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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
HOJE UM CAMADARA PERGUNTAVA A UM COMPANHEIRO: Será necessário atingir os bancos e os grandes grupos financeiros/empresariais?
É que se assim for, será melhor disfarçar a questão com os depositantes. Metemos ao barulho os pequenos depositantes que eles acabam a defender os gigantes, ou seja, os banqueiros e grandes grupos financeiros e empresariais que gravitam secretamente em torno de um sistema político-financeiro instalado.
Afinal quem e o que defendem? A quem interessa verdadeiramente a decisão política sobre a dívida e quem visa salvaguardar? Quem responsabilizar? Quem deve pagar? Quem defende o futuro desta juventude e das gerações vindouras?
Vamos lá a dar todos os elementos aos portugueses, devidamente transparentes e clarificados, para que estes possam conscientemente deliberar sobre COMO? QUEM? DE QUE FORMA? COM QUE MEIOS? POR QUANTO TEMPO? SE DEVE PAGAR.
Que tal começar por colocar os Gestores ou Administradores Públicos a concretizar tudo isto pela via da ciência de gestão e administração pública, ou até com a ajuda da gestão de projetos de interesse público, ou seja, que visam o bem comum?
A gestão ou administração de projetos públicos e de interesse público, ou seja, comum é uma área da gestão e administração pública que, aplicando conhecimentos, habilidades e técnicas, visa atingir um conjunto de objetivos pré-definidos, num determinado prazo, com um custo previamente determinado, gerindo os riscos associados e implementado através de recursos financeiros, técnicos e humanos sempre de modo a garantir uma vida digna e devidamente justa e sustentável para todos, responsabilizando e até criminalizando quem na realidade deve ser responsabilizado.
Não sou economista, mas sofro a economia no meu bolso, tal como a maioria dos cidadãos. Assim, para facilitar a interpretação de quem deve, do que se deve e quem é o responsável de cada parte da dívida, remeto os seguintes quadros, cuja fonte é o Banco de Portugal, a fim de poderem, livremente e conscientemente, retirar as devidas conclusões e tomarem as vossas posições cívicas e/ou políticas.
Quando se constata uma amálgama de ex-responsáveis pela situação a que chegou Portugal e na grande maioria ligados a um sistema político-financeiro ou empresarial/bancário instalado, "devemos sempre ler, reler e treler" (fonte: a minha avó) o que nos apresentam, sendo que nem sempre os objetivos pretendidos são devidamente transparentes e muito menos devidamente esclarecidos.
Como referi, eu pouco ou nada sei de economia (mas sinto-a no bolso e sobretudo na vida e no trabalho de quem me rodeia).
Há quem já por aí anda a questionar determinados notáveis subscritores do manifesto se "pretendem responsabilizar os bancos, os depositantes e os privados".
Pois, e porque não? Afinal quem são os grandes devedores e maiores (i)responsáveis?
Vão colocar sempre os mesmos a pagar, sem se responsabilizar cada um com a sua quota parte? É que até os neoliberais capitalistas acabam a defender a ideologia keynesiana do investimento/despesa pública, mas só depois de sugado todo um povo ao máximo dos máximos. Primeiro sugam tudo até ao último tostão e depois vêm como salvadores da Pátria e de um Povo para ver se voltam a ganhar ainda mais ou para garantir que o lucro e as mordomias não lhes falhem.
Cada um que assuma a sua parte de (i)responsabilidade!
Há banqueiros e gigantes depositantes que se alimentam à custa de tudo isto e que parecem já muito preocupados com os ditos companheiros e camaradas que subscreveram o manifesto, mas esses senhores notáveis da finança e dos grandes grupos económicos pouco parecem preocupados com uma vida digna e justa para todos e muito menos estão preocupados com o desespero da maioria dos portugueses e de toda uma nova geração que terá de suportar tudo isto.
