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Sabe qual é o cancro da alma?

por José Pereira (zedebaiao.com), em 30.01.18

Veja e reflita: Este video é sobre o cancro da alma - a depressão

PARA TODOS

Qualquer um pode vir a sofrer de depressão: homens, mulheres, crianças, adolescentes, adultos jovens, adultos na meia-idade e seniores. Uma em cada 4 mulheres e um em cada 8 homens são afetados ao longo de toda a vida.

 

(Carregue na imagem para ver o vídeo). 

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Maiores causas de morte em Portugal e no Mundo (OMS)

por José Pereira (zedebaiao.com), em 03.01.18

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem vindo a divulgar as maiores causas de morte que afetam Portugal, a Europa e o Mundo.

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Estes dados são certamente muito úteis para ajudar a avaliar a eficácia do Serviço Nacional de Saúde de cada país e a planear e executar melhorias no que respeita às ações de prevenção e de saúde pública, abrindo caminho para a redução das doenças e mortes evitáveis.

Nas tabelas que se seguem são apresentadas as principais causas de morte que afetam o Mundo:

 

Nos países de rendimento mais baixo

Causas de morteMortes por 100.000
Infeções do trato respiratório inferior84.9
Diarreias57.2
Acidentes vasculares cerebrais49.6
Doença cardíaca isquêmica48.6
HIV / AIDS47.7
Tuberculose34.5
Malária34.4
Complicações de parto prematuro32.1
Asfixia e traumas no parto30.5
Acidentes de trânsito28.5

 

Nos países de rendimento médio

Causas de morteMortes por 100.000

Doença cardíaca isquêmica

111.8
Acidentes vasculares cerebrais68.8
Infecções do trato respiratório inferior51.5
Doença pulmonar obstrutiva crónica42.7
Tuberculose34.5
Diarreias30.9
Diabetes mellitus24.2
Complicações de parto prematuro24.1
Cirrose do fígado20.3
Acidentes de trânsito19.1

 

Nos países de rendimento médio-alto

Causas de morteMortes por 100.000

Doença cardíaca isquêmica

133.4
Acidentes vasculares cerebrais120.9
Doença pulmonar obstrutiva crônica50.4
Cancro de pulmãotraqueia e brônquios33.3
Infeções do trato respiratório inferior26.5
Diabetes mellitus20.6
Alzheimer e outras demências19.5
Acidentes de trânsito19.5
Cancro de fígado18.2
Cancer de estômago17.4

 

Nos países de rendimentos mais elevados

Causas de morteMortes por 100.000
Doença cardíaca isquêmica144.6
Acidentes vasculares cerebrais64.7
Alzheimer e outras demências60.1
Cancro de pulmãotraqueia e brônquios49.5
Doença pulmonar obstrutiva crônica42.6
Infeções do trato respiratório inferior38.2
Cancro de cólon e de reto27.5
Diabetes mellitus22.6
Doença renal18.1
Cancro de mama15.6

 

No Mundo

Causas de morteMortes em milhões
Doença cardíaca isquêmica8.76
Acidentes vasculares cerebrais6.24
Infeções do trato respiratório inferior3.19
Doença pulmonar obstrutiva crônica3.17
Cancro de pulmãotraqueia e brônquios1.69
Diabetes Mellitus1.59
Alzheimer e outras demências1.54
Diarreias1.39
Tuberculose1.37
Acidentes de trânsito1.34

 

Fonte: OMS

Veja o documento completo em: The top 10 causes of death

 

Aqui poderão aceder aos dados sobre as causas de morte em Portugal (PORDATA)

 

Mais info

 

 

 

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Sei que sabem o que é o prurido/comichão, mas saberão a causa ou o que é a CBP?
Eu só a descobri depois de alguns anos à procura de uma causa para tamanha comichão e cansaço, sempre diagnosticados como dermatite atópica e aliviados diariamente à base de anti-histaminicos.
Mas quem é que aguenta trabalhar anos seguidos com Atarax enfiado no corpo e na cabeça? O Atarax a mim deixa-me KO, apesar de haver outras alternativas mais suaves, como é o caso do Lergonix.
 
Colangite biliar primária
 
 
 

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A CBP (Colangite Biliar Primária) tem poucos sintomas, e estes são pouco específicos, o que pode atrasar o diagnóstico. Os mais comuns são a fadiga e o prurido (comichão), muitas vezes disgnosticados como dermatite atópica.

