Militante socialista que avisa e desassossega, amigo é! Prestemos muita atenção ao que acaba de suceder em França! Veja
aqui a declaração do Presidente francês
(Francois Hollande). Esta história faz-nos lembrar das recentes e estrondosas vitórias socialistas das últimas eleições autárquicas em Portugal, mas onde o Governo não caiu nem a austeridade diminuiu. Seremos realmente diferentes ou viveremos fora da Europa?
Após uma enorme derrota socialista nas eleições municipais (autárquicas) em França, o Presidente
Francois Hollande acaba de falar ao País e aceitar o pedido de demissão do Primeiro-Ministro socialista
Jean-Marc Ayrault, incumbindo o actual Ministro da Administração Interna
para formar um novo Governo. É razão para perguntar: O que é que aconteceu em Portugal após as eleições autárquicas? Nada! Apenas mais austeridade.
E isso deve preocupar-nos a todos? Pense!
Assista e reflita! Mas não se mantenha apenas a assistir.
O caso da França é semelhante ao de Portugal, só que com partidos inversos. Devido à impopularidade do Presidente François Hollande, este vinha sendo pressionado para mudar de Governo e de políticas, mas tal como sucede em Portugal, o Presidente Hollende também fazia orelhas moucas.
Face à decepção com a forma como os socialistas têm vindo a lidar com as questões económicas, foi meio caminho andado para fazer com que muitos eleitores votassem nos candidatos mais conservadores ou mesmo de extrema-direita, levando o Partido Socialista Francês à maior derrota de sempre.
Depois os líderes e dirigentes das estruturas socialistas que não estranhem o posicionamento cívico e político dos cidadãos em geral, sendo que os líderes e dirigentes, na maioria das vezes, nem os próprios militantes e simpatizantes se esforçam por ouvir e integrar.
Quem tem vindo a determinar o rumo das políticas e mesmo da (des)governação, bem como a fazer as escolhas/ordenações das listas, têm sido os líderes/dirigentes e não os militantes/cidadãos em geral, sendo por isso que a maior (i)responsabilidade é deles. Claro que os militantes/cidadãos também têm a sua quota parte de (i)responsabilidade, sobretudo porque somos "nós" (sim, nós, ou seja, eu e você) que "escolhemos" os líderes. O problema é que, na maioria das vezes, de entre individualidades também já previamente impostas por outros poderes e interesses instalados que não visam o supremo interesse público e muito menos a justiça social e o bem-comum.
É hora para nos questionarmos: Por onde caminhará Portugal e a Europa?
Então e agora? Será que ainda vamos a tempo? Que podemos todos fazer?
Vamos sempre a tempo de melhorar, temos é de refletir, retirar as devidas ilações e apresentar as necessárias alternativas.
Da mensagem do Presidente François Hollande destaca-se o seguinte: - Começa por afirmar que ouviu a mensagem deixada pelos franceses nas últimas eleições municipais;
- Congratula-se com os esforços e reformas avançadas pelo Primeiro-Ministro Jean-Marc Ayrault, mas acredita que é hora de abrir uma "nova fase" com Manuel Valls Matignon;
- Voltar a dar força à economia sendo que são as empresas que criam os postos de trabalho. Refere que este é o sentido da responsabilidade impressa no pacto que será brevemente votado, o qual deverá começar a produzir de forma diferente, sendo este o grande desafio sobre a transição energética e que levará a França a ficar menos dependente do petróleo e a assumir a liderança das energias sociais/socialmente mais aceitáveis e mais económicas;
- Reforça a necessidade de se assumir um "pacto de responsabilidade", complementado com um "pacto de solidariedade", os quais passarão por baixar rapidamente as contribuições dos trabalhadores, complementadas com o abaixamento dos encargos patronais;
- Destaca "a necessidade da transição energética", deixando uma mensagem bem clara para os ambientalistas, os quais estavam preocupados com a ineficiencia da recente legislação sobre a programação da transição energética, que visa reduzir urgentemente a utilização do petróleo e assumir a liderança da França no que respeita às energiais (renováveis/sociais) socialmente mais aceitáveis;
- Pelo que se pode interpretar das sua comunicação, o Presidente Hollande demonstra agora estar disponível para "fazer as inflexões necessárias", mas reafirmando que pretende "manter o rumo" e permanecer "fiel aos compromissos" assumidos durante a campanha presidencial;
- Conclui que o novo Governo deve convencer a Europa de que a competitividade vai no caminho certo e que esta será a melhor forma de se poder alinhar a Europa. Acaba a enviar uma mensagem de paz e de justiça, sendo estes os pilares da estabilidade social.
Mas será esse o melhor posicionamento? Vamos a ver o que ditam as já breves eleições europeias.
O Presidente Françoi Hollande apresenta quatro prioridades para o novo governo:
Um novo governo "de combate", cuja composição será anunciada nos próximos dias;
Voltar a dar força à economia sendo que são as empresas que criam os postos de trabalho (Pacto de responsabilidade e de solidariedade);
A justiça social e a energia socialmente mais aceitável (;
Reforma fiscal.
Cécile Duflot et Pascal Canfin (EELV) anunciavam que não irão fazer parte desse novo Governo
Mas porque é que François Hollande escolheu Manuel Valls para cabeça de um Governo de Combate?
RESULTADOS ELEITORAIS EM FRANÇA (Eleições autárquicas 2014)
Poderá consultar os resultados aqui ou selecionar localidade a localidade neste mapa.
Os resultados da primeira volta foram os seguintes: