Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Navego livremente entre a cidade e as serras (Baião«»Porto) Aquilo que me move é a entreajuda. Vou navegando na esperança de poder chegar a alguma pessoa ou lugar e poder ajudar. @Zé de Baião
Os conteúdos são apontamentos meramente informativos e não pretendem substituir pareceres de cariz profissional e científico.As fontes estão indicadas nos links e nas imagens.
Muitas vezes a origem do fraco desempenho escolar do seu filho pode resultar de uma Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção. Milhares de crianças sofrem com isto e, devido à falta de informação, muitos pais não resolvem devidamente o problema.
A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é um distúrbio no neurodesenvolvimento da criança que se manifesta entre os 6 e os 12 anos e pode prolongar-se até à idade adulta. Este transtorno afeta o seu desenvolvimento e função cerebral, nomeadamente do sistema nervoso.
Como o nome indica, a PHDA caracteriza-se pela falta de atenção, agitação constante e impulsividade que não são justificáveis tendo em conta a idade da pessoa, podendo criar problemas em casa e na escola. Embora esta doença melhore com a idade, senão for tratada devidamente, pode continuar a ter repercussões futuras.
Os sintomas variam de rapazes para raparigas, sendo que os rapazes têm uma maior probabilidade de adquirir este distúrbio. Uma das principais consequências da PHDA é uma enorme desatenção que acaba por desencadear maus resultados escolares e isolamento.
Embora as verdadeiras causas sejam desconhecidas, há vários fatores que influenciam a PHDA:
Os sintomas manifestam-se antes dos doze anos de idade e prologam-se, pelo menos, durante mais de seis meses.
É imprescindível que o diagnóstico seja feito por profissionais para que os sintomas possam ser analisados corretamente.
Este processo é bastante complexo envolvendo questionários, observação direta do comportamento, análise da ficha médica do paciente e do seu ambiente familiar, avaliação neuropsicológica e outras avaliações complementares que poderão ser necessárias.
Os sintomas diferem de acordo com a idade.
*Atenção: pode haver défice de atenção sem hiperatividade.
Estes sintomas devem surgir em, pelo menos, dois ambientes díspares, como em casa e na escola, tendo consequências a nível social e académico. Frequentemente são associados, erradamente, à preguiça, falta de empenho ou imaturidade.
As crianças que apresentam a PHDA embora apresentem dificuldades a nível comportamental e de aprendizagem, têm, contudo, capacidade de assimilar informações e conseguem, caso pretendam, focar-se em algumas coisas. Estas crianças simplesmente têm mais tendência a sentirem-se entediadas e a perder o seu interesse nos trabalhos que desempenham. Estão sempre mais focadas em atividades que sejam divertidas e recompensadoras.
Ao invés de trabalhos mais longos com recompensas que demoram algum tempo a ser alcançadas, têm preferência por trabalhos rápidos e mais pequenos com uma recompensa imediata, por muito que esta não seja de muita importância.
Estas crianças são também bastante impulsivas e dificilmente conseguem controlar esses impulsos. Esse problema conjugado com a falta de atenção, faz com que prefiram sempre arranjar atalhos para concluir os seus trabalhos. Quanto mais entediante for a tarefa, menor é o esforço que aplicam e menor é o tempo que despendem nisso.
Estas crianças são muito imaturas para a sua idade e têm imensa dificuldade em manter os objetivos a que se propõe, estando constantemente a alterar as suas metas para aquilo que seja mais conveniente e menos trabalhoso.
Em ambos os sítios deve existir estratégias de planeamento, organização e comunicação adequadas às crianças.
Três intervenções terão de ser realizadas: intervenção farmacológica, em que o paciente será medicado; intervenção psicoterapêutica, em que haverá um acompanhamento direto de um psicólogo; e intervenção psicossocial, que procura fazer programas para os familiares e para a escola da criança.
