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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Vou contar-vos uma história que termina mais ou menos deste modo: No final, já em letras grandes, surge escrito - «PS, o maior partido da esquerda democrática» - todos olham, não para o ecrã, mas para o secretário-geral, ?????????, que visivelmente emocionado, chora.
Tudo indica que, nesta campanha para as eleições europeias 2014, todos os socialistas se vão envolver numa campanha de abraços grátis. Eu vou dar abraços a todos os candidatos, no entanto, quero desde já avisar que uns abraços vão ter mais picos do que outros, sendo que irão provocar maior ou menor dor, maior ou menor sacrifício.
Face a estas notícias e aos sucessivos apelos em que a atual direcção do PS cai que nem um rato, vou recordar uma história de 2011, onde podemos constatar que um homem também chora. No entanto, parece que hoje quem tem razões para chorar são todos os socialistas e homens e mulheres que defendem os valores de Abril e da esquerda democrática.
Onde iremos parar com tanto abraço grátis, mas cheios de espinhos para a maioria dos portugueses?
A história começava assim:
"A cena parecia tirada de um filme. É dado um abraço entre Francisco Assis e José Sócrates, as luzes baixam e no pavilhão 6 da Exponor em Matosinhos começa a ouvir-se a música «That's what friends are for», cantada por Dionne Warwick.
Ao som do hino dos anos 80, iam passando imagens de diferentes períodos do partido no ecrã gigante. Fotos dos lideres e de momentos gloriosos anteriores, iam surgindo na tela. Um a um, Mário Soares, Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues, António Guterres, todos recebidos com aplausos dos militantes. O mesmo vídeo que no congresso de Espinho, em 2009, tinha sido projectado e igualmente sentido e aplaudido.
Depois a música muda para mostrar a mudança de líder. O hino do passado dá lugar ao hino do presente, a música épica que acompanha José Sócrates começa a tocar, sobe de tom, enquanto no ecrã surgem imagens de inovação tecnológica, das novas oportunidades,, do simplex, da educação, dos apoios sociais, das energias renováveis, da ciência... Até de acções de campanha para as eleições presidenciais de 2011, ao lado de Manuel Alegre, numa alusão ao «regresso» do histórico socialista às fileiras do partido, e não escondendo esta derrota eleitoral.
No final, já em letras grandes surge escrito - «PS, o maior partido da esquerda democrática» - todos olham, não para o ecrã, mas para o secretário-geral, José Sócrates, que visivelmente emocionado, chora.
Quando poderemos voltar a emocionar-nos cheios de convicções, cheios de esperança, cheios de alegria e de orgulho e a ver escrito em grandes letras
«PS, o maior partido da esquerda democrática»
Tendo consciência de que é difícil mudar por mudar e que a mudança tem de deixar de corresponder a mera rotatividade, deixo esta breve nota para todos os que acreditam que é necessário e possível mudar. Definir e esclarecer a mudança que se pretende concretizar é meio caminho andado para se poder fazer escolhas e até ganhar.
Etapa Um – identificação das políticas e dos comportamentos a ser modificados:
Etapa Dois – Compreender o eleitorado actual, bem como o comportamento e o propósito no contexto da sua vida real e atual:
Etapa Três – Especificar a necessidade e a importância da mudança para cada cidadão e para o interesse público/bem-comum:
Etapa Quatro – Desenvolver um grande desejo de mudança pessoal, social, económica,…, quer a nível nacional como europeu:
Para criar um forte desejo de mudança, será necessário associar uma grande dor e uma sensação desagradável ao fato de não mudar, e um grande prazer, e estímulo pela ideia de mudança. Assim nos sentiremos motivados e teremos um grande desejo de realizar esta alteração de comportamento nas nossas vidas.