 
A prof.ª doutora Helena Cortez-Pinto, Especialista em Gastrenterologia, refere no site http://lr.rarissimas.pt que:
 
A Colangite Biliar Primária é uma doença rara do fígado que se caracteriza por um estado inflamatório crónico, sobretudo a nível dos pequenos canais biliares do fígado, levando a uma deficiência na formação de bílis. Se não forem tomadas medidas de tratamento, a doença tende a progredir para cirrose, e mais raramente para cancro do fígado.

 

Esta doença surge sobretudo em mulheres, com uma frequência de cerca de 9 mulheres em cada 10 doentes, e mais frequentemente na meia-idade, com maior incidência em pessoas entre os 40 e os 60 anos de idade.

 

Há mesmo homens com sorte, sendo que em 10 doentes só um é homem. 

 

Não existe cura para a doença. O principal objetivo do tratamento médico é a estabilização da doença, evitando a sua progressão para cirrose e cancro do fígado. Para além deste objetivo, pretende-se também reduzir os sintomas associados, nomeadamente a fadiga e o prurido.

 

Recomenda-se o tratamento para toda a vida, nos doentes com CBP. Até recentemente, o ácido urso-desoxicólico (UDCA) era a única medicação disponível para o tratamento da CBP, sabendo-se que os doentes que iniciam o tratamento com UDCA numa fase precoce da doença têm uma sobrevivência semelhante à da população geral.

 

O ácido obeticólico, um agonista do receptor farsenóide X (FXR), foi recentemente aprovado nos Estados Unidos e na Europa para o tratamento da CBP.

 

Autor: Prof. Doutora Helena Cortez-Pinto (2017).

Fonte: Texto elaborado especialmente para o Projeto Linha Rara.

Para obter informação complementar e/ou contactos de associações ligadas a esta patologia, contacte a Linha Rara:

300 505 700

linharara@rarissimas.pt

Coloque aqui a sua questão

  
 
 

HELENA CORTEZ-PINTO, MD, PHD
Departmento de Gastroenterologia, Hospital Universitário de Santa Maria - Lisboa
Laboratorio de Nutrição e Metabolismo, Faculdade de Medicina de Lisboa
Av. Prof. Egas Moniz, 1649-035 - Lisbon - Portugal

EMAIL: hlcortezpinto@netcabo.pt

 

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Patogénese e tratamento da colangite biliar primária

O Prof. Doutor Frederik Nevens - Departamento de Hepatologia do Hospital Universitário Gasthuisberg (Universidade de Leuven) fala-nos desta doença rara referindo e esclarecendo o seguinte:

 
A colangite biliar primária (CBP) é uma patologia rara que atinge o fígado e pouco conhecida em Portugal. Em entrevista à News Farma, o especialista do Departamento de Hepatologia do Hospital Universitário Gasthuisberg (Universidade de Leuven), na Bélgica, Prof. Doutor Frederik Nevens, explica no que consiste a doença e de que forma é feito o seu diagnóstico.

O também investigador principal do estudo POISE – ensaio de fase 3 sobre o uso de ácido obeticólico em doentes com CBP – destaca as metas para o tratamento desta patologia, ainda sem cura, e menciona as opções terapêuticas existentes atualmente.

News Farma (NF) | No que consiste a colangite biliar primária (CBP) e qual a sua etiologia?

Prof. Doutor Frederik Nevens (FN) | A CBP é uma doença hepática crónica que, quando não é tratada, pode evoluir para fibrose hepática, cirrose, insuficiência hepática e até mesmo morte, se o doente não for submetido a transplante hepático.
Ainda que seja uma patologia rara, é a doença hepática colestática mais comum e, geralmente, atinge mulheres no auge da vida, com idade entre os 35 e os 60 anos de idade.

NF | Esta doença era formalmente denominada por cirrose biliar primária. Quais foram as razões que levaram à alteração do nome de “cirrose” para “colangite”?

FN | Essa alteração aconteceu recentemente e deve-se ao facto de 80 a 85% dos doentes com CBP não terem nem nunca desenvolverem cirrose, devido aos avanços nas terapias.

NF | Qual a população com maior probabilidade de ter CBP?

FN | A CBP afeta mais mulheres do que homens, numa proporção de aproximadamente 10:1 e é tipicamente diagnosticada em pacientes entre os 35 e os 60 anos de idade. Aproximadamente uma em cada mil mulheres com mais de 40 anos são atingidas pela doença.
Uma abordagem baseada na população para a deteção de casos tem pouca viabilidade, uma vez que a CBP é uma doença rara.
Outro dado importante, é que esta doença tem sido observada mais frequentemente em populações do norte da Europa e da América do Norte.

NF | Embora a maioria dos doentes seja assintomática, a CBP pode originar algumas manifestações clínicas. Quais são?

