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NÃO HÁ DINHEIRO QUE PAGUE A SAÚDE, A EDUCAÇÃO E A SEGURANÇA SOCIAL

por José Pereira (zedebaiao.com), em 05.12.16

Dizem-nos que se o Estado não pagar bem não conseguirá cativar os melhores de entre os melhores. Contudo, parece estar aqui a prova de que há pessoas consideradas altamente capazes, competentes e profissionais que aceitam gerir um Ministério por 5.000€ por mês.

Mas porque é que não têm a mesma disponibilidade para gerir um banco público, ou qualquer outra empresa pública?
Será que a capacidade, a competência e o profissionalismo só depende da variável salarial?

Quais são os estudos que demonstram que, por si só, o salário aumenta a capacidade, a competência e o profissionalismo?

Em que patamar colocamos a justiça social?


Sempre ouvi dizer que não há dinheiro que pague a saúde.

Remunerações do Políticos_2.jpg

 

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OS 20 ERROS DE QUEM GOVERNA E DIRIGE

por José Pereira (zedebaiao.com), em 28.01.15

Na minha opinião, o que não faz sentido é continuarmos a ter governantes e dirigentes a assistir à falência do sistema educativo sem nada fazer. São eles que cometem os maiores erros e atropelos à educação.

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A esses jovens, que hoje erram e que amanhã errarão muito mais,  foi vendida uma educação que há muito se sabe que está falida e que os políticos e governantes se esforçam por destruir ainda mais.

 

Veja-se que estes jovens professores são excluídos do sistema,  mas os responsáveis por todos esses e piores erros continuam ao serviço, nada acontecendo aos governantes e responsáveis pela sua educação e formação.

 

O Sr. Ministro demitiu-se ou identificou os responsáveis e as falhas que levaram a esses erros de palmatória?  Claro que não!

Se não tem vontade nem coragem para identificar os responsáveis pelos verdadeiros erros, muito menos terá capacidade para apresentar uma estratégia para os corrigir.

 

Os erros desses jovens professores que, infelizmente e iludidos, pagaram e continuam a pagar por uma educação e formação que há muito os governantes e dirigentes sabem que é facilitadora e que está carregada de erros, desde a base até ao topo, são apenas um pequeno reflexo de todas as falhas que há muito os professores identificam e comunicam a quem de direito, mas sem que, quem de direito, queira sequer saber.

 

Será que foram estes jovens que erraram?

Então e que se faz a quem cometeu e continua a cometer os erros a montante?

Ficam a governar, a dirigir e a inspeccionar/auditar as escolas e faculdades e mesmo a dar aulas sem serem avaliados nem responsabilizados?

 

Estes jovens professores correspondem aos que são mortos na sala de espera ou nas urgências.

Vamos culpar quem morre ou quem deveria ter prevenido a doença e apresentado a solução para a cura?

 

Onde estão as falhas e os responsáveis por elas?

Nesses jovens recém formados?

Em quem governa e dirige?

No professor que os ensinou no 1.° ciclo?

Nos professores que os ensinaram até ao secundário?

Na democratização do ensino, nos exames nacionais e/ou nas provas de ingresso ao ensino superior?

No ensino superior público ou privado?

Nas políticas e práticas da acção social escolar?

Nas práticas ou estágios pedagógicos?

...

Será que as falhas do sistema educativo residem só nesses jovens que apenas demonstraram as falhas de quem os educou e formou?

Então e que avaliação se faz à transversalidade do sistema educativo?

 

 

Quem ensinou esses jovens mantem-se a dar aulas e até a governar e a dirigir as instituições educativas. É assim que pretendemos continuar?

Se é, então continuamos a ensinar e a formar para errar.

 

Os problemas da educação não são culpa desses jovens professores. São culpa de todo um sistema facilitador e que enferma de grandes e graves falhas. Os bons professores não se criam nem desenvolvem com péssimas políticas educativas.