Vejam primeiro quem deve e o que se deve, quem lucra e quem paga. Depois retirem as próprias conclusões. Não alinhem em meros manifestos, manifestações, erros ou falácias. Para conhecer um lado é necessário descobrir o outro, por isso cada um que pense pela sua cabeça, mas informem-se antes de alinhar ou desalinhar. Tomem as vossas próprias decisões devidamente informados e conscientes. Lembrem-se da justiça social e económica e do equilíbrio entre o capital, o trabalho e o bem-estar comum.
O BALANÇO AGREGADO DA NOSSA DÍVIDA E DOS OUTROS PAÍSES: dezembro de 2013
Clique no link para ver a tabela que mostra as contribuições nacionais para o balanço agregado da área do euro de instituições financeiras monetárias (excluindo o Eurosystem).
(UNIDADE DE MEDIDA= mil milhões de euros)
DISTRIBUIÇÃO DA DÍVIDA POR SETORES (PÚBLICA E PRIVADA)
NOTA 1 - Os valores da dívida pública para os períodos posteriores ao da última notificação do Procedimento dos Défices Excessivos têm um caráter preliminar. Este conceito difere do conceito dívida direta do Estado, compilada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) numa base mensal e divulgada também pelo Banco de Portugal, devido, principalmente, a: i. diferenças de delimitação do setor - a dívida direta do Estado inclui apenas a dívida emitida pelo Estado, enquanto na dívida de Maastricht se incluem todas as entidades classificadas, para fins estatísticos, no setor institucional das administrações públicas;
ii. efeitos de consolidação - a dívida direta do Estado reflete apenas os passivos deste subsetor, enquanto a dívida de Maastricht é consolidada, isto é, excluem-se os ativos das administrações públicas em passivos emitidos pelas próprias administrações públicas; iii. capitalização dos certificados de aforro - a dívida direta do Estado inclui a capitalização acumulada dos certificados de aforro, que é excluída da definição de Maastricht.
SOBRE O "MANIFESTO DOS 70" EU QUERO TODA A VERDADE, SENDO QUE NÃO VOU EM CANTIGAS DE NEOLIBERAL CAPITALISTA DISFARÇADO DE KEYNESIANO, NEM EM KEINESIANO QUE QUER É CONTINUAR COM AS MORDOMIAS.
O POVO BARALHADO E DISTRAÍDO É O QUE MAIS INTERESSA!
A minha avó não sabia ler, mas já me dizia: "primeiro ler, reler e treler"
Será que alguém leu com muita, mas muiiitttaaaa atenção o "manifesto dos 70"?
Ninguém estranha tanto ex-(des)governante junto?
Deixo aqui um dos segredos dos neoliberais capitalistas que se tornam keynesianos: sempre que um governo vem dizer que é necessário estimular a economia por meio de um aumento dos investimentos (gastos) públicos, o que ele está na realidade a dizer é que pretende aumentar os privilégios ou lucros de alguns empresários amigos do sistema, à custa de quem trabalha e paga impostos ou juros de dívida infinitos.
Os liberais que se dizem defensores do keynesianismo nunca dizem a verdade nem têm princípios éticos e morais para assumir o que pretendem atingir à custa de todo um povo desinformado e sufocado. Todos eles dizem que isto ou aquilo é apenas para "criar empregos", "dinamizar a economia", "fomentar o crescimento", "melhorar o tecido social" ou mesmo "ajudar os mais desfavorecidos". ISSO É TRETA DE NEOLIBERAL CAPITALISTA QUE SE DIZ DEFENSOR DA LINHA IDEOLÓGICA KEYNESIANA! OLHEM COM ATENÇÃO PARA A ESCOLA ECONÓMICA NEOLIBERAL AUSTRÍACA E VEJAM COMO ATACAM PAUL KRUGMAN (Nobel da Economia de 2008).