Etapa Cinco – Desenvolver novas alternativas e novos comportamentos que visem corrigir os erros cometidos no passado:
Etapa Seis – Prospetivar, ou seja, imaginar o futuro no contexto da mudança, de modo a prever e gerir os riscos:
Etapa Sete – Assumir o compromisso de implantar e concretizar a mudança sem nunca esquecer os valores e princípios da justiça social, da defesa da coisa pública e do bem-comum:
A equipa que o Partido Socialista nos propõe para concretizar a mudança
Efetivos
1 - Francisco Assis
2 - Maria João Rodrigues
3 - Carlos Zorrinho
4 - Elisa Ferreira
5 - Ricardo Serrão Santos
6 - Ana Gomes
7- Pedro Silva Pereira
8 - Liliana Rodrigues
9 - Manuel dos Santos
10 - Maria Amélia Antunes
11- Fernando Moniz
12 - Isabel Coutinho
13 - José Junqueiro
14 - Célia Afra
15 - Diogo Leão
16 - Maria da Luz Lopes
17 - Henrique Ferreira
18 - Maria de Fátima Carvalho
19 - Júlio Barroso
20 - Maria João Baptista
21 - Eduardo Lourenço
Suplentes
22 - Ana Venâncio
23 - Fernando Cabodeira
24 - Rita Mendes
25 - Adérito Pires
26 - Renata Veríssimo
27 - Miguel Rasquinho
28 - Catarina Castanheira
29 - Carlos Granadas
Como não temos outra alternativa, senão pagar e assistir à festa, vamos ao menos dançando. Como a minoria (sim, a minoria) dos portugueses já tem conhecimento, acabamos de saber quais são os elementos que constituem a lista do Partido Socialista (PS) às eleições europeias (sim, vamos ter eleições europeias depois de Abril, ou não sabia?).
Pelo lado do PS vamos ter a lista encabeçada por Francisco Assis (homem do norte, carago), cujos restantes elementos apresento em baixo para reflexão.
Espero que saiba o que é uma lista.
Faça de conta que é uma equipa de futebol, sendo que, em vez de olhar só para o jogador mais avançado (falta-nos um Ronaldo), preocupe-se por querer saber quem vai ser o guarda-redes, quem são os defesas,..., mas sobretudo saber o máximo sobre quem é o treinador e qual é a sua estratégia de jogo, sendo que, se não temos nenhum José Mourinho, também não temos fruta para oferecer.
Joguemos pelo menos à Sporting.
Acredito que se todos os políticos falarem nestes termos, certamente conseguirão esclarecer melhor os cidadãos sobre o futuro projeto europeu, que ainda ninguém escreveu e muito menos esclareceu.
Como nunca fui bom a jogar futebol, visto a camisola que representa as cores de Abril e procuro analisar o jogo.
Terá sido um processo inovador? Renovador? De igualdade de género? De união?... Não sei, nem ninguém me explicou, mas o que tenho vindo a descobrir é que, em termos de abertura e democratização, está todo este jogo ainda muito deficitário.
Será que visa a união dos socialistas em torno de um Projeto Europeu, ou representa apenas mais um frágil arranjo de lugares e de interesses político-partidários?
A ver vamos!
Na minha insignificante opinião, não deixa de continuar a ser um mau sinal político-partidário quando o processo do jogo de interesses e de lugares se sobrepõe ao processo de desenvolvimento de um projeto. É aquilo a que eu chamo de processo político invertido.
O problema da política e dos políticos continua a residir no facto de se desperdiçar a maior parte do tempo no jogo interno de medição de fraquezas e de mera distribuição de lugares internos, prejudicando-se aquilo que mais interessa aos cidadãos que é a construção do projeto político europeu e o devido esclarecimento sobre o mesmo.
A pouco tempo do ato eleitoral mais importante para a resolução dos problemas da vida dos portugueses e euro-cidadãos, temos única e exclusivamente um conjunto de pessoas, de conteúdo diverso e disperso, quando deveríamos ter primeiro um projeto e depois a analise de quem melhor poderia e deveria representar esse projeto.
Enquanto a política e os políticos continuarem reduzidos a meras medições de fraquezas partidarias internas e os militantes/cidadãos se resignarem a meros sócios partidarios ou observadores, tudo continuará idêntico ou por rumos cada vez piores.
Como não temos outra alternativa, senão pagar e assistir à festa, vamos ao menos dançando.
Votos de bom jogo.
Em breve apresentarei aqui uma análise sobre cada elemento da equipa. Tentarei ainda falar do treinador. Quanto à equipa de arbitragem, conto com o vosso contributo. Peguem nas bandeiras.
