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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Quando não conseguirmos andar de volkswagen, poderemos sempre tentar andar de UMM (União Metalo-Mecânica). Não podemos é arriscar voltar ao carro de bois.
A INDÚSTRIA DAS MULTINACIONAIS ESTRANGEIRAS PAROU?
PORQUE É QUE NÃO PARAM AS NOSSAS?
PORQUE AS NOSSAS, HÁ MUITO QUE FORAM DESTRUÍDAS OU ABSORVIDAS!!!
O domínio do desenvolvimento tecnológico e científico pelas grandes empresas multinacionais, que hoje suporta a indústria e o comércio moderno, já afundou à muito a base sobre a qual a burguesia assentou e desenvolveu o seu próprio regime de produção e de apropriação. Não é por acaso que as grandes empresas de desenvolvimento tecnológico pagam viagens a políticos e governantes. E podem crer que não é para irem lá aprender o modelo de negócio, para o colocar ao serviço da nossa economia.
Já dizia o Eça de Queirós que "aqui importa-se tudo... e tudo vem em caixotes pelo paquete". Mas será que o comércio e a industria "não foram feitos para nós"? Teremos alguma incapacidade intelectual ou científica? É que a rede também nos liga ao Mundo e liga todo o mundo a nós.
Não podemos ser bons para os de fora, nem só lá fora!
Dizia Fernando Pessoa que "o comércio é uma distribuição, centrífuga ou centrípeta", ou seja, uma força em movimento circular, que puxa o corpo para o centro da trajetória. Por isso, estamos à espera de que? De ficar sempre do lado de fora da trajetória?
Dizia Marx que "os comunistas têm sido acusados de querer abolir a propriedade adquirida pessoalmente, fruto do próprio trabalho e do mérito pessoal", contudo, no que toca à propriedade dos pequenos e médios empresários, não é preciso aboli-la, porque umas poucas grandes empresas multinacionais, há muito que estão a arrasar tudo. E ninguém acusa os neoliberais capitalistas.
Inibir ou mesmo "proibir um grande povo de fazer tudo o que pode com cada parte do seu trabalho e da sua produção ou de empregar o seu capital e indústria do modo que julgar mais vantajoso para si mesmo, é uma violação manifesta dos mais sagrados direitos da humanidade.” (Adam Smith)
Henry Ford dizia que "o verdadeiro objetivo da indústria não é o lucro e que o empresário deve sempre propor-se a produzir bens e serviços úteis à sociedade". Por isso, quando não conseguirmos andar de VW, poderemos sempre tentar andar num UMM (União Metalo-Mecânica), ou mesmo num segway e drone português.
Transportando para a atualidade o pensamento de Juscelino Kubitschek, poderíamos dizer que seria bom transferir para o nosso território as bases do desenvolvimento científico e tecnológico e fazer da indústria e do comércio moderno o centro dinâmico das atividades económicas. Contudo, teimamos em continuar a exportar os jovens e menos jovens mais qualificados e excelentemente preparados pelas nossas Universidades e Politécnicos.
No artigo do boletim económico (ver artigo) publicado pelo BCE é feito um balanço sobre o desempenho dos países da Europa, em matéria de reformas estruturais.
O artigo incide sobre cinco grupos de medidas que foram divididas numa escala com cinco níveis: “sem progressos”, “progressos limitados”, “alguns progressos”, “progressos substanciais” e “progressos totais”.
Contudo, as grandes preocupações dos avaliadores recaem sobre as medidas que dizem respeito às políticas que interessam aos mercados financeiros e não propriamente às políticas sociais e económicas que dizem respeito a todas as pessoas.
De acordo com a avaliação da Comissão, a implementação das reformas do já conhecido "modelo de mercado" é particularmente fraca, quando comparada com outras, como por exemplo, as reformas de âmbito social e laboral.
Apelam por isso:
Dizem que estas exigências visam "alcançar um crescimento mais forte da produtividade e fomentar o investimento.
Mas será essa a Europa que os cidadãos europeus querem ver implementada?