 

 
 
 
 
 

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=4366568&page=-1

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Atendendo a que alinho o meu pensamento e a minha ação por uma base que se denomina "Declaração de Princípios e Valores Socialistas", sinto-me na obrigação de desassossegar por dentro dos partidos, para ver se conseguimos mudar algo por fora. Continuo a acreditar que sem termos a coragem, a capacidade e as competências cívicas e políticas para mudar por dentro dos partidos, pouco ou nada conseguiremos mudar por fora. De pouco serve pensarmos que virá um independente ou novo partido salvar tudo isto, porque não virá.

Partidos, Miguel Coelho, PS, PSD, Eleições Europa, Portugal, Manifesto Programa Projecto Políticas Sociais

 

A (i)responsabilidade é nossa, sim NOSSA, ou seja MINHA e SUA e NÃO DELES!

 

É com base nesta minha opção (acreditem que muito difícil, penalizadora e desgastante) de ação de desassossego que, ao ler o livro do Doutor Miguel Coelho (facebookperfil político, deputado), começo por fazer esta breve reflexão dirigida ao partido que deveria defender as linhas ideológicas com que me identifico (PS).

 

Como tem sido possível constatar, o rumo dos partidos e também do PS, anda desnorteado. Todos sabem que os cidadãos deixaram de acreditar nos partidos e nos políticos, mas praticamente nenhum dirigente de topo pensa nem planeia mudar ou alterar o que quer que seja. Quando se constata que 93,2% (PS) e 75,4% (PPD/PSD) dos elementos do Secretariado Nacional exercem simultâneamente cargos políticos remunerados e que se encaixam sucessivamente em lugares públicos ou privados de topo, é mais do que óbvio que tudo farão para manter a cartelização partidária, ou seja, o controlo sobre todas as estruturas, desde as secções de base, passando pelas concelhias e distritais até às estruturas de direção e governação nacional. 

 

Por estes dias, todos vão falar muito de Portugal e da Europa Social, da democratização por via da participação e da melhoria da representação, da necessidade de credibilização dos partidos e dos políticos, das questões e problemáticas sociais, de Portugal e da Europa dos Cidadãos,  da necessidade de regulação dos mercados e da criação de emprego para relançar a economia, do pluralismo e da diversidade,...

 

Mas acredite que a mudança nunca se fez por "memorando" ou "despacho". A mudança é um processo constante que depende de nós todos, sendo que não podemos continuar à espera que venha um salvador de Portugal, da Europa ou do Mundo fazer esse trabalho por nós.

 

É óbvio que o principal caminho é o da eurocidadania, da solidariedade e da responsabilidade e responsabilização individual, social, política, laboral e empresarial. O problema é que em Portugal e na Europa o sistema político-partidário do arco central do poder está "entrosado" (aquele ou aquilo que se introduz em alguma parte sem ter qualidade para tanto) pelos jogos de interesses que assentam na defesa dos grandes grupos empresariais e financeiros e que determinam o designo social, quando tudo isto deveria ocorrer e funcionar exatamente ao contrário, ou seja, o desígnio social é que deveria determinar o sistema empresarial e financeiro.

 

Como defendeu recentemente o Doutor Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho  (Os Partidos Políticos e o Recrutamento do Pessoal Dirigente em Portugal, 2014), “ o PS e o PPD/PSD, revelaram-se semelhantes”. No início o PS ainda se regia e “revia no quadro dos valores e do socialismo humanista”, mas depressa se direccionou para o modelo de “partido de quadros”. Situação esta que veio a demonstrar “uma maior insatisfação dos militantes socialistas quanto à sua participação na escolha dos dirigentes nacionais e regionais”

 

É ainda possível inferir que os partidos do arco do poder (PS e PPD/PSD) “são estruturas de militantes em processo de atomização” , ou seja, “estratificados entre militantes” de topo, que vão ocupando e controlando os cargos dirigentes em institutos e empresas  públicas e privadas e os militantes de base que se limitam a funcionar como meras massas de aplauso e de voto, sem a devida reflexão e, pior, sem qualquer poder de escolha, de participação/tomada de decisão regional, nacional ou europeia.

 

Os partidos alinharam-se pela denominada estratégia de “catch all” (que procuram abranger tudo e apanhar tudo, perdendo a ideologia e buscando a maximização dos espaços de controlo e de poder), situação que “terá favorecido a emergência de uma situação característica dos tipos de partido de cartel” (Cartelização partidária é o acordo político-empresarial estabelecido entre políticos de topo e grandes grupos empresarias, que se organizam numa espécie de sindicato que visa dominar os mercados e impor os preços, suprimindo ou criando impedimentos à devida regulação e à salutar concorrência/desenvolvimento socioeconómico).

 

Note-se que, no “PS, há uma quase total omnipresença das equipas dirigentes do Secretariado Nacional em cargos políticos remunerados (93,2%)". Nestes termos, como é que as bases e os valores da generalidade dos militantes socialistas e sociais democratas podem vingar? Como é que podem os cidadãos e militantes de base contrariar esta “Lei de Ferro “ dominada pelo circulo que integra a cúpula dos partidos?

 

Isto é Democracia? Pode ser algo a que chamam de estrutura organizacional “participativa e representativa”, mas NÃO É CERTAMENTE DEMOCRACIA PARTICIPADA NEM DEVIDAMENTE REPRESENTADA!

 

Mas nem tudo está perdido, sendo que dentro do PS ainda há cidadãos militantes de causas e valores (é certo que são mais os de base do que os de topo, mas que os há, disso não tenho dúvidas) os quais consideram que “as políticas sociais constituem o território que separa, impressivamente, o PS do PPD/PSD”.

 

 

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Permitam-me que lhes faça uma simples pergunta para reflexão: A maioria dos socialistas e sociais democratas são filhos, netos e bisnetos de quem? 

pobreza,  neoliberalismo, sonae, lucro, donos de portugal

 

 

São filhos e netos dos valores de Abril ou de um regime senhorial que ainda hoje se mantém instalado nos bisnetos? É que pelos vistos os bisavós arrastaram as dividas para os bisnetos, mas pelo que se constata, só com consequências sobre a vida dos filhos e netos de Abril. Pensem bem em todos os futuros bisnetos, mas sobretudo nos bisnetos de Abril e de todos os que sempre foram sacrificados para meia dúzia continuar continuarem a viver com as regalias e mordomias do regime senhorial.

 

Haverá filhos, netos e bisnetos socialistas e sociais democratas corajosos para tomar o rumo de Portugal? Lamento que não saibamos sequer assumir responsabilidades para com os nossos filhos e netos.

 

Deixemo-nos de ilusões e de ser os eternos sacrificados. Se no passado fomos sacrificados por um regime senhorial agrícola, hoje somos igualmente sacrificados por um regime senhorial capitalista.

 

Veja-se que o manifesto dos 70 reúne, na sua maioria, netos e bisnetos do regime senhorial e especialistas da alta economia e finança. Serão todos coerentes com o que têm vindo a aplicar e a defender politicamente e nos cargos políticos e/ou governativos porque passaram? Eu duvido que os interesses obscuros  sobre o manifesto não vizem o interesse comum de Portugal e de todos os Portugueses. Porque é que ninguém se arrisca a concretizar e a clarificar?

 

Então e quem representa e defende a parte laboral, social e humana?

 

Veja-se que:

  • No ano em que a maioria dos portugueses passa por enormes dificuldades sociais, alimentares, educativas, de saúde, de habitação  e económicas;
  • No ano em que a maioria dos jovens não tem acesso a um primeiro emprego;
  • No ano em que se cortaram salários e reformas/pensões;
  • No ano em que se aumentaram impostos sobre rendimentos e sobre produtos essenciais; 
  • No ano em que Belmiro de Azevedo vem afirmar que não pode haver aumento de salários porque os portugueses não são devidamente produtivos,...

Somos surpreendidos que o número dos muito ricos e da sua riqueza aumenta de dia para dia, enquanto o número de pobres dispara e aumenta o número de familias abaixo do limiar da pobreza.

 

Neste mesmo ano, enquanto o patrão (bisavô, avô, pai) da SONAE vem argumentar que não pode haver aumentos salariais porque os trabalhadores são pouco produtivos, ou seja, malandros, somos agora surpreendidos com as notícias de que a SONAE, supostamente à custa da exploração da mão-de-obra barata e de outras benesses, acaba de atingir 175 milhões de euros de lucro (resultados diretos), ou seja, mais 31 milhões do que em 2012.

 

Afinal estamos em crise ou a viver miseravelmente para aumentar a riqueza de grandes grupos económico/financeiros?

 

Afinal os trabalhadores portugueses são produtivos ou explorados?

 

Que conclusão podemos retirar daqui?

 

Será que baixaram os preços dos produtos alimentares nos supermercados? Será que pagaram devidamente aos produtores de origem? Será que pagaram devidamente aos trabalhadores? ...

 

É que, enquanto a maioria de um povo passa a caminhar para uma vida de miséria, os grandes grupos económico-financeiros e empresariais que dominam os mercados, aumentam os seus lucros e ficam cada vez mais ricos. 

 

Porque é que os líderes políticos não confrontam estes grandes senhores com a realidade e com a devida responsabilidade social e empresarial?

 

Será que os nossos governantes e lideres político-partidários, bem como os parceiros sociais defendem devidamente o nosso País e todo o povo Português?

 

 

Será que está a haver a devida repartição dos sacrifícios? 


Estará a ser trabalhado o devido equilíbrio entre CAPITAL - TRABALHO - REMUNERAÇÃO - RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESARIAL - BEM ETAR COMUM?

 

Estará a ser aplicada a melhor política laboral, comercial, empresarial e redistributiva?

 

Ou estaremos a contribuir para o aumento da riqueza dos grandes grupos económicos e a destruir todo o pequeno e médio comércio, as pequenas e médias empresas e a destruir cada vez mais postos de trabalho?

 

Onde residem os princípios da justiça social e económica que sempre defenderam os socialistas e sociais-democratas?

 

Será que pretendemos voltar a estar dependentes de um regime capitalista senhorial?

 

Quem foram e são os "donos de Portugal"?

 

 

São meia dúzia de senhores que tudo controlam e dominam ou somos nós, o conjunto de todos os portugueses?

 

Tenho muitas dúvidas que, mais lojas SONAE, ou de outros grandes grupos económicos que dominam e controlam os mercados, conjugadas com o aumento dos horários dessas mesmas lojas e a abertura destas as domingo, entre outras políticas de desregulação laboral, comercial, empresarial e financeira, correspondam a um aumento de valor social, ou seja, a um aumento líquido de mais postos de trabalho, a uma melhor redistribuição de riqueza, ao desenvolvimento do tecido comercial e empresarial, a uma melhoria das condições laborais e salariais e à sustentação de uma classe média com condições dignas de vida.

 

Creio que nós, os socialistas e sociais democratas, que se identificam com a Declaração de Princípios e Valores de Abril e com a Constituição da República Portuguesa, temos o dever de debater e refletir devidamente sobre as questões sociais, comerciais, empresariais e laborais, bem como, sobre os instrumentos de regulação laboral, económica, comercial, empresarial e sobretudo de regulação financeira.

 

Creio que podemos conseguir um País mais justo para todos e em equilíbrio social, laboral, económico/financeiro e empresarial.

 

Note-se que o bem-estar social só se consegue por via do devido equilíbrio entre capital-trabalho-remuneração-justiça. 

 

Ou será necessário uma nova Revolução de Valores de Abril?

 

Pelos vistos o bisavô da Senhora Ferreira Leite já se havia recusado a pagar as dividas, segundo veio recentemente recordar o ex-Ministro Vitor Gaspar.

Consta na história (des)governativa de Portugal que José Dias Ferreira, presidente do conselho de ministros na altura da bancarrota, de finais do século XIX (de 1892 a 1893), terá sido quem espoletou o incumprimento soberano do país porque, como referem, “Dias Ferreira rejeitou o convénio com os credores proposto por Joaquim Pedro Oliveira Martins [o ministro da Fazenda ou das Finanças na altura]“. “A resposta de Dias Ferreira foi que não se devia pagar”.

