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O jogo político já está a fugir ao controlo de todos, isto porque há muito que não se representa as pessoas, não se defendem os legítimos interesses dos países e muito menos se defende a coesão europeia.

Será que a Europa ainda existe? 

O pouco que ainda resiste, por quanto mais tempo se manterá de pé? A Russia, a China e os EUA estão à espreita!

É certo que a Europa dos cidadãos já não existe há muito! Não passou de um sonho, do qual todos parecem estar agora a acordar. Eu gostava de poder continuar a sonhar, mas com acesso a uma vida digna para todos.

Se todos acordarmos, pode ser que ainda possamos continuar a sonhar, mas desta vez de olhos bem abertos!

Bem haja a quem é determinado na representação e defesa do seu povo. O Governo Grego demonstra sê-lo, mas o Governo português (PSD/CDS) continua a teimar em não nos representar e, pior, continua a teimar em apoiar a imoralidade e indignidade.

 

DEIXO AQUI ALGUMAS DAS CONTRADIÇÕES QUE MATAM PORTUGAL E A EUROPA:


- O Presidente da CE (Juncker): refere que «pecaram contra a dignidade»


- O Ministro alemão (Schauble) diz que «Portugal é a prova de que os programas da troika funcionam bem»


- O PM Pedro Passos Coelho diz que não percebe o caráter «imoral e indigno» e que «a dignidade dos portugueses nunca esteve em causa»;


- Paulo Portas, que sempre apoiou a linha de austeridade da troika e do FMI, diz que prefere agora lembrar a “hipocrisia do FMI” e o “vexame” da vinda da troika;


- A Ministra das Finanças (Maria Luís Albuquerque) coloca-se ao lado dos Alemães e é servida como troféu do Ministro das Finanças Alemão;


- Luís Marques Guedes referiu que «as declarações do Sr. Juncker foram infelizes»;


- O Ministro dos Negócios Estrangeiros (Rui Machete), diz que que «a troika pode dever reparações a Portugal».


MAS QUE EUROPA E QUE desGOVERNO É ESTE?

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2 comentários

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Anónimo a 23.02.2015

Caro concidadão Zé de Baião. Como o Sr. sabe e melhor do que muitos, comentar humildemente a opinião dos outros ou responder ás suas perguntas é sempre um risco, porque nos expõe a falsas interpretações. Eu arrisco responder á sua pergunta "MAS QUE EUROPA E QUE desgoverno É ESTE"?.
Esta Europa permitiu que alguns estados membros, mergulhassem na fantasia das sociedades modernas, onde o consumo foi eleito em detrimento da produção. É um fenómeno que se arrasta desde pelo menos os últimos 30 anos e com maior expressão na última metade deste período. Criou-se assim a chamada sociedade de consumo que com a conivência dos chamados desgovernos, permitiu levar avante um processo destruidor das economias dos mais fracos tendo sido infligida pelos mais fortes numa perfeita harmonia escandalosa entre política, economia e finanças. Nós, os mais fracos e por falta de competência dos políticos, estamos agora a contas com os credores, os quais no meu entender, foram também no jogo que afinal as próprias instituições europeias, nomeadamente FMI BCE e outras que tais, também alimentaram. Chegou a hora de arrumar as consciências e sem radicalizar, tentar um governo onde a política não durma com a economia. Vamos votar em quem?
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Obrigado pelo comentário.
Creio que em vez de apenas nos questionarmos "em quem votar", deveríamos assumir a co-responsabilidade enquanto cidadãos, eleitores ou militares partidários e questionarmos-nos sobre quando é que mudaremos e passaremos a ser exigentes, por dentro e por fora de qualquer partido ou instituição.
Nada se resolverá pela simples mudança de partido ou de orientação do voto e se os cidadãos continuarem a ser iguais.
As mudanças têm de começar em nós próprios, sendo que todos nós é que "somos" o país e os partidos ou organizações cívicas e políticas que nos regem, sendo que nós próprios deveríamos estar preparados para saber o que queremos ou, no mínimo, para sabermos o que não queremos.
Venham os partidos que vierem, se as pessoas não aprenderem a ser cidadãos ativos, cívica e politicamente, pouco ou nada se resolverá. É certo que ocorrerão ligeiras mudanças de curto alcance, mas passado pouco tempo tudo continuará igual. As mudanças humanas, sociais e ideológicas dependem de nós todos e não de qualquer partido.
O partido ou movimento tem de passar de uma vez por todas a ser aquilo que nós (maiorias ou minorias) queremos que sejam, com respeito e em democracia. Enquanto os partidos ou movimentos não corresponderem à "nossa" representação e não tiverem a "nossa" participação, pouco ou nada mudará e pouco ou nada melhorará.

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