Não sei se sobreviveremos neste mercado regido pelos lobbies financeiros instalados junto do poder político em Bruxelas.
O BCE (ou seja, os representantes dos grandes interesses financeiros) mostra-se chocado com o facto dos países “vulneráveis” não se terem concentrado, durante o ano de 2016, num esforço que dizem pretender ser "reformista". Mas quais são as reformas de que depende o sucesso da Europa? Será que este rumo político-financeiro sustentará a Europa unida e coesa? Duvido muito!.
O certo é que, “de modo geral, os estados-membros da UE tomaram medidas insuficientes para implementar as reformas que respondem às recomendações específicas feitas para cada país”.
Será que essas recomendações são as que fazem mais sentido?
Teremos de perceber antes do capitalismo ou o populismo e a demagocia vencerem.
Irei insistir e desassossegar as vezes que sejam necessárias.
Todos aqueles que se dizem nossos representantes, que pouco ou nada fazem e que pouco ou nada representam, mas que por cá e por lá ganham centenas de milhares de euros em lugares bem confortáveis e acomodados, não nos venham dizer, como faz o sr. Passos e o sr. Silva, que de nada sabiam ou que isto é mera pré-campanha eleitoral, até porque as problemáticas decorrentes das políticas neoliberais, da austeridade irresponsável e insensível, do desemprego e da emigração forçada,..., já são velhas na Europa e do conhecimento de todos.
Será que já se esqueceram do que aconteceu por cá e por essa Europa fora com os cidadãos emigrantes do Leste da Europa?
É esse presente e futuro que pretendemos para os portugueses e para a Europa dos cidadãos?
Onde pára a Europa dos Cidadãos, da coesão, da solidariedade e da responsabilidade social e empresarial?
Isto não é a Europa dos Cidadãos.
Isto é a Europa das máfias, dos interesses financeiros instalados, de umas centenas de eurodeputados interesseiros, entre outros serviçais alapados, que tudo corrompem, exploram e destroem.
Pobre país e pobre Europa que encaminham para a destruição. Agora até já falam na Europa dos exércitos, das guerras e dos mercenários que pretendem criar para imporem o neoliberalismo capitalista, sem se preocuparem minimamente com os humanos cidadãos.
A Europa já está destruída. Isto não é a Europa e muito menos social democracia. Isto é uma organização politico-empresarial ao serviço de meia dúzia de gigantes privilegiados e das grandes praças financeiras que já nem europeias são.
Senhores eurodeputados, governantes, deputados, dirigentes políticos e sindicais... SERÁ QUE AINDA NÃO TÊM VERGONHA NA CARA?
SERÁ QUE SE SENTEM NOSSOS REPRESENTANTES?
É PARA ISTO QUE SERVE A EUROPA?
SERVE O QUE E A QUEM?
SERÁ QUE SÓ SERVE PARA PAGAR 200 OU 300 MIL EUROS POR ANO A CADA EURODEPUTADO ENTRE OUTROS LUGARES E MORDOMIAS DE ETERNOS ALAPADOS?
Tenham vergonha na cara!
Toda esta gente, mais ou menos qualificada, forçada à emigração e tantas vezes explorada, também são seres humanos e eurocidadãos.
É toda esta gente que lhes paga os chorudos salários e mordomias e ainda lhes presta os serviços mais duros que a esmagadora maioria dos políticos e governantes nunca fizeram na vida, não querem, nem sabem fazer.
Não venham dizer que desconhecem este e outros assuntos e problemáticas sociais, nem nos venham com as conversas da treta, como faz o sr. Passos Coelho e o sr. Silva, porque este grave problema nacional e europeu é do do vosso conhecimento e do domínio público.
LEVANTEM O RABINHO DA CADEIRA. SENDO QUE NEM PARA TRABALHAR NAS OBRAS SERVEM.
Há muito que se sabe que há trabalhadores portugueses (entre outros emigrantes) que estão a ser explorados e mesmo escravizados por esta Europa fora, sendo que todos os eurodeputados, deputados, governantes, dirigentes políticos e dirigentes sindicais têm conhecimento disto e de muito pior, mas pouco ou nada fazem.
