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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Desta vez não foi só comédia. Desta vez a canção tocou na realidade que enfrenta Baião e a maioria das localidades do interior do nosso país: respeito pela pessoa idosa, solidão, envelhecimento, desertificação, dificuldades de vida e de trabalho, insustentabilidade comercial,...
Aqui fica a letra:
Já nem sinto apreço
Nada tem preço
Nem validade
Coisas que ninguém compra
Tudo me assombra
A realidade
Mesmo que entre alguém
Nem um vintém
Lhe salta do bolso
E eu espero pelo fim do mês
E mais uma vez
Com pouco me cozo
E por entre o pó
Sinto-me só
Sinto-me antigo
Mas não tenham dó...
Que o pó, fica comigo
Tenho o que ninguém usa
E tudo que se cruza
E me vem parar à mão
Uma gaiola vazia
É o espelho do meu dia
Chego a essa conclusão
Passo os dias em lamento
Que no outro tempo
Era tudo bem melhor
E é com isto que eu cismo
Caminhamos para o abismo
Vamos de mal a pior
E por entre o pó
Sinto-me só
Sinto-me antigo
Mas não tenham dó...
Que o pó, fica comigo