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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
CUSTA-ME A ENTENDER O MODELO OU ESTILO DE LIDERANÇA E FICO MUITO PREOCUPADO FACE AO EVENTUAL FUTURO MODELO OU ESTILO DE GOVERNANÇA.
Será que o SG está a falar do estilo de liderança "laissez-faire"? Ou terá inventado um novo modelo ou estilo de não liderança partidária?
Tudo indica que estará a referir-se ao estilo popular que se resume ao enfiar da cabeça na areia até que a tempestade passe. O problema é que um líder que tem a legítima ambição e pretensão de liderar e governar um País, não pode enfiar a cabeça na areia e ficar à espera que a crise económica e social passe.
Será que um político de carreira, que chega à liderança de um partido de governo e que tem a ambição de chegar a lider de Portugal, ou seja, a Primeiro-Ministro, não deveria conhecer, pelo menos, os modelos ou estilos de liderança que lhe permitissem conduzir devidamente a organização e ser mais eficaz? É a enfiar a cabeça na areia, durante três anos, que conseguiria tornar o PS coeso e devidamente credível como alternativa governativa?
Tendo estudado um pouco sobre liderança e gestão, acreditem que fico cada vez mais baralhado, confuso e, pior, muito preocupado com o futuro do PS e da futura Governação de Portugal, sendo que não consigo compreender nem encaixar essa estratégia de se "anular um pouco" uma capacidade ou competência de liderança, face a três anos de ataques sobre os portugueses e a uma crise económica e social extremamente grave e com consequências imprevisíveis para a paz social.
Acima da paz dos partidos, ou seja, da arrumação de lugares para os dirigentes partidários, deve estar a paz social de um País.
Quando uma organização não está "em paz", ou seja, quando está fragilizada, compete ao líder concentrar-se na organização e inspirar as equipas de trabalho, bem como as bases da organização partidária, rumo a uma visão credível e, por isso, partilhada por todos ou pelo menos pela esmagadora maioria.
Face a uma situação de crise ou de instabilidade, um líder tem de se afirmar e trabalhar para credibilizar a organização e não anular-se face aos factores de instabilidade.
Imaginem o que seria termos um líder de Portugal, ou seja, um futuro Primeiro-Ministro a tomar a posição de se "anular um pouco" face a uma situação de grave crise nacional ou europeia como a que temos vindo a atravessar. Se não é assustador, para mim é no mínimo um factor de grande preocupação e de especial atenção, sendo que as fragilidades de liderança se revelam verdadeiramente em momentos de maior insegurança ou instabilidade.
Note-se que o estilo de liderança "laissez-faire" significa "deixar andar" e é usado para descrever um líder que deixa os colaboradores prosseguir com o que estão a fazer, mas desde que as equipas sejam constituídas por indivíduos com muita experiência e espírito de iniciativa devidamente credível, mas nunca face a um contexto de crise ou de instabilidade organizacional e nacional.
No pior dos cenários, este estilo de liderança é o resultado de um percurso sobre o qual os lideres deixaram de ter controlo ou que na realidade nunca lideraram nem tiveram sob o devido controlo.
É POR ESTE RUMO DE LIDERANÇA QUE PRETENDEMOS ENFRENTAR AS DIFICULDADES E INSTABILIDADES DAS PESSOAS, DO PAÍS E DA EUROPA?
VAMOS METER A CABEÇA NA AREIA ENQUANTO MILHARES DE FAMÍLIAS PERDEM O EMPREGO E SÃO ATIRADAS PARA UMA VIDA DE MISÉRIA?
EU NÃO POSSO ACOMPANHAR ESSE RUMO!