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BAIÃO: IV MOSTRA DE PEIXE DO RIO, 2020

por José Pereira (zedebaiao.com), em 07.02.20
O evento é organizado pela junta de freguesia de Santa Cruz do Douro e S. Tomé de Covelas e decorrerá na Estação de Aregos, nos dias 27, 28 e 29 de março de 2020.
 

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Feira do fumeiro, do cozido à portuguesa e dos vinhos de Baião. Dias 6, 7 e 8 de março de 2020

 

 

 

Baião vai comemorar a vida e obra de Joaquim Soeiro Pereira Gomes e recordar os "filhos dos homens que nunca foram meninos", dia 18 de abril de 2020, a partir das 15h

A cargo do Baião Canal , a organização conta com o apoio de um leque alargado de ilustres amigas e amigos de Baião ligados à educação e à cultura, bem como ao ativismo cívico e político, tendo já o programa alinhado para o dia 18 de abril de 2020 (sábado), da parta da tarde, por altura das comemorações dos 110 anos do nascimento do escritor Joaquim Soeiro Pereira Gomes.

 

 

 

 

 

 

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Baião Vida Natural

VIDA NATURAL

Nas encostas que ligam o pico do Marão ao rio Douro, marcadas por vales “poderosamente cavados”, onde serpenteiam algumas linhas de água como as do Ovil, de Valadares, do Zêzere, e do Teixeira, desenha-se um dos concelhos mais verdes da região...

 
Baião Terra de Sabores

TERRA DE SABORES

A Gastronomia de Baião é tão especial que até há quem diga que Eça de Queiroz se apaixonou tanto pela paisagem desta terra como pelos sabores da sua cozinha tradicional quando escreveu A Cidade e as Serras, referindo o magnífico arroz de favas...

 
Baião Terra de Sabores

TERRA MILENAR

A ocupação mais antiga deste território concentra-se nos planaltos centrais das serras da Aboboreira e do Castelo e remonta à pré-história recente que se estende por um longo período cronológico de quatro mil anos (V ao I milénio A.C.)...

 
Baião Terra de Cultura

TERRA DE CULTURA

O concelho de Baião apresenta valores patrimoniais notáveis, panoramas surpreendentes, costumes e tradições que enriquecem e particularizam

esta zona do país.

 
Baião Terra Mágica

TERRA MÁGICA

Nesta terra de montanhas e rios - que se rasga até aos céus -, território de água, de vida, esculpido em xisto e granito coberto do verde da floresta, caminhamos por entre sombras e nevoeiros, desvendando os mistérios que se escondem na imaginação do seu povo.

 
Baião Terra de Aventura

TERRA DE AVENTURA

Há uma terra que nos convida a fazer parte da aventura, com lugares que nos inspiram, onde a brisa se torna um aliado, as emoções se realizam e a realidade se transforma em sensações. Há uma terra onde podemos ser autênticos e ousados…

 

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Consulte aqui o programa que irá ser realisado. No entanto, a iniciativa encontra-se suspensa por motivos de prevenção e contenção do coronavirus.

Soeiro Pereira Gomes_Baião_Adiado.jpg

 

A cargo do Baião Canal , segundo informação e programação já confirmada pela organização, esta iniciativa conta com o apoio de um leque alargado de ilustres amigas e amigos de Baião ligados à educação e à cultura, bem como ao ativismo cívico, encontrando-se o programa alinhado nos seguintes termos:

DATA: dia 18 de abril de 2020 (sábado), da parta da tarde, a partir das 15:00 horas, por altura das comemorações dos 110 anos do nascimento do escritor Joaquim Soeiro Pereira Gomes.

LOCAL: Gestaçô - Baião (localidade onde nasceu Soeiro Pereira Gomes)

PROGRAMA:

Participação de alunos e professores do Agrupamento de Escolas  do Sudeste de Baião

Minda Araújo (vocalista da Brigada Vitor Jara)

 

José Silva 

 

Rui Vaz Pinto - Presidente da  UNICEPE - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL

 

Arnaldo Trindade (convidado especial). 

