OS CIDADÃOS PORTUGUESES NÃO SÃO MACACOS, NEM ESTÃO HOJE IMPEDIDOS DE SUBIR AOS GALHOS.
Assim, o «cidadão» não é apenas sujeito de direitos, mas «detentor de uma parte da soberania política», e como tal a cidadania deveria funcionar enquanto princípio de legitimidade política (Schnapper, 2000, p. 10).
POR ISSO, EDUCAÇÃO CÍVICA E POLÍTICA PRECISA-SE: Urge educar o o cidadão efazê-lo perceber que também tem direito e dever de subir à árvore e aceder a um galho.
Recentemente, fixei o provérbio que se segue e que uma senhora comerciante proferiu aos jornalistas das TVs, referindo-se à candidatura do Vitorino Silva (Tino de Rans): "Cada macaco no seu galho", como se ao humilde cidadão estivesse vetada ou restrita a participação cívica e política ou a ascensão social.
Como se o cidadão comum tivesse pré-determinada uma condição social desde que nasce e de onde nunca poderá sair.
Ora, é muito mau para a democracia que ainda hoje essa realidade persista na cabeça das pessoas. Infelizmente, foi assim durante muitos anos, pelo que o povo ainda continua a ver a realidade nesses termos.
Mas porque é que o povo continua a subjugar-se e a interpretar que não pode subir à árvore?
Como se sabe, o sufrágio universal para os adultos do sexo masculino e do sexo feminino, sem restrições socialmente significativas, só foi adoptado pela primeira vez em 1974 e Abril ainda hoje está por concretizar e creio que está a distanciar-se cada vez mais dos cidadãos.
Como refere o Tino de Rans, “quero que a partir de hoje toda a gente olhe para esta gente como gente como nós”, criticando os “políticos deste país que passam em frente dos graves problemas sociais com os vidros fumados e nem olham, nem reparam nesta gente”.
E continuou, frisando que “há muita gente que não tem amigos, que não tem com quem conversar, vivem sós, estão desintegrados da sociedade. O objectivo é integrar esta gente, esta gente também conta, e muito, pois é gente com história e é gente que tem muito para ensinar”.
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