas por cada vez menos dinheiro, muitos arrastam os filhos de actividade em actividade. Nesta ânsia de querer preparar os filhos para tudo, e já com os pais a precisar de apoio, parte da Geração X vai-se esquecendo de si própria.
Notícia corrigida às 15h12: quatro rapazes mostraram o rabo ao ministro Couto dos Santos, não na Universidade Nova, como inicialmente estava escrito, mas no Centro Cultural de Belém.1.º texto desta série
GERAÇÃO 45-64: Vinte anos para gozar a vida de reformado
 

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Veja aqui o texto da "Moção Mobilizar Portugal" - PS: António Costa

por José Pereira (zedebaiao.com), em 12.08.14

Será que o PS é hoje um "roteiro para o vazio"? Se os atuais dirigentes do PS o dizem, é porque não conhecem o partido em que estão inseridos ou devem andar algures por outros partidos ou planetas. Terão andado durante 3 anos a desenhar "roteiros para o vazio"?

Pode consultar aqui o texto da Moção de António Costa

 

 

ps josé seguro antónio costa moção candidatura primárias partido socialista

Segundo consta no Notícias ao Minuto, Eurico Brilhante Dias terá referido no seu facebook que as propostas de António Costa são um "roteiro para o vazio".

Será que um dirigente do PS estará a dizer que o PS é um vazio ou que a direção do PS andou durante 3 anos a desenhar um "roteiro para o vazio"?

 

O candidato à liderança do PS, António Costa, apresentou esta terça-feira a sua moção política para as eleições socialistas. Quem já reagiu foi o também socialista Eurico Brilhante Dias que usou a sua página no Facebook para apelidar a moção de “roteiro para o vazio”, lamentando ainda que Costa não tenha apresentado uma ideia nova, “nem mesmo uma nova que seja má”.

 

Será que as ideias dos socialistas (aquelas que dizem ser iguais ou idêncticas às avançadas pela atual Direção Nacional e pelos socialistas em geral), serão todas um "roteiro para o vazio"?

 

Terão andado os socialistas apenas a desenhar um "roteiro para o vazio", durante os últimos 3 anos em que o PS e Seguro se manteve a liderar o maior partido da oposição (PS)? 

 

POLÍTICA

Propostas de Costa são um roteiro para o vazio

DR

 

16:23 - 12 de Agosto de 2014 | Por Patrícia Martins Carvalho

"O membro do secretariado nacional do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, não gostou da moção política que António Costa apresentou esta terça-feira.
Na sua página do Facebook, Eurico Brilhante Dias descreveu o conjunto de propostas do autarca de Lisboa como sendo um “roteiro para o vazio” que, na sua opinião, “não soma” e “não mobiliza”.

“Não consigo deixar de me surpreender com a falta de conteúdo programático do documento hoje apresentado pelo meu camarada Costa”, começou por escrever o socialista, acrescentando que “dois meses e meio depois, esta coisa das ideias parece que atrapalha”.

“Nem uma nova. Nem mesmo uma nova que seja má. Esgotou-se. Só sobra o copy paste”, sublinhou.

Eurico Brilhante Dias terminou o seu texto lamentando que, desta forma, o “debate não melhore” e que esta seja “mais uma oportunidade perdida”.

António Costa apresentou hoje a moção que reúne as suas propostas para o futuro, sendo que estas passam pelo aumento do salário mínimo, por um quadro fiscal de “excecionalidade”, pela estabilização da legislação laboral, pela reativação da negociação coletiva e também por um programa de reformas a tempo parcial."

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Estará na hora de se "re-regular" o sistema financeiro?

por José Pereira (zedebaiao.com), em 12.08.14

Conseguirá um Governo e um Banco Nacional ou mesmo uma Comissão e um Banco Europeu melhorar a regulamentação, regulação e supervisão de modo a estabilizar e credibilizar o funcionamento e a inovação do sistema financeiro? Será apropriado encetar uma "re-regulamentação" em plena crise financeira? 

crise financeira regulação BES regulamentação supervisão banco de portugal

 

Os neoliberais capitalistas utilizam a palavra "re-regular" como se alguma vez o sistema financeiro tivesse estado regulado/regulamentado. É interessante verificar que os defensores do neoliberalismo financeiro deixam frases nos seus jornais e nos seus debates a determinar, à partida, o seguinte: "Esta casa acredita que seria um erro regular o sistema financeiro logo após a crise".

