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PS e a MUDANÇA: Falta concretizar e credibilizar

por José Pereira (zedebaiao.com), em 27.03.14

Tendo consciência de que é difícil mudar por mudar e que a mudança tem de deixar de corresponder a mera rotatividade, deixo esta breve nota para todos os que acreditam que é necessário e possível mudar. Definir e esclarecer a mudança que se pretende concretizar é meio caminho andado para se poder fazer escolhas e até ganhar. 

 

Eleições europeias 1 - Francisco Assis 2 - Maria João Rodrigues 3 - Carlos Zorrinho 4 - Elisa Ferreira 5 - Ricardo Serrão Santos 6 - Ana Gomes 7- Pedro Silva Pereira 8 - Liliana Rodrigues 9 - Manuel dos Santos 10 - Maria Amélia Antunes 11- Fernando Moniz 12 - Isabel Coutinho 13 - José Junqueiro 14 - Célia Afra 15 - Diogo Leão 16 - Maria da Luz Lopes 17 - Henrique Ferreira 18 - Maria de Fátima Carvalho 19 - Júlio Barroso 20 - Maria João Baptista 21 - Eduardo Lourenço   Suplentes  22 - Ana Venâncio 23 - Fernando Cabodeira 24 - Rita Mendes 25 - Adérito Pires 26 - Renata Veríssimo 27 - Miguel Rasquinho 28 - Catarina Castanheira 29 - Carlos Granadas


  

Etapa Um – identificação das políticas e dos comportamentos a ser modificados:

  • Definir a mudança política que se quer concretizar.
  • Ser específico e avançar gradualmente
  • Dar um nome específico à mudança que se deseja fazer (mudança por mudança é vazio).
  • Concentrar-se no esclarecimento de uma alteração de cada vez.

 

Etapa Dois – Compreender o eleitorado actual, bem como o comportamento e o propósito no contexto da sua vida real e atual:

  • Estudar e compreender os comportamentos sociais atuais.
  • Identificar o propósito ou a intenção positiva do comportamento do eleitorado no contexto atual.

 

Etapa Três – Especificar a necessidade e a importância da mudança para cada cidadão e para o interesse público/bem-comum:

  • Por que é que necessitamos de concretizar mudanças e mesmo de mudar nós próprios?
  • O que é que vai melhorar com a mudança? A situação económica? A situação laboral? A saúde? A educação? Os apoios sociais? A qualidade de vida?
  • Que prejuízos estamos a ter atualmente com o rumo da governação actual e com os nossos comportamentos ou resignação?
  • Como será a vida dos cidadãos após a concretização da mudança?
  • Qual vai ser o timing da mudança e em que período de tempo pensam concretiza-la?
  • Qual o custo da mudança? Que benefícios? Que dificuldades?
  • Especificar todas as vantagens e desvantagens para o País, para a Europa e sobretudo para a vida das pessoas.

 

Etapa Quatro – Desenvolver um grande desejo de mudança pessoal, social, económica,…, quer a nível nacional como europeu:

Para criar um forte desejo de mudança, será necessário associar uma grande dor e uma sensação desagradável ao fato de não mudar, e um grande prazer, e estímulo pela ideia de mudança. Assim nos sentiremos motivados e teremos um grande desejo de realizar esta alteração de comportamento nas nossas vidas.

  • A necessidade de mudança tem sempre associada uma grande dor ou sensações desagradáveis face ao caso de não se mudar.
  • Por outro lado, tem igualmente associado um grande prazer e sensações muito agradáveis e muito estimulantes pelo facto de se mudar.

 

Etapa Cinco – Desenvolver novas alternativas e novos comportamentos que visem corrigir os erros cometidos no passado:

  • Gerar uma grande quantidade de novas condutas que possam substituir o comportamento inadequado do passado, mas que sejam mais aceitáveis.
  • Assumir os erros e identificar qual era o propósito embutido no comportamento inadequado anterior.
  • Iniciar desde já a substituição dos comportamentos inadequados, começando desde logo por ser o melhor exemplo.
  • Determinar timings para eliminar e corrigir os erros.

