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Em pleno dia de sol,  em plena paz aldeã, ao som da água e dos animais (racionais e não racionais), este "rabelo" acaba de subir o rio até Baião. Sim, há um rio que vai até Baião e até outros que se cruzam ou esbarram com a nossa terra e com a nossa gente.  Há até um um comboio que circunda as margens do rio e as encostas de Baião.

 

Também há comboios que embatem contra elefantes, mas esses podem e devem ver no vídeo que se segue (cliquem em cima da imagem que se segue). O problema é que, quer o rio, quer o comboio,  tantas vezes leva muito mais do que aquilo que traz.  Ou melhor, permitimos que levem mais do que aquilo que trazem.

 

política direitos humanos direito dos animais

Em paz, mas em constante desassossego (des)humano, não resisto em deixar este vídeo e esta mensagem a tod@s os inimig@s.

 

Na minha opinião,  este vídeo deveria passar todos os dias antes do telejornal e no início de cada telenovela política ou de ficção. 

 

Primeiro entreguei-o a mim próprio, até porque sou tão ou mais imperfeito que os outros. Depois, recortei as melhores ou piores imagens e remeti-as aos nossos inimigos. Note-se que já referi que também as remeti a mim próprio. Até eu sou inimigo de mim próprio. 

 

Ao ver este vídeo, recordo-me de muitos seres humanos excelentes (todos como eu, ou seja, imperfeitos) com quem me tenho cruzados ao longo da vida, mas de igual modo me recordo de todos o animais que teimam em não ser humanos nem racionais.

 

Para além de tod@s os amig@s com que me fui cruzando nos últimos tempos, a maioria dos quais ferrenhos políticos que se têm esquecido que a Política  sempre foi, é, e deverá ser, a arte ou ciência feita pelos cidadãos para os cidadãos e não dos dirigentes para os lugares ou interesses,  o certo é que  hoje ao me cruzar com este video recordo dois "Grandes inimigos" que me marcaram profundamente por altura das comemorações dos 40 anos de Abril e que me ajudaram a conhecer-me melhor e a concretizar, pela primeira vez, na minha Freguesia do Gove/Baião, um evento dedicado aos "pais" de Abril. São eles o Carlos Magalhães e Lourdes dos Anjos (entre outros que através deles conheci ou simplesmente me cruzei).

 

Este vídeo faz-me lembra muito do Carlos Magalhães,  sobretudo pela forma como abraça as causas dos animais (racionais e irracionais). Mas é que abraça mesmo e de forma desinteressada. Nem imaginam quantos acolhe.

 

Com eles e com outros, fui aprendendo e compreendendo que afinal é bom fazermos parte dos inimigos, mesmo que tantas vezes passemos por ser os maus ou "maluquinhos" de toda esta fita. É certo que estamos perante uma luta desigual, muito árdua e desgastante, sobretudo quando gostamos de pensar, de falar e de agir pela nossa própria cabeça ou de lutar tão simplesmente por aquilo em que acreditamos (claro que não somos nem pretendemos ser os donos da razão nem da perfeição,  mas o certo é que somos tão racionais ou irracionais como todos os outros que se julgam donos do saber ou da perfeição).

 

Se durante 40 anos de suposta liberdade ou libertinagem pouco ou nada conseguimos por via de um conformismo inconformado, de um apluso inconsciente ou comprado,  de um silêncio ensurdecedor e permissor, de um calar para consentir ou tantas vezes para "mamar" (sim, os racionais também mamam e dão a mamar), permitam-me que eu pretenda e possa livremente desassossegar ou lutar para mudar, mesmo que para isso tenha de integrar o grupo dos inimigos de um sistema instalado, dos inimigos do comodismo, dos inimigos  de quem só busca um povo que cala e consente, dos inimigos dos que só sabem ser fortes com os mais fracos, dos inimigos da foto pela foto ou do aplauso pelo aplauso,..., e de tantos outros inimigos dos seres racionais e irracionais. Por vezes chego a ter dúvidas se os seres humanos serão mesmo mais racionais do que outros animais.

 

Afinal de contas vivemos em Liberdade ou não? Será que pensamos na nossa liberdade e na dos outros?

 

Nunca nos esqueçamos de que a nossa liberdade começa e termina onde começa a dos outros, incluindo a dos amigos ou inimigos racionais ou irracionais.

 

Será que nos permitem verdadeiramente a liberdade de pensar, de falar e de agir? Mesmo aprisionado,  é possivel sentir em liberdade.

 

Eu sinto-me tantas vezes prisioneiro! Tantas vezes mais aprisionado do que muitos animais irracionais. 