Face a tamanha amálgama de subscritores e ao perfil de muitos deles, sobre os quais devemos estar 101 pés atrás, que sei não serem masoquistas, mas também sei não serem ingénuos nem inocentes, gostava que se pudesse esmiuçar devidamente o documento e conseguíssemos clarificar e avaliar tudo muito bem, sendo que há prós e contra e não se pode ir na onda só porque, assim de repente, uns carolas da esquerda à direita se lembraram de subscrever um documento, com toda a legitimidade de cidadãos, é certo, mas sem qualquer legitimidade representativa - é mera pressão e já sabemos que sob pressão não se tomam as melhores decisões e os riscos serão sempre maiores.
Antes de se subscrever e defender o que quer que seja, devemos ler com muita atenção as entrelinhas, sob pena de podermos ser sucessivamente iludidos ou enganados.
Eu até concordo com a generalidade do documento, mas,...
Há por ali tanto carola que já tiverem responsabilidades políticas e (des)governativas que prefiro ler com muita atenção o documento e confrontar as minhas opiniões com as dos outros.
Sabem que é muito fácil responder e subscrever de forma NIM. Mas também é muito fácil ser levado pela onda e sem se refletir.
É certo que este manifesto visa olhar de frente para a realidade do nosso país , mas não nos podemos esquecer que não temos todos os dados do nosso lado e nem sequer podemos avaliar se, na realidade, o país caminha para o suicídio.
Recordo só que o Tratado Europeu já previa um suicídio, mas conjunto (uma espécie de trindade sagrada defendida pelos banqueiros, a qual funciona como um pilar constitutivo do euro, mas também arruinador dos países mais pequenos e/ou em dificuldades (“no bail-out, no exit, no default”).
A estarmos assim tão mal e a constatarmos como parece estar a Europa, porque é que em vez de se anunciarem publicamente pedidos de reestruturação, não se defende uma verdadeira Europa Federalista, com um verdadeiro Banco Central Europeu e assente num Estado Social para todos os europeus?
Será que pretendemos viver infinitamente a pagar juros e numa Europa que mais não é do que uma federação de bancos e de transacções financeiras que assentam nos grandes grupos económicos e nas grandes praças financeiras que não vêem mais do que cifrões de lucro?
Uns dizem que temos de reestruturar urgentemente a dívida para abrandar a austeridade, ou seja, os cortes em salários e pensões (sobretudo preocupações de quem tinha e tem salários e pensões acima da média), outros defendem que devemos enveredar pela via do "light restructuring”, ou seja, por uma uma reestruturação mais suave e discreta de modo a não dar ainda mais lucro ao bandido, sendo que, nestes termos, estaremos a baixar as calças e a pedir-lhes para nos continuarem a "embundar" à vontade.
Mas o certo é que, de uma forma ou de outra, por este andar, vamos continuar a viver sufocados por um sistema politico-financeiro neoliberal, sendo que ninguém demonstra ter coragem para enfrentar de caras este gigante touro europeu.
Face a tudo isto, deixo um alerta: Cuidado que até os neoliberais capitalistas da escola económica austríaca, acabam a defender a ideologia keynesiana (investimento/apoio público), mas para voltarem a ganhar sempre a dobrar, ou seja, primeiro sugam até ao máximo dos máximos o povo (austeridade em cima de austeridade) de modo a ter tudo na mão e ao desbarato e depois vêm como salvadores da Pátria a defender o povo, que já está sufocado e sem poder pagar, para que se volte a fazer investimento público que lhes permita continuar o ganho.
Nenhum sistema político-financeiro ou gigante empresarial nos quer ajudar, quer é ter o ganho sempre certo e de preferência sempre o máximo possível, nem que por vezes tenham de se mostrar como salvadores da pátria.