Efetivos
1 - Francisco Assis
2 - Maria João Rodrigues
3 - Carlos Zorrinho
4 - Elisa Ferreira
5 - Ricardo Serrão Santos
6 - Ana Gomes
7- Pedro Silva Pereira
8 - Liliana Rodrigues
9 - Manuel dos Santos
10 - Maria Amélia Antunes
11- Fernando Moniz
12 - Isabel Coutinho
13 - José Junqueiro
14 - Célia Afra
15 - Diogo Leão
16 - Maria da Luz Lopes
17 - Henrique Ferreira
18 - Maria de Fátima Carvalho
19 - Júlio Barroso
20 - Maria João Baptista
21 - Eduardo Lourenço
Suplentes
22 - Ana Venâncio
23 - Fernando Cabodeira
24 - Rita Mendes
25 - Adérito Pires
26 - Renata Veríssimo
27 - Miguel Rasquinho
28 - Catarina Castanheira
29 - Carlos Granadas
Já não encontro esperança no gabinete de apoio socioeducativo e de apoio à empregabilidade onde trabalho. Como posso eu dar (ou vender) esperança se já não a consigo encontrar em mim e em quem me rodeia? Resta-me dar a estúpida resposta da emigração e de que a Europa é ali ao lado, sendo que, por vezes, até a mim me apetece fugir daqui para fora. Mas Portugal e a Europa é nossa, por isso, entre o fugir e o resistir, eu prefiro resistir e ficar a combater (por dentro e por fora), sendo que muito há a mudar em nós e nos outros!
Hoje, ao reunir alguma da informação estatística de nível nacional e europeu, foi tamanha a revolta que não consegui continuar o trabalho sem recorrer a uma música que me acalmasse ("A força da Paz"). Se ficar indignado com estes dados, clique aqui e oiça a "força da paz", sendo que "aquilo que afeta diretamente uma pessoa, acaba por afetar todas as pessoas indiretamente" (Martin Luther King)
Já não consigo suportar mais este sufoco e esta falta de respostas políticas, económicas, sociais e laborais! Um dia estouro (creio ter esse direito), sendo que é-me impossível ficar indiferente ao sofrimento dos jovens e das famílias que me procuram (já desesperados) e para os quais eu não tenho respostas válidas e muito menos as consigo vislumbrar num futuro próximo. A maioria tem crianças e idosos nos agregados e por vezes os pais são os dois afetados pelos desemprego, começam por não conseguir suportar as prestações da casa, depois vem o Estado com combranças sem notificações e de repente ficam sem trabalho, sem abrigo e sem proteção social, aumentando de dia para dia os sem-abrigo. Segundo notícias recentes, as equipas do programa InterGerações da Santa Casa Misericórdia de Lisboa encontraram 22 sem-abrigo com formação superior na capital durante o projecto de diagnóstico de situações de exclusão e vulnerabilidade social. São já cerca de 5% os licenciados sem-abrigo. Um médico, um piloto ou engenheiros estão entre os licenciados identificados a viver na rua. CUIDADO QUE EM BREVE PODEREMOS SER NÓS!
"TENHAM ESPERANÇA!" Dizem-me os meus amigos políticos, sendo que vem aí a "MUDANÇA".
Mas qual mudança? Vislumbram seriamente alguma mudança? Eles (os políticos e amigos) lá se arranjam com as mudanças, mas e os outros portugueses?
Mais uma década de ilusões?
BASTA! Não é a mera mudança de cor ou os arranjos entre líderes políticos que nos resolve os problemas, sendo que isso é a treta do costume e só continua a facilitar os do mesmo sistema político-empresarial já instalado há décadas! Eles bem se mudam, vão-se aproximando, lá se arranjam, mas que se sinta que algo mude verdadeiramente, isso a maioria dos portugueses não sentem. Se não sentem, exijam!
PRECISAMOS DE LÍDERES POLÍTICOS SÉRIOS E CORAJOSOS PARA DERRUBAR O SISTEMA POLÍTICO-EMPRESARIAL CENTRAL INSTALADO, SENDO QUE VIVEMOS NUMA GUERRA QUE ESTÁ A MATAR ÀS CENTENAS EM PORTUGAL E AOS MILHARES POR TODA A EUROPA.
Neste contexto de crise e de sufoco económico, laboral e social, há uma guerra silenciosa instalada que mata mais do que qualquer bomba atómica, sobre a qual nenhum dos candidatos vai redigir e concretizar programas eleitorais sérios. Uns vão falar destas problemáticas para angariar o nosso voto e outros vão, simplesmente, passar ao lado do problema ou esforçar-se para esconder as causas desta matança generalizada, seja em casa, na escola, no hospital, na rua ou debaixo da ponte.