Se fosse para defender uma determinada classe alta de lugares ou de interesses, movimentavam-se por tudo quanto é canto e até muitas conferências e comunicações políticas, nacionais e europeias, fariam.
Mas pelos pobres trabalhadores, já fragilizados e forçados a emigrar para sustentar as suas famílias e não verem penhoradas as suas casas, nenhum governante ou dirigente partidário levanta o rabinho da cadeira para colocar os "nossos" representantes a fazer o que lhes compete, que é representar e defender todo um povo e a Europa do trabalho, da justiça social e laboral e dos cidadãos solidários e livres.
Vivemos hoje num sistema nacional, europeu e internacional exausto e incauto. Andamos de novo entre banqueiros e dilapidadores privatizadores, ou seja, entre corruptos e excêntricos (des)governantes e gastadores. O Ministro da Defesa (José Pedro Aguiar-Branco) defendeu recentemente que "todas as empresas públicas ligadas à defesa e à segurança podem ser privatizavas". Afinal de contas o que é que mais há para privatizar? Em breve já pouco ou nada tem este "nosso?" país! Já podemos imaginar o cenário: quando os níveis de lucro estiverem em baixa, basta provocar uma guerra para voltar a aumentar os lucros e a subir as ações em bolsa. Não importa quem morra nem o tipo de aviões que se abatam. Ao que chegou a ganância e ambição destes excêntricos neoliberais capitalistas!!!
Atendendo a que este Governo está próximo do fim e tomando por base a situação nacional e europeia, devemos permanecer todos muito atentos, sendo que o primeiro caminho que a crise pode tomar é o despoletar de um caos nacional, europeu e mundial, agora por via de um choque violento e imprevisível. O estado de dilapidação do sistema social e económico nacional e europeu encontra-se já tão avançado que a sua coesão está à mercê de qualquer desastre em grande escala. Para perceber isso, basta observar a incapacidade dos nossos governantes e representantes, nacionais e europeus, para nos representar e socorrer enquanto eurocidadãos.
Todos conseguimos compreender, com alguma facilidade, que se é demasiado perigoso viver eternamente com dívidas superiores à nossa capacidade produtiva e/ou financeira, também devemos compreender que, se nos mantiverem eternamente sufocados em termos financeiros e produtivos, dificilmente conseguiremos sair do estado de pobreza em que nos encontramos e cairemos ao levar o primeiro safanão. Ora, só conseguiremos ultrapassar as dificuldades se investirmos e evoluirmos com os devidos cuidados e em condições minimamente sustentáveis.
É certo que, apesar de eu ir aprofundando os estudos socioeducativos e socioeconómicos e investigando um pouco sobre liderança/governança e gestão/administração pública, só percebo de economia familiar e de bolso, mas sinto e constato, não só à minha volta, mas também nas instituições e nas famílias, gravissimas e insustentáveis situações sociais, laborais e económicas que, mais breve do que possam imaginar, farão colapsar não só o nosso país, mas também a vida de todos nós.
Que ninguém pense que está bem, até porque se a saúde e a vida não é garantida nem eterna, o mesmo sucede com o poder e com a suposta riqueza!
Sempre que regresso a casa, após mais um dia de trabalho em prol do apoio social e socioeducativo, vou angustiado com mais uma carrada de situações de fragilidade que me aparecem no dia a dia e para as quais já não consigo resposta socio-educativa, socio-económica e muito menos socio-laboral.
Por mais que critiquem os cidadãos e famílias que se vêem obrigadas a recorrer aos apoios socioeconómicos e socioeducativos, acreditem que a maioria não busca simplesmente esses apoios para se deitar a dormir ou sentar a fumar no café, como a maioria das pessoas dizem e generalizam.
A maioria destes cidadãos e famílias procuram uma simples e legitima oportunidade de trabalho para poderem seguir a vida individual e familiar condignamente!
