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EUROPEIAS 2014: Últimas sondagens (consolidadas a 14 de maio)

por José Pereira (zedebaiao.com), em 16.05.14

Há exatamente um mês atrás, referia eu aqui que os socialistas europeus (S&D) começavam a perder terreno/lugares, não se sabendo, na altura, que consequências viriam a ocorrer sobre o eleitorado europeu, sobretudo devido às medidas de austeridade introduzidas por toda a Europa e também sancionadas na França, nas últimas eleições autárquicas francesas, das quais o PS do Presidente Francois Hollande saiu derrotado.

 

eleições europeias 2014, sondagens e deputados por país

 

Se no início de abril as sondagens indicavam um empate técnico entre os socialistas europeus (S&D/“PS” 212 deputados) e os Populares/Democratas Cristãos PPE/”PSD" 212 deputados), o facto é que, em meados de abril, as sondagens já indicavam uma significativa desvantagem, sendo que, pela primeira vez, o PPE ("PSD") passava significativamente para a frente dos socialistas (S&D), encontrando-se, há sensivelmente um mês, os Populares/Democratas Cristãos ("PSD") com 222 lugares previstos, contra 209 dos socialistas (S&D), sendo a diferença de 13 eurodeputados. Já nessa data era notório e preocupante (pelos menos para mim) o avanço da direita, sobretudo quando associado a um avanço significativo da extrema direita, sendo que esta (i)responsabilidade tem sido dos partidos de esquerda que, em vez de direcionarem o rumo para políticas sociais e económicas de matriz ideológica de esquerda, preferem rumar à direita e gerar intrigas entre os próprios.

 

Assim, dificilmente a Europa conseguirá mudar para melhor! Receio até que venha a piorar!
Eu, que até gosto de ser uma pessoa atenta, chego a ter dúvidas sobre o que realmente distingue os programas ou rumos políticos dos partidos do arco do poder, bem como sobre que mudanças e alternativas possam vir a ser realmente lançadas e concretizadas. Na minha opinião, a mudança sempre foi e será um processo, sendo por isso que não se decreta, estando exclusivamente depende da nossa capacidade de intervenção e exigência, a qual deve ser encetada tanto por dentro dos partidos, como por fora destes, sob pena de tudo continuar igual ou pior. Mas veja aqui o que distingue cada partido no essencial, faça as suas reflexões e tome as suas próprias decisões, mas sempre consciente e devidamente responsável e responsabilizador sobre o que está a fazer. 

 

 

Já em plena campanha eleitoral, as últimas sondagens, realizadas nos diferentes países, voltam a indicar os idênticos resultados aos do início de abril, mas só no que respeita aos partidos do arco do poder, ou seja, com o PPE/”PSD" a voltar para a frente dos socialistas, com 212 deputados e os socialistas a perder de novo três lugares, baixando para os 209 deputados, parecendo uma ligeira diferença entre os grupos do arco do poder.

 

Mas será que essa ligeira diferença de três deputados pode tranquilizar os socialistas e a esquerda europeia?

Na minha ótica não!

 

Não, porque os partidos de direita e sobretudo os de extrema direita estão a avançar por toda a Europa, enquanto os partidos de esquerda se vão mantendo em meros jogos de intriga eleitoralista. A esquerda em vez de pensar no global só tem demonstrado estar preocupada com o particular, ou seja, com o umbigo de cada um dos seus próprios partidos. Não é assim que se conseguirá mudar a Europa!

 

Note-se que o Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE) sobe para os 63 deputados, os Conservadores e Reformistas (ECR) poderão superar os 43 deputados e prevê-se ainda um significativo aumento de deputados oriundos de partidos políticos mais à direita/nacionalistas/extremistas que poderão facilitar a constituição de novos grupos europarlamentares à direita do PPE e mesmo de extrema direita, como é o caso do partido de Le Pen que se prevê vir a ser o partido vencedor na França, com 23 lugares, ficando à frente da União EPP/Movimento Popular (UMP, 20 lugares) e dos socialistas (14 lugares). Reflita-se devidamente sobre o facto do eleitorado estar a caminhar para os extremismos da direita, sendo que, o terceiro grupo mais votado à direita do PPE poderá contar com muitos dos 95 deputados que para já constam como não-inscritos em grupos parlamentares, mas que poderão vir a ser liderados pela Frente Nacional de Marine Le Pen e reforçados por outros deputados  nacionalistas e/ou extremistas oriundos da Holanda, da Áustria, da Bélgica, da Itália, da Eslováquia e da Suécia.