 

Deixem-me sair da prisão!

 

Eu preciso de voar livremente, mesmo que venha a esbarrar contra a minha própria liberdade, a morrer ao abandono num qualquer canto ou a cair num qualquer precipício.  Mas deixem voar quem quer voar. Deixem errar quem quer errar. Deixem pensar quem quer pensar. Deixem viver quem ver viver. Deixem falar quem quer falar. Deixem agir quem quer agir.

 

Deixem-nos em paz porra!!!

 

Lembrem-se que a vida é muito curta e que qualquer tipo de poder é ainda mais curto do que a vida.

 

indiferença

 

 

humanos

 

 

humanos e animais

 

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"Projecto de lei é apresentado sexta-feira no Parlamento e vem completar uma legislação de 1995 cujas sanções ficaram por regulamentar. Maus tratos vão da violência a não alojar o animal de forma adequada. O Partido Socialista vai apresentar na sexta-feira no Parlamento um projecto de lei que prevê uma pena de prisão que pode ir até aos três anos ou uma multa de 5000 euros para quem maltratar animais — e que vem completar uma legislação com quase 20 anos que continuava por regulamentar em termos de sanções. O projecto, que será discutido no mesmo dia de uma petição da associação Animal, alarga também os poderes das associações zoófilas para poderem ter mais intervenção nos casos.

 

“O reconhecimento de que a natureza própria dos animais enquanto seres vivos sensíveis implica a criação de um quadro jurídico adaptado às suas especificidades e, em particular, a necessidade de medidas vocacionadas para a sua protecção e salvaguarda face a actos de crueldade e maus-tratos infligidos pelos seus donos ou terceiros, tem vindo a recolher um consenso cada vez mais alargado nas sociedades contemporâneas”, lê-se no projecto encabeçado pelo deputado Pedro Delgado Alves.

 

De acordo com os socialistas, apesar de existirem alguns pontos que ainda não são unânimes na sociedade, “existem cada vez mais zonas de consenso alargado, em que é possível introduzir medidas mais eficazes de salvaguarda dos animais contra maus-tratos e actos cruéis, violentos e injustificados”, acrescentando que o projecto de lei não vem definir de novo o que é ou não lícito mas sim dar o “devido acompanhamento sancionatório às normas já em vigor” na Lei de Protecção dos Animais de 1995.

 

A legislação define ainda o que se considera serem “actos de violência injustificada”, explicando-se que o conceito abrange desde o “infligir sofrimento a um animal de companhia” ao seu “alojamento de forma inadequada”.

 

Quanto às penas, o Partido Socialista prevê dois regimes diferentes, definindo penas mais pesadas para quando as lesões são graves ou permanentes ou para quando o animal morre. Assim, “quem praticar um acto de violência injustificada contra um animal de companhia, independentemente da titularidade do mesmo, é punido com pena de prisão de seis meses a dois anos ou com pena de multa”; e quando, do acto, “resultem lesões graves ou permanentes ou a sua morte, é punido com pena de prisão de um a três anos ou com pena de multa”.

 

As multas vão de 500 a 5000 euros para pessoas singulares e de 1500 a 60 mil euros para pessoas colectivas. No projecto de lei, o Partido Socialista prevê ainda um agravamento das penas em um terço e das multas em metade do seu valor para casos de reincidência. O valor das coimas reverte em 60% para o Estado, em 20% para a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e nos restantes 20% para quem levantou o auto sobre o crime.

O projecto prevê, ainda, outras medidas adicionais como o condenado perder os objectos e animais a favor do Estado e ficar privado de deter animais de companhia por um período que pode ir até dez anos.

 

Em relação às associações ligadas aos animais, o projecto actualiza alguns pontos e diz que “as associações zoófilas legalmente constituídas têm legitimidade para requer a todas as autoridades e tribunais as medidas preventivas e urgentes necessárias e adequadas para evitar violações da presente lei e demais legislação de protecção de animais em curso ou iminentes”.

 

O projecto socialista surge pouco mais de um mês depois de ter vindo a público um polémico documento do Ministério da Agricultura que limitava o número de cães por apartamento a dois animais e de gatos a quatro — e que gerou inúmeras críticas de vários quadrantes da sociedade.

Contudo, logo na altura, a ministra Assunção Cristas garantiu que nada estava a ser discutido ao nível político e que o trabalho que apareceu nos jornais era apenas um documento técnico trabalhado pelos serviços da tutela".

 

JORNAL PÚBLICO - ROMANA BORJA-SANTOS 05/12/2013

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ps-propoe-ate-tres-anos-de-prisao-para-quem-maltratar-animais-1615125

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