 

Ora, quem começa assim um debate que resultado pretende atingir?

 

Será um erro regular, regulamentar, supervisionar, averiguar e responsabilizar o sistema financeiro quando este está em plena crise?

Será que o resultado seria melhor ou pior?

Estaríamos a retardar a inovação financeira e a (re)introduzir novos riscos e ainda mais perversão/corrupção? 

 

 

 

Henry Tricks
The moderator's opening remarks
Oct 17th 2008 | Mr Henry Tricks  

Monday October 13th was Baroness Thatcher’s birthday. It was also the start of a week that has seen Western governments resolve to part-nationalise numerous banks in the biggest state incursion into free-market capitalism since the second world war. Those events, though coincidental, may not be entirely unconnected. The wave of deregulation since the 1970s, so associated with Thatcherism, has helped produce staggering increases in prosperity. But it may also have helped push the world to the brink of financial break-down.

 

With that in mind, what better week could there be for holding a debate on how best to re-regulate the system after the credit crisis? And who more qualified to thrash it out than two Nobel-prize-winning American economists with famously forthright views on free markets.

 

Myron Scholes, who shared the Nobel prize for economics in 1997 for determining the value of derivatives, is one of the architects of complex, deregulated finance. His option-pricing theory, the Black-Scholes model, led to the explosive growth of options trading. He remains a practising hedge-fund manager, and has been investing in stockmarkets since his high-school days in Canada.

 

In support of the motion, “This house believes it would be a mistake to regulate the financial system heavily after the crisis”, he defends the innovations made possible by unfettered finance. The “proponents for re-regulation fail to measure the benefits of the myriad financial innovations that have succeeded since regulatory constraints were relaxed in the 1970s,” he argues. Indeed, heavy regulation has not stopped banks and broker-dealers collapsing in the past, he notes.

 

He proposes a light-touch response to the crisis, a simple requirement on banks to hold more capital to prevent them becoming over-leveraged. He explains why it doesn’t matter if the extra capital reduces a bank’s return on equity, because with less debt, the equity is less risky. Too much leverage, or too little capital, generally magnifies the effect of a shock, and causes a vicious circle of selling, he says.

All very well buttressed with financial theory. Joseph Stiglitz, his opponent, is sure to have none of it, however. Professor Stiglitz shared the Nobel prize for economics in 2001 for helping develop a theory of asymmetric information which showed that only under exceptional circumstances are markets efficient. Outside of the economics profession, he is better known for his withering critiques of the IMF and free markets, even while he was chief economist at the World Bank.

 

His opposition to the motion rests on the assertion that inadequate regulation has caused this crisis, and all those other crises leading up to it. Stronger regulation, relating to corporate governance, pay, lending practices, etc, is necessary, he argues, not least because American taxpayers are repeatedly on the hook for bailing out Wall Street. He gives short shrift to the supposed benefits of financial innovation. “The fact of the matter is that most of that creativity was directed to circumventing regulations and regulatory arbitrage…” he says. It didn’t help ordinary people, nor did it do much to improve the economy’s efficiency. New regulatory structures should be run by people less in thrall to those that they regulate. On only one point is there common ground: some additional regulation is inevitable as a result of the massive use of taxpayer money to rescue imprudent banks. But as to whether it should be a lot or a little, there is plenty of disagreement—which is probably true of society at large. Let’s see which side wins.

 

As far as possible, the debate will be regulated with a light touch, rather than a heavy hand. The more the audience gets involved, the better. But do be polite. As the Iron Lady so aptly put it, “I always cheer up immensely if an attack is particularly wounding because I think, well, if they attack one personally, it means they have not a single political argument left.” Happy Birthday m’lady.

