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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Quim Barreiros, Augusto Canário, Zé Amaro e Sons do Minho lançam nova versão da "Casa Portugesa".
No período de grande dificuldade que o País atravessa e que pode prolongar-se, onde o turismo e a cultura, nas suas mais diversas formas, estavam a ser grandes alavancas de recuperação económica e desenvolvimento, é agora necessário uma estratégia abrangente, primeiro de salvaguarda e depois de recuperaçãoos dos nossos recursos turístico-culturais com verdadeiro espírito empreendedor e atuante, transformando o seu potencial em fatores de desenvolvimento económico e de criação de emprego por todo o país, com especial atenção sobre o interior e sobre o turismo rural e de natureza, que poderá ser o primeiro a dar os primeiros grandes passos rumo à recuperação económica.
Seja por via da economia declarada ou pela economia paralela, o certo é que as festas e romarias dinamizam a economia local e reforçam os laços dos familiares e dos conterrâneos.
Cerca de 85% das festas e romarias decorrem entre maio e setembro, ou seja, precisamente no atual perríodo dificil de contenção, que causará enormes dificuldades a todos os que dependem deste trabalho/rendimento.
Se, anteriormente, na designada época alta, alguns artistas cobravam significativos valores, que lhes permitem hoje ter uma situação mais desafogada, como por exemplo os Xutos & Pontapés (37 mil euros); a fadista Mariza (35 mil euros); Tony Carreira (39 mil euros) por concerto, o certo é que a maioria dos artistas, animadores, músicos, iluminadores, fogueteiros, técnicos, vendedores ambulantes, entre outros, desempenhavam o seu trabalho em regime temporário/sazonal e poderão estar ou vir a estar em grandes dificuldades. É, por isso, igualmente importante definir uma estratégia de apoio a estas "casas portuguesas".
Classificação de Interesse Turístico das Festas e Romarias de Portugal
A classificação das Festas e Romarias de Portugal sob o critério de interesse turístico, tal como acontece com vários eventos em países da Europa, é uma pretensão antiga manifestada a vários Secretários de Estado do Turismo, e mesmo a anteriores ministros da Cultura, dos quais se tem obtido grande receptividade, no entanto nunca se chegou a um compromisso de acção que permitisse avançar com a sua concretização.
No período de grande dificuldade que o País atravessa, onde o Turismo e a Cultura são apontados como alavancas de recuperação económica, é chegado o momento de olhar para os nossos recursos turístico-culturais com verdadeiro espírito empreendedor e actuante, transformando o seu potencial em fatores de desenvolvimento económico e de criação de emprego.
A cultura em geral, incluindo a cultura popular e tradicional portuguesa, é certamente a nossa maior riqueza, veículo de afirmação da identidade e factor de diferenciação. É ainda uma força poderosa potenciadora de internacionalização, pois não esqueçamos que alguns dos principais países emergentes (China, Índia, Brasil, Angola e outros), têm fortes relações histórico-culturais com Portugal o que, por si só, é razão suficiente para pensarmos de forma mais empreendedora na promoção da nossa cultura, em geral, enquanto fator de desenvolvimento económico sustentável.
Há indicadores que demonstram que cerca de 64% do turismo mundial envolve motivações culturais. É um elemento presente em todas as experiências turísticas e aquele que torna os produtos e os destinos mais competitivos, valorizados e inovadores, vendendo-se mais e por melhores preços. A cultura, na sua aplicação à actividade turística, é um mundo de oportunidades, tanto no desenvolvimento de eventos, de actividades de animação, de caraterização dos hotéis, de parques temáticos como de valores e conteúdos para a comunicação.
É por isso que retomamos esta ideia da "Classificação de Interesse Turístico das Festas e Romarias de Portugal", considerando estar perante uma verdadeira oportunidade de aproveitamento sustentável do potencial turístico e económico destas festas e romarias e cuja riqueza é inquestionável.
Uma classificação que permitiria estimular os agentes económicos à sua qualificação e permitiria estruturar estas festas e romarias como verdadeiros produtos turísticos, permitindo a sua comercialização efectiva nos canais de distribuição normais. À semelhança do que já acontece em muitos países da Europa com indubitável êxito, como em Espanha, onde festas como as de San Fermín, a Tomatada, a Feira de Málaga ou a Semana Santa de Sevilha, Valladolid e Zamora, são hoje polos de promoção turística de grande importância e demonstram o potencial económico destas manifestações culturais.
Acreditamos que este é um projecto que muito pode ajudar a valorizar a nossa cultura, em prol do desenvolvimento económico de Portugal.
Fonte: Progestur