Uma vez que os tratamentos são sobretudo farmacológicos e comportamentais, será necessário um aconselhamento psiquiátrico e, caso o seu médico o recomende, começar a tomar a medicação indicada e alterar o seu estilo de vida. Será ainda necessário o apoio psicológico educacional e/ou comportamental e terapia ocupacional ou psicopedagógica, pois só os medicamentos são insuficientes. A criança terá um longo percurso de esforço e aprendizagem para controlar a sua impulsividade, melhorar a sua atenção e encontrar estratégias de organização e de estudo.
Não se esqueça que é muito importante ajudar as pessoas que sofrem de PHDA, sobretudo enquanto são crianças. Pois, muitas vezes, no caso das crianças, estas sentem-se diferentes das outras e acabam por se isolar. Para além disso, o facto de não conseguirem concluir as suas tarefas normalmente faz com que fiquem frustradas com as suas incapacidades, o que acaba por lhes gerar tristeza, baixa auto-estima e problemas de stress.
O ambiente familiar em que o indivíduo se encontra também é fundamental na amenização desta perturbação. Convém que haja um ambiente estável e silencioso, principalmente quando o indivíduo precisar de estudar ou trabalhar.
A ajuda dos professores na escola é crucial e convém que a criança se sente na primeira fila, afastada da janela, para que não haja distrações. Aulas de tutoria ou de apoio também podem ser úteis.
O foco dos pais e dos professores deve ser procurar recompensar a criança pelo seu bom desempenho e valorizar as suas qualidades, e não tanto a punição de erros e falhas cometidas.
A punição, quando feita, deve ser desprovida de agressividade.
Não se esqueça que a família é fundamental quando existem problemas infantis. Para que a medicação surta efeito, é necessário que haja um acompanhamento por parte dos pais com os seus filhos.
*Os conteúdos são informativos e não pretendem substituir pareceres de cariz profissional e científico.
"De acordo com as estimativas mundiais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), todos os anos “2,78 milhões de trabalhadores morrem devido a doenças profissionais e a acidentes de trabalho e 374 milhões de trabalhadores são vítimas de acidentes de trabalho não fatais”. Estes dados revelam que, diariamente, 7500 pessoas morrem devido a condições de trabalho inadequadas (“perigosas”) e insalubres vítimas de doenças profissionais ou de acidentes de trabalho que, no seu conjunto, representam 5% a 7% das mortes de todo o mundo. Os dias de trabalho perdidos por doença ou acidente de trabalho representam quase 4% do PIB mundial.
A nível nacional, somente no ano 2015 registaram-se 208.457 acidentes de trabalho, dos quais 161 foram mortais, e entre 2010 e 2017 foram confirmadas, em média, 3.533 doenças profissionais por ano. Considerando a estimativa mundial da OIT e os dados nacionais do PIB para o ano 2018, em Portugal os dias de trabalho perdidos por doença ou acidente de trabalho correspondem a cerca de 8.064,5 milhões de euros por ano.
Estes dados revelam que é indispensável que as empresas identifiquem e avaliem os riscos existentes no local de trabalho, visando a adoção de medidas de prevenção."
FICHA TÉCNICA
Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde.
SAÚDE OCUPACIONAL: as vantagens para as empresas – Trabalhadores mais saudáveis, empresas com
mais sucesso!
Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2019.
EDITOR
Direção-Geral da Saúde
Alameda D. Afonso Henriques, 45 1049-005 Lisboa
Tel.: 218 430 500
Fax: 218 430 530
E-mail: geral@dgs.min-saude.pt
www.dgs.pt
AUTORES
Sandra Moreira – Equipa de Coordenação do Programa Nacional de Saúde Ocupacional
José Rocha Nogueira – Coordenador do Programa Nacional de Saúde Ocupacional
DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE PREVENÇÃO DA DOENÇA E PROMOÇÃO DA SAÚDE
DIVISÃO DE SAÚDE AMBIENTAL E OCUPACIONAL / PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE OCUPACIONAL.
ESTE DOCUMENTO FOI REVISTO E APROVADO POR:
Equipa de Coordenação do PNSOC: Carolina Nunes; Eva Miriam Rasteiro; Fátima Ramalho.
Comissão Técnica de Acompanhamento do Programa Nacional de Saúde Ocupacional: Alexandra
Monteiro; Alice Manuela Pinto; Ana Dias; Carmen Velosa; Cíntia Reis; Elisabete Branco; Inês Castro; João
Camacho; João Crisóstomo Borges; Manuel José Galego; Maria João Manzano; Regina Rocha; Susana Alves; Susana Silva; Teresa Galhardo.
Lisboa, outubro, 2019
Índice
Considerações Prévias.... 5
1. Introdução.... 8
2. Vantagens da Saúde Ocupacional .... 10
2.1. A SO ultrapassa a mera obrigação legal pois é indispensável à boa gestão
empresarial.... 10
2.2. A SO é um investimento no presente e para o futuro, vital e lucrativo para qualquer
empresa. .... 12
2.3. A SO fomenta a produtividade, a qualidade e é uma vantagem competitiva. .... 15
2.4. A SO é um importante contributo para a responsabilidade social e para a
sustentabilidade.... 18
2.4.1. Responsabilidade Social .... 21
2.4.2. Desenvolvimento Sustentável .... 23
2.5. A SO é um excelente cartão de visita e valoriza a imagem da empresa.... 27
Referências bibliográficas
1. International Labour Organization. Safety and Health at the Heart of the Future of Work: Building on 100 years of
experience. Geneva : International Labour Office, 2019.
2. Autoridade para as Condições do Trabalho - Direção de Serviços para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho.
Promoção dSegurança e Saúde no Trabalho em 2017: Relatório de atividades apresentado à Assembleia da República. Lisboa :
Autoridade para as Condições do Trabalho, 2018.
3. PORDATA. PORDATA, Base de Dados de Portugal Contemporâneo. Produto Interno Bruto (Euro), 2018. PORDATA.
[Online] Copyright © Fundação Francisco Manuel dos Santos. [Citação: 18 de 10 de 2019.]
https://www.pordata.pt/Europa/Produto+Interno+Bruto+(Euro)-1786.
4. Direção-Geral da Saúde. Norma 026/2013: Programa Nacional de Saúde Ocupacional - 2.º Ciclo 2013/2017. Lisboa :
Direção-Geral da Saúde / Programa Nacional de Saúde Ocupacional, 2013.
5. Direção-Geral da Saúde. Programa Nacional de Saúde Ocupacional: Extensão 2018/2020. Lisboa : Direção-Geral da
Saúde/Programa Nacional de Saúde Ocupacional, 2018.
6. EU-OSHA. Facts 77. Bélgica : EU-OSHA, 2008.
7. Comissão Europeia. A segurança e saúde no trabalho diz respeito a todos: Orientações práticas para os empregadores.
Luxemburgo : União Europeia, 2016.
8. OSHA. The importance of good leadership in occupational safety and health. OSHA. [Online] 2013. [Citação: 16 de 10
de 2019.] https://oshwiki.eu/wiki/The_importance_of_good_leadership_in_occupational_safety_and_health.
9. Bureau Internacional do Trabalho. Introdução à Saúde e Segurança no Trabalho. Lisboa : Gabinete de Estratégia e
Planeamento, GEP/MTSS, 2009.
10. International Labour Office. ILO introductory report: global trends and challenges on occupational safety and health - XIX
World Congress on Safety and Health at Work, Istambul, Turkey. Geneva : International Labour Office, 2011.
11. International Social Security Association. Calculating the international return on prevention for companies: cost and
benefits of investiments in occupational safety and health. Geneva : International Social Security Association, 2013.
12. OSHwiki. OSHwiki. The economic dimension of occupational safety and health management. [Online] OSHwiki
community, 24 de 04 de 2013. [Citação: 23 de 08 de 2019.]
https://oshwiki.eu/wiki/The_economic_dimension_of_occupational_safety_and_health_management.
13. Heuvel S van den et al. Estimating the costs of work-related accidents and ill-health: An analysis of European data sources
- European Risk Observatory / Executive summary. Luxemburg : European Agency for Safety and Health at Work (EU-OSHA),
2017.
14. World Health Organization. Declaration on Workers Health - approved at the Seventh Meeting of WHO Collaborating
Centers for Occupational Health, Stresa, Itália. Geneva : World Health Organization, 2006.