FN | De facto, a maioria das pessoas com CBP não têm sintomas no momento do diagnóstico. Na verdade, muitos destes doentes só são diagnosticadas com CBP porque apresentam lesões hepáticas após testes de rotina ao fígado. Por sua vez, os doentes sintomáticos podem ter os sinais mais comuns de CBP: prurido e fadiga.
Alguns doentes progridem para descompensação, após um período de anos, e outros podem permanecer assintomáticos por décadas. Portanto, a progressão da CBP pode variar significativamente.

NF | Como é feito o diagnóstico de CBP?

FN | A CBP é diagnosticada com base em dois biomarcadores no sangue: fosfatase alcalina e anticorpos anti-mitocondriais. A biópsia do fígado, para a observação de características histológicas típicas, também é um método de diagnóstico, mas nem sempre é necessário na prática clínica padrão, uma vez que os resultados dos exames de sangue têm um alto grau de precisão.

NF | Uma vez que se trata de uma doença sem cura, quais são os objetivos do tratamento?

FN | Sabemos que quando controlada de forma inadequada, pode levar à necessidade de um transplante de fígado e à redução da expectativa de vida. O tempo médio estimado desde o diagnóstico até à morte é de aproximadamente 20 a 22 anos sem tratamento.
Os objetivos globais do tratamento são retardar a progressão da doença e reduzir o risco de desfechos adversos, como fibrose hepática, cirrose, insuficiência hepática e morte. Evitar o transplante de fígado é outro dos objetivos.
Mais especificamente, o tratamento visa reduzir a exposição do fígado a ácidos biliares tóxicos e gerenciar adequadamente biomarcadores das doenças. Por exemplo, estudos mostram que os pacientes que têm níveis anormalmente elevados de fosfatase alcalina têm maior risco de transplante de fígado e morte, enquanto que os doentes com níveis mais baixos têm melhores resultados clínicos associados.

NF | O ácido ursodesoxicólico é a principal forma de tratamento utilizada para retardar a progressão da doença. Porquê?

FN | O ácido ursodesoxicólico é um composto aprovado para o tratamento da CBP, considerado atualmente o standard of care destes doentes, a nível europeu.
O mecanismo primário do ácido ursodesoxicólico consiste na diluição da reserva de ácido biliar, substituindo/deslocando concentrações tóxicas de ácido biliar. Este composto tem também vários outros efeitos benéficos na colestase.

NF | Que limitações tem o uso de ácido ursodesoxicólico?

FN | Embora esta terapia tenha tido um impacto significativo nos resultados clínicos, cerca de 40% dos pacientes tratados têm uma resposta inadequada ou ausente, deixando-os com risco significativamente maior de um desfecho adverso (morte, requerimento de transplante de fígado ou outros complicações clínicas).

NF | A U.S. Food and Drug Administration (FDA) concedeu a aprovação acelerada do ácido obeticólico. No que consiste e de que forma pode ser utilizado?

FN | O ácido obeticólico é o primeiro agonista do recetor X farnesóide (FXR) oral aprovado pela FDA com indicação para o tratamento da CBP e a primeira nova terapia para pacientes com CBP, em quase 20 anos, nos Estados Unidos. A indicação é aprovada sob aprovação acelerada com base em um Redução da fosfatase alcalina (ALP) durante um seguimento de 2 anos. Durante estes 2 anos, não foi estabelecida uma melhoria na sobrevivência ou nos sintomas relacionados com a doença. A aprovação contínua para esta indicação pode estar subordinada à verificação e descrição do benefício clínico em ensaios de confirmação.
O FXR é um recetor que pode ser encontrado no núcleo das células hepáticas e intestinais e é um regulador chave das vias metabólicas dos ácidos biliares. O ácido obeticólico aumenta o fluxo biliar do fígado e suprime a produção de ácido biliar no fígado, reduzindo assim a exposição do fígado a níveis tóxicos de ácido biliar.

NF | A aprovação da FDA foi baseada nos resultados do ensaio POISE de fase 3. Quais foram os principais resultados, em termos de eficácia e segurança?