 

Por outro lado, temos o Grupo da  Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde (GUE / NGL/ “CDU + BE”) a não descolar dos 50 a 53 lugares/deputados e os Verdes/EFA abaixo dos 40 lugares/deputados.

 

Mas para que se tenha uma melhor noção das significativas alterações do eleitorado entre o mandato anterior e estas previsões, veja-se o quadro que se segue:

 

sondagens europeias 2014 mandato 2009-2014 e mandato 2014-2019

Relativamente ao caso de Portugal, ainda está tudo em aberto, quer em relação aos partidos do arco do poder, como aos diversos partidos, de fora do arco do poder, que poderão vir a ser surpreendidos pelo eleitorado descontente. Eu sinto um enorme afastamento dos partidos do arco do poder e sinto ainda uma apatia relativamente aos militantes e simpatizantes socialistas, tudo porque o rumo que foi alinhado caminha para políticas de centro direita e não para a esquerda.

 

Na Alemanha, os democratas-cristãos (CDU/CSU - 37 lugares) estão bem à frente dos social-democratas (27 lugares), prevendo-se ainda nove membros não-inscritos, entre os quais estão representantes de Eleitores Livres, que parecem mais propensos a participar do Grupo ALDE.

 

Na Itália, o Movimento Cinco Estrelas segue com uma previsão de 19 lugares, o EPP com 20 lugares e o Partido Democrático S&D com 27 lugares.

 

Na Polónia, a Plataforma Cívica (EPP – 18 lugares) caiu para trás do PiS (Grupo ECR – 19 lugares)

 

No Reino Unido, as previsões indicam o Partido da Independência do Reino Unido (Ukip) como o maior partido, com 24 lugares e os trabalhistas com 23.

 

 

Europeias 2014 debate Francisco Assis (PS) e Paulo Rangel (PSD/CDS)
Europeias 2014 debate Marisa matias (BE) e João Ferreira  (CDU)

 

 

SE FOSSEM OS JOVENS A ESCOLHER, A EUROPA SERIA CERTAMENTE DIFERENTE

Muito em breve essa mudança se processará.

 

 

sondagens eleições europeias 2014 juventude

 

 

 

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PS alcança o melhor resultado desde que saiu do Governo

Se o PS tivesse uma forte capacidade de liderança e direcionasse o rumo para a esquerda, até que poderiamos estar perante uma maioria de esquerda, mas o facto é que a esquerda não se entende.

 

O problema é que, na altura de se formar um novo Governo, lamentavelmente, os interesses liberais e capitalistas instalados, do centro-direita, acabam sempre por falar mais alto, sendo que as questões humanas, sociais e laborais acabam sempre por passar para segundo plano.

 

Mas o povo já não dorme! Espero eu.

 