 

O problema é que o nosso País continua a ser dos bisnetos, netos, filhos, irmãos, tios ou padrinhos de toda esta árvore genealógica de senhores e senhoras que se alimentam há décadas à custa dos sacrifícios continuados de todo um povo.

 

Ironia da História e do destino, o ministro da Fazenda Oliveira Martins, que tanto fascina Gaspar, é o tio-bisavô de Guilherme d’Oliveira Martins, actual presidente do Tribunal de Contas. Veja-se que há muito que tudo circula em torno dos mesmos e que afinal os donos de Portugal do pós-25 de Abril continuam a ser netos e bisnetos.

 

É caso para dizer: Ou novo reinado ou nova revolução! 

 

Sempre tudo em família e sempre alguém pronto a lhes prestar vassalagem política.

 

Triste a nossa cina, sendo que, se nunca deixamos de viver num regime senhorial, vêm agora mandar os filhos, netos e bisnetos do mesmo regime ou os senhores do capital a quem os líderes político-partidário são sucessivamente subservientes.

 

E nós, cidadãos e militantes socialistas e sociais democratas em geral, o que é que fazemos?

Continuamos a permitir o mesmo rumo da história?

 

BASTA!!!

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Que te posso dizer Francisco?

por José Pereira (zedebaiao.com), em 27.02.14

Carta do Zé ao Francisco. Apesar de pouco ou nada perceber de política, sei um pouco de música e ainda consigo tocar uns instrumentos, mas não queria responder-te só com recurso à música "pimba" e dizer-te disfarçadamente "Francisquinho, meu amor". 

Francisco Assis, eleições europeias, socialista, ps, Seguro, Sócrates, José Luís Carneiro, Amarante, Porto, política

 

 

Já fui um teu acérrimo defensor, tendo inclusivamente lutado contra os meus amigos e conterrâneos (de Baião), mas coloquei sempre em primeiro lugar o que penso e aquilo em que acredito, mesmo que venha a sofrer desilusões, a errar ou a arrepender-me. É assim que aprendemos!

 

Já não nutro por ti o mesmo amor de outros tempos, nem sinto o cheiro do "perfume" que me transportava para longas planícies cheias de rosas. Não sei se encontras-te outro alguém e muito menos se havias casado com o PS em separação ou "comunhão de bens", mas o facto é que já há muito que diversos militantes e simpatizantes socialistas não vinham a compreender esse "maldito amor" que passaste a nutrir pela direita.

 

Será que te fez mal ir de Amarante para Lisboa? Se foi isso, agora imagina o que poderá fazer de ti a ida para Bruxelas. Espero que não venhas um dia a chorar pela tua "mãe querida", tal como acontece à maioria dos emigrantes, sendo que foste tu que escolheste esse rumo e a deixaste "abandonada" e "sozinha".

 

Lembra-te que os socialistas e os portugueses em geral têm boa memória e tudo "fica escrito no céu". Por isso, depois não venhas com grandes "promessas", sendo que a maioria da malta já não vai em cantigas. Podes até vir tentar "chorar no nosso colo", mas lembra-te que quem escolheu o rumo "foste tu e ela" e não sei "se as flores se vão voltar a abrir", sendo que optaste por deixar "a fera à solta" e não penses que somos todos "anjinhos e inocentes", porque isso não somos! Já foi tempo em que as ilustres elites consideravam que o lugar e o protagonismo estariam sempre garantidos e que seriam eternos. Mas não são! "São já muitos anos de vida" e a gente "até te amava", mas não admitimos "traidores".

 

Quando a gente se ama, há "pecados que são de amor"e esses deixam sempre feridas abertas!

 

Apesar de parecer um rebelde desassossegador, sempre fui e gosto de ser um mero "soldado da paz", mas face às tuas escolhas e alinhamentos, optei por "deixar-te seguir com ela" (sim, com a direita), mas "juro-te e jurarei", "não foi tudo por ciúme". Apenas luto e lutarei "para iluminar" o "sol e a lua", tal como é legitimo e permitido fazer a qualquer "trovador de mil constelações".