Arnaldo Trindade foi um conhecido editor na indústria fonográfica das décadas de 1960, 1970 e 1980 em Portugal. Foi o fundador da editora discográfica Orfeu.

 


Joaquim Soeiro Pereira Gomes nasceu a 14 de abril de 1909 na freguesia de Gestaçô, em Baião - Porto. Era filho dos proprietários rurais Alexandre Pereira Gomes e Celestina Soeiro Pereira Gomes, sendo um dos seis filhos do casal. Nenhuma descrição de foto disponível.

Alice Pereira Gomes, irmã do autor, dedicou-se também à escrita, “ que, por sua vez, casou com outro nome das letras portuguesas, Adolfo Casais Monteiro” (Magalhães & Azeredo, 1991, p.22 ). Numa tentativa de obter uma educação escolar mais cuidada, foi viver para Espinho, com apenas seis anos, para casa de uma tia-avó. Em finais de 1930, tendo terminado o curso de Regente Agrícola em Coimbra, parte para África, onde esteve pouco tempo, pois no ano seguinte regressa novamente a Portugal, fixando-se em Alhandra, Vila Franca de Xira, “onde se empregou nos escritórios de uma fábrica de cimento” (Machado, 1996, p. 225), função à qual acumulou a produção de textos para publicação no jornal O Diabo, com o qual começou a colaborar a partir de 1940. 

Defendendo os ideais comunistas, nomeadamente a luta contra a opressão e a favor de uma sociedade livre da exploração do homem pelo próprio homem, em prol da justiça e equidade social, Soeiro Pereira Gomes torna-se militante e membro do Comité Central do PCP – Partido Comunista Português, imprimindo estes ideais na literatura, fazendo da palavra uma arma com a qual os defendia. 

Um dos seus livros mais conhecidos é o romance Esteiros, publicado pela primeira vez em 1941, e ilustrado por Álvaro Cunhal. (fonte: Visit Baião)

Da sua obra constam dois romances, onde a crítica social é mais profunda, a par de vários contos, tendo por causa da sua forma de escrita, sido encaminhado para a clandestinidade em 1943, condição em que viria a morrer seis anos depois, impossibilitado de receber os tratamentos médicos e de saúde de que necessitava.  

A sua obra maior é Esteiros, publicado em 1941, a qual foi dedicada aos "filhos dos homens que nunca foram meninos". Tal como aconteceu com a maioria dos baionenses que viveram (e ainda hoje vivem) pobres e explorados. 

«Esteiros» é uma comovente história da vida de crianças que (como ele escreveu) «nunca foram meninos». Uma história de trabalho infantil; de miséria; de picardias, de audácia e aventuras, transbordando qualquer coisa de heróico na vida dessas crianças.

«Esteiros» foi desde logo considerado e reconhecido como uma pequena obras prima. Observação atenta da vida, «Esteiros» é um romance de profundos sentimentos de amor e ternura pelas crianças e transmite (sem o explicitar) a indignação pela exploração e miséria de que são vítimas.

Este romance, Esteiros, acompanha (...) as deambulações de um grupo de míudos (...), cuja condição social lhes impõe, em vez da escola, o trabalho numa rudimentar fábrica de tijolos à beira-Tejo. É certo que algum primarismo de processos construtivos, bem como algum esquematismo, são reconhecíveis no romance (...). Tudo isso, porém, Esteiros transcende pela terrível verdade humana de um grupo de crianças que responde à violência do sistema social através de uma solidariedade alimentada por uma permanente derrogação à moral social dominante (...)"(idem)

Engrenagem "é igualmente uma obra central do nosso neo-realismo, antes de mais por ser uma das muito poucas abordagens do universo do capitalismo industrial, de facto quase ausente da produção neo-realista" portuguesa.(idem) Resultado de imagem para "soeiro pereira gomes"

Engrenagem, romance publicado em 1951, já depois da sua morte, foi escrito na clandestinidade, assim como os Contos VermelhosÚltima Carta e Refúgio Perdido, também publicados postumamente. (Fonte: CITI )

 

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