 

Etapa Seis – Prospetivar, ou seja, imaginar o futuro no contexto da mudança, de modo a prever e gerir os riscos:

  • Colocarmo-nos no lugar do futuro face às novas alternativas que pretendemos apresentar.
  • Ter sempre e devidamente estudadas algumas alternativas que sejam adequadas, atraentes e estimulantes, mas sempre eficazes para a mudança que se pretende concretizar.
  • Simular e testar as alternativas, tendo sempre por base o mundo real e o contexto apropriada à vida das pessoas.

 

Etapa Sete – Assumir o compromisso de implantar e concretizar a mudança sem nunca esquecer os valores e princípios da justiça social, da defesa da coisa pública e do bem-comum:

  • Comprometer-se com as pessoas.
  • Colocar sempre em primeiro lugar o interesse público e o bem-comum.
  • Nunca nos esquecermos que o mundo é constituído por seres humanos e por muitos outros seres.
  • Documentar os processos de mudança, etapa a etapa.
  • Avaliar constantemente os prós e contra das mudanças a concretizar ou em concretização.

 

A equipa que o Partido Socialista nos propõe para concretizar a mudança

 

Efetivos

1 - Francisco Assis

2 - Maria João Rodrigues

3 - Carlos Zorrinho

4 - Elisa Ferreira

5 - Ricardo Serrão Santos

6 - Ana Gomes

7- Pedro Silva Pereira

8 - Liliana Rodrigues

9 - Manuel dos Santos

10 - Maria Amélia Antunes

11- Fernando Moniz

12 - Isabel Coutinho

13 - José Junqueiro

14 - Célia Afra

15 - Diogo Leão

16 - Maria da Luz Lopes

17 - Henrique Ferreira

18 - Maria de Fátima Carvalho

19 - Júlio Barroso

20 - Maria João Baptista

21 - Eduardo Lourenço

 

Suplentes 

22 - Ana Venâncio

23 - Fernando Cabodeira

24 - Rita Mendes

25 - Adérito Pires

26 - Renata Veríssimo

27 - Miguel Rasquinho

28 - Catarina Castanheira

29 - Carlos Granadas

 

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Votos brancos e nulos são pouco ecológicos, sendo que vão para o lixo

por José Pereira (zedebaiao.com), em 26.03.14

Não se constituem listas com vista a defender um programa ou projeto, senão primeiro desenhava-se primeiro o programa/projeto e só depois se alocava a equipa que melhores condições e competências reunisse para o representar e executar. 

votos brancos, nulos, abstenção eleições Portugal governo parlamento

 

O que se faz é medir lugares e fraquezas (nem sequer são forças que se medem). 

 

Por isso, os votos brancos e nulos deveriam ter consequências, por exemplo:

- Desde logo nos Partidos, devendo corresponder a lugares vazios nas Comissões Políticas Concelhias, Federativas e Nacionais?

- Lugares vazios nas Assembleias Municipais e de Freguesia?

- Lugares vazios nos parlamentos Nacional e Europeu?

- Abstenção igual ou superior à percentagem do partido/movimento mais votado não deveria validar os atos eleitorais?

 

 

O voto branco e nulo, tem algum poder? 

Atualmente não, sendo que só facilita a permanência dos mesmos no poder.

 

Mas esta discussão já obrigou a Comissão Nacional de Eleições a prestar o seguinte esclarecimento: NOTA OFICIOSA DA COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÔES 

"Tem circulado de forma generalizada na Internet e através de correio electrónico uma mensagem de apelo ao voto em branco. Esta mensagem induz os cidadãos em erro, na medida em que afirma que, se for obtida uma percentagem maioritária de votos em branco, a eleição será anulada.
Por essa razão, um número significativo de cidadãos tem vindo a solicitar à
Comissão Nacional de Eleições esclarecimentos sobre a veracidade da informação divulgada.
No sentido de promover o esclarecimento objectivo dos cidadãos a este respeito, a Comissão Nacional de Eleições vem informar o seguinte:
- Os votos em branco e os votos nulos não têm influência no apuramento dos resultados;
- Serão sempre eleitos os candidatos" (nem que vote só a sua família)

Será de respeitar a posição de quem prefere não optar?

O facto é que, com o enquadramento legal atual, o voto branco ou nulo não funciona para quem quer tomar posição nas lutas sociais, cívicas ou políticas.