 

Poderia simplesmente dizer-te que "afinal havia outro"e que não tinhas de arriscar esta humilhação. Haver, até havia, mas os melhores não alinham por um rumo qualquer e muito menos com alinhamentos antecipados para a direita. Por isso, foste assim apresentado, em Santo Tirso, inesperadamente e sozinho, dando a transparecer que nem sequer conhecias devidamente "os pais da noiva". Vê lá se ao menos consegues chegar ao casamento!

 

Não sei se "mereço tanta dor", mas também não nos "contas tudo, amor". Será que teremos de reencontrar-nos com um "ex-namorado" que tenha a capacidade e coragem para nos "levar ao altar"?

 

Lembra-te que já "passa da meia noite e eu sem ti" 

 

Desculpa, mas já não consigo esperar mais.

 

Até sempre...

 

.....

 

 

Podem apelidar-me do que quiserem e até dizerem as vezes que entenderem, que sou apenas mais um "Zé rabelo lá não se sabe de onde", expressão que para mim é sempre um orgulho ouvir, sendo que me colocam do lado de povo anónimo e de um interior pobre e profundo mas que está bem mais perto da dor que já milhões de pessoas sentem.

 

Como sou um militante e cidadão comum, creio também ter o direito à minha quota parte de rebeldia, de loucura e de desassossego, mas também creio ainda ter o mínimo de lucidez e de responsabilidade, visto que o conformismo, a que nos habituaram e por vezes obrigaram, em nada vinha a melhorar a vida dos portugueses e muito menos a solucionar os problemas e dificuldades do País e da Europa.

 

Por tudo isto, por todo um passado em que tenho orgulho e que respeito, por um presente a que estou atento e por um futuro com que me preocupo e que desejo e espero venha a ser melhor, dedico-te este pequeno poema, tal e qual como sinto Portugal, o PS, os Dirigentes e os Socialistas.

 

Como não sou político nem escritor e muito menos cantor, não sei como apelidar esta escrita, mas entrego-te frontalmente e abertamente o que sinto, dizendo-te frontalmente que, por maior e incisivo discurso filosófico-político de direita que venhas a apregoar na ágora e em defesa das elites instaladas e alapadas, ou contra o discurso protofascista que os do "teu" partido encetaram e que tanto te preocupa, acredita que se te mantiveres do lado correcto não tens com que te preocupar. Agora, se te passares para o outro lado, por mais sociais democratas que possamos ser, não sei se te conseguiremos defender.

 

ESCRITO EM 27/2/2014, DEDICADO AOS SOCIALISTAS, SOBRETUDO AOS QUE ESTÃO A PASSAR POR PROCESSOS DE SUSPENSÃO E EXPULSÃO E A PENSAR NA LISTA DO PS A ENCABEÇAR PELO FRANCISCO ASSIS

 

Declaração de Princípios de um Socialista

 

Ser socialista é defender a democracia
Aceitar a diversidade e honrar-se da história
Ser solidário, defender a liberdade e a justiça
E respeitar a longa e destemida senda da glória

 

É respeitar o passado, o suor e a esperança,
Que outros conquistaram com glória e emoção
É obter dos portugueses a total confiança
E defender os valores consagrados por esta nação.

 

Ser socialista é ser um combatente
Sendo que esta luta nunca será individual,
Une-nos o verde na tralha e o vermelho na batente
E uma forma rectângular num campo desigual

 

Temos um escudo protetor sobre uma esfera armilar
E um punho que representa a sua defesa
Carregamos uma longa história já milenar
E seguimos as estrelas que nos fazem sonhar

 

O nosso orgulho é esta grandeza já conseguida
Conscientes de percursos ainda longos e por trilhar
De bandeira em punho desfraldada
Havemos em democracia fazer-te brilhar

Nunca te deixaremos entregue à bicharada
Sendo que na alegria ou na dor haveremos sempre gritar...

 

VIVA A DEMOCRACIA
VIVA A LIBERDADE
VIVA PORTUGAL

 

 

Um abraço

 

O Zé de Baião

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