LEIA COM MUITA ATENÇÃO:
- O MANIFESTO: http://expresso.sapo.pt/leia-na-integra-o-manifesto-que-pede-a-reestruturacao-da-divida=f860341
- OS 70 MANIFESTANTES: http://expresso.sapo.pt/veja-a-lista-das-70-personalidades-que-assinaram-o-manifesto=f860343
- OS 9 ERROS DO MANIFESTO: http://expresso.sapo.pt/os-9-erros-do-manifesto-dos-70=f860405
- AS 9 FALÁCIAS SOBRE O MANIFESTO: http://expresso.sapo.pt/as-nove-falacias-de-joao-vieira-pereira=f860682
- MANIFESTO PROVA QUE HÁ ALTERNATIVAS: Manifesto prova que há alternativas, diz Ferrro Rodrigues: http://expresso.sapo.pt/manifesto-prova-que-ha-alternativas-diz-ferrro-rodrigues=f860258#ixzz2vsaSI8G2
- A CORRIDA ENTRE ESQUERDA E DEIREITA, MAS TUDO CENTRAL: Reestruturação da dívida - Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come: http://expresso.sapo.pt/reestruturacao-da-divida-se-correr-o-bicho-pega-se-ficar-o-bicho-come=f860263#ixzz2vsajsTjz
REESTRUTURAÇÃO NÃO: "Está totalmente fora de questão reestruturar a dívida": http://expresso.sapo.pt/esta-totalmente-fora-de-questao-reestruturar-a-divida=f860401#ixzz2vsb1Aolh
- A PERTURBAÇÃO: http://expresso.sapo.pt/o-manifesto-que-perturbou-o-inevitavel=f860493
- OS ANTI-MANIFESTO: http://economico.sapo.pt/noticias/um-manifesto-antimanifesto_188896.html
Carta do Zé ao Francisco. Apesar de pouco ou nada perceber de política, sei um pouco de música e ainda consigo tocar uns instrumentos, mas não queria responder-te só com recurso à música "pimba" e dizer-te disfarçadamente "Francisquinho, meu amor".
Já fui um teu acérrimo defensor, tendo inclusivamente lutado contra os meus amigos e conterrâneos (de Baião), mas coloquei sempre em primeiro lugar o que penso e aquilo em que acredito, mesmo que venha a sofrer desilusões, a errar ou a arrepender-me. É assim que aprendemos!
Já não nutro por ti o mesmo amor de outros tempos, nem sinto o cheiro do "perfume" que me transportava para longas planícies cheias de rosas. Não sei se encontras-te outro alguém e muito menos se havias casado com o PS em separação ou "comunhão de bens", mas o facto é que já há muito que diversos militantes e simpatizantes socialistas não vinham a compreender esse "maldito amor" que passaste a nutrir pela direita.
Será que te fez mal ir de Amarante para Lisboa? Se foi isso, agora imagina o que poderá fazer de ti a ida para Bruxelas. Espero que não venhas um dia a chorar pela tua "mãe querida", tal como acontece à maioria dos emigrantes, sendo que foste tu que escolheste esse rumo e a deixaste "abandonada" e "sozinha".
Lembra-te que os socialistas e os portugueses em geral têm boa memória e tudo "fica escrito no céu". Por isso, depois não venhas com grandes "promessas", sendo que a maioria da malta já não vai em cantigas. Podes até vir tentar "chorar no nosso colo", mas lembra-te que quem escolheu o rumo "foste tu e ela" e não sei "se as flores se vão voltar a abrir", sendo que optaste por deixar "a fera à solta" e não penses que somos todos "anjinhos e inocentes", porque isso não somos! Já foi tempo em que as ilustres elites consideravam que o lugar e o protagonismo estariam sempre garantidos e que seriam eternos. Mas não são! "São já muitos anos de vida" e a gente "até te amava", mas não admitimos "traidores".
Quando a gente se ama, há "pecados que são de amor"e esses deixam sempre feridas abertas!
Apesar de parecer um rebelde desassossegador, sempre fui e gosto de ser um mero "soldado da paz", mas face às tuas escolhas e alinhamentos, optei por "deixar-te seguir com ela" (sim, com a direita), mas "juro-te e jurarei", "não foi tudo por ciúme". Apenas luto e lutarei "para iluminar" o "sol e a lua", tal como é legitimo e permitido fazer a qualquer "trovador de mil constelações".
