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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Uma aplicação acessível para consulta do OE2021
Consulte aqui o programa que irá ser realisado. No entanto, a iniciativa encontra-se suspensa por motivos de prevenção e contenção do coronavirus.
A cargo do Baião Canal , segundo informação e programação já confirmada pela organização, esta iniciativa conta com o apoio de um leque alargado de ilustres amigas e amigos de Baião ligados à educação e à cultura, bem como ao ativismo cívico, encontrando-se o programa alinhado nos seguintes termos:
DATA: dia 18 de abril de 2020 (sábado), da parta da tarde, a partir das 15:00 horas, por altura das comemorações dos 110 anos do nascimento do escritor Joaquim Soeiro Pereira Gomes.
LOCAL: Gestaçô - Baião (localidade onde nasceu Soeiro Pereira Gomes)
PROGRAMA:
Participação de alunos e professores do Agrupamento de Escolas do Sudeste de Baião
Minda Araújo (vocalista da Brigada Vitor Jara)
José Silva
Rui Vaz Pinto - Presidente da UNICEPE - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL
Arnaldo Trindade (convidado especial).
Arnaldo Trindade foi um conhecido editor na indústria fonográfica das décadas de 1960, 1970 e 1980 em Portugal. Foi o fundador da editora discográfica Orfeu.
Joaquim Soeiro Pereira Gomes nasceu a 14 de abril de 1909 na freguesia de Gestaçô, em Baião - Porto. Era filho dos proprietários rurais Alexandre Pereira Gomes e Celestina Soeiro Pereira Gomes, sendo um dos seis filhos do casal.
Alice Pereira Gomes, irmã do autor, dedicou-se também à escrita, “ que, por sua vez, casou com outro nome das letras portuguesas, Adolfo Casais Monteiro” (Magalhães & Azeredo, 1991, p.22 ). Numa tentativa de obter uma educação escolar mais cuidada, foi viver para Espinho, com apenas seis anos, para casa de uma tia-avó. Em finais de 1930, tendo terminado o curso de Regente Agrícola em Coimbra, parte para África, onde esteve pouco tempo, pois no ano seguinte regressa novamente a Portugal, fixando-se em Alhandra, Vila Franca de Xira, “onde se empregou nos escritórios de uma fábrica de cimento” (Machado, 1996, p. 225), função à qual acumulou a produção de textos para publicação no jornal O Diabo, com o qual começou a colaborar a partir de 1940.
Um dos seus livros mais conhecidos é o romance Esteiros, publicado pela primeira vez em 1941, e ilustrado por Álvaro Cunhal. (fonte: Visit Baião)
Da sua obra constam dois romances, onde a crítica social é mais profunda, a par de vários contos, tendo por causa da sua forma de escrita, sido encaminhado para a clandestinidade em 1943, condição em que viria a morrer seis anos depois, impossibilitado de receber os tratamentos médicos e de saúde de que necessitava.
A sua obra maior é Esteiros, publicado em 1941, a qual foi dedicada aos "filhos dos homens que nunca foram meninos". Tal como aconteceu com a maioria dos baionenses que viveram (e ainda hoje vivem) pobres e explorados.
«Esteiros» é uma comovente história da vida de crianças que (como ele escreveu) «nunca foram meninos». Uma história de trabalho infantil; de miséria; de picardias, de audácia e aventuras, transbordando qualquer coisa de heróico na vida dessas crianças.
«Esteiros» foi desde logo considerado e reconhecido como uma pequena obras prima. Observação atenta da vida, «Esteiros» é um romance de profundos sentimentos de amor e ternura pelas crianças e transmite (sem o explicitar) a indignação pela exploração e miséria de que são vítimas.
Este romance, Esteiros, acompanha (...) as deambulações de um grupo de míudos (...), cuja condição social lhes impõe, em vez da escola, o trabalho numa rudimentar fábrica de tijolos à beira-Tejo. É certo que algum primarismo de processos construtivos, bem como algum esquematismo, são reconhecíveis no romance (...). Tudo isso, porém, Esteiros transcende pela terrível verdade humana de um grupo de crianças que responde à violência do sistema social através de uma solidariedade alimentada por uma permanente derrogação à moral social dominante (...)"(idem)
Engrenagem "é igualmente uma obra central do nosso neo-realismo, antes de mais por ser uma das muito poucas abordagens do universo do capitalismo industrial, de facto quase ausente da produção neo-realista" portuguesa.(idem)
Engrenagem, romance publicado em 1951, já depois da sua morte, foi escrito na clandestinidade, assim como os Contos Vermelhos, Última Carta e Refúgio Perdido, também publicados postumamente. (Fonte: CITI )
Soeiro Pereira Gomes com Álvaro Cunhal
Cleptocracia é um termo de origem grega, que significa, literalmente, “governo de ladrões”.
A situação humanitária em Angola é catastrófica. Os seus recursos petrolíferos e diamantíferos, poderiam transformar Angola num dos países mais ricos e mais desenvolvidos do mundo. No entanto, um pai (des)governante decidiu focar-se em tornar a sua filha numa da mulheres mais ricas do mundo.
Enquanto isso, as filhas e filhos da esmagadora maioria dos outros pais, de Angola e não só, não têm sequer o mínimo para se alimentar. Em Angola, cerca de 80% da população rural vive em extrema pobreza e uma criança em cada três não consegue atingir sequer a idade de cinco anos.
É um ciclo vicioso em que comunidades pobres e marginalizadas, principalmente mulheres e meninas, estão cada vez mais expostas às crises e à fome e menos capazes de lidar com a situação e recuperar.
Angola era o 16.º pais mais corrupto do mundo (Índice de Percepção da Corrupção, 2018). Mas o problema vai para além da família "dos Santos". Em 2019 baixou dois lugares. Esperamos que agora o povo angolano, e não só, comece a acordar. Mas todos sabemos que é muito difícil combater a corrupção, o branqueamento de capitais e o desvio de dinheiros públicos.
Enquanto uns poucos enriquecem, a Amnistia Internacional denuncia fome e miséria em Angola, designadamente no sul. Mas parece não haver "pai" que pense nos filhos dos outros e de todos.
Angola é o PALOP onde a população mais sofre com a fome e estava na lista dos 55 países com as taxas mais alarmantes no Índice Global da Fome, 2017, indicando os estudos que, a caminhar assim, nem em 2030 a população conseguiria sair dos índices alarmantes da fome.
Na África Oriental, em particular, cerca de um terço da população, 30,8%, está subnutrida.