 

Se dizem que o voto é a voz, a arma e a vontade do povo, então faça-se um referendo no sentido de aferir que valor pretende o povo dar aos votos em branco, aos votos nulos e à abstenção.

 

A continuar com este sistema civico-político-administrativo é que nada resolvemos.

 

Consulte aqui a Legislação Eleitoral

 

 

 

 

 

 

 



Outras perspectivas

 

 

 

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Como não temos outra alternativa,  senão pagar e assistir à festa, vamos ao menos dançando.  Como a minoria (sim, a minoria) dos portugueses já tem conhecimento, acabamos de saber quais são os elementos que constituem a lista do Partido Socialista (PS) às eleições europeias (sim, vamos ter eleições europeias depois de Abril, ou não sabia?).  

lista do ps eleições europeias 2014 portugal assis e seguro ps

 

Pelo lado do PS vamos ter a lista encabeçada por Francisco Assis (homem do norte, carago), cujos restantes elementos apresento em baixo para reflexão.

Espero que saiba o que é uma lista.

Faça de conta que é uma equipa de futebol, sendo que, em vez de olhar só para o jogador mais avançado (falta-nos um Ronaldo), preocupe-se por querer saber quem vai ser o guarda-redes, quem são os defesas,..., mas sobretudo saber o máximo sobre quem é o treinador e qual é a sua estratégia de jogo, sendo que, se não temos nenhum José Mourinho, também não temos fruta para oferecer.

 

Joguemos pelo menos à Sporting.

Acredito que se todos os políticos falarem nestes termos, certamente conseguirão esclarecer melhor os cidadãos sobre o futuro projeto europeu, que ainda ninguém escreveu e muito menos esclareceu. 

 

Como nunca fui bom a jogar futebol, visto a camisola que representa as cores de Abril e  procuro analisar o jogo.

 

Terá sido um processo inovador? Renovador? De igualdade de género? De união?... Não sei, nem ninguém me explicou, mas o que tenho vindo a descobrir é que, em termos de abertura e democratização, está todo este jogo ainda muito deficitário.  

 

Será que visa a união dos socialistas em torno de um Projeto Europeu, ou representa apenas mais um frágil arranjo de lugares e de interesses político-partidários?

A ver vamos!

 

Na minha insignificante opinião, não deixa de  continuar a ser um mau sinal político-partidário quando o processo do jogo de interesses e de lugares se sobrepõe ao processo de desenvolvimento de um projeto. É aquilo a que eu chamo de processo político invertido.

 

O problema da política e dos políticos continua a residir no facto de se desperdiçar a maior parte do tempo no jogo interno de medição de fraquezas e de mera distribuição de lugares internos,  prejudicando-se aquilo que mais interessa aos cidadãos que é a construção do projeto político europeu e o devido esclarecimento sobre o mesmo. 

 

A pouco tempo do ato eleitoral mais importante para a resolução dos problemas da vida dos portugueses e euro-cidadãos, temos única e exclusivamente um conjunto de pessoas, de conteúdo diverso e disperso, quando deveríamos ter primeiro um projeto e depois a analise de quem melhor poderia e deveria representar esse projeto.

 

Enquanto a política e os políticos continuarem reduzidos a meras medições de fraquezas partidarias internas e os militantes/cidadãos se resignarem a meros sócios partidarios ou observadores, tudo continuará idêntico ou por rumos cada vez piores. 

 

Como não temos outra alternativa,  senão pagar e assistir à festa, vamos ao menos dançando.  

 

Votos de bom jogo.

 

Em breve apresentarei aqui uma análise sobre cada elemento da equipa. Tentarei ainda falar do treinador. Quanto à equipa de arbitragem,  conto com o vosso contributo. Peguem nas bandeiras.

