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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Cleptocracia é um termo de origem grega, que significa, literalmente, “governo de ladrões”.
A situação humanitária em Angola é catastrófica. Os seus recursos petrolíferos e diamantíferos, poderiam transformar Angola num dos países mais ricos e mais desenvolvidos do mundo. No entanto, um pai (des)governante decidiu focar-se em tornar a sua filha numa da mulheres mais ricas do mundo.
Enquanto isso, as filhas e filhos da esmagadora maioria dos outros pais, de Angola e não só, não têm sequer o mínimo para se alimentar. Em Angola, cerca de 80% da população rural vive em extrema pobreza e uma criança em cada três não consegue atingir sequer a idade de cinco anos.
É um ciclo vicioso em que comunidades pobres e marginalizadas, principalmente mulheres e meninas, estão cada vez mais expostas às crises e à fome e menos capazes de lidar com a situação e recuperar.
Angola era o 16.º pais mais corrupto do mundo (Índice de Percepção da Corrupção, 2018). Mas o problema vai para além da família "dos Santos". Em 2019 baixou dois lugares. Esperamos que agora o povo angolano, e não só, comece a acordar. Mas todos sabemos que é muito difícil combater a corrupção, o branqueamento de capitais e o desvio de dinheiros públicos.
Enquanto uns poucos enriquecem, a Amnistia Internacional denuncia fome e miséria em Angola, designadamente no sul. Mas parece não haver "pai" que pense nos filhos dos outros e de todos.
Angola é o PALOP onde a população mais sofre com a fome e estava na lista dos 55 países com as taxas mais alarmantes no Índice Global da Fome, 2017, indicando os estudos que, a caminhar assim, nem em 2030 a população conseguiria sair dos índices alarmantes da fome.
Na África Oriental, em particular, cerca de um terço da população, 30,8%, está subnutrida.
Dizem que esta criança, que estava ao frio na rua, foi ajudada por quem menos se esperava.
Acreditem que eu, sinceramente, não esperava outra coisa.
Basta passar na rua e olharmos para a nossa indiferença.
Da próxima vez que passemos pelas ruas, prestemos um pouco mais de atenção. Pode um dia destes ser o nosso filho, o nosso irmão, um nosso familiar ou vizinho, ou até mesmo o nosso futuro.
Os problemas resolvem-se cívica e poiticamente a montante e não por caridade.
Isto é amor ao próximo.
A POBREZA NÃO PODE CONTINUAR A SER UM NEGÓCIO!!!! Dar sim, mas exigir que se resolva o problema é a nossa maior dádiva!!!!
Sou gente de parcos recursos e até tenho o desemprego dentro de casa, mas por princípio e porque já passei dificuldades, costumo entregar produtos para o banco alimentar, mas questiono sempre:
A POBREZA NÃO PODE CONTINUAR A SER UM NEGÓCIO!!!!
O problema é que nos unimos em torno de um saco de arroz, mas não nos unimos em prol de acabar de vez com as condições de miséria que alimentam muita gente de topo e que até servem para muitas vaidades e até para rampa de lançamento ou de resguarda de cargos políticos. Mas também se não dermos, essa gente continuará a passar fome.
Temos de ser mais racionais e exigirmos que se acabe com a miséria de uma vez por todas.
Dar sim, mas exigir que se resolva o problema é a nossa maior dádiva!!!!
Ontem comemorou-se o Dia Internacional de Recordação do Holocausto. Hoje e amanhã comemoram-se os dias em que 85 homens ou gigantes grupos económicos detêm mais de metade da riqueza que consegue ter metade da população mundial mais pobre.
Será isto um continuo recordar do holocausto?
Ou será uma forma para impedir os pobres de reclamar o que quer que seja?
Como é que se pode ter capacidade para reivindicar ou para montar barreiras, se não se tem dinheiro, nem alimentos, nem saúde e nem educação?