Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Em pleno dia de sol, em plena paz aldeã, ao som da água e dos animais (racionais e não racionais), este "rabelo" acaba de subir o rio até Baião. Sim, há um rio que vai até Baião e até outros que se cruzam ou esbarram com a nossa terra e com a nossa gente. Há até um um comboio que circunda as margens do rio e as encostas de Baião.
Também há comboios que embatem contra elefantes, mas esses podem e devem ver no vídeo que se segue (cliquem em cima da imagem que se segue). O problema é que, quer o rio, quer o comboio, tantas vezes leva muito mais do que aquilo que traz. Ou melhor, permitimos que levem mais do que aquilo que trazem.
Em paz, mas em constante desassossego (des)humano, não resisto em deixar este vídeo e esta mensagem a tod@s os inimig@s.
Na minha opinião, este vídeo deveria passar todos os dias antes do telejornal e no início de cada telenovela política ou de ficção.
Primeiro entreguei-o a mim próprio, até porque sou tão ou mais imperfeito que os outros. Depois, recortei as melhores ou piores imagens e remeti-as aos nossos inimigos. Note-se que já referi que também as remeti a mim próprio. Até eu sou inimigo de mim próprio.
Ao ver este vídeo, recordo-me de muitos seres humanos excelentes (todos como eu, ou seja, imperfeitos) com quem me tenho cruzados ao longo da vida, mas de igual modo me recordo de todos o animais que teimam em não ser humanos nem racionais.
Para além de tod@s os amig@s com que me fui cruzando nos últimos tempos, a maioria dos quais ferrenhos políticos que se têm esquecido que a Política sempre foi, é, e deverá ser, a arte ou ciência feita pelos cidadãos para os cidadãos e não dos dirigentes para os lugares ou interesses, o certo é que hoje ao me cruzar com este video recordo dois "Grandes inimigos" que me marcaram profundamente por altura das comemorações dos 40 anos de Abril e que me ajudaram a conhecer-me melhor e a concretizar, pela primeira vez, na minha Freguesia do Gove/Baião, um evento dedicado aos "pais" de Abril. São eles o Carlos Magalhães e Lourdes dos Anjos (entre outros que através deles conheci ou simplesmente me cruzei).
Este vídeo faz-me lembra muito do Carlos Magalhães, sobretudo pela forma como abraça as causas dos animais (racionais e irracionais). Mas é que abraça mesmo e de forma desinteressada. Nem imaginam quantos acolhe.
Com eles e com outros, fui aprendendo e compreendendo que afinal é bom fazermos parte dos inimigos, mesmo que tantas vezes passemos por ser os maus ou "maluquinhos" de toda esta fita. É certo que estamos perante uma luta desigual, muito árdua e desgastante, sobretudo quando gostamos de pensar, de falar e de agir pela nossa própria cabeça ou de lutar tão simplesmente por aquilo em que acreditamos (claro que não somos nem pretendemos ser os donos da razão nem da perfeição, mas o certo é que somos tão racionais ou irracionais como todos os outros que se julgam donos do saber ou da perfeição).
Se durante 40 anos de suposta liberdade ou libertinagem pouco ou nada conseguimos por via de um conformismo inconformado, de um apluso inconsciente ou comprado, de um silêncio ensurdecedor e permissor, de um calar para consentir ou tantas vezes para "mamar" (sim, os racionais também mamam e dão a mamar), permitam-me que eu pretenda e possa livremente desassossegar ou lutar para mudar, mesmo que para isso tenha de integrar o grupo dos inimigos de um sistema instalado, dos inimigos do comodismo, dos inimigos de quem só busca um povo que cala e consente, dos inimigos dos que só sabem ser fortes com os mais fracos, dos inimigos da foto pela foto ou do aplauso pelo aplauso,..., e de tantos outros inimigos dos seres racionais e irracionais. Por vezes chego a ter dúvidas se os seres humanos serão mesmo mais racionais do que outros animais.
Afinal de contas vivemos em Liberdade ou não? Será que pensamos na nossa liberdade e na dos outros?
Nunca nos esqueçamos de que a nossa liberdade começa e termina onde começa a dos outros, incluindo a dos amigos ou inimigos racionais ou irracionais.
Será que nos permitem verdadeiramente a liberdade de pensar, de falar e de agir? Mesmo aprisionado, é possivel sentir em liberdade.
Eu sinto-me tantas vezes prisioneiro! Tantas vezes mais aprisionado do que muitos animais irracionais.
Deixem-me sair da prisão!
Eu preciso de voar livremente, mesmo que venha a esbarrar contra a minha própria liberdade, a morrer ao abandono num qualquer canto ou a cair num qualquer precipício. Mas deixem voar quem quer voar. Deixem errar quem quer errar. Deixem pensar quem quer pensar. Deixem viver quem ver viver. Deixem falar quem quer falar. Deixem agir quem quer agir.
Deixem-nos em paz porra!!!
Lembrem-se que a vida é muito curta e que qualquer tipo de poder é ainda mais curto do que a vida.