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Governo PS 2017.jpg

Concordo com a aplicação da metodologia e confio nos investigadores das Instituições de Ensino Superior, designadamente nos do Centro de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas (GOVCOPP), da altamente qualificada e reconhecida Universidade de Aveiro.  

 

Contudo, creio não ser necessário o recurso à prestação e pagamento destes serviços, sendo que as Universidades, os parceiros sociais e políticos, bem como o comum dos cidadãos, são interessados e detentores da capacidade e da diversidade requerida e necessária para apreciar e avaliar o desempenho de um Governo, por via dos métodos e técnicas científicas de análise social e política.

 

Não obstante, todos sabemos como anda o orçamento do ensino superior e que o desenvolvimento da Investigação e da Ciência tem custos, os quais se justifica que sejam suportados pelo Estado, mas no âmbito da boa repartição do Orçamento de Estado e do reforço do orçamento das Instituições de Ensino Superior Públicas, estando estas ao serviço do Estado e da Sociedade em geral.

 

Analise politica de Carlos Jalali.jpg

Pelo que se sabe, a Universidade de Aveiro disponibilizou as instalações para o evento e o Governo terá decidido requerer a elaboração de um estudo quantitativo, coordenado pelo Professor de Ciência Política, Carlos Jalali, com a intenção de estudar duas vertentes:

1 - O cumprimento das promessas por parte deste Governo e;

2 - As preocupações que os inquiridos identificam como prioritárias para o futuro.

 

Mas importa referir e explicar aquilo que as notícias, os políticos e comentadores enviesados não explicam, ou lhes interessa, por mero aproveitamento político partidário, não dizer nem explicar, sendo que as Instituições de Ensino Superior, os seus professores e investigadores cumprem a sua missão e desempenham os seus serviços de modo credível e independente, em benefício das pessoas e da sociedade em geral, através do ensino, da investigação, mas também da cooperação, seja cooperando com o Estado ou com outras entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, às quais são prestados importantes serviços, sendo por isso as Instituições de Ensino Superior os espaços privilegiados para a investigação, onde se desenvolvem atualmente produtos e soluções inovadoras que contribuem para o avanço da ciência e da tecnologia, mas também para a análise e melhoria da governança, da competitividade e das políticas públicas.

 

O que as notícias, políticos da oposição e comentadores também não referem, é que a metodologia de focus group propicia um ambiente mais natural e holístico para a entrevista, considerando assim a representação do todo, manifestando uma opinião coletiva, incluindo ideias opostas e tendo em consideração as partes e as suas inter-relações. 

 

Outra questão relevante, que também não é referida nas notícias nem pelos comentadores partidários da oposição, é que os participantes são selecionados com base em princípios éticos, científicos e técnicos, geralmente sem ligação direta com o entrevistado, sendo esta uma técnica mais natural e autêntica do que a interação dual entre um entrevistado e um entrevistador, facilitando assim a partilhada e confronto de opinião e também de divergências.

 

Para que percebam, a utilização da metodologia de focus group tem vindo a alargar o seu campo de aplicação a diferentes disciplinas e com diferentes finalidades, como é o caso da investigação em educação, saúde, gestão, organização e administração pública, mas também no âmbito da ciência política e da governança (Keeney, von Winterfeldt, & Eppel, 1990; Weimer, 1995).

Ainda que com diferentes níveis de utilização e de reflexão, a adoção da metodologia de focus group tem sido observada num leque diversificado de áreas, como a educação e intervenção na saúde (Mitchell, & Branigan, 2000), a compreensão de práticas de gestão e de organização (Rodrigues et al., 2007), o ensino (Winlow, Simm, Marvell & Schaaf, 2013) ou o comportamento do consumidor (Threlfall, 1999).

 

O que é o focus group?

A metodologia de focus group foi desenvolvida originalmente na área das ciências sociais, no século passado, tendo vindo a alargar o seu campo de aplicação a diferentes disciplinas e sido objeto de crescente interesse por parte dos investigadores (Bloor, Frankland, Thomas & Robson, 2001; Morgan, 1996, 1997; Sagoe, 2012; Stewart, Shamdasani & Rook, 2007).

É um método científico que permite planear cuidadosamente uma discussão sobre a perceção, o sentimento, as atitudes e as ideias de um grupo de participantes representativos da sociedade, os quais intervêm com integridade sobre um determinado tema (Barbour & Kitzinger, 1999; Cohen, 2000; Krueger & Casey, 2000; Morgan, 1997; United Kingdom National Audit Office, 1997).

 

Mas porquê usar a metodologia de focus group?

Porque é um método reconhecido e aplicado cientificamente;

Porque fornece informações mais abrangentes sobre o que as pessoas pensam;

Porque permite perceber a opinião geral da sociedade e com menores custos;

Porque fornece uma compreensão mais abrangente e detalhada dos fenomenos em estudo;

Porque encoraja os participantes a desenvolver a interação e a discussão, facilitando assim a partilhada e confronto de opinião e também de divergências;

Porque tem em consideração a representatividade da sociedade portuguesa.

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