Poderia simplesmente dizer-te que "afinal havia outro"e que não tinhas de arriscar esta humilhação. Haver, até havia, mas os melhores não alinham por um rumo qualquer e muito menos com alinhamentos antecipados para a direita. Por isso, foste assim apresentado, em Santo Tirso, inesperadamente e sozinho, dando a transparecer que nem sequer conhecias devidamente "os pais da noiva". Vê lá se ao menos consegues chegar ao casamento!
Não sei se "mereço tanta dor", mas também não nos "contas tudo, amor". Será que teremos de reencontrar-nos com um "ex-namorado" que tenha a capacidade e coragem para nos "levar ao altar"?
Lembra-te que já "passa da meia noite e eu sem ti"
Desculpa, mas já não consigo esperar mais.
Até sempre...
.....
Podem apelidar-me do que quiserem e até dizerem as vezes que entenderem, que sou apenas mais um "Zé rabelo lá não se sabe de onde", expressão que para mim é sempre um orgulho ouvir, sendo que me colocam do lado de povo anónimo e de um interior pobre e profundo mas que está bem mais perto da dor que já milhões de pessoas sentem.
Como sou um militante e cidadão comum, creio também ter o direito à minha quota parte de rebeldia, de loucura e de desassossego, mas também creio ainda ter o mínimo de lucidez e de responsabilidade, visto que o conformismo, a que nos habituaram e por vezes obrigaram, em nada vinha a melhorar a vida dos portugueses e muito menos a solucionar os problemas e dificuldades do País e da Europa.
Por tudo isto, por todo um passado em que tenho orgulho e que respeito, por um presente a que estou atento e por um futuro com que me preocupo e que desejo e espero venha a ser melhor, dedico-te este pequeno poema, tal e qual como sinto Portugal, o PS, os Dirigentes e os Socialistas.
Como não sou político nem escritor e muito menos cantor, não sei como apelidar esta escrita, mas entrego-te frontalmente e abertamente o que sinto, dizendo-te frontalmente que, por maior e incisivo discurso filosófico-político de direita que venhas a apregoar na ágora e em defesa das elites instaladas e alapadas, ou contra o discurso protofascista que os do "teu" partido encetaram e que tanto te preocupa, acredita que se te mantiveres do lado correcto não tens com que te preocupar. Agora, se te passares para o outro lado, por mais sociais democratas que possamos ser, não sei se te conseguiremos defender.
ESCRITO EM 27/2/2014, DEDICADO AOS SOCIALISTAS, SOBRETUDO AOS QUE ESTÃO A PASSAR POR PROCESSOS DE SUSPENSÃO E EXPULSÃO E A PENSAR NA LISTA DO PS A ENCABEÇAR PELO FRANCISCO ASSIS
Declaração de Princípios de um Socialista
Ser socialista é defender a democracia
Aceitar a diversidade e honrar-se da história
Ser solidário, defender a liberdade e a justiça
E respeitar a longa e destemida senda da glória
É respeitar o passado, o suor e a esperança,
Que outros conquistaram com glória e emoção
É obter dos portugueses a total confiança
E defender os valores consagrados por esta nação.
Ser socialista é ser um combatente
Sendo que esta luta nunca será individual,
Une-nos o verde na tralha e o vermelho na batente
E uma forma rectângular num campo desigual
Temos um escudo protetor sobre uma esfera armilar
E um punho que representa a sua defesa
Carregamos uma longa história já milenar
E seguimos as estrelas que nos fazem sonhar
O nosso orgulho é esta grandeza já conseguida
Conscientes de percursos ainda longos e por trilhar
De bandeira em punho desfraldada
Havemos em democracia fazer-te brilhar
Nunca te deixaremos entregue à bicharada
Sendo que na alegria ou na dor haveremos sempre gritar...
VIVA A DEMOCRACIA
VIVA A LIBERDADE
VIVA PORTUGAL
Um abraço
O Zé de Baião
Faz agora anos sobre a morte de Zeca Afonso e quase ninguém se lembrou sequer da "Vila Morena". Ainda recentemente andava na boca de toda a gente que parecia sofrer (será que eram esses que mais sofriam? Ou era apenas o aproveitamento da situação?)