Nma análise mais pormenorizada, sobre estas percentagens, concui-se que, face ao barómetro anterior, o PS sobe apenas 1%, tal como a coligação PCP e PEV, e o CDS-PP. Em sentido inverso, o PSD desce 2%, enquanto o Bloco de Esquerda mantém a percentagem anterior (7%). 
Note-se que esta sondagem foi realizada entre os dias 12 e 14 de abril, duas semanas depois de o secretário de Estado da Administração Pública, Leite Martins, ter lançado ‘a bomba’ sobre a alternativa aos cortes aplicados pela Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES). O que, salienta o DN, pode ter implicações nestes resultados.
De acordo com a mais recente sondagem realizada pela Universidade Católica para o JN, DN, RTP e Antena 1, se as eleições legislativas decorressem este mês, o PS ganharia as eleições com uma vantagem de 6% sobre o PSD, mas apenas de 2 pontos percentuais sobre a coligação PSD/CDS-PP (34%).
Face a este cenário, provavelmente, o PS teria de arriscar governar sozinho ou juntar-se ao BE ( PS 36% + BE 7% = 43%) ou ao PCP/PEV, que permitiria um Governo de esquerda mais estável (?) (.PS 36% + PCP/PEV 12% = 48%). O problema é que o PS não convence para governar sozinho e a esquerda não se entende! 
É mais do que sabido que, apesar do PCP/PEV e do BE estarem a avançar e a consolidar terreno, o facto é que a esquerda não se consegue entender em prol dos portugueses e de Portugal, pelo que, caso um Governo socialista arriscasse governar sozinho, com um défice de capacidade de liderança/governança, arriscar-se-ia a ser derrubado logo no primeiro Orçamento de Estado, tal como sucedeu com o Governo de José Sócrates, cuja capacidade de liderança e de governança parecia ser mais forte.
Sondagem mostra PSD a perder terreno
Note-se que o PS regista de novo apenas uma ligeira subida, quer face à coligação PSD/CDS-PP (34%), quer face aos resultados de 2013 (PS 35%), mas já suficiente para a esquerda surgir, pela primeira vez, em vantagem sobre a Direita, se somadas as percentagens atribuídas a social-democratas e centristas (PSD+CDS-PP = 34% contra 36% do PS). Não se podendo descurar o facto do CDS-PP também se encontrar a melhorar a performance, escapando ao presumível efeito de penalização do Governo de que faz parte.
Não podemos também descurar o facto de, à Esquerda, o PCP consolidar a sua vantagem sobre o Bloco de Esquerda, agora distanciado em 5%. A CDU consolida o terceiro lugar, o BE o quarto e o CDS em quinto, sendo que, mesmo com uma ligeira subida, é agora insuficiente para compensar o recuo do PSD e dar vitória à mcoligação PSD/CDS-PP. 
Mas nem tudo são rosas, sendo que a credibilidade dos líderes partidários anda totalmente a negativo, acrescendo ainda o facto de só 23% dos cidadãos inquiridos admitirem que algum dos partidos da oposição poderia ter melhor desempenho. 

 

O cepticismo sobre as figuras partidárias bate certo com a visão pessimista que a maioria dos inquiridos manifesta sobre o futuro próximo, sendo que, só 35% acreditam na chamada “saída limpa”, ao passo que 43 por cento pensam que será necessário um novo programa de assistência. Perante esta perspectiva, quase metade (49 %) prevê para o próximo ano medidas de austeridade mais duras, mais de um terço (34%) prevê que essas medidas se mantenham, e só uma pequena minoria (11%) espera um desagravamento da austeridade.

 

No plano da popularidade das figuras políticas, as sondagens só apresentam verdadeiros frutos nos casos de Jerónimo de Sousa (PCP) e Catarina Martins (BE), tendo sido os únicos avaliados com nota positiva por uma maior percentagem de inquiridos.

 

Já quanto à popularidade de Cavaco Silva, este obtém pela quarta vez consecutiva uma nota média negativa.

 

Quase metade dos inquiridos acredita que a austeridade ainda vai agravar-se mais, percentagem muito inferior à da última sondagem (62%). Sobe, por outro lado, a percentagem dos que consideram positivo o efeito das medidas até agora tomadas, o que revela um menor pessimismo dos portugueses.

 

 

 

 

Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo CESOP - Universidade Católica Portuguesa para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias nos dias 12, 13 e 14 de abril de 2014. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram selecionadas aleatoriamente dezanove freguesias do país, tendo em conta a distribuição da população recenseada eleitoralmente por regiões NUT II e por freguesias com mais e menos de 3200 recenseados. A seleção aleatória das freguesias foi sistematicamente repetida até que os resultados eleitorais das eleições legislativas de 2009 e 2011 nesse conjunto de freguesias (ponderado o número de inquéritos a realizar em cada uma) estivessem a menos de 1% dos resultados nacionais dos cinco maiores partidos. Os domicílios em cada freguesia foram selecionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o mais recente aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 1117 inquéritos válidos, sendo que 59% dos inquiridos eram do sexo feminino, 31% da região Norte, 21% do Centro, 36% de Lisboa, 6% do Alentejo e 6% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários, região e habitat na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 67%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1117 inquiridos é de 2,9%, com um nível de confiança de 95%.