FN | O ensaio clínico POISE foi realizado em centros médicos dos Estados Unidos da América, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Polónia, Espanha e Reino Unido. O POISE foi desenhado para se avaliar a segurança e a eficácia do ácido obeticólico e incluiu 216 doentes com CBP, que apresentavam resposta terapêutica inadequada ou intolerância ao ácido ursodesoxicólico.
Neste estudo, a administração de ácido obeticólico em combinação com o ácido ursodesoxicólico (ou como monoterapia em pacientes intolerantes) atingiu o endpoint primário baseado em fosfatase alcalina e bilirrubina, ambos biomarcadores estabelecidos de progressão da doença.
Tanto a dose de 5-10 mg de ácido obeticólico (46%), como a de 10 mg (47%), foram estatisticamente superiores ao placebo (10%) na obtenção do endpoint primário (p <0,001). Começando com 5 mg/dia e aumentando a dosagem para 10 mg, se necessário, foi a estratégia que tornou o tratamento mais tolerável na maioria dos doentes.
Além do POISE, o ácido obeticólico foi estudado em dois ensaios de Fase 2 e três estudos de extensão de segurança a longo prazo, abertos, para os estudos de Fase 2 e 3. O ácido obeticólico foi estudado tanto em combinação com o ácido ursodesoxicólico, como em monoterapia no pequeno número de doentes que são intolerantes ao ácido obeticólico.
Todos os estudos atingiram o endpoint primário, demonstrando uma redução significativa da fosfatase alcalina, em comparação com o placebo.

NF | Por que razão essa aprovação é tão importante para doentes com CBP?

FN | Considerando que 40% dos pacientes que recebem ácido ursodesoxicólico têm uma resposta inadequada ao tratamento, o que pode levar a um risco aumentado de insuficiência hepática, necessidade de transplante hepático e morte, há uma alta necessidade não satisfeita no PBC. Ao ser aprovado pelo EMA, ácido obeticholic será o primeiro novo tratamento que se torna disponível para os pacientes europeus com PBC em 20 anos.

NF | A aprovação do ácido obeticólico pode reduzir a prevalência de CBP e o número de transplantes de fígado?

FN | É muito cedo para especular sobre o impacto que a aprovação do ácido obeticólico pode ter sobre o número de transplantes de fígado. No entanto, sabemos que a CBP quando não é controlada de forma adequada pode levar à possibilidade de um transplante de fígado e à redução da expectativa de vida.

NF | O que ainda precisa ser feito, não apenas no que se refere ao tratamento, mas também ao diagnóstico?

FN | Há uma grande necessidade de educação contínua, através de publicações para doentes e para médicos. Precisamos de garantir que os doentes reconhecem sinais e sintomas, para que possam falar com o médico atempadamente. Por outro lado, a consciência clínica, especialmente entre os não especialistas, precisa de ser melhorada para garantir que oportunidades de diagnóstico não são perdidas. Necessitamos de garantir que esta doença tem um manejo adequado e que as opções de tratamento a longo prazo são discutidas com os doentes.

Patogénese e tratamento da colangite biliar primária
11/11/2016
Prof. Doutor Frederik Nevens - Departamento de Hepatologia do Hospital Universitário Gasthuisberg (Universidade de Leuven)
 
 

Colangite biliar primária – uma doença enigmática

Urge aumentar o conhecimento da sociedade sobre esta doença que é responsável por cerca de 9% dos transplantes de fígado realizados na Europa.

 

O passo a passo para diagnosticar a colangite biliar primária

Publicado em: 09/05/2016
Por: Fleury Medicina e Saúde​​​​​​​​

Edição: 2016 - Edição Nº 2
 

Estadiamento
As lesões histológicas da CBP classicamente dividem-se em quatro estágios. A doença não acomete o fígado de modo uniforme, sendo possível observar todos os estágios  simultaneamente. A tabela abaixo mostra o sistema mais utilizado: Scheuer (1967) e Ludwig (1978).


Estadiamento                         Scheuer---------------------------------------------Ludwig
I (Portal)Inflamação portal com lesão do ducto biliar, contendo ou não lesão ductal florida          Inflamação portal com lesão do ducto biliar, contendo ou não lesão ductal florida

 

II (Periportal)

 

Reação ductular (fibrose periportal presente)

         

Inflamação periportal (fibrose periportal presente)

 

III (Septal)

 

Fibrose em ponte (ductopenia normalmente presente)

         

Fibrose em ponte (ductopenia normalmente presente)

 

IV (Cirrose)

 

Cirrose biliar

         

Cirrose biliar


 
 

DERMATITE ATÓPICA – SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO

A dermatite atópica é uma lesão de pele que parece uma alergia, mas não é.

 
 

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Car@s amig@s, sinto-me muito diferente porque aqueles que nos rodeiam também ficam muito diferentes. 

 

Nos últimos 4 meses tenho vindo a acompanhar um familiar pelos corredores da Unidade de Oncologia do Hospital de S. João e tenho vindo a aperceber-me, mais de perto, sobre muitas das dores físicas e psicológicas pelas quais passam os doentes e seus familiares,  muitos dos quais a sofrer sozinhos. Por melhores que sejam os hospitais e os médicos isso não é suficiente. 