No dia em que estas figuras ilustres (RELVAS e ASSIS) são indigitadas para novos lugares de centro/direita/poder, eu preferi recordar a vida e obra de Zeca Afonso, bem como o aniversário do seu falecimento.
Fez ontem anos do seu falecimento (23 de devereiro de 1987-2014) e tudo indica que estão todos mais dispostos a denunciar-nos, a expulsar-nos, a deportar-nos ou até a assassinar-nos, do que a salvar-nos.
Zeca Afonso faleceu no dia 23 de Fevereiro de 1987. Faz agora 27 anos do seu falecimento. Ainda recentemente tanto se cantou o "Grândola Vila Morena", que no dia a seguir ao aniversário do seu falecimento o "Relvas" é chamado de novo para o poder e até parece que já ninguém sente a dor do sofrimento passado e presente que têm vindo a infligir sobre toda uma sociedade e sobre as pessoas do nosso País.
Até mesmo o PS parece ter-se esquecido da sua matriz ideológica e da sua declaração de princípios que assenta nos valores de Abril, sendo que, em vez de se direccionar o rumo para a esquerda, que tanta falta faz em Portugal e na Europa, voltamos a meter o socialismo na gaveta e a preferir alinhamentos confortáveis pela direita. O que e a quem servem estes confortáveis alinhamentos de centro-direita?
Desculpem se desiludo alguém, mas face a tudo que tenho vindo a constatar, eu não consigo acompanhar esse rumo de alinhamento com um centro-direita, protagonista ou elitista, que se alimenta à custa da exploração e do sofrimento de todo um povo.
Onde nos levará este rumo? Chego a ter medo, não por mim, mas pelos que mais sofrem.
Eu já perdi o medo, para já tenho o suficiente e nada mais pretendo para mim, sendo que julgo ter força e coragem suficientes para enfrentar o que vier (já estou por tudo e para tudo), mas receio muito pelo futuro dos idosos mais fragilizados e ainda mais por esta juventude que não imagina sequer as dificuldades porque poderão vir a passar, tal como muitos dos nossos pais e avós viram e sentiram infligir sobre os seus próprios corpos e sobre os dos seus familiares, amigos e vizinhos.
Fala-se tanto da necessidade de políticas sociais, de solidariedade e de justiça social, que no dia em que se deveria respeitar e recordar o falecimento de Zeca Afonso, enquanto uns se lembram de fazer um Congresso e de trazer de volta Miguel Relva para o arco do poder central do PSD, outros fazem escolhas para um rumo de centro-direita, sendo que Francisco Assis acaba de ser indigitado como cabeça de lista do PS às eleições Europeias. Eu até já fui um grande defensor e ativista por Assis, mas nos últimos anos tem-me desiludido com tanta defesa de alinhamento para a direita e, pior, com estes sujeitos que nos sugam e destroem de dia para dia.
Mesmo eu sendo militante socialista há vários anos e sendo convidado para o almoço com José Seguro em Santo Tirso, onde sabia que ia ser indigitado Francisco Assis como cabeça de lista às eleições europeias, eu preferi ir partilhar com amigos e familiares um tributo a Zeca Afonso, sendo que nesse evento me senti mais responsável e mais feliz. Assis terá de me voltar a convencer sobre muita coisa.
Por isso, chamem-me o que quiserem, mas cidadão ou militante castrado é que NÃO! NUNCA! Quem não se sente não é filho de boa gente!
