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Tomando por base uma análise económica sobre a evolução do PIB real per capita em torno das últimas 100 crises sistémicas bancárias (1857-2013), dois economistas da Universidade de Harvard (Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, 2014), concluíram que serão necessários cerca de 8 anos para se atingir o início da real recuperação económica.

 

Assim, quem acredita que Portugal já estará a sair da crise, que não tenha grandes esperanças nem comece já a dar uso ao crédito descontrolado,  sendo que, em 12 casos de crise sistémica,  só a Alemanha e os EUA conseguiram sair dessas crises numa média de 5 a 6 anos.

 

 

Note-se que, no total das 100 crises estudadas, 43% sofreram duplas depressões, o que quer dizer que estes pequenos sinais de recuperação poderão ser apenas o sinal de mais uma queda. 

 

 

Nunca nos devemos guiar por comparações feitas com os ciclos de negócio pós-guerras, sendo que essa recuperação pós-guerra em muito pouco poderá ser comparada com as crises sistémicas bancárias mundiais. 

 

 

Quando andamos sucessivamente a comparar-nos com a  Irlanda, não nos esqueçamos que, num total de 35 das piores crises sistémicas bancárias, a Irlanda apresenta um ranking de 26. 

 

 

Neste estudo, conclui-se que parte dos custos desta crise se devem à natureza prolongada da recuperação. Se assim é, o que fazer então para que a recuperação não demore tanto tempo?

 

 

Veja aqui o gráfico apresentado recentemente pelos autores do estudo: 

 

 

 

 

Este é o actual centro do poder. Como o regular?

 

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