 

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Felizes daqueles que têm força e alguém com quem partilhar os momentos difíceis de todo este longo e por vezes tão curto processo. 

 

Todo este processo tem-me tornado numa pessoa diferente:

● Diferente por passar a dar mais valor a pequenas coisas e a pequenos momentos vividos com a família e amigos;

●Diferente por reconfirmar que os valores materiais têm muito pouco valor, quando comparados com a saúde ou o amor familiar;

● Diferente por tomar consciência de que todos somos mortais e que este mundo é apenas uma breve passagem, sendo por isso que a deveríamos aproveitar ao máximo em felicidade e amizade constante;

● Diferente porque todos somos diferentes e por cada momento (bom ou menos bom) nos marcar profundamente e nos ajudar a crescer;

● Diferente porque a vida é uma inconstante que nos surpreende com coisas tão belas e por vezes tão dolorosas, as quais, de uma forma ou de outra, nos obrigam a amadurecer; 

● Diferente porque reforçamos o valor da família,  da fé e da esperança; 

● Diferente porque acredito e quero continuar a acreditar que amanhã ou depois virá um dia melhor.

 

Por vezes também me sinto muito diferente ao sentir-me impotente.  Mas que posso eu mais fazer?

Tem-me feito bem rezar ou meditar o melhor que sei e posso. Mas acredito que há um ser muito especial a cuidar de nós. 

 

Mas como não podemos nem devemos descurar a ciência,  há que confiar nos médicos e tomar alguns cuidados.

 

Na tentativa de poder ajudar, partilho alguns dos sintomas de cancro que os portugueses e médicos de família nunca deveriam ignorar (fonte:Jornal I)

Os especialistas da Sociedade Portuguesa de Oncologia identificaram 15 sintomas que os portugueses menos valorizam. E que podem fazer a diferença no combate ao cancro.

 

Prevenção e mais informação ainda são os melhores trunfos para evitar uma doença que nem sempre é silenciosa.

Os Sintomas:

1. Perda de peso e de apetite

Em tumores que não dão numa fase inicial sintomas específicos – como alguns tipos de cancro do pâncreas ou do pulmão, – a perda de peso e de apetite são dos primeiros aspectos que podem levar a um diagnóstico e por isso toda a sensibilização é pouca. Geralmente estão associados a fases mais avançadas mas o facto de nem toda a gente ter noção disso leva a demora nas queixas, o que compromete ainda mais a rapidez do diagnóstico. Ana Joaquim, especialista em tumores gástricos no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, admite que nem toda a gente vigia o peso, mas é importante conseguir avaliar a percentagem perdida. Se uma pessoa não está a fazer uma dieta ou exercício e perde 10% do seu peso em dois meses – o equivalente a 10 quilos quando se pesa 80 – deve ir ao médico.

 

2. Fadiga Em situações de cansaço arrastado e sonolência, também não deve perder muito tempo a ir ao médico. A fadiga pode ter muitas causas, até psicológicas. Se a razão for uma anemia deve investigar-se a causa, explica Ana Joaquim. Pode resultar de doenças benignas ou lacunas na alimentação, mas é um sintoma bastante comum de cancro do estômago que nem sempre as pessoas valorizam. “O cancro do estômago muitas vezes surge em úlceras ou cria ele próprio úlceras e pode haver perdas de sangue que não são evidentes mas causam anemia”, explica a médica. “Por vezes os doentes vão a uma urgência porque estão muito brancas e cansadas mas depois demoram a ir ao médico para fazer o resto do diagnóstico.” Além de ser comum nos tumores gástricos, a anemia surge também em tumores do intestino ou do sangue, podendo ser causada por défices na produção células vermelhas ou um excesso de destruição, nas tais perdas que podem passar despercebidas.

 

3. Alterações do trânsito intestinal Muitas vezes associam-se ao stresse ou ao que se come, mas se houver alterações persistentes devem ser valorizadas, adverte Gabriela Sousa. A médica do IPO de Coimbra insiste que no cancro é particularmente relevante a alternância entre prisão de ventre e diarreia. Paula Jacinto, especialista nesta área também no IPO de Coimbra, explica que os tumores do intestino tendem a dar diferentes sintomas, já que as fezes quando passam do intestino delgado para o grosso (cólon) estão líquidas e só depois vão solidificando. Assim, a obstrução é mais expectável quando se trata de uma lesão do lado esquerdo do cólon. Em caso de suspeita, é crucial fazer uma colonoscopia, exame que também deve ser feito a partir dos 50 anos como rastreio. “Muitas vezes as pessoas não o fazem por receio da dor, mas como anestesia foi comparticipada creio que haverá melhorias”, diz a médica.

 

4. Sangue nas fezes É um sintoma comum nos tumores gástricos, do intestino e do recto que as pessoas até valorizam. Mas pode assumir diferentes formas e os doentes nem sempre estão sensibilizados para isso, explica a médica Paula Jacinto. As partículas podem ser tão pequenas que não são visíveis, daí a importância da análise ao sangue oculto nas fezes. Depois pode haver sangue vermelho vivo, que se nota quando a pessoa se limpa ou na sanita e geralmente resulta de uma lesão no recto ou parte terminal do cólon. Mas o que mais passa despercebido é o sangue escuro, que dá uma tonalidade quase negra às fezes, por vezes cor de vinho do Porto. Nesses casos poderá estar-se diante de um tumor do estômago ou da parte superior do intestino delgado, já que essa cor significa que o sangue foi digerido. A médica alerta ainda assim que, mesmo em situações em que os doentes se aperceberam do sangue, chegam a demorar seis meses a um ano a dirigir-se ao médico, por vezes por acharem que está ligado a hemorróidas. Sempre que surgir deve ser avaliado.

 

5. Fezes brancas e urina escura O cancro do pâncreas é um dos tumores mais silenciosos numa fase inicial. Há dois tipos de doença, quando o tumor está na cauda do pâncreas ou na cabeça. Se no primeiro não há sintomas específicos, no segundo há sinais que poderão ser valorizados cedo, o que nem sempre acontece, explica Ana Joaquim. Dada a localização, próxima do duodeno e vias biliares, o tumor da cabeça do pâncreas pode provocar obstrução e causar dor abdominal e icterícia (como a bílis não passa, acumula-se na pele e dá-lhe um tom amarelado). Geralmente, estes sintomas surgem em conjunto com outros dois também ligados à obstrução: ausência de cor nas fezes, que surgem com uma tonalidade esbranquiçada, e urina de cor muito escura. São sintomas que podem resultar também de doenças benignas como pedra na vesícula mas devem ser logo comunicados ao médico.

 

6. Tosse que não passa O tumor do pulmão é outro cancro em que os primeiros sintomas são pouco específicos. Ainda assim, em alguns tipos são afectadas estruturas centrais do órgão e surgem sinais que, se forem valorizados, podem traduzir-se num diagnóstico mais atempado. Nuno Bonito, especialista do IPO de Coimbra, explica que muitas vezes os doentes só ficam preocupados ao notar sangue na expectoração quando devia bastar uma tosse seca e irritativa que não passa para irem ao médico. O médico alerta que os doentes fumadores ou com historial de cancro na família valorizam o sintoma, mas os outros nem sempre.

 

7. Uma afta que não cicatriza No caso dos cancros da cabeça e pescoço, é um dos sintomas que menos se valoriza e pode permitir um diagnóstico precoce ou até identificar lesões pré-cancerígenas, alerta José Dinis, oncologista no IPO do Porto. Uma afta na língua ou qualquer ferida, lábio ou bochecha que não passe ao fim de dez dias deve ser vista. Outro sintoma importante no caso do cancro da laringe é a rouquidão persistente, que caso ultrapasse os 15 dias deve motivar uma ida ao médico. O risco de cancro da cavidade oral ou da faringe é maior nos fumadores e pessoas que bebem álcool mas pode surgir em qualquer idade e em qualquer pessoa.

 

8. Líquido no mamilo Se em alguma área existe uma grande sensibilização é no cancro da mama. Mas mesmo assim, há lacunas que poderão ser importantes em alguns casos, diz a médica Isabel Augusto, especialista nesta área no Hospital de S. João. Se a maioria das mulheres está desperta para a importância de vigiar nódulos/caroços na mama e axila, alterações na forma, vermelhidão e calor ou alterações na pele da mama (como casca de laranja), há sintomas que nem sempre são associados à doença. É o caso de líquido no mamilo (uma escorrência ou secreção) ou a inversão do mesmo. A médica sublinha que mesmo em mulheres que estiveram recentemente a amamentar, as secreções não devem ser desvalorizadas. “Se surgirem passados seis meses do fim da amamentação devem ser observadas”, recomenda. O líquido não tem um aspecto específico. Pode ser sanguinolento ou incolor.

