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Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Os conteúdos são apontamentos meramente informativos e não pretendem substituir pareceres de cariz profissional e científico.As fontes estão indicadas nos links e nas imagens.
Muitas vezes a origem do fraco desempenho escolar do seu filho pode resultar de uma Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção. Milhares de crianças sofrem com isto e, devido à falta de informação, muitos pais não resolvem devidamente o problema.
A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é um distúrbio no neurodesenvolvimento da criança que se manifesta entre os 6 e os 12 anos e pode prolongar-se até à idade adulta. Este transtorno afeta o seu desenvolvimento e função cerebral, nomeadamente do sistema nervoso.
Como o nome indica, a PHDA caracteriza-se pela falta de atenção, agitação constante e impulsividade que não são justificáveis tendo em conta a idade da pessoa, podendo criar problemas em casa e na escola. Embora esta doença melhore com a idade, senão for tratada devidamente, pode continuar a ter repercussões futuras.
Os sintomas variam de rapazes para raparigas, sendo que os rapazes têm uma maior probabilidade de adquirir este distúrbio. Uma das principais consequências da PHDA é uma enorme desatenção que acaba por desencadear maus resultados escolares e isolamento.
Embora as verdadeiras causas sejam desconhecidas, há vários fatores que influenciam a PHDA:
Os sintomas manifestam-se antes dos doze anos de idade e prologam-se, pelo menos, durante mais de seis meses.
É imprescindível que o diagnóstico seja feito por profissionais para que os sintomas possam ser analisados corretamente.
Este processo é bastante complexo envolvendo questionários, observação direta do comportamento, análise da ficha médica do paciente e do seu ambiente familiar, avaliação neuropsicológica e outras avaliações complementares que poderão ser necessárias.
Os sintomas diferem de acordo com a idade.
*Atenção: pode haver défice de atenção sem hiperatividade.
Estes sintomas devem surgir em, pelo menos, dois ambientes díspares, como em casa e na escola, tendo consequências a nível social e académico. Frequentemente são associados, erradamente, à preguiça, falta de empenho ou imaturidade.
As crianças que apresentam a PHDA embora apresentem dificuldades a nível comportamental e de aprendizagem, têm, contudo, capacidade de assimilar informações e conseguem, caso pretendam, focar-se em algumas coisas. Estas crianças simplesmente têm mais tendência a sentirem-se entediadas e a perder o seu interesse nos trabalhos que desempenham. Estão sempre mais focadas em atividades que sejam divertidas e recompensadoras.
Ao invés de trabalhos mais longos com recompensas que demoram algum tempo a ser alcançadas, têm preferência por trabalhos rápidos e mais pequenos com uma recompensa imediata, por muito que esta não seja de muita importância.
Estas crianças são também bastante impulsivas e dificilmente conseguem controlar esses impulsos. Esse problema conjugado com a falta de atenção, faz com que prefiram sempre arranjar atalhos para concluir os seus trabalhos. Quanto mais entediante for a tarefa, menor é o esforço que aplicam e menor é o tempo que despendem nisso.
Estas crianças são muito imaturas para a sua idade e têm imensa dificuldade em manter os objetivos a que se propõe, estando constantemente a alterar as suas metas para aquilo que seja mais conveniente e menos trabalhoso.
Em ambos os sítios deve existir estratégias de planeamento, organização e comunicação adequadas às crianças.
Três intervenções terão de ser realizadas: intervenção farmacológica, em que o paciente será medicado; intervenção psicoterapêutica, em que haverá um acompanhamento direto de um psicólogo; e intervenção psicossocial, que procura fazer programas para os familiares e para a escola da criança.
Uma vez que os tratamentos são sobretudo farmacológicos e comportamentais, será necessário um aconselhamento psiquiátrico e, caso o seu médico o recomende, começar a tomar a medicação indicada e alterar o seu estilo de vida. Será ainda necessário o apoio psicológico educacional e/ou comportamental e terapia ocupacional ou psicopedagógica, pois só os medicamentos são insuficientes. A criança terá um longo percurso de esforço e aprendizagem para controlar a sua impulsividade, melhorar a sua atenção e encontrar estratégias de organização e de estudo.