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Myron Scholes
The proposer's opening remarks
Oct 17th 2008 |Professor Myron S. Scholes  

There is now a rising chorus among regulators, politicians and academics claiming that the freedom to innovate in the financial domain should be curtailed.

 

This stemmed from the apparent recent failures in mortgage finance and credit default swaps and the apparent need for governments and central banks to “bail out” failing and failed financial institutions around the world directly through capital infusions and indirectly by providing a wide array of liquidity facilities and guarantees. They claim that freedom in global financial markets has proceeded at too rapid a pace without controls—in particular with an incentive system that rewards risk-taking at the expense of government entities—and as a result “throwing sand in the gears” of innovation will reduce “deadweight costs” and “moral hazard” issues.

 

Obviously, these same proponents for re-regulation fail to measure the benefits of the myriad financial innovations that have succeeded since regulatory constraints were relaxed in the 1970s. And they fail to account for the vast increase in the wealth of the global economy that has resulted from the freedom to innovate.

 

Economic theory suggests that financial innovation must lead to failures. And, in particular, since successful innovations are hard to predict, the infrastructure necessary to support innovation needs to lag the innovations themselves, which increases the probability that controls will be insufficient at times to prevent breakdowns in governance mechanisms. Failures, however, do not lead to the conclusion that re-regulation will succeed in stemming future failures. Or that society will be better off with fewer freedoms. Although governments are able to regulate organisational forms, they are unable to regulate the services provided by competing entities, many yet to be born. Organisational forms change with financial innovations. Although functions of finance remain static and are similar in Africa, Asia, Europe and the United States, their provision is dynamic as entities attempt to profit by providing services at lower cost and greater benefit than competing alternatives.

 

We would be derelict to regulate the financial industry heavily without attempting to understand the cost and benefits of regulation and without a thorough understanding of the causes of this crisis. With haste, new forms of regulation will probably not lead to less chance of further crisis and failures. History suggests that even the most heavily regulated banking (and broker/dealer) sectors have collapsed or nearly collapsed on myriad previous occasions. New regulations have supplanted old regulations to no avail. I reference here the Kindleberger – Aliber book, “Manias, Panics, and Crashes”, wherein myriad crashes or related incidents throughout the centuries are listed and discussed.

 

Crises are caused by banks having too much leverage. They face an “inflexibility trap” and “negative convexity”. Generally, a shock occurs, a “fat-tailed event”, and as a result a bank suffers a loss on a product line such as subprime mortgages that, in turn, requires it to reduce the risk of its equity. To do so, it must issue additional equity or sell risky assets to pay back debt. With leverage, to reduce risk needs action. If the bank attempts to raise equity capital, however, it faces the “inflexibility trap”. By issuing equity, debt holders have more capital supporting their debt and are better off. Equity holders must be worse off. That is, on the announcement of the offering, the price of existing shares fall. This follows from option theory. When governments infuse capital into banks, the new capital benefits the debt holders. This is the true “moral hazard”.

 

The simple remedy, therefore, is to require banks to have less leverage or—its converse—to have additional equity capital. This garners flexibility. And flexibility is valuable. It is an option. We can measure its value and price it accordingly. If society is to provide the option, it should charge for it in advance, and then it becomes the supplier of contingent capital to the financial system. This creates the correct incentives. This is not regulation; this is economics.

 

“Negative convexity” arises as firms are required to invest to make money for their shareholders. When everyone else is driving over the speed limit, there is pressure to drive quickly as well; that is, more leverage to increase the return on equity capital. When a shock forces entities to reduce risk, they find it difficult to do so for many other entities are also attempting to liquidate positions at the same time. Not all the cars can slow down in time to prevent an accident. In financial markets liquidity prices increase dramatically, creating “fat tails”, and entities are unable to sell assets to reduce risks. With losses in one area, banks need to sell other more liquid assets. This, in turn, requires other banks to liquidate assets to reduce their risk. Liquidity prices increase and asset values fall across all markets as banks demand liquidity to reduce risk. This causes a deleveraging cascade in the financial markets affecting the capital of all banks.