Quando olhamos para alguns indicadores sobre os níveis da taxa de pobreza, só podemos ficar muito preocupados e em alerta vermelho, senqo que, aquilo que dizem estar a melhorar está é a piorar de dia para dia e ninguém pode esconder esta triste realidade. Temos de ver, de querer ver, de ter coragem para ver e sobretudo de saber ver a realidade que nos rodeia, de modo a podermos enfentar a resolução dos problemas. Caso contrário, iremos continuar numa ilusão e a morrer lentamente e silenciosamente sem que ninguém se importe.
O último relatório de Portugal sobre o Ponto da situação das Metas em Portugal relativas à Estratégia 2020 é disso exemplo ao esconder os dados necessários para se conhecer a realidade do país na sua especificidade e, consequentemente não favorecer uma leitura clara e real da situação nacional em termos económicos e sociais.
CUIDADO QUE ANDAM A ILUDIR-NOS!
Senão vejamos:
As despesas com a proteção social, que consiste nos pagamentos para benefícios em proteção social, em 2011, só foram equivalentes a 19.6% do PIB (UE27), valor este que se poderá concluir muito baixo face ao conjunto de problemáticas sociais porque estão a passar os Estados-Membro da Europa;
O peso da saúde e da proteção social juntos no total da despesa pública é baixo nos 12 Estados Membros, que integraram recentemente a EU, assim como em Portugal, onde representa menos da metade do total das despesas nacionais.
Em 2012, 24.8% da população europeia (aproximadamente 124.5 milhões de pessoas na Eu-28) era considerada como estando em risco de pobreza e/ou exclusão social, de acordo com a definição adotada pela Estratégia 2020. O valor registado para Portugal era de 25.3%.
Continuam a ser as crianças o grupo mais vulnerável a situações de pobreza ou exclusão social. A taxa de risco de pobreza ou exclusão social para as crianças subiu em 2012 para 28.1% (UE28) (2010: 26.9%, UE28). Para Portugal e segundo a Eurostat a taxa de risco de pobreza para as crianças foi de 27.8% (2010: 28.7%).
No que diz respeito à população idosa a taxa de risco de pobreza e exclusão social diminuiu na UE28 de 19.8% em 2010 para 19.3% em 2012. No caso português essa taxa também diminuiu para 22.5% em 2012 (26.1% - 2010).
Tendo em conta a composição do agregado familiar verificou-se que para 2011 e para a UE27, são as famílias monoparentais com filhos a cargo (49.8%) que estão em maior risco de pobreza ou exclusão social, logo seguidos das pessoas solteiras (34.5%) e pelos agregados formados por 2 adultos e 3 ou mais crianças dependentes (30.8%).
Verificou-se que mais de 10.4% da população da UE28 foi considerada como vivendo em agregados com baixa e muito baixa intensidade de trabalho. Portugal integra o grupo de países onde se verificou um aumento deste indicador.
Em 2012, 9.9% da população da UE foi considerada como estando em situação de privação material severa.
Em 2012, 17% da população da UE27 encontrava-se em risco de pobreza isto é, com rendimentos inferiores ao limiar de 60% do rendimento mediano equivalente. Em Portugal essa taxa foi de 17.9%.
O INE procedeu ao cálculo da linha de pobreza ancorada no tempo (2009) e atualizada em 2010 e em 2011 tendo por base a variação do índice de preços no consumidor. Segundo este indicador verificou-se um aumento da proporção de pessoas em risco de pobreza: 17.9% em 2009, 19.6% em 2010 e 21.3% em 2011. Este aumento é mais significativo para os menores de 18 anos (22.4% em 2009, 23.9% em 2010 e 26.1% em 2011) e para a população em idade ativa (15.7% em 2009, 17.7% em 2010 e 20.3% em 2011).
O Eurostat aponta uma taxa de desemprego em outubro de 2013 para a UE28 de 10.9% e que se traduz em 26 654 milhões de homens e mulheres sem emprego. Em Portugal essa taxa foi de 15.7% em outubro de 2013. Segundo o INE e para o 3º trimestre de 2013 a taxa de desemprego foi de 15.6%.