Trabalho e convivo diretamente e diariamente com mais de 600 famílias economicamente carenciadas (muitas das quais já tiveram uma boa situação económica e familiar, mas hoje estão a entrar numa situação de pobreza extrema, de destruição familiar e sem fim à vista).
Acreditem que analiso uma a uma, ano após ano, e a situação é cada vez mais grave e preocupante. Não basta olhar para a realidade aparente que nos rodeia. Só quem trabalha nesta área consegue perceber concretamente o que se está a passar no interior de cada indivíduo e no seio de cada agregado familiar.
Vivemos hoje num sistema nacional, europeu e internacional exausto e incauto. Vivemos e convivemos com um sistema que nos esgota (a nós próprios e aos outros), e que por vezes nos rouba a humanidade, a sensibilidade e a solidariedade familiar e social.
Dizem-nos que a crise está perto do FIM. Será que trocaram as letras e voltaremos ao FMI e à austeridade da troika? O certo é que tudo não passa de um mero disfarce eleitoralista. Sim, a crise está perto, mas é do nosso fim:
Recentemente, aquando das eleiçoes europeias e dos arranjos nos altos lugares de poder europeu, vieram os suportes neoliberais capitalistas em reforço dos políticos submissos aos interesses financeiros (e não só), para disfarçar a exaustão do sistema económico-financeiro nacional, europeu e internacional;
Agora, e até às próximas eleições legislativas, de 2015, todos virão dizer que a situação dos bancos está estável, que o País está melhor, que nada de preocupante se passa no BES e na banca em geral, que a PT está ótima e a dizer OI, que a industria, a construção e o comércio estão a dar sinais de retoma, etc, etc, etc,... Continuarão a argumentar e a disfarçar com artimanhas estatísticas que o desemprego está a baixar, que até é possível baixar impostos (IRS/IRC e IVA) e mesmo que os salários e pensões vão ser repostos.
Acreditam nisso? Já olharam bem para o que se passa à nossa volta e por essa Europa fora? Por mais que eu gostasse que fosse verdade e não querendo viver numa sociedade derrotada pelo pessimismo, o facto é que a mim já não me enganam, pelo que devemos sempre agir e investir com muito cuidado!!!
Olhem bem à vossa volta e reflitam sobre o que se está a passar entre familiares, vizinhos e colegas de trabalho. Olhem bem para o que se está a passar nos bancos, nas empresas e nas instituições públicas!
A maioria do dicurso que nos tentam incutir é pura propaganda típica do famoso esquema ("think tank") de lavagem cerebral neoliberal capitalista, sendo que até os neoliberais capitalistas acabam a defender a intervenção do Estado para se salvaguardarem e depois voltarem a sugar todo um povo.
Continuamos a fazer de conta que existem políticos que dominam a arte ou ciência da organização, da direção, da governação e da administração da causa e da coisa pública.
Continuamos a sofrer, a pagar e a teimar em acreditar que os políticos se movem pura e simplesmente por todos nós e depois não somos minimamente exigentes para com os mesmos, aquando da prestação de contas.
Continuamos a querer acreditar que aqueles que vêm a seguir serão os salvadores e que vão mesmo ser melhores, mas voltamos a teimar em não ser exigentes connosco, e muito menos com os outros, aquando da prestação de contas.
Continuamos a facilitar e a permitir a promiscuidade entre a política de representação pública e os favorecimentos nos negócios privados.
Continuamos a facilitar a desregulação comercial dos grandes grupos económicos e financeiros sem parar para pensar que, mais cedo ou mais tarde, os prejuízos recairão sobre nós próprios e sobre os nossos descendentes.
Continuamos e teimamos a fazer de conta que não vemos nem sabemos. Continuamos a aplaudir sem refletir. A calar ou a resignar para consentir.
No fundo, continuamos a permitir que nos usem, que de nós abusem e ainda a consentir que todo este sufoco seja passado para os nossos filhos e netos,...
Quando é que iremos parar para pensar, para agir e sobretudo para exigir? Sejamos exigentes connosco, com os nossos e sobretudo com os outros que têm a obrigação de nos representar devidamente e de gerir bem a causa e a coisa pública, ou seja, aquilo que é de nós todos e dos nossos descendentes.