 

Efetivos

1 - Francisco Assis

2 - Maria João Rodrigues

3 - Carlos Zorrinho

4 - Elisa Ferreira

5 - Ricardo Serrão Santos

6 - Ana Gomes

7- Pedro Silva Pereira

8 - Liliana Rodrigues

9 - Manuel dos Santos

10 - Maria Amélia Antunes

11- Fernando Moniz

12 - Isabel Coutinho

13 - José Junqueiro

14 - Célia Afra

15 - Diogo Leão

16 - Maria da Luz Lopes

17 - Henrique Ferreira

18 - Maria de Fátima Carvalho

19 - Júlio Barroso

20 - Maria João Baptista

21 - Eduardo Lourenço

 

Suplentes 

22 - Ana Venâncio

23 - Fernando Cabodeira

24 - Rita Mendes

25 - Adérito Pires

26 - Renata Veríssimo

27 - Miguel Rasquinho

28 - Catarina Castanheira

29 - Carlos Granadas



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ps-so-mantem-ana-gomes-e-elisa-ferreira-na-lista-das-europeias=f862500#ixzz2x1YjVHJ2

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Politicamente falando: Faça uma pausa com união.

por José Pereira (zedebaiao.com), em 15.03.14

Querem fazer uma pausa com união? Aqui fica uma sugestão, não sei é se o produto passou pelos testes de garantia da qualidade, mas pelo menos é orgânico.

"Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitória" (Henry Ford).

 

ps união do ps, eleições europeias, socialista

Mas falando de política e de união, referiu-me recentemente um deputado bastante experiente que, na política, apesar de não haver almoços grátis é sempre necessário ter um enorme jogo de cintura. 

 

Como sempre paguei os meus almoços e pouco entendo de jogos, prefiro continuar a alimentar-me com comida caseira, sendo que é mais saudável e em ambiente que me é familiar. 

 

Como temos constatado, os apelos para uma "união" socialista têm sido muitos, mas o facto é que, não sendo defensor de unanimismos, também não sinto coesão. 

 

Têm vindo a referir os jornais que os socialistas se estão a demonstrar unidos só por causa das próximas eleições (sempre a prioridade do eleitoralismo e dos lugares, o importante que se lixe, fica para depois) e sobretudo porque ninguém quer sair responsabilizado sobre uma possível derrota do PS. Mas afinal um bom político não se deve assumir? 

 

Aprendi com um histórico e experiente socialista que um bom político assume o que pensa e o que pretende para o País e para a Europa, bem como para o partido de que faz parte.

 

Estou à espera de gente corajosa, sendo que,

 não estou no PS nem dispendo do meu tempo e dinheiro para meros jogos de lugares e muito menos para disfarces de uniões forçadas ou mesmo podres. Eu dispendo do meu tempo e dinheiro para trabalhar gratuitamente por causas e linhas de acção política em que acredito e cá estarei para apoia-las, mas também para ser responsável e responsabilizar. 

 

Prefiro divergências políticas frontais em prol de verdadeiras alternativas do que falsos almoços e disfarçadas presenças conjugadas com palmas ou sorrisos forçados, que mal podem eestão logo a atraiçoar o "camarada".

 

Faça um bom lanche com união. Mas experimente o produto antes de comprar.

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Já não encontro esperança no gabinete de apoio socioeducativo e de apoio à empregabilidade onde trabalho. Como posso eu dar (ou vender) esperança se já não a consigo encontrar em mim e em quem me rodeia? Resta-me dar a estúpida resposta da emigração e de que a Europa é ali ao lado, sendo que, por vezes, até a mim me apetece fugir daqui para fora. Mas Portugal e a Europa é nossa, por isso, entre o fugir e o resistir, eu prefiro resistir e ficar a combater (por dentro e por fora), sendo que muito há a mudar em nós e nos outros!

 

Percentagem de pessoas em risco de pobreza  2012

 

 

Hoje, ao reunir alguma da informação estatística de nível nacional e europeu, foi tamanha a revolta que não consegui continuar o trabalho sem recorrer a uma música que me acalmasse ("A força da Paz"). Se ficar indignado com estes dados, clique aqui e oiça a "força da paz", sendo que "aquilo que afeta diretamente uma pessoa, acaba por afetar todas as pessoas indiretamente" (Martin Luther King)  

 

 

 

 