Relativamente ao desemprego jovem, 5 657 milhões de jovens (com idades inferiores a 25 anos) estavam desempregados na UE28 (3577 milhões na zona euro). A taxa de desemprego jovem para a UE28 foi de 23.7% em Outubro de 2013.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Eurostat grandes desigualdades na distribuição do rendimento foram verificadas entre a população da UE27 em 2011: 20% da população com o rendimento disponível mais elevado, recebia 5 vezes mais do que 20% da população com o mais baixo rendimento disponível. Para Portugal esse rácio foi de 5.7%.
Em 2011, 11.5% da população da UE27 (Portugal: 7.2%) viviam em agregados nos quais gastavam mais de 40% do seu rendimento disponível com a habitação.
A população europeia está a aumentar, enquanto a estrutura etária está a envelhecer (com a entrada na reforma das gerações do pós-guerra), as pessoas vivem mais, a esperança de vida continua a aumentar, mas o índice de fertilidade aumenta muito lentamente. Em 2012, e para a UE27, a percentagem de população jovem (0-14 anos de idade) foi 15.6% na UE27 (PT: 14.8%), a percentagem de pessoas em idade ativa foi 66.6% (PT: 65.8%) e a população idosa (65 ou mais anos) 17.8% (PT: 19.4%).
Em termos de índice de dependência dos idosos verificou-se que para 2012 e para a UE27 este foi de 26.8% (29.6% em PT), ou seja, havia cerca de 4 pessoas em idade ativa para cada pessoa com 65 ou mais anos.
Segundo a OCDE, as projeções indicam que a população portuguesa com 65 e mais anos, em 2050, poderá aumentar 32% e a população com 80 ou mais anos, 11%. As projeções são superiores às médias esperadas para a OCDE: 25.7% e 10% respetivamente.
Assim, se nos centrarmos nas problemáticas essenciais sobre as quais a Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN Portugal) intervém, podemos facilmente constatar o ponto de situação em que nos encontramos e a dita "MUDANÇA" que urge fazer.
MAS MUDANÇA OU REVOLUÇÃO?
ATENDENDO A QUE ESTAMOS A COMEMORAR 40 ANOS DE ABRIL E REFLETINDO SOBRE OS PRINCÍPIOS E VALORES DA REPÚBLICA E DA SUA CONSTITUIÇÃO, EU PREFIRO CHAMAR-LHE REFUNDAÇÃO OU MESMO REVOLUÇÃO IDEOLÓGICA NECESSÁRIA.
Gostava de ver os políticos a abordar a redistribuição do orçamento europeu pelas seguintes funções sociais. Note-se que as percentagens apresentadas no quadro que se segue correspondem ao total da despesa e não ao total do PIB.
Como se pode ver no gráfico que se segue, as despesas com os apoios de proteção social (UE a 27), ou seja, aqueles que são transferidos para os indivíduos ou agregados e destinados a cobrir um conjunto de riscos ou necessidades, foram equivalentes a 19.6% do PIB (2011), ligeiramente inferior aos dois anos anteriores (19.9% em 2010 e 20.1% em 2009) Fonte: Eurostat - General government expenditure in 2011;
O peso da saúde e da proteção social no total da despesa pública é baixo nos 12 Estados Membros, que integraram recentemente a Europa, assim como em Portugal, onde representa menos da metade do total das despesas nacionais. Logo seguido à proteção social, as funções mais importantes são: saúde (7.3%); serviços públicos gerais (6.6%); educação (5.3%) e assuntos económicos (4.0%).
Veja-se no quadro que se segue a significativa diferença relativa ao valor investido em proteção social por habitante, em cada país. Para quando o devido equilíbrio e a necessária coesão europeia?
FONTES:
A Good Life in Old Age? Monitoring and Improving Quality in Long-Term Care, OECD, 2013.
At risk of poverty or social exclusion in the EU27, Newsrelease 28/2013, Eurostat, 26 de Fevereiro 2013.
Children were the age group at the highest risk of poverty or social exclusion in 2011, Statistics in Focus 4/2013, Eurostat, 2013.
Destaque – Estatísticas do Emprego 3º Trimestre de 2013, 7 de Novembro de 2013
Destaque – Estatísticas do Emprego 2º Trimestre de 2013, 7 de Agosto de 2013.