 

FONTES:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=731688&tm=9&layout=121&visual=49

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=3819689

 

 

 

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Sei que estranham a minha forma de intervir, mas o objetivo é simplesmente o de pensar e refletir. Posso não saber nada, mas sei que a mudança, quando demasiadamente centrada nas pessoas, pode levar a distorções ou distracções muito perigosas sobre a interpretação da realidade. 

 

Tendo perfeita consciência de que a minha opinião de pouco ou nada vale, mesmo sabendo disso, não deixo de gastar estas pausas para pensar e, se possível e ainda tiver neurónios para tal, poder refletir.

 

O problema é que pensar dá trabalho e até nos pode fazer mal.

 

Atendendo a que a mudança é um processo dinâmico (e não um fim em si mesma), o qual pressupõe uma constante adaptação das organizações, não nos devemos esquecer de que estas são constituídas por seres humanos e dotadas de paradigmas que fazem parte da cultura organizacional, não só de cada Instituição, mas também de cada Estado-Membro.

 

Assim, creio que, face a uma previsível população a continuar a viver sob o sufoco de uma crise global, provavelmente para além de 2030, nunca nos devemos esquecer de que um enfoque político-financeiro demasiadamente direcionado para a população, ou seja, para o fruto do trabalho de cada um, poderá gerar uma distroção ou distracção muito perigosa sobre a interpretação da realidade.

 

Face a esta perspectiva, e conhecendo pouco ou nada de economia e finanças (apenas a sinto na vida e no trabalho social que executo), mas compreendendo muito bem as problemáticas sociais e humanas, deixo-lhes esta breve reflexão, já a título de alerta:

 

A mudança é um processo natural e não se concretiza nem impõe por decreto!

 

É necessário uma enorme abertura e sobretudo uma atitude inovadora e eficiente, sendo que a intensidade dos problemas e a volatilidade das pressões (internas e externas), impõem desafios muito exigentes e verdadeiras mudanças interiores e exteriores, cujos principais objetivos devem caminhar para a quebra de paradigmas e não de mera rotatividade, como temos assistido até hoje. 

 

O socialismo não foi estudando e desenvolvido para se manter numa gaveta!

Tem sido pensado para promover a devida regulação, com vista ao equilíbrio entre capital - trabalho - remuneração e bem-estar social, sem nunca esquecer a justiça social!

  

Eu já aqui havia deixado uma breve reflexão sobre o PS e a mudança, mas como ainda não encontrei o conteúdo esperado e por mim desejado, ao passar pelos cartazes gigantes que vejo só com a palavra "MUDANÇA", apetecia-me parar o carro e ir lá escrever nem que fosse uma frase chave ou objectivo específico sobre o rumo que visa levar esta "MUDANÇA".

 

Como esses meios não são do meu alcance, deixo-lhes a música de António Variações, sendo um dos bons exemplos de como se pode dar conteúdo à "MUDANÇA".

 

MUDA DE VIDA

 

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

 

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será te ti ou pensas que tens... que ser assim

 

Ver-te sorrir eu nunca te vi

E a cantar, eu nunca te ouvi

Será te ti ou pensas que tens... que ser assim

 

Olha que a vida não, não é nem deve ser

Como um castigo que tu terás que viver
Olha que a vida não, não é nem deve ser 
Como um castigo que tu terás que viver

 

Muda de vida se tu não vives satisfeito

Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se a vida em ti a latejar

 

Olha que a vida não, não é nem deve ser 
Como um castigo que tu terás que viver
Olha que a vida não, não é nem deve ser 
Como um castigo que tu terás que viver

 

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ELEIÇÕES EUROPEIAS 2014: Últimas projeções (20 de março)

por José Pereira (zedebaiao.com), em 01.04.14

Veja aqui o que revelam as mais recentes sondagens sobre os possíveis resultados das próximos eleições europeias, que decorrerão já em maio de 2014. Nestas eleições o maior número de eurodeputados vai poder influenciar a nomeação do próximo Presidente da Comissão Europeia. Os partidos políticos europeus nomeiam os seus candidatos a Presidente da Comissão Europeia com antecedência suficiente para que estes possam preparar uma campanha à escala da UE, focada em questões europeias. Os candidatos a Presidente da Comissão Europeia deverão apresentar pessoalmente o seu programa político em todos os países da UE, estando previsto que participem em debates públicos.