Já não consigo suportar mais este sufoco e esta falta de respostas políticas, económicas, sociais e laborais! Um dia estouro (creio ter esse direito), sendo que é-me impossível ficar indiferente ao sofrimento dos jovens e das famílias que me procuram (já desesperados) e para os quais eu não tenho respostas válidas e muito menos as consigo vislumbrar num futuro próximo. A maioria tem crianças e idosos nos agregados e por vezes os pais são os dois afetados pelos desemprego, começam por não conseguir suportar as prestações da casa, depois vem o Estado com combranças sem notificações e de repente ficam sem trabalho, sem abrigo e sem proteção social, aumentando de dia para dia os sem-abrigo. Segundo notícias recentes, as equipas do programa InterGerações da Santa Casa Misericórdia de Lisboa encontraram 22 sem-abrigo com formação superior na capital durante o projecto de diagnóstico de situações de exclusão e vulnerabilidade social. São já cerca de 5% os licenciados sem-abrigo. Um médico, um piloto ou engenheiros estão entre os licenciados identificados a viver na rua. CUIDADO QUE EM BREVE PODEREMOS SER NÓS!

 

"TENHAM ESPERANÇA!" Dizem-me os meus amigos políticos, sendo que vem aí a "MUDANÇA".

 

Mas qual mudança? Vislumbram seriamente alguma mudança? Eles (os políticos e amigos) lá se arranjam com as mudanças, mas e os outros portugueses?

 

Mais uma década de ilusões?

 

BASTA! Não é a mera mudança de cor ou os arranjos entre líderes políticos que nos resolve os problemas, sendo que isso é a treta do costume e só continua a facilitar os do mesmo sistema político-empresarial já instalado há décadas! Eles bem se mudam, vão-se aproximando, lá se arranjam, mas que se sinta que algo mude verdadeiramente, isso a maioria dos portugueses não sentem. Se não sentem, exijam!

 

PRECISAMOS DE LÍDERES POLÍTICOS SÉRIOS E CORAJOSOS PARA DERRUBAR O SISTEMA POLÍTICO-EMPRESARIAL CENTRAL INSTALADO, SENDO QUE VIVEMOS NUMA GUERRA QUE ESTÁ A MATAR ÀS CENTENAS EM PORTUGAL E AOS MILHARES POR TODA A EUROPA.

 

Neste contexto de crise e de sufoco económico, laboral e social, há uma guerra silenciosa instalada que mata mais do que qualquer bomba atómica, sobre a qual nenhum dos candidatos vai redigir e concretizar programas eleitorais sérios. Uns vão falar destas problemáticas para angariar o nosso voto e outros vão, simplesmente, passar ao lado do problema ou esforçar-se para esconder as causas desta matança generalizada, seja em casa, na escola, no hospital, na rua ou debaixo da ponte. 

 

Quando olhamos para alguns indicadores sobre os níveis da taxa de pobreza, só podemos ficar muito preocupados e em alerta vermelho, senqo que, aquilo que dizem estar a melhorar está é a piorar de dia para dia e ninguém pode esconder esta triste realidade. Temos de ver, de querer ver, de ter coragem para ver e sobretudo de saber ver a realidade que nos rodeia, de modo a podermos enfentar a resolução dos problemas. Caso contrário, iremos continuar numa ilusão e a morrer lentamente e silenciosamente sem que ninguém se importe. 

 

O último relatório de Portugal sobre o Ponto da situação das Metas em Portugal relativas à Estratégia 2020 é disso exemplo ao esconder os dados necessários para se conhecer a realidade do país na sua especificidade e, consequentemente não favorecer uma leitura clara e real da situação nacional em termos económicos e sociais.

 

 

CUIDADO QUE ANDAM A ILUDIR-NOS!

 

Senão vejamos:

 

 

 As despesas com a proteção social, que consiste nos pagamentos para benefícios em proteção social, em 2011, só foram equivalentes a 19.6% do PIB (UE27), valor este que se poderá concluir muito baixo face ao conjunto de problemáticas sociais porque estão a passar os Estados-Membro da Europa;


 O peso da saúde e da proteção social juntos no total da despesa pública é baixo nos 12 Estados Membros, que integraram recentemente a EU, assim como em Portugal, onde representa menos da metade do total das despesas nacionais.