15. European Agency for Safety and Health at Work. How to create economic incentives in Occupational Safety and Health:
A practical guide. Luxemburgo : European Agency for Safety and Health at Work, 2011.
16. Europeian Network for Workplace Health Promotion. Luxembourg Declaration on Workplace Health Promotion in the
Europenan Union. Luxembourg : ENWHP, 1997. Updated in June 2005, January 2007 and April 2018.
17. International Labour Organization. Work for a brighter future – Global Commission on the Future of Work. Genebra :
International Labour Office, 2019.
18. Comissão das Comunidades Europeias. Livro Verde - Promover um quadro europeu para a responsabilidade social das
empresas. Bruxelas : Comissão das Comunidades Europeias, 2001. COM(2001) 366 final.
19. World Health Organization. Five Keys to Healthy Workplaces: No Business Wealth without Workers' Health. Geneva : World
Health Organization, 2010.
VERSÃO PARA CONSULTA PÚBLICA SAÚDE OCUPACIONAL: as vantagens para as empresas
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE Programa Nacional de Saúde Ocupacional 31
20. Associação Portuguesa de Ética Empresarial. Relatório de Informação Não Financeira: Template - PME Sustentável.
Portugal : Associação Portuguesa de Ética Empresarial, sd.
21. World Health Organization. Healthy workplaces: a model for action: for employers, workers, policymakers and
practitioners. Switzerland : World Health Organization, 2010.
22. Direção-Geral da Saúde. Plano Nacional de Saúde: Revisão e Extensão a 2020. Lisboa : Direção-Geral da Saúde, 2015.
23. World Health Organization. Declaration on Occupational Health for All - Approved at the Second Meeting of WHO
Collaborating Centers in Occupational Health. Beijing : World Health Organization, 1994.
24. World Health Organization. Global Strategy on Occupational Health for All - The way to health at work. Geneve : World
Health Organization, 1995.
25. International Labour Office, International Social Security Association, Korea Occupational Safety and Health Agency.
Seoul Declaration on Safety and Health at Work - The Safety and Health Summit of XVIII World Congress on Safety and Health
at Work. Seoul : International Labour Office, 2008.
26. International Labour Office. Istanbul Declaration on Safety and Health at Work - Summit of Ministers of Labour for a
Preventive Culture of the XIX World Congress on Safety and Health at Work. Istanbul : International Labour Office, 2011.
27. European Commission. Communication from the Commission: Europe 2020 - A strategy for smart, sustainable and
inclusive growth. Brussels : European Commission, 3.3.2010. COM(2010) 2020.
28. Occupational Safety and Health Administration (OSHA). Sustainability in Workplace: a New Approach for Advancing
Worker Safety and Health. United States : U.S. Department of Labor / U.S. Occupational Safety and Health Administration,
2016.
29. European Agency for Safety and Health at Work. Corporate social responsibility and safety and health at work.
Luxembourg : Office for Official Publications of the European Communities, 2004.
30. World Health Organization. Healthy workplaces: a model for action. Geneva : World Health Organization, 2010.
31. United Nations. Transforming Our World: The 2030 Agenda for Sustainable Development. s.l. : United Nations, 2015.
32. World Health Organization. Healthy workplaces: a model for action. Geneva : World Health Organization, 2010.
33. Sanchez, Ana Belén e Poschen, Peter. The social and decent work dimensions of a new Agreement on Climate Change: A
Technical Brief. s.l. : Policy Integration Department. International Labour Office, 2009.
34. WHO/HSE/PHE. Health in green economy: co-benefits to health of climate change mitigation / Initial findings – discussion
draft. Occupational Health. . Public Health & Environment Department (PHE), Health Security & Environment Cluster (HSE),
World Health Organization (WHO). Geneva : World Health Organization (WHO), 2014.
35. Brundtland, GH. Nosso Futuro Comum: Relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de
Janeiro - Brasil : Fundação Getulio Vargas, 1988.
36. International Labour Organization (ILO). Safe and healthy workplaces - Making decent work a reality. Geneva :
International Labour Organization, 2007.
Campanha de sensibilização para a participação da doença profissional