Destaque – Rendimento e Condições de Vida – 2012 (dados provisórios), INE, Julho de 2013.
Estatísticas do Emprego – 2º Trimestre de 2013, INE, 2013.
Euro are unemployment rate a 12.1%, Newsrelease 179/2013 de 29 de Novembro de 2013
Euro are unemployment rate a 12.1%, Newsrelease 118/2013, Eurostat, 31 de Julho de 2013.
European Social Statistics – 2013 Edition, Eurostat Pocketbooks, 2013.
General Government Expenditure in 2011 – Focus on the functions ‘social protection’ and ‘health’, Statistics in Focus 9/2013, Eurostat, 2013.
Global Employment Trends 2013. Recovering from a second jobs dip, Genebra, ILO, 2013.
Report on Demography, Newsrelease 49/2013, Eurostat 26 de Março de 2013; EU Employment and Social Situation, Quartely Review – Special Supplement on Demographic Trends, Março de 2013.
FONTES ELETRÓNICAS
http://www.eapn.pt/observatorio-lisboa
http://www.ine.pt
http://www.seg-social.pt
Defendemos uma sociedade sustentável baseada no equilíbrio entre o CAPITAL - TRABALHO - BEM-ESTAR SOCIAL!
Somos contra todas as formas neoliberais capitalistas que visam o domínio e/ou controlo da sociedade por via do monopólio financeiro dos grandes grupos económicos e dos grandes mercados globais desregulados que proliferam à custa da subserviência de deputados e eurodeputados oriundos ou comprometidos com um sistema político-empresarial neoliberal capitalista.
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A crise económica na União Europeia e principalmente na zona euro já dura há mais de três anos e assim querem os neoliberais que continue, sendo que é à custa da mesma e do estrangular de toda uma sociedade que garantem o controlo sobre a maximização do lucro.
Esta crise tem sido provocada, não pelos cidadãos em geral que trabalham ou que infelizmente não têm trabalho/oportunidades de vida digna, mas sim consentida por uma maioria de deputados e eurodeputados que alinham com a direita neoliberal capitalista e que se mantêm no conformismo subserviente aos grandes mercados financeiros a quem interessa a falta de mecanismos de regulação político-social.
Esta crise não tem fim previsto e muito menos à vista,porque isso interessa aos donos e senhores do capital e dos grandes mercados industriais, comerciais e sobretudo financeiros que fazem aumentar os seus lucros por longos anos à custa do da exploração e do sofrimento de toda uma sociedade.
A política aplicada na UE, sobretudo a partir de 2010 resume-se à linha ideológica da direita neoliberal capitalista, a qual se traduz em austeridade sobre austeridade e na eterna responsabilização dos trabalhadores. Os objetivo principal desta política neoliberal, quase sempre disfarçado, é restringir ao máximo o Estado Social (institucionalizado e construído com base no equilíbrio social) e forçar a diminuição do endividamento dos países exclusivamente através de um corte radical dos encargos com o Estado Providência, o qual sempre foi, é e continuará a ser o garante do equilíbrio entre o capital, o trabalho e o bem-estar social dos países desenvolvidos.
Ao permitirmos a eleição e o alinhamento dos eurodeputados com a ideologia de direita, neoliberal capitalista, significa que estamos a entregar aos senhores do capital o controlo e domínio sobre os recursos naturais, sobre a educação, sobre a saúde e sobre a assistência social nas fragilidades e no fim de vida.
O denominado Estado Social/Estado de Bem-Estar/Estado Providência foi constituído e construído na maioria dos Estados Europeus com base na ideologia da social democracia e de um “equilíbrio” entre capital, trabalho e garantia de bem-estar para todos. Será que pretendemos perder este equilíbrio e ser dominados pelo poder do capital?
A questão é que já nem o PSD/CDS-PP são sociais democratas, sendo que estão alinhados, a nível nacional e europeu, com uma ideologia de ataque cerrado contra o Estado Social, sendo os cidadãos, as pequenas e médias empresas e as instituições públicas e sociais fortemente atacadas com políticas de austeridade insensível e desmedida, cujo objetivo principal é destruir as bases do Bem-Estar Social e de uma vida digna para todos e assente na estabilidade de uma classe média sustentável que não deixe ninguém para trás. Não podemos permitir que a pirâmide social afunile cada vez mais para uma meia dúzia de excessivamente ricos à custa de uma base excessivamente alargada de cidadãos a viver do nível do limiar da pobreza para baixo. Não queremos um País nem uma Europa de poucos excessivamente ricos e de muitos excessivamente pobres.
Defendemos uma sociedade sustentável baseada no equilíbrio entre o CAPITAL - TRABALHO - BEM-ESTAR SOCIAL!
Veja-se os cortes massivos nos salários e pensões, os aumentos de impostos sobre o comércio e produtos alimentares essenciais, as demissões em massa dos funcionários públicos e privados, a destruição das micro e pequenas empresas para facilitar o lucro dos grandes grupos económicos e empresariais, veja-se as privatizações de quase tudo, chegando mesmo ao cúmulo de pretenderem privatizar os recursos naturais que já cá estavam na terra antes do homem se tornar homem.
Veja-se que até chegam a falar na privatização da água e se não tivermos cuidado, até se lembrarão de privatizar os raios de sol ou sobre eles aplicarem taxas.
Veja-se a redução e os cortes encetados sobre os serviços sociais, sobre a saúde, sobre a educação e sobre a um envelhecimento digno a que todos devem ter direito.
Veja-se a precarização massiva das condições de trabalho que continuam a ser o conteúdo ideológico-programático concreto desta política nacional e europeia da direita neoliberal capitalista.
Mas muitos perguntarão: Então quem fez a dívida e como se pagará?
Esse é o primeiro, mais perigoso e errado pensamento dos cidadãos, sendo que o objetivo dos Governos de direita e dos neoliberais capitalistas é procurarem atribuir responsabilidades sobre a dívida aos cidadãos em geral, quando estes nunca foram nem são os culpados nem os mais responsáveis pela dívida gerada, mas é a estes que sempre é requerida a liquidação da divida, sendo esta a via dos grandes grupos económicos, que assentam nas grandes praças financeiras, manterem o lucro sucessivo à custa de quem trabalha em condições cada vez mais miseráveis.
Saiba que os neoliberais capitalistas são experts a iludi-lo e a mentaliza-lo de que a culpa é dos cidadãos em geral que não souberam controlar as suas carteiras ou que não gostam de trabalhar nem de manter o Estado Social que criaram. Pois saiba que esse é o pretexto que os capitalistas sempre utilizaram para nos responsabilizar a todos sobre uma desregulação iniciada e concretizada por esses senhores do capital.
Veja-se que o principal argumento para tal política, cujo principal defensor é o governo Merkel, da Alemanha, é a redução da dívida pública a qualquer custo, sendo que os bancos têm de continuar a lucrar com os empréstimos a altas taxas de juro.
Veja-se que a dívida pública dos países que partilham a moeda única engrossou no segundo trimestre de 2013 para 8,8 biliões (milhões de milhões) de euros, 93,4% do Produto Interno Bruto (PIB) de toda a zona euro. Portugal, com uma dívida pública equivalente de 131,3% naquele período, continua a ser o país com o terceiro maior rácio.
De acordo com dados publicados pelo Eurostat no final do segundo trimestre de 2013, a dívida pública da zona euro havia aumentado 1,1% face ao primeiro trimestre. No caso de Portugal, o aumento foi de 3,8%, passando de 208.612 milhões de euros no primeiro semestre para 214.801 milhões no segundo. Foi o quarto maior aumento percentual, depois de Chipre, da Grécia e da Eslovénia. Na comparação com o segundo trimestre, registou-se a sexta maior subida.
Ainda acredita que o objetivo político-empresarial é ajudar a regularizar a dívida? Ou será mais manter eternamente o lucro à custa da exploração de toda uma sociedade? É que a esmagadora maioria da dívida pública (119,1%) tem uma maturidade de longo prazo e ninguém parece interessado em contribuir para a suavização do problema.
Será que pretende continuar a contribuir para resgatar bancos e banqueiros e grandes grupos económico-empresariais que dominam todo o mercado? Não alinhe mais nessa ilusão. Todos vamos sofrer durante décadas se não acordarmos a tempos!
É a vida e o trabalho das pessoas que está em causa/risco e a Europa de todos os cidadãos, por isso, unamos todos os esforços possíveis e não desperdicemos um único voto em quem continua a defender o rumo e os objetivos desta política de austeridade que só visa resgatar e salvaguardar bancos e grandes interesses económico-financeiros.
