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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
TENHAM VERGONHA!!! A ser assim, que se lixem as "soft skills". Portugal não pode continuar a ser a república da “cunha”, do nepotismo e do amiguismo político-partidário!!!
Aquilo que marca a diferença quando avaliamos uma pessoa para um cargo de direção, não é, nem pode ser, a cor partidária, nem tão pouco a familiaridade ou amizade face a quem dirige ou governa a instituição, o ministério ou o país. É, e deve ser, o conjunto de atributos, de comportamentos, de capacidades e de competências, sejam pessoais, interpessoais ou técnico-profissionais, pelas quais se destaca um profissional, a par da sua postura e da forma como sabe e/ou pode liderar, dirigir, gerir ou administrar uma instituição e as pessoas que nela trabalham e que com ela interagem, tomando assim por base a forma como se sabe, como se pode ou como se deve lidar com as pessoas, de dentro e de fora, ou seja, com todos que, de uma forma ou de outra, interagem com as instituições e/ou serviços públicos que vão ser geridos e dirigidos com vista à defesa da coisa e da causa pública e não com vista ao interesse particular ou familiar de quem dirige os partidos ou governa o país (os denominados stakeholders).
NÃO ESTARÁ MAIS DO QUE NA HORA PARA SE REAGIR E AFERIR O QUE PODEMOS E DEVEMOS FAZER PARA ACABAR COM ISTO DE UMA VEZ POR TODAS?
COMO PASSAR DA CUNHA E DA FAMILIARIDADE POLÍTICO-PARTIDÁRIA PARA A MERITOCRACIA?
Desenvolver as soft-skills envolve muito trabalho, esforço, tempo, e até acompanhamento!
Todos sabemos como é que se fabricam currículos à medida do cargo e da familiaridade ou amizade politico-partidária!
Caro prof. doutor João Billhim, é isto que define e defende como competências de “saber estar e saber ser" (soft skills)?
Desculpe que aqui lhe diga frontalmente: Se é isto que defende e ensina como sendo as "soft skills", ENTÃO QUE SE LIXEM AS "SOFT SKILLS!!!!
Tenho muito respeito pela sua cátedra em ciências sociais e antropológicas, mas relativamente à gestão de recursos humanos e ao que temos vindo a constatar relativamente ao recrutamento e seleção dos dirigentes da Administração Pública, desculpe mas a meritocracia impressa na seleção, indicação e escolha dos dirigentes superiores e intermédios da Administração Pública deixa muito a desejar. Ou não vê; Ou não quer nem lhe apetece ver; Ou não pode ver; Ou não sabe ver o que estão a fazer!
Só nos últimos procedimentos concursais, de entre um total de 300 candidatos, o Governo já fez 14 das 18 nomeações definitivas para as direcções dos Centros Distritais da Segurança Social, sendo que o grande critério de mérito comum a todos os casos é que são todos do PSD e do CDS/PP, mantendo-se quase sempre os rostos escolhidos politicamente, antes do concurso, isto para mandatos que são de cinco anos e que comprometem o bom desempenho e a imagem já pouco credível dos serviços púbicos, quase sempre por culpa ou (i)responsabilidade dos (des)governantes.
Relativamente a este tema, o jornal Público tem aqui um bom artigo sobre o estado da meritocracia em Portugal. Mas parece que tudo continua igual ou mesmo a caminhar para pior.
Após uma breve pesquisa, podemos concluir que as "soft skills" não são mais do que determinados atributos, atitudes ou comportamentos pessoais que permitem ao individuo melhorar as suas interações com os outros e com o mundo em seu redor, contribuindo assim para a melhoria do seu desempenho profissional.
Estas competências caracterizam-se por não serem específicas/objetivas para um determinado posto de trabalho, mas podem ser úteis em qualquer área e concorrem para a melhoria do desempenho profissional. Contudo, ser membro, amigo ou familiar de alguém que dirige ou governa a instituição ou de um partido político, em nada se identifica com aquilo que define e determina a qualidade das "soft-skills".
Alguns dos exemplos destas competências ("soft skills") podem ser:
Em contraponto, as "hard skills" são mais objetivas e correspondem às capacidades e competências que se consideram mais técnicas e específicas para realizar um determinado trabalho. No fundo, correspondem ao saber fazer e ter conhecimento para fazer bem.