Sei que falhei a um outro importante encontro solidário, uma vez que me havia comprometido a estar num evento de solidariedade para com os militantes socialistas suspensos e/ou expulsos, não só em Coimbra, mas também por este nosso Portugal fora, aos quais peço mil desculpas pela minha ausência, nomeadamente aos amigos de Coimbra, mas quando vos disse que ia, já eu estava comprometido com os organizadores deste pequeno tributo a Zeca Afonso, o qual estava a ser organizado com a colaboração de uma Associação da minha terra Natal - Baião (AASTC) e em parceria com a Associação Zeca Afonso e com o Clube de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
Em Baião sou apenas um "aldeão" e no Porto um "rabelo", tal como sou apenas mais um filho de Abril e de um Estado Social que me permitiu dar um pequeno salto educativo, social e cultural. Por isso, sinto-me na obrigação de estar eternamente grato a todos que lutaram e sofreram para que os da minha geração tenham crescido em alguma Liberdade e com condições dignas de vida e de trabalho. Mas creio que há ainda um longo caminho a percorrer. Por isso, prefiro continuar a sofrer e a desassossegar do que me conformar ou resignar.
Ir almoçar, mostrar-me e bater palmas, é o mais fácil do mundo, mas nunca fui assim. O difícil é continuar a lutar por algo em que se acredita e que os nossos pais e avós se esforçaram para nos deixar - A DEMOCRACIA E A LIBERDADE! Ainda não concretizada!
VIVAM SEMPRE TODAS AS MULHERES E HOMENS DE CORAGEM. VIVA SEMPRE ZECA AFONSO.
ESTEJAS ONDE ESTIVERES, HAVERÁ SEMPRE ALGUÉM PARA TE RECORDAR E SEMPRE ALGUÉM QUE DIZ NÃO!
SEMPRE FUI MILITANTE E ATIVISTA SOCIALISTA E PODERIA DEDICAR-VOS A MÚSICA "GRÂNDOLA VILA MORENA", MAS MUITOS JÁ NÃO MERECEM, NEM A MÚSICA NEM O ESFORÇO DA MINHA PARTE. POR ISSO, PREFIRO DEIXAR A TODOS OS SOCIALISTAS E CIDADÃOS EM GERAL ESTE HINO QUE SIMBOLIZA O SOFRIMENTO DE TODOS OS QUE FORAM APRISIONADOS, MAS QUE, MÃO A MÃO E PASSO A PASSO, SE LIBERTARAM.
PODEM NÃO VOTAR FRANCISCO ASSIS, MAS NÃO DESPERDICEM UM VOTO QUE SEJA NESTA DIREITA NEOLIBERAL!
DEVERÍAMOS TER A CORAGEM E A CAPACIDADE PARA DETERMINAR UMA CAMPANHA POLÍTICA DE ZERO EURODEPUTADOS DO PSD/CDS.
ASSIM, O RUMO DA EUROPA MUDARIA CERTAMENTE.
DEDICO A TODOS O HINO DE CAXIAS (http://youtu.be/S-K71LYEVDw)
Longos corredores nas trevas percorremos
sob o olhar feroz dos carcereiros
mas nem a luz dos olhos que perdemos
nos faz perder a fé nos companheiros.
Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.
Cortam o sol por sobre os nossos olhos
muros e grades encerram horizontes
mas nós sabemos onde a vida passa
e a nossa esperança é o mais alto dos montes.
Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.
Podem rasgar meu corpo à chicotada
podem calar meu grito enrouquecido
que para viver de alma ajoelhada
vale bem mais morrer de rosto erguido.
Vá camarada mais um passo
que já uma estrela se levanta
cada fio de vontade são dois braços
e cada braço uma alavanca.
Associação Zeca Afonso: http://www.aja.pt/biografia/
Qual é a pressa? Com ex-ministros de José Sócrates? Humm!
Antes nem podiam ouvir falar de Sócrates e parecia terem uma certa alergia quando se falava de alinhamento à esquerda. Agora fala-se de uma "esquerda de hoje". Já nem percebo a esquerda de ontem, nem entendo a de amanhã, quanto mais a de hoje.
Eu sempre tive a mesma mão e o mesmo punho do lado esquerdo!
Uns dizem que o PS-Porto "vai começar a mexer a partir de agora".
Mas a mexer para onde e com quem?
Pelo menos começam com os ex-ministros de Sócrates. Afinal de contas até a troika pretendeu ouvir a sua sábia opinião.