A versão oficial das razões pela crise, mil vezes reproduzida nos órgãos de comunicação social, que também são propriedade desses mesmos capitalistas globais, é que os Estados Europeus (sobretudo do sul) gastaram dinheiro demais com o seu sistema social, educativo, de saúde e de serviços públicos, chegando a argumentar-se que as nossas instituições públicas e as nossas pequenas e médias empresas são ineficientes, tudo isto com o objetivo cerrado para as destruirem e passarem a obter lucros por via das privatizações de todos os serviços públicos de massas, de que todos os cidadãos necessitam e para gerarem grupos económico-ficanceiros privados cada vez maiores e mais globais.
Acredita que é por essa via que todos vamos ter acesso a uma vida minimamente digna, com trabalho e educação para todos e com a garantia dos devidos apoios sociais na fragilidade, na doença e na velhice?
Mas como se esse discurso não bastasse, vêm ainda argumentar que a culpa é dos trabalhadores que pouco fazem e que têm uma vida folgada ou que já não querem trabalhar suficientemente para o bem-estar de todas as pessoas e do país. Será que o cidadão em geral é assim tão egoísta? Ou será mais um discurso ilusionista dos capitalistas?
Todo esse discurso assenta numa linha político-ideológica capitalista, sendo que continuam a gastar milhões e milhões de euros para apoiar grandes grupos económicos e resgatar bancos que compram dinheiro público barato para nos venderem a juros absurdos e insustentáveis. Esta não é certamente uma linha sócio-política digna de uma sociedade que se diz desenvolvida ou em desenvolvimento humano e social. Esta é a mais pura linha ideológica do capitalismo neoliberal.
Já basta de ilusões e de especulações!
ACORDEMOS!
Como o Parlamento Europeu está cheio de eurodeputados que preferem continuar a servir aos interesses neoliberais (incluindo alguns que concorrem em partidos de esquerda) e estando mais do que demonstrado e comprovado que os verdadeiros objetivos da política da União Europeu continua a visar dar o apoio e as benesses aos bancos, aos grandes grupos económicos globalizadores e ao sistema financeiro desregulado, continuando estes senhores a permitir que suguem e explorem os trabalhadores ao máximo dos máximos, para pagar milhões e milhões de euros que visam o elevado lucro dos bancos e dos grandes grupos económicos, SÓ PODEMOS DIZER NÃO A TODOS OS NEOLIBERAIS E OPOR-NOS À ELEIÇÃO DE EURODEPUTADOS QUE ALINHAM COM A DESREGULAÇÃO DOS MERCADOS E COM O CAPITALISMO.
NÃO AO SISTEMA POLÍTICO-EMPRESARIAL CAPITALISTA!
Em vez de tratarmos da redistribuição dos dinheiros pelo bem-comum e pelo equilíbrio entre trabalho - capital e bem-estar de todos os cidadão nacionais e europeus, continuamos a alimentar e a resgatar bancos e grandes grupos económicos.
Não volte a contribuir para esse monopólio financeiro desregulado. O dinheiro é fruto do trabalho e sempre foi um bem público e ao serviço público.
NÃO APOIE NEM VOTE EM NENHUM EURODEPUTADO QUE SIGA A VIA DO ALINHAMENTO À DIREITA NEOLIBERAL CAPITALISTA.
É possível evoluirmos por via de uma matriz social e política progressista, mas que assente nos ideais e valores da esquerda democrática.
Tenhamos coragem para afirmar um rumo totalmente diferente sem termos a obrigação de andar a pedir esmola entre Estados que em vez de nos ajudar se aproveitam para lucrar ou dar a lucrar a entidades financeiras privadas.
NADA É FATAL E A SOCIEDADE É CAPAZ!
HÁ ESPAÇO E CONDIÇÕES PARA UMA EUROPA QUE PROGRIDA E SE DESENVOLVA POR VIA DO BEM-ESTAR SOCIAL GLOBAL E DERRUBE O BEM ESTAR CAPITAL DE UMA MEIA DÚZIA DE GRANDES MERCADOS E GRANDES GRUPOS FINANCEIROS.
Obrigado
Pelo Movimento Zero Eurodeputados de direita neoliberal capitalista
José Pereira (25/02/2014)