Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
"Ninguém tem dúvidas que eu não sou apoiante deste Governo", sendo que "estamos a fazer o nosso caminho com a tranquilidade de quem sabe que está a fazer o caminho certo", afirmou António Costa.
Veja aqui a entrevista que o líder do Partido Socialista - PS (António Costa) deu no dia 11/3/2015 à RTP e onde se conclui que "a mudança política em Portugal ajudará a mudar o xadrez na Europa", tendo António Costa sublinhado que "o nosso país tem que ter a ambição de melhorar e de poder regressar à situação em que se encontrava aquando da entrada da União Europeia".
António Costa começou por clarificar que o país está muito diferente, mas para pior e por diversos motivos relacionados com a má governação em tempos de crise. O líder do PS salientou bem o seu desagrado para com o atual Governo e para com o atual rumo de (des)governação, tendo referido que "ninguém tem dúvidas que eu não sou apoiante deste Governo".
António Costa reafirmou que o atual Governo continua a insistir na mesma receita de austeridade e insensibilidade, bem como a acreditar numa estratégia de empobrecimento, confundindo a governação rigorosa com os sucessivos cortes de salários e pensões, entre outras políticas de ataque aos trabalhadores e ao Estado Social e de Direito Democrático.
Já no que respeita às grandes questões económicas, o Secretário Geral do PS e candidato a primeiro ministro afirmou que no fim de março divulgará um estudo macro-económico sobre o país, o qual foi solicitado pelo PS a um grupo de onze economistas. Mas relativamente a esta matéria António Costa acabou por sublinhar que "Portugal recuou dez anos na riqueza produzida pelo país, adiantando que Portugal não está mais equilibrado nas contas" e que "temos atualmente uma dívida superior à que tínhamos no início do programa de ajustamento".
Um futuro governo socialista, liderado por António Costa, apontará as primeiras prioridades para a "estabilidade laboral e de rendimentos", defendendo o PS que "tem de se promover uma maior atividade económica", a qual passará necessáriamente "pelo aumento do salário mínimo nacional", por "repor os valores que foram cortados nos salários e pensões" e "reduzir o IVA na restauração para a taxa intermédia (13%)". O Secretário Geral do PS defendeu ainda "um amplo programa de reabilitação urbana, capaz de dinamizar o setor da construção civil e a fileira industrial deste sector", "não das grandes obras, mas da reabilitação e requalificação do edificado", entre outras propostas que serão brevemente apresentadas.
Mas a promoção e dinamização das atividades económicas não se poderá resumir apenas a este vetor. Segundo António Costa, também passará por "uma política de emprego dirigida, não só aos jovens, mas também aos desempregados de longa duração", sendo que o desemprego é hoje o maior tormento das famílias portuguesas, tantas vezes já sem esperança em encontrar uma nova oportunidade.
Relativamente aos dois casos mediáticos, nomeadamente sobre a questão do incumprimento de Passos Coelho à Segurança Social e sobre o caso de José Sócrates, o Secretário Geral do PS esclareceu que não pediu a demissão do primeiro-ministro por ter "uma reacção quase visceral à política de casos", deixando esse caso para julgamento dos eleitores portugueses. Já quanto ao casos de José Sócrates António Costa reafirmou que "o PS está a saber lidar com elevação", sendo que continua a acreditar em três pilares base do Estado de Direito, nomeadamente, "a separação de poderes, o funcionamento do sistema de Justiça e a garantia da presunção de inocência".
Quando questionado sobre as propostas concretas de governação, António Costa referiu que "tudo tem o seu próprio tempo", tendo-se comprometido a apresentar aos portugueses o Programa de Governo, proposto pelo Partido Socialista, em momento oportuno e a tempo de poder ser debatido antes das eleições, tendo adiantado a data de 6 de junho para esse efeito. Até lá, os portugueses poderão debruçar-se sobre a visão que António Costa e o PS apresentaram na "Agenda para a Década", a qual serviu de base à sua eleição enquanto Secretário-Geral do PS e debatida pelos delegados ao XX Congresso do Partido Socialista. Nos últimos tempos o PS tem vindo a apresentar um conjunto de propostas de âmbito estrutural e para a valorização do território:
XX Congresso - António Costa - Apresentação da Agenda para a Década