Tenhamos sempre presente que o ser humano erra e parece naturalmente egoísta! Por isso, procuremos corrigir-nos e ajudar a corrigir.
Tenhamos sempre presente que, se no início os liberais defendiam a política económica do "laissez-faire" (deixa andar), até estes, mais tarde, viriam a converter-se à defesa da regulação dos mercados, sendo que não tinham previsto que a via liberal poderia vir a produzir indivíduos excessivamente poderosos e que tudo derrubariam por mero egoísmo capitalista, como era alertado por Friedman, ao referir que o objetivo principal não deveria ser o laissez-faire, mas sim a regulação pela concorrência do mercado, mercado este que, sem o devido e salutar controlo sobre a concorrência, iria desenvolver indivíduos e interesses particulares extremamente poderosos e destruidores de toda a economia. Note-se que a regulação não visa proteger só os cidadãos. Visa também a assunção da responsabilidade individual e social, a par da solidariedade e da sustentabilidade social e empresarial. O problema é que, face ao poder e domínio dos grandes grupos económicos a concorrência do mercado não se regula por si só. É necessário e urgente a intervenção de entidades reguladoras que defendam o interesse público e o bem comum.
É tempo para nos questionarmos sobre como é que um grupo de mulheres e homens excêntricos e neoliberais capitalistas poderão mudar a política nacional, europeia e mundial para o bem comum? Se elas e eles não mudam, teremos de ser nós a mudar e a força-los à mudança.
Acredita nesse neoliberalismo capitalista?
Se não acredita, acredite pelo menos em si e reflita sobre os porquês de permitir e consentir que os seus/nossos líderes políticos introduzam o seu/nosso país, partido, movimento, instituição, associação,..., no seio dos movimentos e dos jogos de interesses neoliberais capitalistas? Eu já aqui havia escrito algo sobre esta temática, mas volto a insistr.
Continuemos a fazer de conta que existem políticos que dominam a arte ou ciência da organização, da direção, da governação e da administração da causa e da coisa pública. Continuemos a facilitar a desregulação comercial dos grandes grupos económicos e financeiros que um dia veremos onde iremos parar! Os neoliberais não conseguiram perceber que o laissez-faire poderia vir a produzir indivíduos excessivamente poderosos, como era alertado por Friedman, ao referir que o objetivo principal não deveria ser o laissez-faire, mas sim a regulação pela concorrência do mercado, o qual, sem controlo, iria desenvolver indivíduos e interesses particulares extremamente poderosos: esta via, segundo ele, visava proteger os cidadãos e não deixar os mercados descontrolados. O problema é que, face ao poder e domínio dos grandes grupos económicos a concorrência do mercado não se regula.
Como é que um grupo de homens apelidados de excêntricos e neoliberais capitalistas poderão mudar a política europeia e mundial para o bem comum? Acredita nesses homens? Se não acredita, porque é que aceita que os seus líderes políticos introduzam os seu partido no seio destes movimentos liberalizadores e desreguladores? Eu já aqui havia escrito algo sobre esta temática.
Nunca consegui compreender porque é que os comerciantes tradicionais foram abandonando as suas/nossas lojas e os chineses, marroquinos e indianos as foram rentabilizando. Se eles começaram a importar os produtos e a conseguir rentabilidade, nós também teríamos a obrigação de conseguir, até porque já cá estávamos e as lojas eram "nossa" propriedade.
Fomos adormecendo à sombra de uma vida de ilusões e os nossos políticos e (des)governantes foram-se envolvendo e sustentando com outros negócios de milhões.
Preparem-se que o Alibaba e os 40 ladrões da China vão tomar conta dos mercados mundiais.
O Grupo Alibaba, que para muitos faz lembrar dos 40 ladrões e que os capitalistas fabricam como negócio, é comandada por Jack Ma, que, em 1999, era apenas um simples professor de inglês em Hangzhou, perto da cidade de Shangai.