 

Although I don’t have the data available, I predict that bank capital ratios have fallen dramatically over the last 20 years, with deregulation of the banking sector in the 1990s, coupled with the advent of the Bank for International Settlements’ implementation of Value at Risk, portfolio theory, that is in vogue to determine bank capital, and with changes in accounting rules.

 

Certainly, with additional equity capital, the return on equity capital of financial entities would fall, but the value of the enterprise would not be affected. Modigliani and Miller, over 50 years ago, wrote a classic paper in financial economics, demonstrating that the value of the firm is independent of its debt-to-equity ratio. For this and related work, each was awarded the Nobel prize in economics. Although the required rate of return on debt is less than that of equity, the required return on equity increases with additional debt to just offset debt’s lower cost. In its simplest form why would an investor pay more for a leveraged firm than an unleveraged firm if she could acquire the unleveraged firm at a lower price and create the same capital structure on personal account? Their simple and elegant model has withstood many academic attacks including issues such as the tax deductibility of debt or bankruptcy costs. Miller argued in his 1977 presidential address to the American Finance Association that these issues are second order, “akin to a horse and rabbit stew – one horse and one rabbit.” Although additional equity capital and less debt capital will not reduce the total value of the bank, it will reduce the expected return on equity. This is of no consequence, however, since with less debt the risk of the equity is correspondingly less. The return-to-risk tradeoff is unaffected. Investors will need to expect a lower return on equity capital. If individuals, hedge funds, etc, want to achieve a greater expected rate of return with commensurately more risk, they are able to achieve such by leveraging on their personal accounts. Remember, however, that leverage is a two-edged sword. Wonderful when things are going well; a cancer when things are going badly. Since there are few costs and many benefits to this approach, capital requirements and pricing flexibility are the correct way to regulate banks going forward. Since this is the correct economic response, it trumps regulating the financial system heavily going forward. There is no need to “throw sand into the gears” to slow down innovation and new products. Capital is the solution and it is a form of “light regulation”.

 
Joseph Stiglitz
The opposition's opening remarks
Oct 17th 2008 |Professor Joseph E. Stiglitz  

The current crisis is caused, in part, by inadequate regulation. Unless we have an adequate regulatory system—regulations and a regulatory structure that ensures their implementation—we are bound to have another crisis.

 

This is not the first such crisis in the financial system that we have had in recent decades. Indeed, around the world, it is more unusual for a country not to have had a financial crisis than to have had one. They have occurred in societies with “good institutions”—like those in Scandinavia—and in societies without such institutions. They have occurred in developed and in developing countries. The only countries to have been spared so far are those with strong regulatory frameworks.

 

In each case, the crisis has affected not just the lenders and borrowers, but also innocent bystanders. Workers have been thrown out of jobs as the economy plummets into a downturn, a recession or depression. Governments inevitably intervene, whether there is explicit deposit insurance or not. No democratic government can sit idly by while there is such suffering. There are, to use the economists’ jargon, externalities, and whenever there are externalities, there is a need for government intervention. There is, to some extent, some government insurance. Private insurance companies take actions to prevent the insured against losses occurring—for example, fire insurance companies insist on sprinklers in commercial buildings. The government has a responsibility to protect taxpayers, workers and others in our society and to do what it can to make sure that such crises are less frequent, and when they occur, less severe.

 

Wall Street has asked for a massive bail-out—some $1.6 trillion so far, but most believe that this is just a down payment. The American taxpayer has bailed out Wall Street repeatedly—the S & L bailout, Mexico, Indonesia, Korea, Thailand, Argentina, Russia, Brazil and now this, the largest ever. One cannot keep asking for bigger hospitals and argue that nothing should be done to prevent hospitalisation in the first place.

Regulations (including those relating to corporate governance, incentive structures, speed limits, lending practices) are necessary to restore confidence. When, a hundred years ago, Upton Sinclair depicted graphically America’s stockyards and there was a revulsion against consuming meat, the industry turned to the government for regulation, to assure consumers that meat was safe for consumption. Regulatory reform would help restore confidence in our financial markets. We have seen how badly the banks have behaved; we have yet to reform the regulatory structure or change the regulators. Why, with the extra cushion of taxpayer money, of the kind proposed in the British bail-out, without such reforms, should we expect them to behave much better in the future than in the past?