DEFINITION OF 'HARD SKILLS'
Specific, teachable abilities that can be defined and measured. By contrast, soft skills are less tangible and harder to quantify. Examples of hard skills include job skills like typing, writing, math, reading and the ability to use software programs; soft skills are personality-driven skills like etiquette, getting along with others, listening and engaging in small talk. In business, hard skills most often refer to accounting and financial modeling.
Alguns dos exemplos destas competências ("hard skills") podem ser:
People skills and relationship-building are key to success
Volume 19, Issue 4, August 2012, Pages 451–464
European Association of Labour Economists 23rd annual conference, Paphos, Cyprus, 22-24th September 2011
Hard evidence on soft skills ☆
This paper summarizes recent evidence on what achievement tests measure; how achievement tests relate to other measures of “cognitive ability” like IQ and grades; the important skills that achievement tests miss or mismeasure, and how much these skills matter in life.
Achievement tests miss, or perhaps more accurately, do not adequately capture, soft skills—personality traits, goals, motivations, and preferences that are valued in the labor market, in school, and in many other domains. The larger message of this paper is that soft skills predict success in life, that they causally produce that success, and that programs that enhance soft skills have an important place in an effective portfolio of public policies.
► Achievement tests miss—or mis-measure—soft skills including personality traits, goals, motivations, and preferences. ► Soft skills predict and produce success in life. ► Programs that enhance soft skills have an important place in policy portfolios.
JEL classification
Keywords
Personality;
Achievement tests;
IQ;
Cognition
This paper was presented as the Adam Smith Lecture at the Annual Meeting of the European Association of Labour Economists held in Cyprus, September 2011. This research was supported in part by the University of Chicago, A New Science of Virtues: A Project of the University of Chicago, the American Bar Foundation, a conference series from the Spencer Foundation, the JB & MK Pritzker Family Foundation, Susan Thompson Buffett Foundation, the Geary Institute, University College Dublin, Ireland, NICHD R37 HD065072 and R01 HD054702, a European Research Council grant hosted by University College Dublin, DEVHEALTH 269874, a grant to the Becker Friedman Institute for Research and Economics from the Institute for New Economic Thinking (INET), and an anonymous funder. The views expressed in this paper are those of the authors and not necessarily those of the funders or commentators mentioned here. We thank Linor Kiknadze for research assistance. Paul Devereux made helpful comments that are incorporated in this paper.
Copyright © 2012 Elsevier B.V. All rights reserved.
Project management education: The human skills imperative
Volume 26, Issue 2, February 2008, Pages 124–128
The differences between hard and soft skills and their relative impact on training transfer
Dennis R. Laker1 and Jimmy L. Powell2
Article first published online: 21 MAR 2011
DOI: 10.1002/hrdq.20063
Copyright © 2011 Wiley Periodicals, Inc.
Human Resource Development Quarterly
Volume 22, Issue 1, pages 111–122, Spring 2011
Abstract
Most research and conceptualizing of training transfer assumes that the content of the training is irrelevant in whether or not or to what extent transfer is successful. The singular perspective that all training is the same when it comes to issues of training transfer is misguided. This is especially true for the types of training that have been traditionally referred to as hard-skills (technical) and soft-skills (intrapersonal and interpersonal) training. It is hypothesized that this singular perspective of making no differentiation between hard and soft skills can actually hinder training transfer. It is the contention of this article that this perspective masks significant differences between these two forms of training and the extent to which each transfers to the job. Anecdotal evidence has emphasized that soft-skills training is significantly less likely to transfer from training to the job than hard-skills training. Soft-skills training, rather than hard-skills training, has primarily been discussed in the HRD literature. This is easily reflected in reviews of the training-transfer literature. Consequently, from this perspective, the work on training transfer has almost been exclusively based upon soft-skills training. This focus on soft skills may be warranted by the specific difficulty in transferring soft skills (intrapersonal and interpersonal) rather than hard skills (technical). This lack of soft-skill transfer results in an extremely costly waste of time, energy, and money. This article discusses differences that are hypothesized to exist between hard- (technical) and soft- (intrapersonal and interpersonal) skills training that we believe impact the degree of training transfer achieved. It is our belief that differentiating between hard and soft skills may add greatly to our understanding of training transfer and additional ways of its facilitation. This article also contends that development of a more robust and comprehensive model of training transfer must consider training content.Executive Perceptions of the Top 10 Soft Skills Needed in Today’s Workplace
1Eastern Kentucky University, USA
Marcel M. Robles, Eastern Kentucky University, BTC 011, 521 Lancaster Avenue, Richmond, KY 40475, USA Email: marcel.robles{at}eku.edu
Abstract
Hard skills are the technical expertise and knowledge needed for a job. Soft skills are interpersonal qualities, also known as people skills, and personal attributes that one possesses. Business executives consider soft skills a very important attribute in job applicants. Employers want new employees to have strong soft skills, as well as hard skills. This study identified the top 10 soft skills as perceived the most important by business executives: integrity, communication, courtesy, responsibility, social skills, positive attitude, professionalism, flexibility, teamwork, and work ethic.