 

9. Sempre no WC Ao contrário das mulheres, os homens desvalorizam muitas vezes os sintomas do cancro que mais os afecta – os tumores da próstata. Isso acontece por falta de informação mas também porque estão sempre a tentar justificar tudo sem pensar em doenças, diz Isabel Augusto. Quando há dor, sangue na urina ou no sémen ou ardência até procuram o médico. Mas um dos sintomas a que menos dão importância é passarem a ter necessidade de urinar frequentemente. “É a típica situação em que têm de voltar à casa de banho passados dez minutos e chegam a ir várias vezes por hora”, explica a médica. Outro sintoma de cancro da próstata em estados mais avançados nem sempre valorizado é a dor na região das ancas e zona inferior das costas, que pode resultar em metástases nos ossos.

 

10. Impotência Neste caso há informação, mas muitas vezes é a vergonha que faz com que os homens cheguem tarde ao médico. Em vez de automedicar-se ou ir atrás de suplementos, deve procurar o médico de família para descobrir a causa da disfunção eréctil. Não significa necessariamente um tumor, mas outras doenças nomeadamente do foro cardiovascular também devem ser controladas.

 

11. Sensibilidade mamária nos homens O cancro do testículo surge muitas vezes em homens jovens, que têm de estar mais sensibilizados para a necessidade de estarem atentos a alterações do tamanho e nódulos – e de fazerem por isso a palpação dos testículos uma vez por mês, de preferência no banho. Mas o aumento do volume mamário e mudanças na sensibilidade do peito devem também ser valorizados, avisa Isabel Augusto, já que podem resultar de alterações na testosterona. Perda de libido também pode ser sinal de cancro do testículo.

 

12. Incontinência urinária O cancro da bexiga tem estado a aumentar em Portugal, algo associado ao consumo de tabaco. Isabel Augusto sublinha que o sangue na urina, um dos sintomas comuns, costuma ser valorizado. Já a incontinência, outro sintoma importante, muitas vezes é considerada algo normal para a idade e as pessoas começam a usar fralda sem marcar uma consulta. Dor e ardência urinária, urgência em urinar (por vezes sem se conseguir chegar a tempo ao WC) e sensação de esvaziamento incompleto são outros sintomas a ter em conta.

 

13. Dor pélvica No tumores ginecológicos – útero (corpo e colo), ovário e vulva – geralmente um dos sintomas menos valorizados é a dor pélvica persistente. “Uma moinha que até pode melhorar mas depois volta”, diz Gabriela Sousa. As hemorragias fora menstruação ou após a menopausa levam mais facilmente ao médico. Nesta área, contudo, é essencial fazer o teste do Papanicolau, que permite despistar lesões pré-cancerígenas no colo do útero. Deve ser feito a partir dos 25 anos e, após dois exames negativos, é aconselhável de três em três anos.

 

14. Descamação na pele Nos últimos anos tem aumentado a informação sobre cancro da pele, dos sinais de alerta a regras de ouro como reduzir a exposição ao sol. Paulo Cortes, oncologista em Santa Maria, insiste na mnemónica: ao analisar os sinais, deve seguir-se a regra ABCDE e valorizar os que são A (assimétricos), B (têm bordos irregulares), C (não têm uma cor uniforme), D (têm um diâmetro maior que 6mm) e E (evoluíram, mudando de forma e tamanho). Mas dentro dos cancros da pele, o especialista admite que há algo para o qual os doentes estão menos despertos. Se o melanoma é o tipo de cancro da pele com pior prognostico e é detectado em sinais, o cancro da pele mais frequente é o chamado carcinoma basocelular e não aparece em sinais. Por isso também é preciso estar atento a pequenas feridas na pele, como se fossem frieiras, e descamações. São habituais no nariz e orelhas e podem passar mas depois regressam, devendo ser observadas por um médico. Manchas associadas à exposição ao sol em que a pele fique mais rugosa merecem o mesmo cuidado.

 

15. Gengivite Nos cancros do sangue, como leucemias, a população está desperta para a importância de avaliar gânglios inchados e hematomas mas há outros sinais a valorizar. É o caso de gengivites, um sintoma comum num subtipo de leucemia aguda, e infecções recorrentes...

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Quando, aos fins-de-semana, venho à minha aldeia (Gove-Baião-Porto), para ver saber como está a nossa terra e sobretudo a nossa gente, aproveito para ir ler os jornais do dia no único café que os vende por aqui (café boa-viagem do Sr. Abel). Refiro do Sr. Abel, porque aqui todos nos conhecemos e todos sabemos como está toda a gente.

 

Ao ler as notícias de hoje, deparo-me com situações inaceitáveis que merecem urgentemente a nossa reflexão (sim, nossa, ou seja a minha e a sua reflexão):

Referem as notícias de hoje que:

 

- Os doentes oncológicos estão sem dinheiro para comer, faltam às consultas por dificuldades económicas e as instituições de apoio começam a correr o risco de fechar por falta de meios económicos.  