 

A projeção que se apresenta é feita semanalmente, baseada no estado da opinião pública nos Estados-Membros e está a ser levada a cabo pelo Parlamento Europeu, por via de uma empresa especializada contratada para o efeito (TNS Opinion). Note-se que não se trata de uma sondagem sobre as intenções de voto, mas sim de um retrato do atual estado da opinião pública nos Estados-Membros da UE sobre as eleições europeias de 2014.
sondagens eleições europeias 2014
sondagens eleições europeias 2014
A composição final e oficial do novo Parlamento Europeu será conhecida na sessão constitutiva, de 1 a 3 de julho de 2014.

Metodologia

 

Esta projeção da repartição dos lugares no Parlamento Europeu é baseada numa recolha não-exaustiva de estudos europeus e nacionais semanais levados a cabo nos 28 Estados-Membros. Os lugares de cada partido em cada Estado-Membro são calculados de acordo com as leis eleitorais nacionais, o sistema de votação e o limite mínimo para a atribuição de mandato quando aplicável.


A projeção é baseada nos últimos dois ou três estudos disponíveis em cada Estado-Membro, quando não existam mais de 14 dias entre eles, e apenas quando estejam disponíveis as datas do trabalho de campo. Quando não é possível o cálculo da média, apenas é considerado o último estudo europeu ou nacional disponível.


A projeção é publicada à quinta-feira e baseia-se numa lista de estudos da semana anterior finalizada nesse mesmo dia.


Distribuição dos lugares


Os partidos que pertencem a um grupo político do Parlamento Europeu ou são membros dos partidos políticos europeus correspondentes são automaticamente incluídos no grupo político cessante.


Os partidos atualmente representados entre os deputados não-inscritos atualmente no Parlamento são automaticamente incluídos na categoria não-inscritos.


Partidos cuja filiação ainda esteja para ser determinada são automaticamente incluídos na categoria “outros”. Esta categoria “outros” encontra-se dividida igualmente entre a direita e a esquerda do hemiciclo de forma a não formar um juízo prematuro sobre as suas orientações políticas.

REF. : 20140324STO39616
Atualizado em: (28-03-2014 - 14:30

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Militante socialista que avisa e desassossega, amigo é! Prestemos muita atenção ao que acaba de suceder em França! Veja aqui a declaração do Presidente francês (Francois Hollande). 
Esta história faz-nos lembrar das recentes e estrondosas vitórias socialistas das últimas eleições autárquicas em Portugal, mas onde o Governo não caiu nem a austeridade diminuiu. Seremos realmente diferentes ou viveremos fora da Europa?
Após uma enorme derrota socialista nas eleições municipais (autárquicas) em França, o Presidente Francois Hollande acaba de falar ao País e aceitar o pedido de demissão do Primeiro-Ministro socialista Jean-Marc Ayrault, incumbindo o actual Ministro da Administração Interna para formar um novo Governo.  


É razão para perguntar: O que é que aconteceu em Portugal após as eleições autárquicas? Nada! Apenas mais austeridade.
E isso deve preocupar-nos a todos? Pense!
Assista e reflita! Mas não se mantenha apenas a assistir.

O caso da França é semelhante ao de Portugal, só que com partidos inversos. Devido à impopularidade do Presidente François Hollande, este vinha sendo pressionado para mudar de Governo e de políticas, mas tal como sucede em Portugal, o Presidente Hollende também fazia orelhas moucas.

 

Face à decepção com a forma como os socialistas têm vindo a lidar com as questões económicas, foi meio caminho andado para fazer com que muitos eleitores votassem nos candidatos mais conservadores ou mesmo de extrema-direita, levando o Partido Socialista Francês à maior derrota de sempre. 