“Soft” Skills and Race: An Investigation of Black Men's Employment Problems
Abstract
We investigated changes in skill requirements and the effects of these changes on Black men's access to entry-level jobs, using open-ended interviews of managers at 56 firms in four industries. Managers reported
SEJAMOS RESPONSÁVEIS, TOMEMOS DECISÕES SÉRIAS E CERTEIRAS, MAS REFLITA-SE SOBRE QUE REPRESENTATIVIDADE TEM O NOSSO VOTO! Se 16 partidos e meia dúzia de diferenças ideológicas e programáticas estruturais não conseguem levar, pelo menos, 51% dos eleitores a votar, desculpem mas a (i)responsabilidade não é deles, mas sim nossa. SIM! NOSSA!!! OU SEJA, MINHA E SUA! Sendo que demonstramos não ter a capacidade nem a competência para exigir o que é necessário fazer em prol das pessoas, em prol de Portugal, em prol da Europa e mesmo do Mundo, tal como continuamos a ser uns incompetentes relativamente ao que é urgente fazer por dentro e por fora dos partidos, por dentro e por fora de nós próprios. Demonstramos a maior irresponsabilidade e incompetência cívica e política de todos os tempos!
Veja-se que os partidos de poder são como os ricos, sendo sempre apresentados em grande e os outros são como a esmagadora maioria dos pobres, ou seja, sempre usados para entreter e apresentados e vistos como pequenos e incapazes. Mas será que todos os pobres são pequenos e incapazes? Não há uma esmagadora maioria de gente pobre e humilde que demonstra diariamente conseguir fazer uma vida digna e séria com os parcos recursos que têm e a chegar mesmo a singrar na vida? Não há estudantes economicamente carenciados que conseguem ser os melhores da turma e depois execelentes profissionais? Não há homens e mulheres diferentes ou de mobilidade reduzida aque demonstram ser muito melhores do que muitos outros que parecem ter as mobilidades e capacidades todas? Não há minorias que demonstram ser excelentes seres humanos? Se há, então pense na solidariedade e na justiça social!
Ser hoje rico pode corresponder a ser amanhã pobre. Ser hoje o mais capaz, pode corresponder a ser amanhã um incapaz. Ter hoje todos os instrumentos e meios de mobilidade, pode amanhã deixa-lo numa cadeira de rodas ou esticado numa cama. Fazer hoje parte de uma maioria, pode amanhã corresponder a ser apenas um individuo solitário ou abandonado,... A vida cívica e política é como a humana. Hoje temos todos os poderes e amanhã podemos não ter nada!
Gostava de ser tratado e discriminado assim? Gostava de sentir essa mudança radical? Gostava de passar de amado para odiado? De grande para pequeno ou de rico para pobre? Pense que o dinheiro, o poder, a saúde e a vida não são eternos, mas a amizade, a solidariedade e o respeito mutuo podem permanecer sempre connosco. Haja justiça humana, social e política. Ninguém é eternamente insubstituível nem para sempre grande e poderoso. Quanto mais não seja, um dia todos vamos precisar de alguém a mudar-nos a fralda num qualquer lar ou hospital!
Isto é tratamento cívico e democrático que se admita, que permitamos ou que nos imponham? Por acaso já votamos para poderem previamente determinar e demonstrar quem é o partido mais votado e menos votado?
Será que podemos denominar isto de democracia participada e representada? Isto caminha para um abismo com o qual a esmagadora maioria dos cidadãos não se revê, mas também não fazemos nada. O maior problema de toda esta situação é que nem os cidadãos pretendem mudar nem os dirigentes partidários demonstram abertura e vontade para que eduque para a mudança e se vá mudando. Todos sabemos que a mudança não se decreta, sendo que vai acontecendo e depende da vontade de todos nós!
Já agora, sobre o meu voto, como desde sempre gostei de tomar decisões devidamente informadas e conscientes, mas por vezes com uns toques da necessária rebeldia desassossegadora, mas responsável, como me identifico com os princípios ideológicos e programáticos dos partidos, vou votar no partido que melhor represente a matriz ideológica de esquerda e que melhor defenda o devido enquadramento e regulação de Portugal na Europa. Sei que é necessário um desassossegador ou justiceiro responsável na Europa, por isso, como já são eleitos tantos trapaceiros, eu vou seguir a minha consciência e votar num partido de esquerda.
Quem serão os maiores (i)responsáveis pela previsível estrondosa derrota da esquerda por toda a Europa?
A maior (i)responsabilidade destes resultados europeus e do perigoso rumo por que está a seguir a Europa foi e continua a ser dos dirigentes dos partidos de esquerda que nunca se entenderam em prol do que é necessário fazer não só pelos cidadãos de Portugal, mas por toda a Europa.
Enquanto uma determinada esquerda (S&D - PS) se foi alinhando com o rumo do centro-direita (PPE - PSD/CDS), outra preferiu manter-se nos populismos e demagogias de sempre que nunca contribuiram para a resolução do que quer que seja!
Porque é que em vez das birras de lugar (bem remunerado, nós sabemos e já aqui o referi) não se concentraram numa alternativa ideológica que caminhasse de encontro à resolução dos problemas e dificuldades dos Países e das pessoas em particular? Os portugueses, mais do que nunca, precisam que seja feito aquilo que é necessário e não aquilo que alguns grupos de pressão ou de interesses querem que se faça!
Porque é que ninguém tem coragem de enfrentar os lideres partidários no seio dos mesmos e forçar a que estes combatam os gigantes interesses político-financeiros que hoje dominam Portugal a Europa e o Mundo?
Porque é que os nossos líderes político-partidários andam hoje tão afastados da realidade das pessoas, do País, da Europa e do Mundo?
Não podemos permitir que Portugal e a Europa caminhem para o abismo!
Não somos nós que temos de mudar, são sim os dirigentes partidários e (des)governantes que desde sempre se alaparam no conforto dos lugares bem remunerados e da subserviência neoliberal capitalista que os alimenta chorudamente!
É hora de dizer BASTA! É hora de refletirmos devidamente sobre que dirigentes partidários temos e queremos ter para o presente e sobretudo para o futuro!
Eu irei votar, mas votarei a pensar no contexto europeu e não nos lideres partidários nacionais e europeus que há muito nos abandonaram!
Se a percentagem de quem não vai votar for de novo superior a 50%, devemos refletir muito bem sobre a Cidadania e Democracia, sobre a educação cívica e política, sobre os partidos, sobre os dirigentes partidários e sobre o que andamos nós a fazer quer seja por dentro ou por fora dos partidos com que simpatizamos.
Se um vasto conjunto de partidos que temos hoje à nossa disposição não consegue servir a pelo menos 50% da população, então temos mesmo a obrigação de refletir profundamente, porque não vivemos em democracia participativa nem representativa.
É hora de acordarmos!
Em pleno País desenvolvido ou em desenvolvimento, onde dizem que o País está melhor e que as pessoas estão cada vez piores, chegam-nos as notícias de que a D.a Ofélia, ja com visíveis dificuldades e fragilidades físicas e económicas, se vê obrigada a empurrar a cadeira de rodas, da sua filha ("deficiente"), por cerca de 10 km, ao longo da estrada nacional, para irem ao médico.
Isto é uma vergonha para nós todos. É igual ou pior do que a realidade de Paises considerados subdesenvolvidos, ou seja, de terceiro mundo.
Esta situação, pelo que consegui compreender, chega até nós devido a uma luta ou manifestação sobre o ecerramento de mais um Centro de Saúde.
No entanto, se a situação me indigna pelo facto de se estar a encerrar mais de 7000 serviços públicos em pleno País em retrocesso, muito mais indignado fico ao constatar que, naquela terra de Vaqueiros, não há um Presidente de Junta, um Presidente de Câmara, um Vereador ou uma qualquer Instituição de Solidariedade Social, que demonstre capacidade para resolver o problema da D.a Ofélia e de outros cidadãos fragilizados enquanto continuam as lutas políticas.
Indigna-me que um Presidente de Junta, um Presidente de Câmara, uns Vereadores, um Padre, ou quem quer que seja, tenham conhecimento deste tipo de situações e permitam que esta senhora continue a empurrar a cadeira, ja sem forças, por cerca de 10 km. Não há uma alma caridosa que leve a senhora sempre que necessite de ir ao médico, até que se resolva a situação e se consiga a resposta que melhor sirva as partes e o interesse público?
Não é digno que, enquanto os políticos não resolvem os problemas e dificuldades das suas localidades, se deixe uma senhora destas a empurrar sozinha tamanha cadeira de rodas.
Eu se fosse Presidente de Câmara, Vereador ou Presidente de Junta, tinha vergonha na cara e se algum dia viesse a dizer em campanha eleitoral que era candidato para trabalhar desinteressadamente pelos outros, abdicaria de perte do meu salário ou das senhas de presença para que a D.a Ofélia não tivesse mais de empurrar a cadeira de rodas ao longo dos 10 km.
Se eu não tivesse meios económicos, iria eu próprio empurar a cadeira de rodas à D.a Ofelia até que o problema fosse resolvido politicamente.
Já sei que vão dizer que há muitas o D.as Ofélias e filhas com idênticas ou piores dificuldades.
Pois eu sei que há, mas também há muitos mais cidadãos para se unir e lutar pela resolução dos problemas dos mais fragilizados, sendo que passamos de carro ao lado de muita cadeira de rodas, de muitos idosos com dificuldades, de muitas crianças em dificuldades, de muitos sem-abrigo e nem por isso abdicamos do conforto do nosso cargo ou do nosso carro para ir para a rua ajudar a empurrar as cedeiras de quem tem dificuldades, não só de mobilidade, mas sobretudo socioeconómicas.
Os problemas do nosso País só se resolverão no dia em que todos estivermos dispostos a sair do conforto e a olhar para baixo e para o lado antes de olharmos para cima. Ou então, quando já todos andarmos na cadeira de rodas ou a empurra-la.
Pelo que constatamos nas notícias, a localidade de Vaqueiros é servida apenas por um autocarro diário às 7h30 da manhã, a carrinha da Junta de Freguesia não está adaptada, os taxistas já evitam fazer este serviço e nem sempre a ambulância dos bombeiros voluntários de Pernes está disponível.
Como se constata, por esta realidade que chega até todos nós pela TV, o problema e a falta de vontade ou de competência vai muito para além da questão política do Centro de Saúde, sendo que, não seria assim tão difícil adaptar uma carrinha ou até comprar uma nova para solucionar primeiro o problema essencial e depois continuar a fazer a luta. Poderia por exemplo o Sr. Presidente de Câmara mandar lá o seu motorista transportar a senhora e abdicar de um dia de conforto. Ou então ir lá o motorista do Sr. Primeiro Ministro ou do Sr. Ministro da Saúde, sendo que passaria bem um dia sem carro e sem motorista e seria bem mais confortável o seu dia do que o empurrar de uma cadeira de rodas por 10km naquelas condições tão frágeis e injustas socialmente.
A continuar assim, pelo que constatamos e pelo rumo político que deixamos seguir, só resta a todas as Donas Ofélias deste País, meter pernas e rodas ao caminho e percorrer 10 km para poderem ir ao médico, Ou então acordarmos todos e percorrer os km que sejam necessários até se provocarem as mudanças justas e sustentáveis, que permitam uma vida digna para todos.
Porque é que não vai o médico a casa? Se a carrinha da Junta não está adaptada para a cadeira de rodas, certamente que estará adaptada para transportar o Sr. Presidente de Junta e o médico, até casa desta senhora, pelo menos enquanto não resolvem o problema social ou político.
"Se Maomé não pode ir à montanha, movam-se montanhas para que o médico vá até Maomé.
Fonte das fotos: www.rederegional.com
Sem comentários, sendo que podemos confiar nas habilidades e competências dos nossos lideres. Quem não confiar, que saia. A gaiola está aberta.