Não se esqueça que é muito importante ajudar as pessoas que sofrem de PHDA, sobretudo enquanto são crianças. Pois, muitas vezes, no caso das crianças, estas sentem-se diferentes das outras e acabam por se isolar. Para além disso, o facto de não conseguirem concluir as suas tarefas normalmente faz com que fiquem frustradas com as suas incapacidades, o que acaba por lhes gerar tristeza, baixa auto-estima e problemas de stress.
O ambiente familiar em que o indivíduo se encontra também é fundamental na amenização desta perturbação. Convém que haja um ambiente estável e silencioso, principalmente quando o indivíduo precisar de estudar ou trabalhar.
A ajuda dos professores na escola é crucial e convém que a criança se sente na primeira fila, afastada da janela, para que não haja distrações. Aulas de tutoria ou de apoio também podem ser úteis.
O foco dos pais e dos professores deve ser procurar recompensar a criança pelo seu bom desempenho e valorizar as suas qualidades, e não tanto a punição de erros e falhas cometidas.
A punição, quando feita, deve ser desprovida de agressividade.
Não se esqueça que a família é fundamental quando existem problemas infantis. Para que a medicação surta efeito, é necessário que haja um acompanhamento por parte dos pais com os seus filhos.
*Os conteúdos são informativos e não pretendem substituir pareceres de cariz profissional e científico.
E tudo começa com uma troca de olhares!
A minha filha faz hoje 3 meses e já nos presenteia com belissimos sorrisos sociais. Sorri, emite sons diferenciados e já balbucia, ou seja, esforça-se por mexer a boca e já responde com oouhhh; ahhh,...
Sabiam que, quando o bebé nos demonstra o seu primeiro sorriso social, os pais reagem espontaneamente com uma explosão enorme de alegria?
Isso certamente já sabe e é assim que nos sentimos lá por casa.
Mas saiba que, Stuart Brown (psiquiatra norte-americano) investigou as brincadeiras das crianças e concluiu que a interação precoce ativa o hemisfério direito do cérebro, área responsável por regular o prazer, a criatividade, os sentimentos, a intuição e a imaginação e contribui para a prevenção do desenvolvimento de transtornos mentais e de comportamentos desviantes?
Stuart Brown descobriu-o quando investigou o caso do massacre na Universidade do Texas, em 1966. Entrevistou o assassino Charles Whitman e verificou que este nunca tinha brincado em criança.
Por isso, procure incentivar as crianças a brincar e a viver uma infância feliz.
Ao longo das décadas, Stuart Brown foi arrecadando financiamentos para a sua investigação, até que, em 2006, fundou o National Institute for Play.
Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, cujo objetivo é perceber o papel que as brincadeiras têm ao nível biológico e sociológico.
Nos últimos ano, os estudos levados a cabo têm permitido constatar que a correlação entre uma coisa e outra não só é real como tem raízes desde a mais tenra idade.
Stuart Brown diz ainda que o humor, os jogos, as zangas, os namoricos e a fantasia são mais do que diversão. Brincar muito na infância cria adultos felizes e inteligentes — e manter a diversão pode tornar-nos a todos muito mais inteligentes em qualquer idade.
E tudo começa com uma troca de olhares!
Por isso, quando passar por alguém, não se acanhe. Sorria, desencadeie as brincadeiras, brinque.
Vai constatar que será muito mais feliz.
Alguns brinquedos, jogos e brincadeiras tradicionais têm origens surpreendentes. Vêm tanto dos povos que deram origem à nossa nação, como de outras terras longínquas.
Num mundo cada vez mais urbanizado, industrializado e informatizado, a tendência é que muitas das brincadeiras tradicionais percam espaço nas preferências infantis.
A brincadeira é o exercício físico mais completo de todos e é através dela que agregamos valores e virtudes à nossa vida.
A falta de valorização do brincar, contribuiu para a realidade do mundo que hoje vivemos. Por isso, brincar deve continuar a ser um momento familiar e social sagrado.
É através das brincadeiras que as crianças ampliam os conhecimentos sobre si, sobre o mundo e sobre tudo que está ao seu redor.
Por isso, brinque e deixe brincar.