Depois os líderes e dirigentes das estruturas socialistas que não estranhem o posicionamento cívico e político dos cidadãos em geral, sendo que os líderes e dirigentes, na maioria das vezes, nem os próprios militantes e simpatizantes se esforçam por ouvir e integrar. 
Quem tem vindo a determinar o rumo das políticas e mesmo da (des)governação, bem como a fazer as escolhas/ordenações das listas, têm sido os líderes/dirigentes e não os militantes/cidadãos em geral, sendo por isso que a maior (i)responsabilidade é deles. Claro que os militantes/cidadãos também têm a sua quota parte de (i)responsabilidade, sobretudo porque somos "nós" (sim, nós, ou seja, eu e você) que "escolhemos" os líderes. O problema é que, na maioria das vezes, de entre individualidades também já previamente impostas por outros poderes e interesses instalados que não visam o supremo interesse público e muito menos a justiça social e o bem-comum.
É hora para nos questionarmos: Por onde caminhará Portugal e a Europa?
Então e agora? Será que ainda vamos a tempo? Que podemos todos fazer?
Vamos sempre a tempo de melhorar, temos é de refletir, retirar as devidas ilações e apresentar as necessárias alternativas.
Da mensagem do Presidente François Hollande destaca-se o seguinte:
  • Começa por afirmar que ouviu a mensagem deixada pelos franceses nas últimas eleições municipais;

  • Congratula-se com os esforços e reformas avançadas pelo Primeiro-Ministro Jean-Marc Ayrault, mas acredita que é hora de abrir uma "nova fase" com Manuel Valls Matignon;

  • Voltar a dar força à economia sendo que são as empresas que criam os postos de trabalho. Refere que este é o sentido da responsabilidade impressa no pacto que será brevemente votado, o qual deverá começar a produzir de forma diferente, sendo este o grande desafio sobre a transição energética e que levará a França a ficar menos dependente do petróleo e a assumir a liderança das energias sociais/socialmente mais aceitáveis e mais económicas;

  • Reforça a necessidade de se assumir um "pacto de responsabilidade", complementado com um "pacto de solidariedade", os quais passarão por baixar rapidamente as contribuições dos trabalhadores, complementadas com o abaixamento dos encargos patronais;

  • Destaca "a necessidade da transição energética", deixando uma mensagem bem clara para os ambientalistas, os quais estavam preocupados com a ineficiencia da recente legislação sobre a programação da transição energética, que visa reduzir urgentemente a utilização do petróleo e assumir a liderança da França no que respeita às energiais (renováveis/sociais) socialmente mais aceitáveis;

  • Pelo que se pode interpretar das sua comunicação, o Presidente Hollande demonstra agora estar disponível para "fazer as inflexões necessárias", mas reafirmando que pretende "manter o rumo" e permanecer "fiel aos compromissos" assumidos durante a campanha presidencial;

  • Conclui que o novo Governo deve convencer a Europa de que a competitividade vai no caminho certo e que esta será a melhor forma de se poder alinhar a Europa. Acaba a enviar uma mensagem de paz e de justiça, sendo estes os pilares da estabilidade social.

Mas será esse o melhor posicionamento? Vamos a ver o que ditam as já breves eleições europeias.

 

O Presidente Françoi Hollande apresenta quatro prioridades para o novo governo:

  1. Um novo governo "de combate", cuja composição será anunciada nos próximos dias;

  2. Voltar a dar força à economia sendo que são as empresas que criam os postos de trabalho (Pacto de responsabilidade e de solidariedade);

  3. A justiça social e a energia socialmente mais aceitável (;

  4. Reforma fiscal.

Cécile Duflot et Pascal Canfin (EELV) anunciavam que não irão fazer parte desse novo Governo

 

Mas porque é que François Hollande escolheu Manuel Valls para cabeça de um Governo de Combate?

 



 

RESULTADOS ELEITORAIS EM FRANÇA (Eleições autárquicas 2014)
Poderá consultar os resultados aqui ou selecionar localidade a localidade neste mapa.

eleições municipais em França 2014 Hollande
Estimation de l'abstention au second tour des élections municipales.

 

Municipales 2014 : la gauche conserve Paris.

 

 

 

 

Municipales 2014 : la gauche conserve Lyon

 

Os resultados da primeira volta foram os seguintes:


resultados eleições França primeira volta

 

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