 Em 2012, 24.8% da população europeia (aproximadamente 124.5 milhões de pessoas na Eu-28) era considerada como estando em risco de pobreza e/ou exclusão social, de acordo com a definição adotada pela Estratégia 2020. O valor registado para Portugal era de 25.3%.


 Continuam a ser as crianças o grupo mais vulnerável a situações de pobreza ou exclusão social. A taxa de risco de pobreza ou exclusão social para as crianças subiu em 2012 para 28.1% (UE28) (2010: 26.9%, UE28). Para Portugal e segundo a Eurostat a taxa de risco de pobreza para as crianças foi de 27.8% (2010: 28.7%).


 No que diz respeito à população idosa a taxa de risco de pobreza e exclusão social diminuiu na UE28 de 19.8% em 2010 para 19.3% em 2012. No caso português essa taxa também diminuiu para 22.5% em 2012 (26.1% - 2010).


 Tendo em conta a composição do agregado familiar verificou-se que para 2011 e para a UE27, são as famílias monoparentais com filhos a cargo (49.8%) que estão em maior risco de pobreza ou exclusão social, logo seguidos das pessoas solteiras (34.5%) e pelos agregados formados por 2 adultos e 3 ou mais crianças dependentes (30.8%).


 Verificou-se que mais de 10.4% da população da UE28 foi considerada como vivendo em agregados com baixa e muito baixa intensidade de trabalho. Portugal integra o grupo de países onde se verificou um aumento deste indicador.


 Em 2012, 9.9% da população da UE foi considerada como estando em situação de privação material severa.


 Em 2012, 17% da população da UE27 encontrava-se em risco de pobreza isto é, com rendimentos inferiores ao limiar de 60% do rendimento mediano equivalente. Em Portugal essa taxa foi de 17.9%.


 O INE procedeu ao cálculo da linha de pobreza ancorada no tempo (2009) e atualizada em 2010 e em 2011 tendo por base a variação do índice de preços no consumidor. Segundo este indicador verificou-se um aumento da proporção de pessoas em risco de pobreza: 17.9% em 2009, 19.6% em 2010 e 21.3% em 2011. Este aumento é mais significativo para os menores de 18 anos (22.4% em 2009, 23.9% em 2010 e 26.1% em 2011) e para a população em idade ativa (15.7% em 2009, 17.7% em 2010 e 20.3% em 2011).


 O Eurostat aponta uma taxa de desemprego em outubro de 2013 para a UE28 de 10.9% e que se traduz em 26 654 milhões de homens e mulheres sem emprego. Em Portugal essa taxa foi de 15.7% em outubro de 2013. Segundo o INE e para o 3º trimestre de 2013 a taxa de desemprego foi de 15.6%.


 Relativamente ao desemprego jovem, 5 657 milhões de jovens (com idades inferiores a 25 anos) estavam desempregados na UE28 (3577 milhões na zona euro). A taxa de desemprego jovem para a UE28 foi de 23.7% em Outubro de 2013.


 De acordo com os dados disponibilizados pelo Eurostat grandes desigualdades na distribuição do rendimento foram verificadas entre a população da UE27 em 2011: 20% da população com o rendimento disponível mais elevado, recebia 5 vezes mais do que 20% da população com o mais baixo rendimento disponível. Para Portugal esse rácio foi de 5.7%.


 Em 2011, 11.5% da população da UE27 (Portugal: 7.2%) viviam em agregados nos quais gastavam mais de 40% do seu rendimento disponível com a habitação.


 A população europeia está a aumentar, enquanto a estrutura etária está a envelhecer (com a entrada na reforma das gerações do pós-guerra), as pessoas vivem mais, a esperança de vida continua a aumentar, mas o índice de fertilidade aumenta muito lentamente. Em 2012, e para a UE27, a percentagem de população jovem (0-14 anos de idade) foi 15.6% na UE27 (PT: 14.8%), a percentagem de pessoas em idade ativa foi 66.6% (PT: 65.8%) e a população idosa (65 ou mais anos) 17.8% (PT: 19.4%).


 Em termos de índice de dependência dos idosos verificou-se que para 2012 e para a UE27 este foi de 26.8% (29.6% em PT), ou seja, havia cerca de 4 pessoas em idade ativa para cada pessoa com 65 ou mais anos.


