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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Quando um Professor Universitário, Mestre e Doutor em Ciências Socias e Políticas (João Cardoso Rosas), escreve um texto tão mal fundamentado e até absurdo no que diz respeito à culpabilização dos jornalistas pelas evidentes fragilidades de liderança e, pior, de governança do SG do PS (José Seguro), para além de colocar em causa a qualidade do profissionalismo e da sensatez da classe docente universitária deixa transparecer que lhe dói algum cotovelo ou que não conhece minimamente o PS e o País.
Vejamos o que refere e como fundamenta o Sr. Professor Doutor João Rosas a crise política e jornalística (já agora, para bom doutorado, deveria apresentar as referências bibliográficas que fundamentam o seu raciocínio ou opinião):
1 - Começa por referir que “António Costa tem “boa imprensa”, enquanto António José Seguro tem “má imprensa”, argumentando que “isso é aceite como um facto estabelecido e normal, em vez de desencadear uma reflexão sobre a qualidade – ou mesmo a integridade – do jornalismo e da análise política entre nós”.
2 - Atribui um gigante mérito a José Seguro por este (já em desespero, sem qualquer debate prévio interno e por excesso de ambição pelo poder), ter avançado com a proposta de eleições primárias, com vista à escolha do candidato a primeiro-ministro.
3 - Depois vem o Sr. Professor falar da “atitude de Costa e Seguro no contacto directo com as pessoas”, referindo mais uma vez o absurdo de que “qualquer jornalista que acompanhe os dois sabe que Seguro está perfeitamente à vontade no meio do povo, enquanto Costa denota incomodidade física”.
4 - Por último, vem falar de classes sociais e de que Seguro “vem de fora dos círculos habituais de poder e influência”.
Em política, ninguém deve ficar-se só por analisar uma opinião ou versão, sendo que o PS sempre foi e deve ser plural.
É sempre bom reler as notícias relativas à candidatura de 2011 entre José Seguro e Francisco Assis. Ou então as questões e respostas colocadas pelos deputados do Porto:
"Onde estavam quando 17 deputados do PS pediram a fiscalização sucessiva dos cortes dos salários e pensões no primeiro orçamento de estado deste governo?
Eu respondo, estavam a pressionar os deputados para não subscreverem o pedido ao TC, colocando-se assim ao lado do Governo.
Onde estavam quando votação da revisão do Código de Trabalho que tanto penaliza os trabalhadores portugueses?
Eu respondo, estavam a votar ao lado do Governo".
É sempre bom reler as notícias relativas à candidatura de 2011 entre José Seguro e Francisco Assis:
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=460406&tm=9&layout=121&visual=49
“Achas que trazes uma nova forma de fazer política, fizeste o elogio de uma posição contra o cinismo, mas devo dizer-te que não deves resvalar para a pequena política. Vires aqui fazer o elogio de um resultado supostamente melhor em Braga do que no Porto é um argumento muito débil”.
“Tive no Porto um resultado absolutamente idêntico ao que tu tiveste, só com uma diferença de décimas e tendo uma oposição de esquerda mais forte do que aquela que tiveste em Braga. Uma coisa é certa, os resultados foram ambos maus”, vincou Francisco Assis.
“Valores”
O debate azedou ainda mais quando Assis e Seguro discutiram as suas ideias para o sistema de eleições primárias no PS. O primeiro insistiu na defesa de abertura das diretas à sociedade, para lá do corpo de militantes. O segundo disse ver nessa proposta a confissão de que o partido “afinal não funciona”.
“Quero a abertura e a modernização do PS. Não tenho é nenhum problema com os socialistas. Gosto muito dos militantes do meu partido e não considero que seja um bom argumento dizer para o exterior que o nosso partido afinal não funciona e que as pessoas que cá estão não têm a qualidade, a começar pelos seus dirigentes intermédios e pelos autarcas”, afirmou António José Seguro, para acrescentar que Francisco Assis já havia avançado com a mesma proposta “quando se candidatou a presidente da Federação do Porto”, em 2003.