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Baião e Felgueiras, o avanço ou o retrocesso?

por José Pereira (zedebaiao.com), em 04.12.13

Car@s amig@s de Baião, a nossa terra e a nossa gente. Por acaso viram a reportagem do jornal da noite, de ontem, 5/12/2013, sobre Felgueiras?

Não estará na hora de reflectir e até de enviar algumas pessoas para fazerem uns estágios por terras de Felgueiras. Afinal é tão perto e tão longe. Tão perto do desenvolvimento e tão atrasados. Tanta imagem e tão pouco emprego. Tanta festa e tão pouca cultura. Tantas camas e tão baixo valor acrescentado,...

 

MAS OS EXCELENTES QUEM SÃO? SERÁ QUE UM DIA VAI CONSEGUIR ALIMENTAR-SE DA IMAGEM OU DE PROTAGONISMOS  PESSOAIS? APRENDI NA NOSSA TERRA QUE AS VAIDADES NÃO PAGAM DÍVIDAS. 

 

 

PARA ONDE ESTÁ A DESLOCAR-SE O VALOR ACRESCENTADO? E NÃO PENSEM QUE É TUDO FRUTO DO CALÇADO,  PORQUE NÃO É,  SENÃO VEJAMOS:

1- Felgueiras, desde 2008, diminuiu o desemprego em cerca de 20%, quando em Baião não pára de aumentar;

2- Recordam-se de eu tanto insistir sobre as mais-valias da Adega Cooperativa de Baião, que está a ser dotada ao abandono? Pois saiba que as últimas vindimas em Felgueiras também creceram cerca de 20%, sendo produzidos 4, 8 milhões de litros de vinho verde, grande parte do qual está a ser exportado. Agora imaginem quanto dinheiro não poderia ser feito com cerca de 5 milhoes de litros de vinho e, se apostassemos na marca e na qualidade do vinho e das culturas da nossa terra, quanto não seria o valor acrescentado e o emprego gerado. Em meados de novembro a Cooperativa de Felgueiras já tinha pago aos seus sócios, mais de 1 milhão de euros;

3- Felgueiras deixou de apostar nos espectáculos e passou a apostar nas pessoas e nas empresas,  sendo que o valor acrescentado tem vindo a crescer significativamente, enquanto em Baião as empresas estão cada vez mais em dificuldades e o poder de compra das pessoas atirou o nosso município para o lugar dos mais pobres da nossa região;

4- Felgueiras não aumentou o número de camas, mas aumentou o valor acrescentado das empresas locais. Baião tem aumentado o n. de camas, mas o valor acrescentado das empresas de Baião tem vindo a diminuir. Afinal de contas para onde estão a ir as mais-valias geradas em Baião? Pelo rio abaixo? Para o estrangeiro? 

 

ALGO ESTÁ A FALHAR NA ESTRATEGIA, PELO QUE, OU SE MUDA A ESTRATEGIA OU SE MUDAM AS PESSOAS.

 

Reflicta sobre alguns dados que se seguem e compare outros do INE ou PORDATA e pergunte a si próprio se não haverá necessidade de mandarmos fazer uns estágios para o vizinho concelho de Felgueiras.

 

Será que os nossos familiares terão todos de emigrar? Não se consegue fazer melhor pela nossa terra e pela nossa gente? Para onde está a ir o valor acrescentado de Baião?

 

Poderão vir argumentar que estamos a falar de concelhos com dimensões populacionais diferentes, mas analisem os dados em termos percentuais e reparem bem que começamos com números muito aproximados, sendo que Felgueiras disparou para cima e Baião para baixo.

 

Nao seria mau analiar bem estes dois concelhos e verificar em que falhamos no passado e no que continuamos a falhar.

 

 

 

 

 

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Emigração: A minha terra e a minha gente

por José Pereira (zedebaiao.com), em 03.12.13

Sou do Norte, Sou de Baião, tenho quase todos os amigos e familiares, da minha geração, emigrados, pelo que, estas notícias vindas de França preocupam-me muito e devem preocupar-nos a todos.

 

Li no Jornal Expresso, do dia 2 de dezembro de 2013, que a França quer acabar com os trabalhadores europeus de baixo custo, querendo isto dizer que querem acabar com milhares de empregos, de recursos, da nossa gente. Política com a qual eu até concordaria, caso não se tratasse de uma forma encapotada para mandar os portugueses de regresso a casa e para o desemprego.

 

Recordo que, só em França, encontram-se cerca de 100.000 trabalhadores portugueses com contractos precários e muitos outros milhares “destacados”, ou seja, pagos por baixos salários, que são processados em Portugal, por vezes até a explorar a nossa gente humilde. Mas que vai ser desta gente e destas pequenas e médias empresas?

 

É sabido que a Frente Nacional de Marine le Pen defende a "preferência nacional" dos franceses no acesso ao emprego em França.

E que vai ser da nossa gente?

Estamos preparados para este regresso a casa?

Lembram-se do que sucedeu com os “retornados”?

Sabem o que isto quer dizer?

Quer dizer, claramente, que se preparam para enviar para casa uns milhares de portugueses que ainda conseguiam trabalho no estrangeiro.

 

Já aqui falei nesta preocupação e volto a questionar: Como é que vamos um dia absorver toda esta gente nas nossas localidades do interior, onde já somos dos mais pobres e onde o trabalho remunerado é cada vez mais escasso?

 

Como é que se estão a preparar as autarquias locais para esta realidade assustadora?

Planeiem com tempo, sendo que, muito em breve será tarde demais!

 

Fontes:

http://expresso.sapo.pt/franca-quer-acabar-com-trabalhadores-europeus-de-baixo-custo=f844021?utm_source=newsletter&utm_medium=mail&utm_campaign=newsletter&utm_content=2013-12-03

 

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=152144786&DESTAQUESmodo=2

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