 

Indeed, anyone who has seen America’s political processes at work knows that after Wall Street gets its money, it will begin fighting the regulations. It will say: Government must be careful not to overreact; we have to maintain the financial markets’ creativity. The fact of the matter is that most of that creativity was directed to circumventing regulations and regulatory arbitrage, creative accounting so no one, not even the banks, knew their financial position, and tax arbitrage. Meanwhile, the financial system didn’t create the innovations which would have addressed the real risks people face—for instance, enabling ordinary Americans to stay in their home when interest rates change—and indeed, has resisted many of the innovations which would have increased the efficiency of our economy. In some places, there has been real innovation—the Danish mortgage market (though it’s hardly new) is an excellent example, with low transactions costs and much greater security. But elsewhere in Europe, there has been resistance to adopting this model.

 

Markets have failed, but so too has our regulatory system. No one would suggest that because our tax system is imperfect, with evasion and avoidance, we should abandon taxation. No one is suggesting that because our markets have failed, and failed miserably, we should abandon a market-based economy. And no one should suggest that because our regulatory system is imperfect, it should be abandoned. As Paul Volcker once put it in the middle of the East Asia crisis, even a leaky umbrella can be helpful in a rainstorm. To be sure, both markets and our regulatory structures need to be improved upon.

 

Not only new regulations are required, but also new regulatory structures. The Fed and other regulators didn’t do everything they could have done with the regulations at their disposal. This is the not surprising consequence of appointing as regulators people who don’t believe in regulation.

A regulatory structure that worked after the Great Depression, before the invention of derivatives, is not one appropriate for the 21st century. We need to make sure that not just the voice and interest of Wall Street is heard, but so too the rest of the country, and we need to reduce the chance of regulatory capture. There was a party going on, and no one linked with Wall Street wanted to be a party pooper. As the old saw has it, the job of a good regulator is to take away the punch bowl when the party gets too raucous. But the Fed kept refilling the punch bowl, and now, we the taxpayer are asked to pay for the clean-up.

 

Those entrusted with looking after retirement funds, those who realise what an economic downturn can mean for workers, those without a vested interest in keeping Wall Street’s parties going have to have a large voice in a reformed regulatory system.

 

A good regulatory system has to take account of the asymmetries of information and other asymmetries between financial markets and government regulators. Those testing whether drugs are safe and effective may not have the creativity of those coming up with new drugs, but their tasks are different. Few would propose abandoning government oversight of drugs, simply because government salaries will be uncompetitive with those for testing the drugs in the private sector.

 

Part of a new regulatory system must be a financial products safety commission, to make sure that no products bought or sold by commercial banks or pension funds are “unsafe for human consumption”. Ideally, such a commission would try to encourage the kind of innovation that would protect homeowners and make our economy more efficient.

 

The question, more generally, is not so much too little or too much regulation, but the right regulation and a regulatory system that enforces the regulations we have. The risk we face is not that we will have too much regulation in the aftermath of the crisis but too little. After the crisis is over, the financiers who have done very well by themselves in recent years will use some of that money to distort the political process—campaign contributions have proven in the past to be high return investments.

 

The system we had didn’t serve the country well. Financial systems are supposed to allocate capital and manage risks. However, risks were not managed, they were created, and capital was massively misallocated. But it did serve those in the financial system well. Many of these would like the old system to continue, with as little modification as possible. To do so would be a mistake.

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Um Estado responsável e transparente (que somos nós todos) é muito diferente de um Governo responsável, exigente, transparente e devidamente credível! O Governo é que tem de ser responsável, responsabilizado e devidamente transparente. 

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Banco de Portugal admite falência do Novo Banco.

Regulador/Supervisor está habilitado a dissolver o chamado ‘banco bom’ caso conclua que não é possível vender todo o património da instituição.

Afinal havia risco para os contribuintes ou não? Quem vai ficar a pagar os prejuízos que os outros fazem à descarada? 

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/banco-de-portugal-admite-falencia-do-novo-banco

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