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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Veja AQUI quais são as regiões e os concelhos mais pobres do país e com maior e menor poder de compra (report 2017, dados de 2015).
Se em 2013 o concelho de Baião já ocupava um péssimo lugar, sendo considerado o 8° concelho mais pobre de Portugal, a realidade é que a situação veio a piorar, atirando Baião para o 5° concelho mais pobre do país e o 3° mais pobre da sub-região do Tâmega e Sousa, de 2013 para 2015.
Baião (57,14) apresenta um índice abaixo de metade do indice do Porto (161,43) e significativamente abaixo da média da sub-região do Tâmega e Sousa (72,30).
Abra a imagem AQUI para ver quais são as regiões e os concelhos com maior e menor poder de compra (report 2017, dados de 2015)
O rumo não vai bem, pelo que os autarcas e os dirigentes das estruturas partidárias locais, têm a obrigação de olhar para a evolução destes dados, refletir sobre os mesmos e assumir as responsabilidades que lhes cabem.
Não podem continuar a passar a vida nos cargos, alguns até bem remunerados, e fazer de conta que esta realidade não existe nem continua a piorar, porque os dados são de fontes oficiais e os políticos e autarcas locais têm a obrigação de os ler e de contribuir para a melhoria de vida das suas/nossas populações.
Não faltam autarcas com incapacidade e irresponsabilidade para empobrecer a sua/nossa terra e a sua/nossa gente. Para isso não é preciso grande sabedoria!
Fazem falta é autarcas e responsáveis políticos com capacidade e competência para retirar a sua/nossa terra e a sua/nossa gente da pobreza, sendo legítimo questionar:
● Porque é que somos dos concelhos mais pobres do país?
● Porque é que os autarcas não identificam as causas nem debatem esta realidade com os seus munícipes? Ou melhor, porque escondem este real retrocesso dos seus munícipes e dos seus/nossos municípios?
● Nenhum autarca ou político deveria assumir responsabilidades sobre o empobrecimento da sua terra e da sua gente?
É lamentável esta passividade, este esconder da realidade e esta irresponsabilidade autárquica e política. Como se ignorar ou esconder as dificuldades e os problemas nos ajudasse a melhorar no quer que seja.
Esta realidade e disparidade do país deveria envergonhar todos os políticos e todos os autarcas. Um país com tamanhas desigualdades e disparidades, sem políticas estruturais de coesão, dificilmente sairá da pobreza e da cauda da Europa.
Isto deveria ser uma preocupação constante de todos os cidadãos, mas é responsabilidade direta de quem dirige os destinos dos concelhos e de quem tem responsabilidades políticas sobre os planos e programas político-estratégicos anuais e plurianuais que são executados com o nosso dinheiro e que, pelo que constatamos, encaminham os concelhos e a sua população para a continuidade e mesmo agravamento da pobreza.
Se a única estratégia político-administrativa de que são capazes é a que conduz um concelho e a sua/nossa gente para o empobrecimento, então não estão a ter qualquer utilidade nem a fazer o que lhes compete fazer.
Será incapacidade?
Será incompetência?
Será falta de vontade?
Algo é certamente!
E as forças cívicas e a gente destes municípios têm de saber a verdade e refletir sobre o rumo que está a ser seguido.
É que o comodismo ou conformismo cívico e ou político não estão a ser nada úteis, bem pelo contrário, estão sim é a empobrecer cada vez mais a nossa terra e a nossa gente.
Vejamos que, segundo os estudos do INE (ver os diversos estudos em baixo), enquanto a Área Metropolitana do Porto apresentava um valor de índice de poder de compra de 104,8, acima da média nacional, o concelho de Baião apresentava um índice de 59,4, ou seja, metade do valor da Área Metropolitana do Porto, sendo considerado o 8.° concelho mais pobre. Mas como se isso não bastasse, constatamos agora, no relatório de 2015, que a situação tem vindo a piorar, tendo o poder de compra baixado de 2013 para 2015, sendo que este índice era de 59,40 em 2013 e atualmente é ainda menor, colocando Baião como o 5° concelho mais pobre do país, com um índice geral de poder de compra em 57,14.
Segundo os índices de 2013, estes eram os 10 concelhos mais pobres do país:
1° - Ponta do Sol (58,55);
2° - Câmara de Lobos (57,04), ambos na Madeira;
3° - Vinhais (59,84),
4° - Tabuaço (56,63);
5° - Resende (59,11),
6° - Celorico (56,64),
7° - Cinfães (56,54),
8°- Baião (59,40),
9° - Ribeira de Pena (59,66);
10°- Penalva do Castelo (60,38).
Abra a imagem AQUI para ver quais são as regiões e os concelhos com maior e menor poder de compra (report 2017, dados de 2015)
Segundo os índices de 2015, estes são os 10 concelhos mais pobres do país:
1°- Ponta do Sol (55,83)
2° - Tabuaço (55,85)
3° - Celorico de Basto (56,08)
4° - Cinfães (56,32)
5° - Baião (57,14)
6° - Câmara de Lobos (57,25)
7° - Ribeira de Pena (57,33)
8°- Resende (58,16)
9° - Vinhais (58,25)
10°- Penalva do Castelo (58,59)
Mas se olharmos para a nossa sub-região (Tâmega e Sousa), constatamos que a média na sub-região é de 72,30, enquanto Baião ocupa o 3° lugar dos concelhos mais pobres:
Média do Tâmega e Sousa 72,30
Amarante 71,98
Baião 57,14
Castelo de Paiva 65,87
Celorico de Basto 56,08
Cinfães 56,32
Felgueiras 81,91
Lousada 70,08
Marco de Canaveses 73,43
Paços de Ferreira 78,39
Penafiel 77,04
Resende 58,16
Em termos nacionais temos Lisboa, Porto, Oeiras, S. João da Madeira e Sines a liderar o ranking dos municípios mais ricos do país, em 2015.
Numa análise aos 308 concelhos, o Instituto Nacional de Estatística (INE) identificou 33 como tendo um poder de compra acima da média nacional. Apenas mais um concelho do que em 2013, aquando do último Estudo Sobre o Poder de Compra Concelhio.
O estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) conclui que no conjunto do território nacional 147 municípios (48% do total) apresentavam valores de poder de compra inferiores a 75 (com a média nacional de 100), ou seja, um resultado pior do que encontrado em 2013.
Dos 10 municípios com menor poder de compra ‘per capita’, oito pertenciam ao Interior das regiões Norte e Centro (distribuindo-se pelas sub-regiões Tâmega e Sousa, Alto Tâmega, Douro, Terras de Trás-os-Montes e Viseu Dão Lafões) e dois à Região Autónoma da Madeira. Aliás, Ponta do Sol é o concelho mais pobre do País, tendo caído quatro lugares desde 2013, e destronando Cinfães. Aqui, o valor de poder de compra estimado pelo INE é cerca de metade da média nacional. Baião (Porto), Tabuaço (Viseu), e Celorico de Basto (Braga), permanecem na lista dos concelhos mais pobres do país.
O estudo mostra assim a discrepância de rendimentos regionais e locais de Portugal, onde 23 municípios concentram 50% do poder de compra nacional, sublinha o INE.
FONTES: