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COMPANHEIROS E CAMARADAS: Quem responsabilizar pela dívida?

por José Pereira (zedebaiao.com), em 14.03.14

HOJE UM CAMADARA PERGUNTAVA A UM COMPANHEIRO: Será necessário atingir os bancos e os grandes grupos financeiros/empresariais?

É que se assim for, será melhor disfarçar a questão com os depositantes. Metemos ao barulho os pequenos depositantes que eles acabam a defender os gigantes, ou seja, os banqueiros e grandes grupos financeiros e empresariais que gravitam secretamente em torno de um sistema político-financeiro instalado.

 

Afinal quem e o que defendem? A quem interessa verdadeiramente a decisão política sobre a dívida e quem visa salvaguardar? Quem responsabilizar? Quem deve pagar? Quem defende o futuro desta juventude e das gerações vindouras?

 

Vamos lá a dar todos os elementos aos portugueses, devidamente transparentes e clarificados, para que estes possam conscientemente deliberar sobre COMO? QUEM? DE QUE FORMA? COM QUE MEIOS? POR QUANTO TEMPO? SE DEVE PAGAR.

 

Que tal começar por colocar os Gestores ou Administradores Públicos a concretizar tudo isto pela via da ciência de gestão e administração pública, ou até com a ajuda da gestão de projetos de interesse público, ou seja, que visam o bem comum?

 

A gestão ou administração de projetos públicos e de interesse público, ou seja, comum  é uma área da gestão e administração pública que, aplicando conhecimentos, habilidades e técnicas, visa atingir um conjunto de objetivos pré-definidos, num determinado prazo, com um custo previamente determinado, gerindo os riscos associados e implementado através de recursos financeiros, técnicos e humanos sempre de modo a garantir uma vida digna e devidamente justa e sustentável para todos, responsabilizando e até criminalizando quem na realidade deve ser responsabilizado.

 

Não sou economista, mas sofro a economia no meu bolso, tal como a maioria dos cidadãos. Assim, para facilitar a interpretação de quem deve, do que se deve e quem é o responsável de cada parte da dívida, remeto os seguintes quadros, cuja fonte é o Banco de Portugal, a fim de poderem, livremente e conscientemente, retirar as devidas conclusões e tomarem as vossas posições cívicas e/ou políticas.

 

Quando se constata uma amálgama de ex-responsáveis pela situação a que chegou Portugal e na grande maioria ligados a um sistema político-financeiro ou empresarial/bancário instalado, "devemos sempre ler, reler e treler" (fonte: a minha avó) o que nos apresentam, sendo que nem sempre os objetivos pretendidos são devidamente transparentes e muito menos devidamente esclarecidos.

 

Como referi, eu pouco ou nada sei de economia (mas sinto-a no bolso e sobretudo na vida e no trabalho de quem me rodeia).

 

Há quem já por aí anda a questionar determinados notáveis subscritores do manifesto se "pretendem responsabilizar os bancos, os depositantes e os privados"

 

Pois, e porque não? Afinal quem são os grandes devedores e maiores (i)responsáveis?

 

Vão colocar sempre os mesmos a pagar, sem se responsabilizar cada um com a sua quota parte? É que até os neoliberais capitalistas acabam a defender a ideologia keynesiana do investimento/despesa pública, mas só depois de sugado todo um povo ao máximo dos máximos. Primeiro sugam tudo até ao último tostão e depois vêm como salvadores da Pátria e de um Povo para ver se voltam a ganhar ainda mais ou para garantir que o lucro e as mordomias não lhes falhem.

 

Cada um que assuma a sua parte de (i)responsabilidade!

Há banqueiros e gigantes depositantes que se alimentam à custa de tudo isto e que parecem já muito preocupados com os ditos companheiros e camaradas que subscreveram o manifesto, mas esses senhores notáveis da finança e dos grandes grupos económicos pouco parecem preocupados com uma vida digna e justa para todos e muito menos estão preocupados com o desespero da maioria dos portugueses e de toda uma nova geração que terá de suportar tudo isto.

 

Vejam primeiro quem deve e o que se deve, quem lucra e quem paga. Depois retirem as próprias conclusões. Não alinhem em meros manifestos, manifestações, erros ou falácias. Para conhecer um lado é necessário descobrir o outro, por isso cada um que pense pela sua cabeça, mas informem-se antes de alinhar ou desalinhar. Tomem as vossas próprias decisões devidamente informados e conscientes. Lembrem-se da justiça social e económica e do equilíbrio entre o capital, o trabalho e o bem-estar comum.

 

O BALANÇO AGREGADO DA NOSSA DÍVIDA E DOS OUTROS PAÍSES: dezembro de 2013

Clique no link para ver a tabela que mostra as contribuições nacionais para o balanço agregado da área do euro de instituições financeiras monetárias (excluindo o Eurosystem).

(UNIDADE DE MEDIDA= mil milhões de euros)

 

 

DISTRIBUIÇÃO DA DÍVIDA POR SETORES (PÚBLICA E PRIVADA)

 

Dívida pública Total dez 2013 fonte banco de Portugal

 

NOTA 1 - Os valores da dívida pública para os períodos posteriores ao da última notificação do Procedimento dos Défices Excessivos têm um caráter preliminar. Este conceito difere do conceito dívida direta do Estado, compilada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) numa base mensal e divulgada também pelo Banco de Portugal, devido, principalmente, a: i. diferenças de delimitação do setor - a dívida direta do Estado inclui apenas a dívida emitida pelo Estado, enquanto na dívida de Maastricht se incluem todas as entidades classificadas, para fins estatísticos, no setor institucional das administrações públicas;

ii. efeitos de consolidação - a dívida direta do Estado reflete apenas os passivos deste subsetor, enquanto a dívida de Maastricht é consolidada, isto é, excluem-se os ativos das administrações públicas em passivos emitidos pelas próprias administrações públicas; iii. capitalização dos certificados de aforro - a dívida direta do Estado inclui a capitalização acumulada dos certificados de aforro, que é excluída da definição de Maastricht.

 

 

 Dívida Pública por setor INCLUIDA NA ADMIN PÚBLICA em Portugal Dez de 2013_ Totais_1

 

Dívida Pública por setor NÃO INCLUIDA E PARTICULARES em Portugal Dez de 2013_ Totais_2

 

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