Só falta agora começar a mexer com José Sócrates, não descobri ainda é para onde.
Bem vindos ao um novo rumo: seguro ou inseguro?
É para ouvir as bases e corrigir o rumo ou será mero jogo de portagonismo (Porto-agonismo) de rampa de lançamento europeu?
Tanta mudança repentina, que até estranhamos.
Mas cá estaremos atentos para apreciar os ventos do Norte. Por vezes são frios e provocam tempestades.
FONTE:
Gabinete de Estudos dos socialistas lança Academia para a Formação e o Debate, que arranca no sábado com Francisco Assis, que falará sobre "O que é ser de esquerda hoje".
O presidente da distrital do PS-Porto, José Luís Carneiro, não se pronuncia sobre a participação de independentes nas listas do partido - "esse não é o tempo" -, mas defende “soluções inovadoras para os partidos ultrapassarem e vencerem os problemas que enfrentam”.
Numa altura em que as candidaturas independentes vão ganhando espaço, José Luís Carneiro reconhece que “os partidos são espaços onde se manifestam clivagens, por vezes de grande conflitualidade ideológica e pessoal em função das escolhas das pessoas que se fazem para desempenhar funções políticas ou públicas” e diz que é preciso “encontrar soluções inovadoras” para os partidos superarem os seus problemas.
Na apresentação, esta segunda-feira, da Academia para a Formação e o Debate da federação distrital do Porto do PS, o dirigente socialista destacou a importância da iniciativa, cujo objectivo é contribuir para a valorização política dos militantes numa lógica inovadora de debate de formação. E recordou as várias acções desenvolvidas pela federação a que preside na área da formação política, não só para militantes, mas também abrindo-as a “cidadãos não comprometidos com os partidos políticos".
Questionado pelos jornalistas no final da conferência de imprensa a dizer se é favorável à participação de independentes nas listas do PS para a Assembleia da República ou para os órgãos autárquicos, o dirigente evitou responder, ao contrário do ex-líder federativo, Francisco Assis, que, quando se candidatou à distrital do PS-Porto, defendeu claramente que os partidos devem abrir-se a uma maior participação independente.
“Só seremos de novo respeitados se as pessoas virem o PS a discutir soluções concretas para os seus problemas”, declarou na altura Assis, afirmando que “só assim se pode contrariar a progressiva desconfiança dos cidadãos em relação à política em geral e aos partidos em particular”.
Mais tarde, ao PÚBLICO, José Luís Carneiro explicou que “as clivagens não acontecem apenas nos partidos políticos, mas também em instituições como a Igreja Católica, em instituições humanitárias, em associações culturais, recreativas (…)”, preconizando ao mesmo tempo “soluções que permitam encontrar respostas que tornem os partidos mais fortes e permitam ter uma democracia com mais qualidade”.
Francisco Assis é o primeiro orador de um ciclo de debates que a Academia para a Formação e o Debate vai realizar até finais de Março. A nova estrutura inicia a sua actividade com um primeiro ciclo de sessões intitulado "A urgência da política",que começa já este sábado na sede da própria Distrital com uma palestra de Francisco Assis sobre o tema "O que é ser de esquerda, hoje", com moderação de Carlos Lage. Dois antigos ministros do PS, Teixeira dos Santos e Augusto Santos Silva estão já confirmados, assim como o secretário-geral, que estará presente a 22 de Março. O vereador e presidente da Concelhia do Porto do PS, Manuel Pizarro, participará também numa mesa redonda agendada para 15 de Fevereiro.
O líder federativo disse que a Academia começou a ser preparada há seis meses pelo Gabinete de Estudos da Distrital socialista, explicando que o objectivo é a "formação política" dos militantes do partido. "Realizámos entre 2012 e 2013 formações que envolveram cerca de 500 autarcas de todo o distrito", detalhou, referindo que "o caminho de qualificação da vida democrática do partido, de formação política e de reforço da cidadania no distrito e na região tem vindo a ser prosseguido incessantemente pela distrital".