 Segundo a OCDE, as projeções indicam que a população portuguesa com 65 e mais anos, em 2050, poderá aumentar 32% e a população com 80 ou mais anos, 11%. As projeções são superiores às médias esperadas para a OCDE: 25.7% e 10% respetivamente.

 

 

Assim, se nos centrarmos nas problemáticas essenciais sobre as quais a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN Portugal) intervém, podemos facilmente constatar o ponto de situação em que nos encontramos e a dita "MUDANÇA" que urge fazer.

 

MAS MUDANÇA OU REVOLUÇÃO?

 

ATENDENDO A QUE ESTAMOS A COMEMORAR 40 ANOS DE ABRIL E REFLETINDO SOBRE OS PRINCÍPIOS E VALORES DA REPÚBLICA E DA SUA CONSTITUIÇÃO, EU PREFIRO CHAMAR-LHE REFUNDAÇÃO OU MESMO REVOLUÇÃO IDEOLÓGICA NECESSÁRIA. 

 

Gostava de ver os políticos a abordar a redistribuição do orçamento europeu pelas seguintes funções sociais. Note-se que as percentagens apresentadas no quadro que se segue correspondem ao total da despesa e não ao total do PIB. 

 

Total despesa pública Portugal e Europa

 

Como se pode ver no gráfico que se segue, as despesas com os apoios de proteção social (UE a 27), ou seja, aqueles que são transferidos para os indivíduos ou agregados e destinados a cobrir um conjunto de riscos ou necessidades, foram equivalentes a 19.6% do PIB (2011), ligeiramente inferior aos dois anos anteriores (19.9% em 2010 e 20.1% em 2009) Fonte: Eurostat - General government expenditure in 2011;


O peso da saúde e da proteção social no total da despesa pública é baixo nos 12 Estados Membros, que integraram recentemente a Europa, assim como em Portugal, onde representa menos da metade do total das despesas nacionais. Logo seguido à proteção social, as funções mais importantes são: saúde (7.3%); serviços públicos gerais (6.6%); educação (5.3%) e assuntos económicos (4.0%).

 

Total despesa publica por função social UE 2011

 

 

Veja-se no quadro que se segue a significativa diferença relativa ao valor investido em proteção social por habitante, em cada país. Para quando o devido equilíbrio e a necessária coesão europeia?

 

 

 

Total despesa publica em proteçao social UE 2011

 

 

 

 

 

Total despesa publica com funções sociais UE 2007 a 2012_gráfico

 

 

 

FONTES:
 A Good Life in Old Age? Monitoring and Improving Quality in Long-Term Care, OECD, 2013.
 At risk of poverty or social exclusion in the EU27, Newsrelease 28/2013, Eurostat, 26 de Fevereiro 2013.
 Children were the age group at the highest risk of poverty or social exclusion in 2011, Statistics in Focus 4/2013, Eurostat, 2013.
 Destaque – Estatísticas do Emprego 3º Trimestre de 2013, 7 de Novembro de 2013
 Destaque – Estatísticas do Emprego 2º Trimestre de 2013, 7 de Agosto de 2013.
 Destaque – Rendimento e Condições de Vida – 2012 (dados provisórios), INE, Julho de 2013.
 Estatísticas do Emprego – 2º Trimestre de 2013, INE, 2013.
 Euro are unemployment rate a 12.1%, Newsrelease 179/2013 de 29 de Novembro de 2013
 Euro are unemployment rate a 12.1%, Newsrelease 118/2013, Eurostat, 31 de Julho de 2013.
 European Social Statistics – 2013 Edition, Eurostat Pocketbooks, 2013.
 General Government Expenditure in 2011 – Focus on the functions ‘social protection’ and ‘health’, Statistics in Focus 9/2013, Eurostat, 2013.
 Global Employment Trends 2013. Recovering from a second jobs dip, Genebra, ILO, 2013.
 Report on Demography, Newsrelease 49/2013, Eurostat 26 de Março de 2013; EU Employment and Social Situation, Quartely Review – Special Supplement on Demographic Trends, Março de 2013.


FONTES ELETRÓNICAS
 http://www.eapn.pt/observatorio-lisboa
 http://www.ine.pt
 http://www.seg-social.pt

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