Esta é uma causa que me toca profundamente. Primeiro porque não consigo aceitar que tenha de haver pessoas com mais do que precisam e outras sem o essencial para sobreviver sem sofrimento. Segundo, porque venho à aldeia (70km do centro do Porto) para visitar uma vizinha dos meus pais que, para além do sofrimento do cancro ainda tem de carregar o sofrimento da distância do IPO, da falta de condições económicas,  da falta de apoio familiar, da falta de condições socioeducativas para se cuidar, da falta às consultas e tratamentos por tantos sofrimentos. Muitas vezes pergunto-me, será que alguém está atento às condições em que estão a viver estas pessoas? Será que alguém liga a saber ou manda alguém a casa destes doentes para saber porque estão a faltar às consultas e tratamentos? Não há forma de criar uma rede de alerta quando se sente a falta desse doente? Será que alguém vai saber quando falecer e irão sentir a sua falta na consulta/tratamento? Ainda bem que cá na aldeia ainda há bons vizinhos. Mas, e onde não há? 

Por estes dias fazem-se muitas jantaradas que apelidam de Natal, muitas das quais pagas pelos dinheiros públicos a quem não necessita. Por isso, pergunto: Porque é que esses jantares não se tornam solidários ou porque é que esse dinheiro público, que é gasto em jantaradas politizadas, não é convertido em políticas sociais ou entregue em bens alimentares a quem mais necessita?

 

 

 

 

-Idosos, frágeis e indefesos são assaltados e agredidos.

Pelos vistos agora a estratégia dos assaltantes é atacar os idosos ex-emigrantes. Um dos idosos,  que pouco já tinha, refere que passou 30 anos emigrado no Brasil e nunca tinha sido assaltado. Será que a ideia é permitir esta onda de assaltos para que nem os idosos, ex-emigrantes, possam regressar em paz à sua terra Natal? Será que o objectivo é empurrar os idosos para fora de Portugal, tal como estão a fazer com os jovens? O que é que estes assaltos reflectem? Lembremo-nos que todos nós e mesmo os assaltantes destes idosos (políticos,  governantes e capitalistas incluídos) também vão ser idosos. Olhem que a vida é mais curta dos que pensam!

 

 

-Mário Soares e mais umas figuas ilustres (alguns já em clara luta de imagem para as eleições europeias) dirigem-se a Viana do Castelo para apoiar a luta dos trabalhadores e defender os estaleiros navais. Mário Soares, entre outros ilustres políticos e cidadãos,  foram lá pela solidariedade e pela defesa dos interesses públicos nacionais, mas eu pergunto: Então e as políticas? Que é feito da oposição política e das alternativas? Onde anda o lider do PS? Num partido onde já não há líder, onde ja não se luta pelas causas, onde já não há políticas,  onde não há alternativas e, pior, onde já não se sente a força da oposição, ...onde nos irá conduzir? 

 

 

 

- Os reitores e professores não se entendem com este (des)governo, mas quem é que se consegue entender? Será que temos Governo? Nem Governo nem oposição.  O povo está sozinho, sendo que, se não acorda, em breve estamos acorrentados e depois será muito mais difícil para nos conseguirmos libertar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-

 

 

Manuel Pizarro vence as eleições para a Concelhia Socialista do Porto e recebe um duplo mandato: Um para trabalhar pelas pessoas da Cidade e outro para lutar politicamente pelo Porto, pelo Norte e por Portugal. Mas será que dentro do PS ninguém tem nada para reflectir e para assumir algumas (i)responsabilidades? Se não as assumem,...a "guerra" continuará e o PS perderá.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-Os economistas de direita (defensores do capitalismo neoliberal) já apelidam o Papa de "Marxista". Mas estão à espera que a Igreja seja o que? Capitalista neoliberal e monopolista? O que mais me incomoda é constatar que esta designação contra o Papa está, também,  a surgir do interior da Igreja. Será o poder da igreja comandado por capitalistas? Dita a história que se perdoavam pecados em troca de bens materiais ou capitais. Continuará ainda a ser assim? 

 

 

Sou um cidadão humilde e de parcos recursos, pelo que, perdoem-me se não tiver dinheiro para pagar os meus pecados. Se eu não tiver um lugar debaixo da terra, mandem-me para o inferno, porque eu não comprarei o perdão dos meus pecados, poderei, no máximo,  ter de pagar por eles, mas não deixarei de lutar pelo que acredito.

 

 

 

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