Este senhor visualizou ou serviu de visualização para a potencialidade do e-commerce, oriunda da China, sendo que as suas vendas só no ano passado chegaram aos 5,7 mil milhões de dólares, sendo maior que a eBay e a Amazon juntos.
Referiu recentemente o Sr. Jack Ma que pretende ultrapassar o Google e o Facebook e acreditem que vai conseguir, sendo que continuamos a importar os negócios da China sem a devida regulação, situação que acabará por matar todo o mercado europeu. O comércio tradicional já está morto e a seguir serão atingidos mesmo aqueles que julgam ser os poderosos a nível nacional, mas que não são nada face ao poder de globalização comercial chinês, apoiado pelos nossos políticos e (des)governantes que se alimentam à custa da exploração de todo um povo e das benesses conseguidas pela subserviência ao gigantes grupos económicos e financeiros.
Jack Ma já é visto como o maior filantropo da China e começa agora a ser vendido como um tubarão na Europa e na América, sendo comparado com Andrew Carnegie nos Estados Unidos, que atuou no final do século XIX e início do século XX. "Na China é uma verdadeira celebridade, maior que Steven Jobs, Bill Gates ou Mark Zuckerberg e sem nunca ter escrito uma linha de código na vida".
Segundo um expressivo artigo publicado no Economist e hoje revendido no Económico à boa maneira das técnicas "think tank" (Academias de transmissão de pensamento ideológico de direita), as pesquisas dos analistas sugerem que a sua empresa poderia valer hoje 150 mil milhões de dólares. Consta que a receita do Alibaba terá subido mais de 50% nos últimos nove meses de 2013 e a sua margem de lucro estará hoje com um crescimento superior a 40%.
Por isso, comprem, comprem ilusões e deixem-se estar a viver com tostões. Não exijam a devida regulação dos mercados. Deixem-se estar sentados à espera que o sistema capitalista neoliberal venha colocar em funcionamento a concorrência justa e leal.
Na década de 40, três homens começaram uma batalha solitária contra as novas políticas coletivas, dando assim origem ao neoliberalismo.
Note-se que até Popper procurou atrair o maior número possível de pessoas para esta linha de pensamento, até mesmo os socialistas, tendo mais tarde vindo a detetar falhas na ideologia do mercado, comparando-a a uma religião.
Mas o senhor Stedman Jones acabau até por brincar com estas disputas professorais, tendo afirmado que nunca nos devemos esquecer da palavra "neoliberal" nem do seu verdadeiro significado, sendo necessário derrubar os pugilistas originais e seus seguidores que são contra a regulação estatal.
Milton Friedman, um economista de Chicago, proferiu a palavra "neoliberal" num ensaio de 1951, intitulado "O neoliberalismo e as suas perspectivas". Ele defendia nesse ensaio o "caminho do meio" entre o inimigo do coletivismo e os excessos do liberalismo do século XIX.
O problema é que os neoliberais não conseguiram perceber que o laissez-faire poderia vir a produzir indivíduos excessivamente poderosos, como era alertado por Friedman, ao referir que o objetivo principal não deveria ser o laissez-faire, mas sim a regulação pela concorrência do mercado, o qual, sem controlo, iria desenvolver indivíduos e interesses particulares extremamente poderosos: esta via, segundo ele, visava proteger os cidadãos e não deixar os mercados descontrolados. O problema é que, face ao poder e domínio dos grandes grupos económicos a concorrência do mercado não se regula.
Saibamos dizer aos dirigentes de matriz ideológica socialistas, bem alto e de viva voz, que não aceitamos novos alinhamentos de centro-direita, nem votaremos em candidatos a deputados que defendem e têm apoiado um alinhamento à direita, só por se tratar do caminho mais fácil.
Os socialistas, e portugueses em geral, só poderão aceitar votar nas listas do PS depois dos seus líderes afastarem os políticos de pensamento ideológico favorável ao alinhamento à direita liberal e se comprometerem com um rumo de viragem à esquerda, devendo clarificar muito bem que medidas dos últimos Governos e desta Europa pretendem manter ou revogar num futuro próximo.